domingo, 27 de dezembro de 2009

Eu ando com tanto medo de como as coisas estão. Do meu relacionamento com as pessoas e das pessoas. Ando em um desequilíbrio discreto e constante, um cansaço crônico e um vazio constante que, aconteça o que acontecer, se manifestam todos os dias no silêncio do meu quarto. Nada disso parece combinar com esse clima de final de ano. Esse clima de renovações e revitalização. Bom, sempre chega a hora da solidão, sempre chega a hora de arrumar o armário. (E tudo que isso quer dizer). E pro que precisa de tempo, deixa o tempo passar.

É uma solidão complexa e algumas dúvidas cruéis. São situações onde eu não vejo qual a melhor saída, qual a melhor escolha. Pessoas que eu sinto que peciso perto estão longe graças as minhas decisões em vista das circunstâncias. Outras estão longe por razões que fogem ao meu controle e eu não sei como reverter, talvez até por falta de coragem para enfrentar o que pode vir de cada uma delas. Fato é que, boa parte de quem eu mais gosto, de quem eu mais amo e mais me faz feliz, eu não estou sabendo e nem conseguindo manter perto de mim. Queria que alguns tempos atrás pudessem voltar e que pessoas que precisaram ir, precisassem regressar. Acho que eu vou parar de deixar isso tudo dentro de mim e dizer a quem interessa. Não sei nem como explicar como eu preciso de amizades. Explicar como eu preciso sentir por quem está ao meu redor. Sem isso, fica tudo meio vazio...
Pra simplificar: quando eu não sei dizer, eu travo!

"Entender de vez esse meu vazio..." (E de todos os cantos da alma que ele vem).

P.S. Esse tempo aqui em Blumenau sem meus pais foi muito estranho. Aliás, é muito estranho ficar longe deles. Não quero morar sozinha tão cedo!
P.P.S. Quanto ao Natal, realmente: que Natal diferente! (internas a parte *.*)
Ultimamente me faltam palavras. Deixa que faltem, então.

Um feliz natal, uma virada de ano inesquecível, um 2010 maravilhoso e cheio de boas energias. Que seja um ano repleto de momentos sinceramente felizes, momentos de aconchego, de amor verdadeiro e de reflexão e tranquilidade interior. Que o coração esteja brando e que encontremos aquela sinceridade e companherismo incansável dos poucos e bons pelo caminho. Que tenhamos forças pra lutar e refúgio da loucura em nasceres do sol cada vez mais lindos.
Desejo instantes únicos e marcantes, evolução de corpo, alma e espírito, transcêndencia para o que se faz necessário, humildade, disposição e esperança. Que haja muita fé em Deus, no mundo e nos seres humanos. Que haja surpresas, vitórias e algumas conclusões seguidas de novas introduções, pontos finais, vírgulas, pontos de exclamação, alguns de interrogação quando for preciso e muitas reticências ao que vale a pena.
Que as dificuldades sejam enfrentadas com a coragem de quem mete a cara e enfrenta os medos. Que venham muitos sonhos, ideais, ideias e muita garra e força de vontade para tornar tudo real. Que cada pessoa seja valorizada e que cada gesto e cada sorriso mude o mundo.
Que tenhamos cada vez mais paciência e a certeza tranquilizadora de que tudo, invariavelmente, quando acaba, acaba bem. Que haja desprendimento e consciência pra deixar ir o que precisa ir e de aceitar o que não nos cabe mudar. Que encontremos dentro de nós mais e mais auto conhecimento, lucidez e responsabilidade com nós mesmos e com os outros. Que haja sincera aceitação de quem e como somos, com nossas virtudes e defeitos.
Que haja romance, bons livros, bons filmes, cultura, trabalho, estudo, longas conversas, insights, música, dança, risadas, gargalhadas, um violão, um bom amigo, dias de praia, noites de festa, boas comidas, novas descobertas e novas experiências.
Que não haja medo de apostar nas oportunidades que nos forem dadas - como se nunca tivessemos nos desiludido - e por mais dificuldades que apareçam, que nós encontremos o lado bom de cada história. Que nunca o ódio, a tristeza, a melancolia, o desespero, a dúvida e a desistência nos invadam a tal ponto que nos impeçam a busca.
Que haja perdão e reflexão. Que tudo nos acrescente e que, por mais que as experiências não sejam compreendidas de imediato, haja em nós a tranquilidade para deixar a vida seguir seu curso sem perder o sorriso no rosto.
Que saibamos que nada e nem ninguém tem o direito de nos fazer acreditar que não somos merecedores. Que não haja desespero quando parecermos perdidos e que sempre encontremos motivos que realmente valem a pena para se lutar pela vida.
Que 2010 nos renove as forças, a alma, o coração, o corpo e a mente. Que haja descanso pleno e que as baterias se recarreguem. Que 2010 seja especial, único e inesquecível. Cheio de longos suspiros, arfadas de ar tranquilas e momentos de falta de ar.
Muita paz, equilíbrio e crescimento no caminho. Que a evolução se faça presente a cada dia na busca do que realmente importa; - É isso - e algumas coisitas mais - que eu sinceramente desejo pra mim.. e pra você!
"Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude. Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, e o que não mata, fortalece. As vezes mudar é preciso..nem tudo vai ser como você quer, a vida continua. Pra qualquer escolha se segue uma consequência.Vontades efêmeras não valem à pena, quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mais quem faz dez com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível, talvez possível, depende! Quem te merece não te faz chorar, quem gosta, cuida. O que está no passado tem motivos pra não fazer parte do seu presente. Não é preciso perder para aprender a dar valor..mas sim pra perceber que era feliz e não sabia. E os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe que o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida é o que nunca deveria ter entrado nela! Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mais seus resultados nem sempre são imediatos. Não fique preocupado, você nunca sabe quem está se apaixonando pelo seu sorriso."
"Algumas carregadoras de água têm cabelos verdes, cabelos roxos ou não têm nenhum cabelo. Ela vai usar uma argola no nariz, um anel no dedo do pé ou seis brincos em uma orelha e um piercing na língua. Ela vai se vestir do jeito que achar melhor, não importa qual seja a ocasião, e pode muito bem usar jeans e uma camiseta escrito Liberdade para o Tibete em um jantar formal.. Sua filosofia é "Honestidade é a melhor política". Um espírito livre que não liga a mínima para se enquadrar nos padrões da sociedade e que entende que lar é um estado de espírito e não um lugar definido. Deixe que outras pessoas se pendurem em suas crenças, rotas e suas rotinas entediantes."

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Não tenho achado nada do que eu escrevo bonito. Não tenho me achado bonita, a propósito. E se eu estivesse falando dos meus quilos a mais ou do meu corte de cabelo esquisito, até que ficava fácil. Não tenho me achado bonita, mesmo. A mulher do espelho tem olhos meio tristes e sorriso amarelo. Mesmo depois da limpeza nos dentes, o sorriso insiste em abrir amarelado. Podia ser um filme em preto e branco.. amarelo do mesmo jeito. Não sou interessante, não tenho as melhores perguntas e muito menos as melhores respostas. Não faço os melhores comentários, nem os mais inteligentes ou os mais engraçados. Aliás, eu não faço muitos comentários. Não me sinto bem em ser o centro da conversa e não gosto quando todos olham pra mim. Não sou engraçada ou, nem mesmo, engraçadinha. Não sou legal e não sou... Ai, acho que sou cansativa.

Vou lá conversar!
O que dói é o apego. O apego ao que nem aconteceu. O apego aos planos que fiz. As risadas que a gente não deu mesmo sabendo o quanto eu gostei de todas as que demos. As besteiras que não falamos, todas as vezes que não senti a tua respiração e pelas vezes que não tirei teu fôlego. Dói os carinhos que não fiz e a primeira vez que você nunca dormiu comigo. As situações da vida que a gente não dividiu. Os finais de semana que a gente não saiu. Dói cada pedaço da personalidade que eu não conheci. Os almoços que não fizemos e as cervejas que não tomamos. Os beijos de bom dia e boa noite, os beijos sem motivo que eu não pude dar, os roubados que não roubei e as viagens que não vamos fazer. Dói o grito que ficou entalado na garganta e dói a força que eu fiz pra não forçar ninguém a me querer. Foram tantos planos e foi aí que eu errei. Nem é de você que eu sinto falta afinal, porque você é, na verdade, um alguém que eu mal conheço. Um alguém que não sonhou meus sonhos. Meu apego dói, mas não vai doer pra sempre.

PS: Agora eu não consigo pensar em planejar nem o final de semana. Não sei se por medo ou o que. Sinto necessidade de banir expectativas da minha vida e acabo me afastando de tudo que me lembre do significado dessa palavra. Nem planos pro novo ano eu fiz. Preciso primeiro descobrir o que fazer com meus planos antigos pra ter espaço para alguns novos. Como, mesmo sem planos, a vida insiste em acontecer, deixa que ela aconteça. Não sei se tudo isso é bom ou ruim. Enfim... deixa estar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Pra dizer que o teu silêncio me agride e não me agrada ser um calendário do ano passado. Pra dizer que teu crime me cansa e não compensa entrar na dança depois que a música parou.

Eu não falo de dor, falo da estranha sensação que é não sentir absolutamente nada.

Engenheiros do Hawaii
A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade e querer com mais doçura.

Lya Luft

O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada tique do relógio faz sua cabeça doer como se fosse um fluxo de sangue passando por uma ferida. Ele passa desigual, em estranhos solavancos e levando a calmaria embora, mas ele passa. Mesmo pra mim.

Stephanie Meyer
A capacidade de adaptação do ser humano é incrível. Eu, que era tão acostumada com a tua presença a preencher meus dias, agora ando acostumada com tua ausência total e teu vazio de quem, aparentemente, nunca nem existiu.

Tudo vai desbotando até atingir entediantes tons de cinza; nem preto e nem branco, cinza desbotado mesmo. Se não fosse por minha memória que insiste em lembrar o que eu só tenho motivos pra esquecer, você nem existiria mais, afinal.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

É não ter como evitar esse teu sorriso estampado - tão seu e tão do mundo quanto eu gostaria que fosse meu - que me arranha a garganta e me embassa os olhos. É esse teu sorriso que sabe ser meio sacana e meio infantil - sem nunca deixar de ser meio você - que faz doer a falta de tudo o que a gente não viveu. É esse teu sorriso sem vergonha ou pudor - assim branco e largo demais - denunciando que o passado ficou pra trás e eu passo o tempo vivendo de um tempo que, pra você, já não existe mais.

Já nem sei mais se realmente dói ou se sou eu quem faço doer. Enfim, vai acostumar, passar, parar de afetar e todos os ar mais que interessar; eu sei que vai.
Óbvio que a gente se dá bem!

Se ela for escolher a comida, escolhe carne sem pensar duas vezes. Se for refrigerante, pede uma Coca. Se vai pra festa, insiste que não sabe dançar. No tempo livre quer acampar, naqueles lugares cheeeeios de mosquitos. Não gosta de doces, não come brigadeiro, não vê a mínima graça em sorvete e detesta até o cheiro de pizza. É tão pentelha que quando eu digo que prefiro o All Star, capaz de usar Bull Terrier só pra me contrariar. Liga e me acorda todas as madrugadas mas, se eu ligar de manhã cedo, garanto que não atende o celular. O que sai da boca dela, se não for gíria, é palavrão. Puxa o "r" pra falar e é só ficar irritadinha pra soltar um "vai tomar no seu cú". Aliás, ela é irritadinha! Ela é tão ela, que eu não sei explicar...

ah, deve ser saudade;

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Realmente acho que eu perdi o jeito. Era raro eu gostar, ou quase; mas agora já não consigo nem começar. Não me preocupo, ou tento, porque sei que não é a primeira vez.

"Considere toda a hostilidade que há da porta pra lá. Enquanto eu fujo você preparou qualquer desculpa pra gente ficar. E assim a gente não sai e esse sofá tá bom demais. Deixa o verão pra mais tarde..."

Mariana Aydar me traduzindo. Óde as minhas (quase) novas descobertas musicais.
- Tá. Vá direto ao ponto. Tu sofre?
- Sempre.
- Por amor?
- Sempre.
- Estão explicadas suas olheiras…
- Orgulho ferido não é amor.

http://marinamelz.wordpress.com/

O blog dela, de tão dela é tão meu que nem sei.
São devaneios de uma personalidade tão minha, assim.
Linhas da melancolia sedenta de sempre querer mais;
Linhas da melancolia de quem sente pela vida, de quem sente para viver.
De quem sente, e senta, e desabafa, e expõe, e se expõe sem vergonha alguma do que sente.
Linhas da certeza de quem entende que, se não fosse assim, desse jeito bem assim, não haveria um só jeito ou qualquer outro sentido para ser.
Linhas que eu roubaria todas, uma por uma, na tentativa infindável de traduzir em palavras o que e como eu sinto - como eu ME sinto.
Linhas de uma repetição contraditória; que se renova a cada linha.
Realmente acho graça por perceber o que, irremediavelmente, nos move a vida.
Quero me expressar como ela, assim que eu crescer.
É como eu costumo dizer; ninguém morre de amor. No máximo, morre-se pela falta dele.
Hoje eu acordei com alma de poeta.
Querendo redigir linhas em verso e prosa, rimando e construíndo sonoridade de canção.
Querendo eternizar um mil de coisas, devolver à minhalma o coração.
Assumir a melancolia de escritor e aceitar que é a tristeza quem me acompanha em cada texto.
E pouco a pouco, nesse refúgio mudo, a minha solidão vai virando documento.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer.

MG;
O tédio e a preguiça me consomem. Ô combinaçãozinha letal.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Eu queria, mas não tenho o que escrever.

Fato.



Então, boooom dia! ;D Acordei bem hoje.. x)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Brother, que bagulho loco! Eu to em férias e isso definitivamente quer dizer muuuito mais do que o fato de não ter mais aulas por 2 meses! ;D

P.S. Não comecei muito bem com a minha contratação oficial. Dói tuuuudo ;~
O final de semana na praia foi um conto de fadas.

"Entrada da Yes, 20 reais
Gasolina até a praia Brava, 15 reais
Vinho, 9 reais
Beira da praia pra ver o sol nascer, não tem preço."

*.*

P.S. Parece que um caminhão passou por cima de mim; acho que aquela tal gripe me pegou sim, afinal ;~
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo. Isso é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pelas ausências de entes queridos que não podem mais voltar. Isso é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos. Isso é equilibrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. Isso é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado. Isso é circunstância.

Solidão é muito mais que isso. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."

Definição de Chico Buarque.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eu realmente estou passando mal, calor dos infernos. Esse dia não vai acabar nunca?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quero encontrar alguém que realmente saiba o que diz que sabe. Que quando tome uma decisão tenha feito uma escolha real e não apenas escolhido uma preferência. Alguém que ao escolher, não mantenha outras possibilidades como cartas na manga.

Alguém que tenha despertado para o fato de que escolher uma pessoa significa escolher uma pessoa para a vida e não para o mês ou para o final de semana.

Alguém que saiba que maturidade não se adquire com o passar dos anos e que seja maduro o suficiente para não sentir medo ao saber que as coisas ficam mais permanentes a medida que amadurecemos mais e mais.

Alguém que não se gabe de saber muito sobre a vida e o amor, bem pelo contrário, alguém que sabe que tem muito para aprender, mas que já aprendeu que a gente só sabe realmente o que quer quando abre mão do que poderia ter além daquilo, já que oportunidades existirão até o fim da vida.

Alguém que entenda que você não muda de rota se realmente sabe o que quer.

Quero alguém que saiba o que quer, que escolha lutar por isso e que isso seja, bom, eu. Não alguém perfeito, e sim alguém patéticamente imperfeito, mas perfeito pra mim.
Desde ontem eu PRECISO escrever. Sob pena de ficar meio maluca (ou, mais maluca)! ;/
Há um momento. Um momento que chega de carona em um instante qualquer. É naquele momento que você percebe o perigo.

Quando? Ontem.

Não sei o que fazer. Deixa estar.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Hoje é o GRANDE dia então.. To nervosa! Não sei nem o que eu vou sentir quando olhar pra trás e ver esse dia acabado. Espero que acabe em cerveja!

P.S. Ok, to começando a ir com a cara do meu blog de novo; ainda bem!
P.P.S. Ainda quero e preciso escrever, mas to quase desistindo da idéia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Eu continuo precisando escrever. A faculdade está nos finalmentes, as coisas começando a se encaminhar. Hoje eu vou sair mais cedo do trabalho pra ir ao médico fazer exames e depois vou pra casa terminar obrigatóriamente o artigo científico do semestre. Junto com ele, amanhã preciso entregar mais um roteiro de 7 páginas que não tá pronto e tenho prova. Já me desesperei tanto com tudo isso que agora nem me desespero mais. O fato é que eu to travando pra escrever esse artigo e minha cabeça dá um colapso na hora que eu penso na possibilidade de analisar o videoclipe que eu escolhi. Queria saber porque. ;/
Obs 1: Faça milhões de novos amigos, mas nunca se esqueça do valor que os antigos têm!

Obs 2: É tão fútil dizer ser incerto, se eu sei bem o que eu mais quero.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"Sentido único: em frente!
Faço aniversário em setembro. Quando alguém, em agosto, pergunta quantos anos eu tenho, já respondo com a idade nova. Não sei até quando terei essa coragem de me envelhecer antes da hora, mas, por enquanto, ainda arredondo pra cima. Com o ano novo, é a mesma coisa. Já estou na nova década faz uns 20 dias. Coloquei-o em total vigência, é um ano em curso, mergulhei de cabeça nele. 2009 já era, já deu o que tinha que dar. Aliás, foi bom pra você? Poucas pessoas viveram grandes feitos, grandes viagens ou grandes paixões. A maioria viveu o que podia ter vivido. Leu alguns livros. Curtiu alguns churrascos. Passou uns finais de semana fora da cidade. Reclamou da falta de dinheiro. Brigou com pais e irmãos. Fez as pazes com pais e irmãos. E depois brigou de novo. Esperou em filas. Assistiu a pelo menos um show. Entristeceu com a morte do Michael. Reclamou muito do frio e das chuvas. Bebeu demais. Pensou em casar. Pensou em descasar. Pensou em ter um cachorro. "Ano da virada" é apenas força de expressão. A maioria de nós viveu um ano semelhante aos outros anos, salvo aqueles que foram colhidos por uma fatalidade - já não é fatalidade suficiente estar vivo? Eu tive um ano muito bom e muito parecido com outros anos bons, inclusive nas partes ruins. Ainda assim, o melhor de chegar aqui, na saideira, é olhar para trás e concluir que o aconteceu de mais diferente foi eu mesmo. Entrei de um jeito em 2009 e estou saindo outro, mesmo que eu pouco perceba essa alteração. Portanto, tenho certeza de que em 2010 eu verei alguns filmes, assistirei pelo menos a um show, lerei alguns livros, sairei da cidade uns finais de semana, irei bater ótimos papos com os amigos, terei uns arranca-rabos em família e depois voltarei às boas, perderei tempo em filas e reclamarei do calor. E mesmo sendo mais um ano como tantos outros - no caso de nenhuma fatalidade ocorrer - , sairei de 2010 melhor do que estou entrando, simplesmente porque é impossível desprezar conhecimentos, conversas, sensações, tudo o que parece repetitivo, mas que nos dá uma vontade gigante pra seguir adiante e viver melhor.

Então.. Feliz você novo, mesmo que pareça igualzinho. :)"

Perfil do Edu Beltramini
Meu MSN vai continuar desligado. Vou continuar aqui no escritório sozinha. Não sei que música colocar... Deixa o silêncio continuar tocando por aqui.

Acho que eu deveria mudar o blog inteiro. Não sei porque, mas não to gostando muito dele ultimamente. (Suponho que dê pra perceber, já que ele tá um tanto quanto abandonado e desprovido de qualquer criação literária da pessoa que vos fala.)

Eu até queria escrever, mas não consigo. Ando cansada, precisando, e MUITO, de férias. Tenho só mais quatrocentos e vinte e sete trabalhos pra fazer essa semana e, bom, nenhum tempo pra isso. Minhas aulas vão bater o record de duração e, pelo visto, até dia 10 de dezembro ainda não vou estar liberada desse semestre maldito!

Tenho alguma coisa do trabalho pra fazer que eu to esquecendo e acho que minha TPM resolveu dar as caras; to tão desanimada ontem e hoje que não deve ser normal. Aliás, sei lá se é TPM mesmo; to me sentindo sozinha no meio das pessoas. Pareço não pertencer a lugar algum e todas as relações tão me parecendo superficiais demais.

Com muitas das pessoas próximas as energias não estão batendo, ando sentindo uma falta imensa de pessoas que agora estão distantes, algumas não são o que pareciam e não se importam como pareciam se importar e eu não sei ao certo o que fazer com essas informações.

Ontem eu pensei querer ir pra praia sozinha e passar um bom tempo por lá, mas não é isso que eu quero. Não quero ir sem ninguém - solidão tá me deixando triste.

Queria que alguém estivesse aqui. Alguém que não me perguntasse nada que eu não queira falar mas que realmente quisesse estar aqui. Alguém que me perguntasse com interesse como eu to e me desse um abraço de verdade, aquele que eu preciso e que me faça sentir que eu estou exatamente onde queria estar. Alguém que me faça sentir apoiada e protegida. Só não sei quem.

Acho que vou ficar aqui quietinha, sozinha e na minha.. fingindo que eu acho isso tudo "um pouco bom". Deixemos o tempo dar jeito..

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"Você pensa que sabe de tudo
Das coisas que rolam no mundo
Só que às vezes você perde a graça
Um dia é do caçador, outro da caça
Então, nós faremos um trato
Eu esqueço de tudo
Mas chega aqui do meu lado
Você diz que sabe meu nome
Faça o favor, telefone
Me dizendo a melhor maneira
Da gente ficar junto e não fazer besteira"

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O inesperado pode não ter face, mas tem olhos. Olhos castanhos.

"Era início de noite e eu já não esperava mais nada. Estava lá, sozinha, aproveitando a loucura que me sugava pra dentro de mais um copo de chopp. Foi então que o acaso se fez corpo. A coincidência me deixou sóbria de tudo, apagando toda a noite que vivi antes de me encontrar com aqueles olhos castanhos.
Eram os mais expressivos que já vi..."

Cami Fiamoncini.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O amor é outra coisa…


O amor não é faz você pensar dia e noite numa pessoa. O nome disso é tara. O amor é outra coisa.

Amor não é sentir um vazio quando se está sozinho. O nome disso é fome. Amor é outra coisa.

O amor não nos torna mais felizes. O que faz isso é Prozac. O amor é outra coisa.

O amor não nos deixa mais bobos. O que faz isso é a revista Veja. O amor é outra coisa.

O amor não te leva ao Paraíso. O nome disso é metrô de São Paulo. O amor é outra coisa.

O amor não tira suas defesas. O nome disso é HIV. O amor é outra coisa.

O amor não faz o coração bater mais rápido. O nome disso é arritmia. O amor é outra coisa.

O amor não te deixa com friozinho na barriga. O nome disso é desinteria. O amor é outra coisa.

O amor não te sincroniza com o outro. O nome disso é Bluetooth. O amor é outra coisa.

O amor não é compartilhar absolutamente tudo com o outro. O nome disso é comunismo. O amor é outra coisa.

O amor não nos faz revirar os olhinhos. O nome disso é epilepsia. O amor é outra coisa.

O amor não te deixa com as pernas bambas e suando frio. O nome disso é pressão baixa. Amor é outra coisa.

O amor não é algo que faz o seu coração continuar batendo. O nome disso é marca-passo. O amor é outra coisa.

O amor não mexe com a minha cabeça e me deixa assim. O nome disso é distúrbio bipolar. O amor é outra coisa.

O amor não é aquilo que entra no o coração quando você menos espera. Isso é bala perdida. O amor é outra coisa.

Roubei do blog da Aly e dos desenhos do Flá. Geniaaal!
To ansiosaaa! Dooooida pra terminar os stills logo e sair da Preview! Hoje é um dia feliz! Muitos pontos de exclamação porque hoje eu to animada! A Fabi tá de aniversário e vamos tomar vinho! Eu vou sair da Preview mais cedo! Eu vou viajar rumo a Caxias do Sul de madrugada! Já baixei umonte de músicas novas pra ouvir na viagem! Minha prima vai casar amanhã! E chega! HAHAHAHA

Tá, to com vontade de escrever, mas quem disse que eu consigo? E que a Lilian chegue logo pra eu poder ir embora, amém! ;x

Liberdade pra dentro da cabeça. x) txuru, txururutxu..

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O Pilla foi imprimir os roteiros e nunca mais voltou! E eu que queria ser liberada logo.. grrrr
Você é assim, um sonho pra mim e quando eu não te vejo eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito. Eu gosto de você e gosto de ficar com você. Meu riso é tão feliz contigo, o meu melhor amigo é o meu amor. E a gente canta, e a gente dança, e a gente não se cansa de ser criança pra gente brincar de a nossa velha infância. Teus olhos, meu clarão, me guiam dentro da escuridão. Teus pés me abrem o caminho, eu sigo e nunca me sinto só...

Ouvi essa na rádio hoje. Serenatas a parte (HAHAHAHAHA), ela me deu uma saudade de momentos que ficaram em outros tempos.. x)

P.S. E hoje eu vou arrumar as minhas coisas para ir pra Caxias do Sul no casamento da minha prima! Que inéédito! *.*

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

If we crawl until we can walk again
Then we'll run until we're strong enough to jump
Then we'll fly until there is no wind

Chris Brown - Crawl

...Não tenho um caminho novo. O que eu tenho é um novo jeito de caminhar.

Thiago de Melo.
Vou sair pra ver o sol.. x)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

...e uma sensação bem estranha de "ain, não quero escrever aqui."

Boa noite, blog!
Beijos ;*

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"..Eu gasto o meu tempo não sei onde. Minhas medidas são diferentes. Minutos não dão certo para mim. Eu os perco enquanto vivo e, como se acordasse de um transe, depois não lembro em que buraco os enfiei. É mais ou menos assim: a minha tristeza leva consigo tempo; muito tempo. Felicidade faz o tempo parar e é só pensar em fingir que já começa a total perda de tempo.."

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Dizem que o sorriso é meu cartão de visita. Em geral concordo, sempre gostei de mostrar os dentes. Ninguém sabe que meu rosto se resume em meus olhos, que por pouco não se fecham a cada sorriso, mas que destilam amores e sentimentos.
Não há forma melhor de me conhecer que estar em silêncio comigo e, no escuro da noite, rezar para que a luz da lua nunca pare de brilhar.
Playlist

Pimentas do Reino - Pensando em você
Ramirez - Matriz
Dead Fish - A cura
Hoobastank - The reason
Blink 182 - I miss you
Verde Velma - Canto pra mim
Fergie - Big girls don't cry
Bidê ou Balde - Mesmo que mude
Silverchair - I miss you, love
Jet - R u gonna be my girl?
O Surto - A cera
No Doubt - Don't speak (A Aly me quebra.)
Paralamas do Sucesso - Lanterna dos afogados
CPM 22 - Não sei viver sem ter você
CPM 22 - Dias atrás
(sessão cpm agora?!)
CPM 22 - 1 minuto para o fim do mundo
(HAHAHAHA cara, contigo até de sessão de deprê eu consigo rir, definitivamente parecemos bêbadas gritando isso, diva)
AVRIL LAVIGNE - With you (me matou, bjs.)
Avril Lavigne - Hot
Cachorro Grande - Sinceramente (Agora a Aly morreu.)
espero que meus pais não estejam querendo dormir.. ;x
Cazuza - Exagerado (agoooora sim!)
Capital Inicial - Fogo (se não, né?)
e antes de dormir: Hateen - 1997 (morre Brunna, morre.)
Ana Carolina - Evidências (Calorina HAHAHAHA, né? gente, coisa de corno!)

(...)
Boa noite, blog!
Sei que vão dizer que não adianta olhar
Pois acabou de passar...
Mas olha só o jeito dela dançar
Seu tênis preto All-Star

Sem nem ligar se vão notar
Sorri e fecha os olhos,
sabe que é musa soberana nesse bar...

Menina singular
Olha só o seu perfume no ar
Maquiada com ar de quem sofreu por amor
e não quer mais se entregar
Espera o tempo passar

E até já dizem por aí
Que ninguém vai conseguir se aproximar
Que o lápis no seu olho é pra afastar
Quem não quiser te ver feliz

mais de 5 anos e eu ainda acredito piamente que essa música foi feita pra mim.
eu e a Aly ouvindo músicas antigas e marcantes.. amo você, diva! (;
Trabalho até os ossos. E que ossos. Sinto cada um deles.
Horário de verão e eu continuo sentindo um frio do cão! É, até rimou. x)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

And though you break my heart.
'Cuidado com as pessoas, com a intenção das pessoas. Cuidado, principalmente, porque ninguém é igual a ninguém. Nunca saberemos o que se esconde por trás de um terno e uma gravata, um cabelo bem arrumado, uma voz simpatica e um bom humor eterno. Pessoas que nunca tem problemas são feitas de problemas. As que têm, não são.'

B.V.P.
P.S. Foi genial isso.
Hoje eu vou ficar aqui na minha, vou ficar sozinha; acho um pouco bom.

P.S. Será que eu vou ter que abandonar esse blog também? Juro que se criar outro, não passo a conta pra absolutamente NINGUÉM!
I don't feel like dancing. ;/
'Eu me descubro ainda mais feliz a cada pedaço seu e de tudo o que é seu. Às vezes você é tão bobo, e me faz sentir tão bobo, que eu tenho pena de como o mundo era bobo antes da gente se conhecer.

Eu queria assinar um contrato com Deus: se eu nunca mais olhar pra pessoa nenhuma no mundo, será que ele deixa você ficar comigo?

Eu descobri que tentar não ser ingênuo é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteiro não me dá medo porque ser inteiro já é ser muito corajoso, eu descobri que vale a pena ficar três horas te escutando falar sobre a vida mesmo que o dia esteja explodindo lá fora.

E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca, e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam.

Eu olhei para você com aquela sua roupa que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem, que eu tive vontade de ser a melhor pessoa do mundo.

E eu tive vontade de voltar a malhar, ler e ouvir todas as músicas legais do mundo.

E aí eu só olhei pra bem longe, muito além daquela lua, e todo o meu passado se pôs junto com ela. E eu senti a alma clarear.

Eu te engoli e você é tão grande pra mim que eu dedico cada segundo do meu dia em te digerir. E eu não tenho mais fome.

Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, mas aí olho pra você e você também está sempre rindo. Se isso não for o motivo para a gente nascer, já não entendo mais nada desse mundo.

Mas você me deu preguiça da velha tática de fuga, você me fez dormir um cd inteiro na rede e quando eu acordei o mundo inteiro estava azul.

Engraçado como eu não sei dizer o que eu quero fazer porque nada me parece mais divertido do que simplesmente estar fazendo. Ainda que a gente não esteja fazendo nada.

Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado.

Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. Eu risquei de vez as opções, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja.

Você quebrou minhas pernas, me fez comprar uma camiseta linda que agora tem o teu cheiro.

...mas eu não sabia que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, pudesse modificar os nossos roteiros.'

E.B. x)~
P.S. Eu achei liindo, amor.

domingo, 18 de outubro de 2009

Dói. Eu precisava escrever antes de enlouquecer, precisava falar, mas é, não vai dar. Como eu faço agora? Onde eu enfio tudo isso? Maldição. Dói demais gostar de você, cara.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

I don't wanna talk about the things we've gone through
Though it's hurting me, now it's history

I've played all my cards and that's what you've done too
Nothing more to say, no more ace to play

The winner takes it all, the loser standing small
Beside the victory that's her destiny

I was in your arms thinking I belonged there
I figured it made sense
Building me a fence, building me a home
Thinking I'd be strong there
But I was a fool playing by the rules

The gods may throw a dice, their minds as cold as ice
And someone way down here loses someone dear

The winner takes it all, the loser has to fall
It's simple and it's plain, why should I complain?

But tell me does she kiss like I used to kiss you?
Does it feel the same when she calls your name?
Somewhere deep inside you must know I miss you
But what can I say?
Rules must be obeyed...

The judges will decide the likes of me abide
Spectators of the show always staying low

The game is on again
A lover or a friend?
A big thing or a small?
The winner takes it all

I don't wanna talk
Cause it makes me feel sad
And I understand
You've come to shake my hand

I apologize
If it makes you feel bad
Seeing me so tense
No self-confidence
But you see
The winner takes it all
The winner takes it all...

The winner takes it all - ABBA
Acabei de ver Mamma Mia.
Eu acho uma mistura complexa demais falar sobre prática e lembranças. Sabe, se não lembrasse, não teria como escrever - ainda que se perca a prática de tudo e se torne apenas mais uma entre todas essas pessoas exageradamente comuns.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Primeiro o telefone tocou no intervalo de House. Ainda bem que era intervalo, pensei. A voz da minha tia do outro lado da linha já despertou meu medo. Podia farejar, sem esforço, a calmaria forçada. Meu avô na UTI novamente. Não há uma palavra sequer pra se falar em relação ao sentimento de impotência que acomete nessa hora. Depois, como um estalo, eu percebi. Percebi que eu ainda fujo, percebi que eu ainda não aceitei. As lembranças vieram invadindo a minha mente sem pedir licença. Lembrei de tempos atrás, quando ela tava ali, sentada comigo naquela mesma mesa. Lembrei do que me pedia e agora quero mais é terminar esse texto logo pra não precisar lembrar novamente. Percebi que eu fujo de todas as memórias e que o fato de não poder mais vê-la, ainda não foi processado em minha mente. Pra mim, é como se ela estivesse numa viagem e fosse voltar logo. Quando as lembranças vem, lá vou eu com aquele trabalho de auto-convencimento pra acreditar nessa mentira que inventei. Pra que lembrar, afinal? Logo ela estará de volta. Melhor pensar em qualquer outra coisa. Não quero encarar a saudade, não quero encarar a ausência. Mais do que não querer, eu não consigo. Sei que no fundo, eu não fui mais a mesma desde então. Também pudera; a minha avó faz tanta falta.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Não sei mais onde você mora, que horas acorda, em que ruas anda. Não sei mais quais são as estações de metro e as linhas de onibus que fazem parte do teu trajeto. Não sei nem se você ainda pega metro e onibus, afinal. Não sei mais quem trabalha com você e nem como anda o ritmo de trabalho de vocês. Não sei se você continua trabalhando sem uniforme, se continua usando a internet nos tempos livres e nem pra quem liga quando precisa fazer interurbano. Não sei quais foram os pratos que você aprendeu a cozinhar e não sei se você tem gato, cachorro, furão, papagaio ou periquito. Não sei a cor, o tamanho, o aspecto e nem o endereço da casa em que você mora. Aliás, não sei se você mora numa casa ou se é apartamento. Não sei mais quanto você ganha, quanto gasta, quanto investe e quanto sobra. Não sei mais se anda compondo, escrevendo ou desenhando. Não sei porque o teu telefone toca, quem bate na sua porta e quem te convida pra sair. Não sei o que isso significa e não sei se existe o nosso lugar em meio a isso tudo. Não sei como chegamos até aqui e não sei como isso tudo pode ter a cara de pau de parecer natural. Não sei mais da sua vida, dos seus planos, dos seus sonhos, da sua rotina e, acho que não sei nem sobre os seus sentimentos. Essa realidade distante me parece tão próxima que nem sei como fazer pra acreditar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lembra daquele escapulário marrom que eu ganhei e usava todos os dias? Pois é, ele acabou de quebrar. ;/
"Ao introduzir a chave na porta do apartamento, percebi que a fechadura havia sido forçada. Fiquei paralisada. O trinco começou a girar do lado de dentro. A porta se abriu e me deparei com o olhar escuro que já conhecia de tempos atrás. Que Deus me perdoe, mas naquele instante senti que recobrava a vida e dei graças aos céus.
Nos fundimos em um abraço interminável, mas, quando procurei seus lábios, ele se afastou e baixou os olhos. Fechei a porta e, segurando em sua mão, guiei-o ao quarto. Deitamo-nos na cama, abraçados em silencio. Entardecia, e as sombras do apartamento ardiam, cor de púrpura. Ele chorava em meu peito e eu me senti invadir por um cansaço impossível de traduzir em palavras. Mais tarde, quando caiu a noite, nossos lábios se encontraram, e sob a proteção daquela obscuridade urgente nos desprendemos daquelas roupas que cheiravam a medo e morte. Quis me lembrar do homem ao qual eu pertencia, mas o fogo daquelas mãos em meu ventre roubou-me a vergonha e a dor. Quis perder-me nelas e não voltar, mesmo sabendo que ao amanhecer, exaustos e talvez doentes de desprezo, não poderíamos nos olhar nos olhos sem nos perguntar em que havíamos nos transformado.

Fui despertada pelo barulho da chuva ao alvorecer. A cama vazia, o quarto coberto por uma névoa acinzentada. Encontrei-o sentado em uma poltrona, contemplando os restos de vida perdidos nas sombras de uma Barcelona caótica. Ele levantou os olhos e brindou-me com aquele sorriso morno, distante, que dizia que ele nunca seria meu. Tive vontade de cuspir-lhe a verdade, de feri-lo. Teria sido tão fácil revelar-lhe que ele vivia de enganos, que eu agora era tudo que ele tinha no mundo.
- Eu nunca deveria ter voltado a Barcelona.
Ajoelhei-me a seu lado.
- O que você procura não está aqui. Vamos embora. Os dois. Para longe daqui enquanto há tempo.
Ele me olhou longamente, sem piscar.
- Você sabe alguma coisa e não me disse, não é?
Neguei com a cabeça, engolindo em seco, e ele se limitou a assentir.
- Essa noite eu voltarei lá.
- Não, por favor..
- Preciso ter certeza.
- Então eu vou com você.
- Não.
- Da última vez que fiquei aqui, perdi o que me restava. Se você vai, eu vou.
- Isso não tem nada a ver com você. É algo que só diz respeito a mim.
Perguntei-me se ele realmente não percebia o mal que suas palavras me faziam, ou se ele nem se importava com isso.
- Isso é o que você pensa.
Ele quis acariciar meu rosto, mas afastei sua mão.
- Você deveria me odiar. Isso lhe traria sorte.
- Eu sei."

A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón
Um dos melhores livros que eu já li na vida.
Eu queria ter ficado mais. Ainda era muito cedo e não tinha feito nem metade do que eu queria fazer. Minha cabeça rodava e minhas costas latejavam a cada dez segundos - ou algo assim. Não demorou e eu adormeci. Não lembro de nada além disso. Doze horas depois eu acordo e, bom, continuo morrendo de sono. Detesto gripe.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Hoje penso que só existe uma forma de amar de verdade: de olhos fechados.
Se é pra chorar no final, prefiro chorar por inteiro. Não existe coração meio partido, também não deve existir amor meio amado.

Ao medo, à insegurança e à dúvida, todo o meu apreço.
A graça da paixão é o frio na barriga de querer mais o que a gente acha que ainda não tem."

Cami.

P.S. Eu to MORRENDO de sono. ;~

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Brasil

Quem é essa menina
Que faz todo mundo olhar?
Quem é essa menina
Que faz todo mundo olhar?
Que mexe, que alucina
Tem o samba no andar,
Brasil.

Quem é essa menina
Que tem a bossa na voz?
Quem é essa menina?
Diferença entre nós
Ela chega de mansinho
Pra ficarmos a sós,
Brasil

Então apaga a luz e deixa rolar
Aquele som na sala de estar,
Brasil

Então vem dançar
Deixa a melodia te levar,
Então vem dançar
Essa noite eu quero te mostrar quem é ela,
Brasil

Ela tem mistério
E o mistério vem de bamba
Rock-samba, mundo inteiro
Ela é quem manda,
Brasil

Então vem dançar
Deixa a melodia te levar,
Então vem dançar
Essa noite eu quero te mostrar quem é ela!

Traz uma gelada
Pra dizer quem é ela
Que desce e sobe o morro
Que mora nas favelas do Brasil

O botiquim já tá fechando
E ela vai embora,
Quando a roda tá formada
Ela não tem hora,
Brasil

Então vem dançar
Deixa a melodia te levar,
Então vem dançar
Essa noite eu quero te mostrar quem é ela!

Who is that girl
That makes everybody look?
Who is that girl
That makes everybody look?
She moves, she makes me crazy
She got samba when she moves,
Brazil

Who is that girl?
She has bossa in her voice
Who is that girl?
Yeah, she is my choice,
Brazil

So, turn off the lights
And let it go
That sound in the leaving room
It's something we have to show
in Brazil

She have no time,
She have her style
I want to show
Tonight I wanna show what she does!

Quem é essa menina?
She is the one i'm living for
Quem é essa menina?
She is the one we have to show
Quem é essa menina?
She's our life, heart and soul
(sem pausa)Então vem dançar
Deixa a melodia te levar
Então vem dançar
Essa noite eu quero te mostrar quem é ela,
Brasil!

Brubi e Kah x)
a nossa música sobre a música ;D

Minha morena

Ôô morena da praia que samba e fascina cas perna grossa
te encontro no canto da esquina descendo a ladeira pra dançar
lá fora já dizem que quessa morena não há quem possa
reparo e então paro e afirmo que é com você que eu vou casar!

ela vem cum gingado envolvente
sensual e quente
me deixa doente a observar
me olha com o canto de olho
é quela que eu sonho e prela me disponho a namorá!

tem cheiro da mata
pele bronzeada, boca pintada e olhos de luar
a felicidade estampada
de quem sabe que dançando é o seu lugar!

Ôô morena da praia que samba e fascina cas perna grossa
te encontro no canto da esquina descendo a ladeira pra dançar
lá fora já dizem que quessa morena não há quem possa
reparo e então paro e afirmo que é com você que eu vou casar!

sorri, ilumina o ambiente,
domina minha mente
e faz meu samba incendiar
eu sei que no fundo ela sabe que eu canto pra ver ela dançar

eu devia te dizer, morena
faz meu corpo estremecer, morena
é dona do meu prazer, morena
eu só penso em você.

eu devia te dizer, morena
não tem como te esquecer, morena
te ofereço o meu viver, morena
eu só penso em você.
Procurei, procurei e procurei uma música pra postar aqui; mas meu wmp não tá ligado e eu to cansada atééé pra isso.

Boa noite, blog! x)~
Foi então que elas me perguntaram: Como você consegue? Eu olhei, ainda meio tonta, e pensei: como eu consigo, o quê? A única coisa que me veio na cabeça no momento foi: Definitivamente, as coisas não são como parecem. Guardei tal constatação no silêncio de minha mente, sorri com uma expressão vazia e me afastei em direção ao palco. Melhor assim; não queria nem um pouco dar explicações.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nunca tinhamos nos encontrado. Não sei nem como é possível, uma vez que a pelo menos 3 meses estamos sempre andando pelos mesmos corredores. Ontem era um dia como hoje, talvez como antes de ontem, ou como algum dos dias de semana passada.
Eu andava contemplando o nada, em direção a lugar nenhum. Ou, pelo menos, assim era com meus pensamentos. Cruzei com ela e nem a vi; não faria diferença.
Foi quando todos os corpos dentro daquele cubiculo - apertado e quente - saíram da inércia e passaram a subir sem sair do lugar, que eu despertei. Elevadores me dão agonia, desde sempre.
Acordei sem ter dormido. Sentia o sono latejar em meus olhos não tão grandes - isso pra não dizer pequenos. Foi naquele instante, perdido em algum dia como outro qualquer. Ela olhou pro lado por instinto. Aqueles olhos azuis fitaram os meus. Foi como um choque.
Aqueles eram olhos de oceano; tão inocentes, pulsantes e nervosos quanto podiam ser. O contato daqueles olhos com a névoa que tomava minha alma foi sustentado por alguma meia dúzia de segundos, ou algo assim.
E foi naquele choque, estranho e intenso, que eu senti a minha alma exposta aos olhos de uma estranha qualquer, em algum instante que parou, pairou e se perdeu num tempo sem fim.
Minha alma já não era igual. Meus segredos já não eram mais secretos, minha solidão
ganhara duas testemunhas azuis e silenciosas, duas companhias. A névoa se fora, levada por aquele oceano para algum lugar que não sei onde. As portas se abriram. Eu nem tive tempo de agradecer. A escuridão da noite já se fazia ver. Lá ia eu.
Eu queria tanto achar uma música que não sei o nome. Ouvi ela no rádio vindo pro trabalho, mas quem disse que encontrei, né?

Terminei meu trabalho de roteiro, mandei os arquivos do case, finalizamos o layout que faltava, não tem peças de still pra fotografar. O que eu faço agora? Sem nada pra fazer o tempo parece não passar e isso me agonia.

Hoje começa a Oktober! Não to no clima e nem altamente impolgada como nos anos anteriores. Acho que ainda nem caiu a ficha. Quantas coisas mudam de um ano pra outro - meu Deus. E quantas coisas permanecem - graças a Deus. Que bom, que bom!

Ai, que agonia! Vou procurar alguma coisa pra fazer, já que dormir eu não posso. Que soooono ;~ beijo!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Gente, tem tantos trabalhos pra fazer que eu acabo fazendo nenhum deles. Como eu enrolo, Deus do céu!


Are you ready for the miracle?

Just do it, do it, do it cause you want it. Just do it, do it, do it cause you like it. Do it, do it, do it cause you feel it, not because you saw it.

You can do a song, cook your food, clean your house. You can use a thong, be so rude, kiss my mouth. You can pierce your nose, sew your clothes, dance alone. You can make some friends, form a band or sing along.

Just do it cause you want it, not because you saw it. Just do it cause you want it and not because you saw, not because you saw it, yeah!

Just change it, change it, change it cause you want it. Just change it, change it, change it cause you like it. Change it, change it, change it cause you feel it, not because you saw it.

You can change your hair, change your house, change your life. You can change you sex, change your friends, change your wife. You can change your shoes, change your pants, change your style. You can change your face, change your boobs, change your smile!

Just change it cause you want it, not because you saw it!

Copacabana Club - Just Do It
Eu não parei de ouvir essa hoje. Poder baixar músicas no trabalho é ótimo! x)
Ok, vou fazer trabalho, juro!
Aqui convém filosofar um pouco. Ou melhor, falar um pouco do que me deixa angustiado nesta vida. Primeiro, esta sensação de vazio que sinto que nunca passa. É como se fosse aquele dilema filosófico. Sou uma garrafa que nunca fica cheia. Por mais água que eu coloque, ela nunca enche. Mesmo esvaziando, nunca fica completamente vazia. Ou seja, eu estou eternamente na metade. Nem vazio e nem cheio. Sou meio vazio e meio cheio. Será que você me entende? A minha última esperança de entendimento está bem aqui do meu lado. Última, no sentido de tentativa e não no sentido derradeiro. Porque, se não der certo aqui, torço para que ainda tenha outras chances para acertar. Porque, como já disse, estou aqui para ser feliz. Essa lição eu já aprendi. Ingênuo é você, se acha que tudo está perdido.

Nick Farewell

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Te Amo, Te Amo" - she says to me.
I hear the pain in her voice.
Then we danced underneath the candelabra, she takes the lead
That's when I saw it in her eye.
"It's over"!

Then she says: "Te Amo", then she put her hand around me waist
I told her: "No"
She cries: "Te Amo"
Told her: "I'm not gonna run away but let me go!"

My soul is a cry, without ask me why
I said "Te Amo? Somebody tell me what she said, don't it mean I love you?
Think it means I love you, don't it mean I love you?"

"Te Amo, Te Amo" she's scared to breathe
I hold her hand, I got no choice
Pull me out on the beach, danced in the water
I start to leave
She's begging me and asking "Why it's over?"

Yes, we can dance but you gotta watch your hands
Watch me all night, I move under the light
Because I understand that we all need love
And I'm not afraid to feel the love but I don't feel that way.

Then she says: "Te Amo", then she put her hand around me waist
I told her: "No"
She cries: "Te Amo"
Told her: "I'm not gonna run away but let me go!"

My soul is a cry, without ask me why
I said "Te Amo? Somebody tell me what she said, don't it mean I love you?
Think it means I love you, don't it mean I love you?"

Te Amo - Rihanna
Ooooutro vício.

P.S. Ok, eu vou parar de atulhar o blog com letras de músicas e imprimir os slides do Pilla queridomeuamor! Nem pensar começar a analisar o case da Fernanda agora.. x)~

Boa noite, blog! - que amanhã tem mais layouts e logos maravilhosas pra fazer (aos montes!). ;*~
I've been roaming around, always looking down at all I see. Painted faces, fill the places I can't reach. You know that I could use somebody, you know that I could use somebody.
Someone like you and all you know and how you speak. Countless lovers under cover of the street. You know that I could use somebody, you know that I could use somebody. Someone like you!

Off in the night, while you live it up, I'm off to sleep. Waging wars to shake the poet and the beat. I hope it's gonna make you notice, I hope it's gonna make you notice: Someone like me, someone like me, someone like me, somebody. Someone like you, somebody.

Use Somebody - Kings Of Leon (e uma versão cover - perfeita - do Paramore, que tá tocando aqui no momento.)

*Porque foi a melhor música da festa da Nanu!
Ai, é difícil pro homem se entender com ele mesmo, né? Lá vamos nós de novo com essa agonia e insegurança de possíveis catastrofes naturais. Seja o que Deus quiser!

P.S. A princípio.. 3 dias pra Oktober, então? ;D
"Me encontra, ou deixa eu te encontrar.."

viciei. x)~

sábado, 26 de setembro de 2009

Eu procurei um bom motivo pra não, pra não estar lá...

Se dependesse da minha vontade, a verdade é que eu não dormiria, não comeria, não trabalharia, não estudaria, não sairia de casa, não me arrumaria, não faria sobrancelha, não pintaria as unhas e nem os olhos. Não me esforçaria para arrumar forças, ânimo, fé ou qualquer coisa parecida. Não faria escova e muito menos prancha, não escolheria roupa, sapato e não falaria com ninguém. Eu não chamaria atenção, não dançaria, não cantaria, não bateria fotos. Não sorriria, não falaria, não daria um passo sequer, nem pra frente e nem pra trás. Acho que eu não tentaria nem tirar essa tua presença incessante dos meus pensamentos - que me levam pro inferno. Eu ficaria aqui parada, procurando teus vestigios, te esperando aparecer ou te esperando me encontrar. Mas, né? Mais do que isso tudo, eu quero ser feliz, ou, tenho que querer. Na real, eu queria com os meus ossos que você se importasse e sentisse alguma coisa parecida com isso. Que aparecesse e batesse na minha porta sem avisar ou abrisse, pelo menos, um pvt de msn pra me dizer que se importa. Que sem propósito! A verdade é que eu não consigo te deixar ir.. afinal.

E que passe LOGO, amém!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um ds melhores comerciais já feitos, na minha opinião. Não há mulher que não se identifique de alguma forma..



Aliás, isso é interessante. Eu vejo comerciais e publicidades desse tipo e fico pensando: Meu Deus! Quem dera fosse eu a criadora disso. Da mesma forma, vejo o trabalho do André (layoutista âncora da agência) e penso nossa, quem me dera criar assim. É muito bom admirar alguém e ter metas pra alcançar. Ando aprendendo bastante, enfrentando muitas coisas e mudando outras tantas.. A caminho do melhor, espero eu!
E foi assim. Foi como o gato que pulou da sacada exibindo toda sua graça e agilidade, os créditos finais que despontaram na tela com uma velocidade gritantemente acelerada ou como o último fade out sonoro da pick up que ostentou o silêncio do sábado a noite - aquele que permaneceria pelo resto da semana no salão completamente deserto. As luzes se acenderam, as intenções se escancararam, os interesses se dissiparam, nada mais foi feito, o vazio se fez tão grande que ecoava, o espetáculo acabou e o espectador virou as costas, e foi embora.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Esses meus olhos de ressaca - secos e vermelhos - e a falta de tudo que a gente não viveu. Eu falhei de novo e me deixei cair.

Tudo é sempre a mesma coisa, o mesmo jeito toda vez. Tudo é muito relativo e a distância já nos fez. Somos serra e litoral; nosso final é simples: Tchau!

Catedral - Tchau

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E essa abstinência uma hora vai passar.

Mudou, muito. Nossa, muito, mesmo. Já não quero insistir. Já cansei de tentar, já cansei de ficar perto. Já não pretendo mais tentar fazer a diferença ou te fazer sentir a minha presença. Passam vinte minutos e já não tenho uma vontade incontrolável de responder. Teu silêncio e tua ausência já não me surpreendem mais e quase já não me incomodam. Chego quase a agradecer por eles. A forma que eu tenho ao meu alcance pra que seja diferente, acaba me desgastando e me machucando ainda mais, afinal. Tenho, pra dizer a verdade, um desânimo e uma frustração vazia de te ver ali, tão longe e tão sem volta.
Eu sei que existe aquela possibilidade de ver tudo mudar, de novo, mas eu já não quero mais. Não que eu não sinta, bem pelo contrário. Mas já não consigo querer que seja diferente. Já doeu demais, já machucou demais; é, já.. só já. Já me esvaziou, já me esvaiu. Me levou pra algum lugar que eu nem sei onde. Já perdeu o que me fazia feliz, ou jogou em alguma esquina por aí. Já evitou e já fez questão de não permitir se importar. Já conseguiu, já se sente exatamente como eu - que já vejo tudo e já não quero mudar. Já acostumei. Já acabou, já me derrubou e eu já to começando a me levantar.
Talvez eu devesse ter acreditado em ti antes, afinal. Hoje a mágoa me mostra que não me faz bem e que não sobrou nada de bom. Eu já nem quero correr disso tudo, deixa assim, pra quê mudar? Já vejo que não perdi nada. Não há como perder o que nunca se teve. Perdi uma vontade, no máximo.
Posso passar e te cumprimentar desanimada, te ver e não olhar a segunda vez, ouvir tua voz e não prestar atenção. Andar na direção oposta quando eu te ver, frequentar outros lugares e conversar com outras pessoas. Posso não me importar mais com os teus casos, com teus momentos e com as tuas pendências. Posso não me importar mais com onde e como você tá e para onde você vai. Posso não estar mais ali pra te ajudar e te entender ainda que não digas uma só palavra. Posso não buscar mais o teu corpo e nem nada do que é teu.
Cidades, como as pessoas ocasionais e os apartamentos alugados, foram feitas para serem abandonadas. Pessoas ocasionais nunca fizeram sentido em minha vida. Já vejo que não perdi nada. Perdi o vazio. Não perdi a tua presença ou o teu sentimento, porque esses eu nunca tive; porque esses, sempre teves o cuidado de recolher junto com toda a distância gelada de te ver virando as costas. Já não quero mais.
Já gritei em silêncio e já quis chamar tua atenção. Já fiz músicas lindas e rabisquei versos no caderno. Já falei de sentimento e já desisti deles. Já quis ser tua mãe, tua irmã, tua amiga, tua protetora, tua flor, tua linda, teu amor e tua protegida. Já aceitei passar por cima do meu orgulho e já estive do seu lado silenciosa e incondicionalmente. Já zelei pelo teu sono, te admirei por horas e quis te dar todo o carinho desse mundo. Já decorei o ritmo da tua respiração, as tuas expressões, teus jeitos de sorrir, tuas manias que pros outros passam despercebidas, já quis te mostrar o quanto me importo, já te olhei a cada 5 minutos pro caso de encontrar o teu olhar, já quis te encontrar por acaso, quis te encontrar de propósito, quis te fazer feliz, te proteger, te ligar só pra dizer que pensei em você. Eu já senti uma saudade inexplicável e já passei meses logo ali, pro caso de você precisar. Já quis deixar de te querer, mas nunca consegui.
Já quis te sentir por perto, mesmo que fosse só por ficar perto. E já cansei de tentar entender porque você insiste em nunca me procurar, nunca me buscar, me esperar e em nunca tomar alguma iniciativa pra mostrar que se importa - como se não fosse meio óbvio, afinal. Já quis entender porque eu acabava me sentindo uma estranha, um incômodo. Já quis não entender, mas pode acreditar que agora já nem quero mais. Agora eu já não quero mais.
Agora, quem sabe eu posso até fazer falta, ou talvez você nem perceba - porque a minha presença ao teu redor sempre foi quase silenciosa. Tanto faz, vai. Já não quero mais me importar. Já não quero mais mudar tudo isso e hoje eu vejo que, afinal, quem perdeu muita coisa - ou, alguma coisa - no final das contas não fui eu. Eu estava ali o tempo todo e só você não viu. Ainda bem que nem tudo que você perde, você sente falta. Agora eu quero mesmo deixar assim, deixar que o tempo dê jeito. Eu quis que você tivesse visto, que tivesse se importado, que tivesse sentido, que tivesse permitido, que tivesse vindo antes.. nem precisava avisar. Agora eu já fico a vontade com o teu silêncio e a tua ausência que, por enquanto, insiste em me fazer companhia. Agora eu já não quero mais. Só por hoje não quero mais te ver, só por hoje não vou tomar minha dose de você, cansei...



Flake - Jack Johnson. Boa noite! ;*~
Adoro deitar no seu peito, sentir você.
Grudar o meu corpo no seu, meio sem querer.
Você sempre acha que eu tô sonhando; não.
Eu sei muito bem o que faço.
Procuro seus braços.

Adoro olhar o seu rosto, beijar você.
Achar que a vida é mais simples do que me anunciam.
E o diabinho que me distrai é o caos.
E nesse perfume barato contém solidão.

Brincando de ser sua dona
Querendo ser a única
Tentando por fim que você seja o único homem pra mim.

Eu te guardo como a coisa mais bela
Eu te tenho como alguém imortal
Não sei se sou tão sincera, mas eu sou tua afinal.
Há uma mulher seguindo seus passos
E a infidelidade pisca pra mim
Nisso sejamos justos
Se você for quero ir.

Pode ser prioridade, mas exclusividade não.

Perfume Barato - Vanessa da Mata


Já nem me identifico mais. Sei que agora só melhora!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Roteiro feito, show visto - bem sem vê pelas minhas olheiras! Vanessa da Mata é um sonho, gente.

Ai, TPM é um inferno. Que vontade esmagadora de chorar, que desânimo e que tristeza. Sai de mim! Vai melhorar x)~ Bom dia, bom trabalho e boa prova pra mim. ;*~

"Tava tudo certo, não era estranho.. pra que vieram complicar?"

P.S. Eu preciso de uma música dela chamada perfume barato.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ficar três horas no trabalho sem absolutamente nada pra fazer é massante. É nessas horas que eu percebo o quanto é bom manter a mente ocupada, por mais que eu relute um pouco. Ainda mais hoje. Hoje eu to chateada. To triste, querendo um abraço. A melancolia sem motivo aparente que insiste em me pegar de jeito quando eu to na TPM. Deus do céu, que vontade de chorar. A Alyne não tá na aula pra me abraçar.
Se pudesse escolher, não queria que o show da Vanessa fosse hoje. Esperei por esse show cerca de 3 meses e to me sentindo assim hoje. Não queria ver o que possivelmente vou ter que ver e to realmente cansada de algumas coisas, quase jogando pro ar ou sei lá. To precisando escrever, to afim de fazer mais músicas, mas agora vou fazer um roteiro para a Sucrilhos Kellogs, de 30 segundos com a técnica "endosso de personalidade" pra postar até as 10 e ir pro show. Vai, de repente é bem bom que o show seja hoje; a história de manter a mente ocupada e a relutância...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Meu avô tá melhorando, graaaças a Deus! ;D

Ain, ain.. né?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Solidão é estar em meio a um mar de pessoas e sentir falta de apenas uma.


..e perceber que o valor da família é simplesmente inexplicável. Ter responsabilidades é foda "mas acho até que eu to indo bem..."! To indo pra Porto Alegre ver meu avô no hospital. E que o melhor aconteça.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Tá tudo na paz, mas eu ando bem cansada. Ainda não me acostumei 100% com esse ritmo. Hoje eu esgotei e resolvi que essa noite não vou fazer trabalho NENHUM. A faculdade que me espere até amanhã, afinal, tenho certeza que meus trabalhos e provas não vão fugir.

Ain, como eu to desanimada hojeeee ;~ vai passar, vai passar e o que fica fora do lugar, também se ajeita. Vamos focar em coisas boas!

Beijão, boa noite que eu vou nerdiar no msn mais um pouquinho, secar o cabelo e depois dormir. x)

sábado, 5 de setembro de 2009

Meu pai se formou hoje! Que orgulho master imenso! Eu, pra variar, chorei só de ver ele entrar no teatro.. Foi tudo lindo, ele é O lindo (HAHAHAHA interna), e eu to felizfeliz de um jeito inexplicável! Ele é o matemático mais lindo do mundo e, bom, parabéns pra ele! ;D
Queria escrever alguma coisa tão linda e emocionante quanto o que eu to sentindo e tão intensa quanto o que eu sinto por ele, mas não tenho palavras pra isso e já tenho uma dose considerável de sono que não tá me deixando pensar muuito.

Tempos de muita paz e muita luz nessa vida, vibrando numa energia boa demais e é isso que importa! Bom, facul insana e afins, dar-se-á um jeito. No final dá certo e tudo se ajeita.

P.S. Ainda não me acostumei com o fato de que as 11:30 EU sinto sono! Ando me sentindo uma pessoa normal.. HAHAHAHA
P.P.S. Minha família é a família mais linda desse mundo. x)~

Boa noite e bom final de semana extended, blog! ;*~

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Nervoso. Insônia (malditos horários trocados). Enjoo. TPM. Nervoso de novo! Entrevista de emprego. Ai, senhor! ;~ que ME-DO!

Ok, vou tentar dormir de novo e rezar pra que cada hora de sono valha por 3 por que o dia amanhã vai ser longo..

Boa sorte pra mim, beijo e me liga só depois do meio dia. ;D

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

É, acho que vou ficar aqui por um bocado de tempo ainda. Eita trabalhinho de Artes chato. Eu, muitos papéis, a Céu e o café que eu to indo lá fazer.

"365 dias na missão; na bubuia eu vou.."
Acabou virando musa inspiradora - porque o trabalho só começou a andar depois que eu tive a brilhante idéia de ouvir música. Acho que combina, afinal.

That's all folks! ;D

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Fiz minha casa no teu cangote
Não há neste mundo quem me bote
Pra sair daqui

Te pego sorrindo num pensamento
Faz graça de onde fiz meu achego, meu alento
E nem ligo
Como pode, no silêncio, tudo se explicar?!
Vagarosa, me espreguiço
E o que sinto, feito bocejo, vai pegar

Fiz minha casa no teu cangote
Não há neste mundo quem me bote
Pra sair daqui

Céu - Cangote.
Realmente, o álbum novo da Céu tá MUITO bom demais.
Nossa, já postei 200x aqui! Que hm, record! *.*

Boa "noite", blógui. ;*~
Eu queria mandar um email gigantesco. Queria contar que eu resolvi alargar a minha orelha, que a ansiedade anda me fazendo roer as unhas e que eu não tenho mais vontade de pintar elas de vermelho ultimamente. Eu falaria que não faço a mínima ideia do que fazer com o meu cabelo dessa vez, que meu piercieng do nariz tá inflamado e que ando com um ou dois projetos novos. Sobre esses eu escreveria umonte.
Diria que nos últimos tempos eu aprendi uma lição nova e agora vejo muita coisa com os meus velhos novos olhos. Acho que nessas alturas já estaria amanhecendo e eu diria que tenho que dormir porque amanhã eu preciso continuar o trabalho que eu comecei agora a noite. Depois disso eu lembraria que preciso urgente te contar que to fazendo aula de roteiro de videoclipe, que precisei escrever uma história sobre um tema macabro e que fiquei de cara com como a minha história ficou boa. Teria a brilhante ideia de anexar a tal da história no email, te fazer ler ela inteirinha e opinar. Eu conseguiria com aquela facilidade de convencer que dois mais dois dá cinco.
Ia reclamar sobre o tempo que não nos falamos e explicar como um vazio inexplicável e irremediável apareceu por aqui graças a isso. Não ia me demorar reclamando, não muito. Reclamaria só até lembrar que compus uma música nova e queria te mostrar pra ontem. Depois eu ia pedir pra você gravar ela comigo, quantas vezes eu achasse necessário até que ficasse bom, porque eu sei que você não iria se importar de perder uma tarde ou uma madrugada ou uma tarde e uma madrugada com isso pra me deixar com cara de criança feliz.
Eu ia te mandar os sons que eu to escutando nos últimos tempos e daí faria uma observação sobre a capacidade incrível que eu tenho de anexar um milhão de coisas diferentes em um email só. Eu iria me despedir dizendo que eu sinto muito a tua falta e que, se eu pudesse escolher, as coisas estariam bem diferentes do que estão. Diria que eu te amo muuuito e sempre sempre vou te amar. Diria que eu to aqui e que, bom, eu repetiria que eu te amo. Mandaria um beijo, diria que to com saudade e que não tem problema se as coisas não voltarem ao "normal" porque eu posso me acostumar com as coisas diferentes. Afinal, a gente nunca serviu pra normal mesmo. Eu diria que isso me dá medo sim e que eu sei que você entende. Diria que tem umonte de coisas que eu queria que você entendesse, ainda que eu não saiba como me fazer entender. Daí eu te lembraria que, ainda assim, você é a pessoa que, de loooonge, já me entendeu maais na face da terra.
Se eu me conheço bem, enrolaria infinito na parte anterior e demoraria séculos. Pensaria em revisar o texto mas não o faria. Certeza que se eu fosse revisar, eu não mandaria. Vasculharia a cabeça, encontraria mais uma vida de coisas pra te contar, falaria sobre o meu almoço, minha faculdade e sobre como já faz quase uma semaaaana que eu to numa vibe mais tranquila. Ia te contar que isso tá me ajudando a descansar. Ia falar que tenho sonhado umas piras malucas e sem nexo mas não ia conseguir lembrar de nenhuma pra exemplificar. Os sonhos ocupariam pelo menos uns dois parágrafos porque eu amo falar sobre isso.
Acho que depois disso eu te contaria a conversa que tive com a minha mãe esses dias e o que tá acontecendo aqui em casa. Te falaria sobre a minha prima e sobre as coisas que eu to me sentindo na obrigação de fazer. Lembraria dos dois trabalhos monstros que vou ter que fazer pra faculdade e te pediria algumas sugestões. Isso me faria lembrar - mais uma vez - que eu preciso dormir. Eu analisaria o tamanho do email e chegaria a conclusão de que já tá um bagulho monstro e que tu vai ter trabalho pra arrumar tempo e empenho de ler tudo isso. Sentiria dó de você quanto te imaginasse respondendo tudo isso e mais dó ainda quando imaginasse você arrumando tempo pra isso - também. Óbvio que tu sabe que eu ignoraria isso e, logo que acordasse amanhã, eu correria pra caixa de entrada pra ver se você já tinha me respondido. Eu finalmente diria que meus olhos tão ardendo de sono mas que ainda assim to com vontade de comer alguma coisa e tomar um chá. Claro que a minha preguiça não vai me permitir.
Faria uma observação sobre aquela mania estranha de mandar emails como se eu tivesse falando com você naquele exato momento, rebatendo as tuas respostas e contracenando com as tuas reações. Falaria sobre a nostalgia que volta e meia eu sinto quando lembro das conversas bizarras que a gente tinha de madrugada na internet e de como eu jurava que Gaspar era longe. Diria que não consigo entender como você consegue gostar de mim com esse jeito de Brunna tão transparente e escancarado que tu é uma das únicas pessoas que conhece, só porque eu sei direitinho o que você responderia sobre isso - isso se respondesse tudo de novo ao invés de dizer que eu já to cansada de saber como e porque você consegue. Diria que deve dar muito trabalho me aguentar assim mas diria que a culpa é toda tua; quem mandou, né? Daria uma risada gigante e cheia de h's, u's, a's e s's porque eu estaria me deliciando com a plena consciência de que é porque você se importa e genuinamente gosta exatamente disso - uma vez que tem louco pra tudo -.
Tudo isso seria super natural e, logo que eu terminasse o email e clicasse em Enviar, baixaria a tela do notebook e dormiria sem perceber o quão especial tudo isso é e quantas pessoas matariam pra ter justamente.. isso. Seria bem assim, eu nem perguntaria como vai você porque eu saberia que tu sabe que cada fato, caso e acaso que eu relataria ali seria uma intimação pra que tu fizesse o mesmo; porque não era um "eu quero saber", era mais pra "eu preciso saber porque eu sei que tu precisa falar e é só assim que as coisas fazem amplo sentido pra nós duas", era mais pra um "pode falar de tudo, bem assim, porque a tua vida é uma parte da minha e então lidar com a sua vida é lidar com a minha própria", era mais pra um "fala tudo, talvez mais por mim do que por você".
Bom, eu relembraria dos anexos, desejaria boa noite, seguida de bom dia, diria que já enrolei demais e me despediria mais uma vez, enrolada, como sempre.
Acho que era outono. Pensando bem, devia ser inverno. Talvez até primavera; mas eu sei que não era verão.
Acho que era tarde. Não a tarde; tarde mesmo. Alguma coisa mais pra tarde da noite, sabe? Mas também não era tããão tarde assim. Dependendo do ângulo, foi até cedo demais.
Acho que passou. Não que tenha acabado, mas passou rápido demais. Passou aquela noite de outonoinvernoouprimavera que começou tarde não tão tarde assim e acabou cedo, cedo demais.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Natalie Imbruglia - Torn.
Cardigans - Lovefool.
No Doubt - Don`t Speak.
(e repete.)

Illusion never changed
Into something real
I'm wide awake and I can see
The perfect sky is torn
You're a little late
I'm already torn
(...)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ermals *.*

Amigas desde bom, sempre! Pra sempre!


Suzane Sant'Ana


Karina Daniele Mannrich

P.S. Nem lembro em que ano eu fiz esses vídeos.
P.P.S. Eu nunca tive fotos o suficiente com a Sheila pra fazer um vídeo; mas ainda não desisti.
P.P.P.S. Que madrugada nostálgica.
P.P.P.P.S. To indo acender um incenso e ler.

Boa noite, blógui! ;*~
Don't touch me [ Não toque em mim ]
We will be alright [ Nós vamos ficar bem ]
Just try to see [ Apenas tente ver ]
It tonight [ Isso essa noite ]

Don't pressure me [ Não me pressione ]
We will be alright [ Nós vamos ficar bem ]
But you left me [ Mas você me deixou ]
So don't try... [ Então, nem tente... ]

Don't pray, [ Não reze, ]
Understand [ Entende ]
I won't stand this pressure [ Que eu não vou aguentar essa pressão ]
On me [ Em cima de mim ]

No pressure [ Sem pressão ]
I will be alright [ Eu vou ficar bem ]
I'll love you just 'til tonight [ Eu vou te amar apenas até essa noite ]

I love you [ Eu te amo ]
But I'll let it be [ Mas eu vou deixar ir ]
Take off your pressure, leave me! [ Leve embora a sua pressão, me deixa! ]

No one, [ Ninguém ]
Not now, [ Não agora ]
No pressure [ Sem pressão ]
Tonight [ Essa noite ]

I wanna be [ Eu quero ]
I want to be alright. [ Quero ficar bem ]
You left me [ Você me deixou ]
Don't try... [ Não tente... ]

My little girl [ Minha garotinha ]
My little girl [ Minha garotinha ]
My little [ Minha pequena ]

I'm a little girl [ Eu sou uma garotinha ]
You're my little girl [ Você é a minha garotinha ]
You're my little [ Você é minha pequena ]

I love you [ Eu te amo ]
So do what you need [ Então faça o que você precisa ]
I'll let it be [ Eu vou deixar assim ]
Do ya wanna know? [ Você quer saber? ]
I love you [ Eu te amo ]
I love you [ Eu te amo ]
Yes, I love you [ Sim, eu te amo ]
Until tonight [ Até essa noite ]


Don't question me [ Não me questione ]
Ow, don't you see? [ Você não ve? ]
Don't try to.. [ Não tente... ]
Let it be! [ Deixa assim ]

I love you [ Eu te amo ]
I love you [ Eu te amo ]
I love you [ Eu te amo ]
We will be alright [ Nós vamos ficar bem ]

I love you [ Eu te amo ]
Trust me [ Confie em mim ]
Don't cry and [ Não chore ]
Let it be.. [ E deixa assim ]

I know [ Eu sei ]
I know [ Eu sei ]
I know.. don't cry [ Eu sei, não chora ]

Jéssica e Brunna - Pressure. [ Pressão ]

A Káh fez a melodia desse roooock (HAHAHA) nas antiiiiiiiigas e há três - talvez quatro - meses atrás nós adaptamos a letra - em uma noite sem nada pra fazer - com essas rimas muito literariamente ricas, por que nós somos óótimas no inglês! (HAHAHA²). Ok, nós basicamente brincamos de repetição; mas foi divertido. Tava olhando uns textos antigos, achei válido e resolvi colocar aqui. Queria ter gravado ou, pelo menos, escrito todas as músicas que nós já fizemos juntas. Juuuro que algumas foram beeem mais profundas... (HAHAHA³)
Você me viu passar, correndo...
Olhei pra mim, me vi assim
Tão perto de chegar, onde você não está.


Catedral - Zélia Duncan



É, aham. Só um pouquinho. ;/

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. É apesar de que eu te quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha..."

Clarice Lispector

"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade...."

Clarice Lispector

"Foi quando eu disse que te esqueceria rápido que eu cometi o maior dos meus equívocos. O processo anda não só estagnado como também torna-se cada dia mais doloroso. Eu realmente achei que as nossas diferenças bastariam para eu me convencer que a atual situação é a certa. Cada um por si, ou nós por tantos outros. Que tolice a minha ter me permitido errar. Agora a cada gole d´água, mudança de temperatura ou rua atravessada, a incessante dor da tua ausência. Você nunca imaginou que faria tão mal a alguém por querer tão bem, não é? É difícil conhecer tão a fundo céu e inferno em período tão curto. A sua passagem por aqui durou o tempo necessário para me oferecer o mais doce gosto e depois me deixar chupando gelos. Você foi feito férias. E mesmo com tanta lição aprendida sobre relacionamentos e dar valor, hoje eu preferia não saber nem mais escrever o meu nome. Eu trocaria todo o conteúdo adquirido por só saber mais uma vez que o teu corpo tem o peso exato sobre o meu. Pra ter mais uma chance de decorar todos os teus 100 sorrisos. Pra entrar pela vigésima vez na tua vida e causar novos estragos. Pra te firmar que eu não presto mesmo, que sou de fato uma louca mas que preciso comigo do teu juízo. Porque indiscutivelmente não faz o menor sentido entender tanto do amor se não for pra oferecer a você. Hoje eu já não sei mais se atormento os teus pensamentos, mas isso era tudo o que eu mais queria. Ser em uma só identidade sonho e pesadelo. Entende agora o meu desespero? É como se eu me anulasse. Eu deixo de existir para o que há de melhor."

Fernanda Gava

P.S. Eu adoro ficar lendo por aqui.. x)~

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Eclipse em noite de lua cheia. Cheia e linda.







"A verdade é que não importa o quanto você se importa, certas pessoas simplesmente não se importam."

P.S. Adoro viver de última hora. To indo pra casa do menino do sorriso torto varar a madrugada, tomar cerveja, fumar shisha e falar da vida; bem assim, de última hora! Acho que é capaz de, depois desses últimos dias, eu continuar a historinha que eu abandonei aqui no blog. x)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

E então os amigos chegam com aquela carinha triste e pedem ajuda para solucionar problemas que parecem não ter solução. Pedem um ombro para chorar, companhia - ainda que muda - nos momentos de solidão, apoio quando se sentem fracos, abraços sem pressa de acabar, ouvidos para escutar sem julgar, uma palavra de coragem nos momentos de medo, uma de calma nos momentos de desespero, uma dose de sanidade para os momentos de loucura, perdão nos momentos de erro e a disposição para entender. Vou sem hesitar, cheia de verdadeira boa vontade. Não que eu seja altruísta, mas enquanto eu ajudo a encontrar soluções para os problemas deles, eu esqueço dos meus e vou curando - também - a minha alma.

E então, mais uma vez eu guardei os problemas no bolso e parti para a grata tarefa de te ver um pouquinho mais feliz. É, assim fica todo mundo melhor.
Há uma brisa suave que me toca, e que te transporta para mim. Que me permite desejar-te, querer-te por perto. Que me faz deitar e reviver as tuas palavras, os sorrisos que me ofereceste e que me fizeste dar. Revolto-me por não te ter, pela falta que me fazes. Pelo vazio que me fazes sentir se não estás. Odeio-me pela necessidade urgente de querer ouvir a tua voz, de querer sentir o toque da tua pele. De querer saber o quanto [e o que] significo para ti, de querer sempre mais e mais. Gosto de te dar as mãos, de te olhar nos olhos e ler-te, provocar-te com timidez fingida, falar-te perto dos lábios, respirar o teu ar, oferecer-te uma gargalhada quando o que queres é chorar. Contigo, entrego pouco a pouco os meus sentidos, serei sempre a mesma por ti e para ti, rendo-me ao teu encanto e ao teu canto com voz suave. Esquece o mundo e vem comigo.

O Meu Diário de Brunna - Letícia Soares.
Não há quem possa enxergar tudo o que pulsa em uma alma como a minha. Aliás, não há quem possa enxergar tudo o que acontece na alma de ninguém além da sua própria. Faço questão! E a questão que faço é de explicar a mim mesma. Não acho justo que alguém se julgue competente para julgar outro alguém, não importa a que circunstância.
Hoje me perguntaram o que eu faria se o poder de julgar e castigar terceiros me fosse dado. Eu não faria nada. Não acho que seja justo interferir no livre arbítrio, na vida, no caminho e nas escolhas de alguém. Não acredito em céu. Não acredito em inferno. Não acredito em fim. Acredito que o céu e o inferno estão aqui e são agora. Acredito que toda a ação trás consigo uma consequencia, infernal ou divina. Acredito que não haja como fugir; que essa é sim uma regra sem exceção. Acredito que prestamos contas a nós mesmos e a mais ninguém. Não acredito que Deus, em sua bondade, perfeição e luz; sendo todo amor, infinita misericórdia e perdão deseja que seus filhos o prestem as contas. Não, as contas são pagas de nós mesmos, para nós mesmos e os benefícios após a prestação dais tais contas são, bom, nossos mesmo.

(...)

Ontem a minha mãe me deu uma bronca porque eu estraguei uma toalha - sem querer, obviamente. Eu não tinha dormido, tinha me desafiado (ou me torturado a troco de algo que eu não sei o que), tinha fome, cansaço, frio e a guarda baixa o suficiente pra deixar a tristeza me dominar inteira. Eu nem queria resistir a ela. Aquela sensação já me é tão desagradavelmente familiar; aquela dominação, aquela invasão. Já vi diversas pessoas que se identificam com "se as pessoas pudessem ver a tristeza que guarda a minh'alma; ao verem meu sorriso, chorariam comigo". Eu sou mais uma delas. Trago na alma uma tristeza esmagadoramente opressora que não sei porque e nem da onde. Ela assim, tão presente, tão vazia, tão aparentemente sem sentido. Tão companheira e ao mesmo tempo, uma completa estranha. Ela, que me dá bom dia, respira e pisca comigo, segue meus passos, se pronuncia em minhas palavras, vê em meus olhos e me embala no adormecer. Trago-a e convivo com ela desde nem me lembro quando. Foi graças a ela que entrei em depressão profunda aos nove anos. Foi com ela em meu encalço que a história se repetiu aos quatorze. Foi por carregá-la durante tanto tempo e ainda assim desconhecê-la completamente (conhecendo apenas a sua presença e nada mais) que perdi a conta de quantos psicólogos visitei e quantas feridas eu esmiucei.
Com o tempo eu aprendi que a depressão vem de uma pré-dispoção que nos colocamos com relação a entrega dos pontos. Nos entregamos a tristeza e nos deixamos envolver cada vez mais. É difícil nutrir o que estamos sentindo com menor intensidade dentro de nós. Quando a entrega nos parece sedutora é sinal de que a tristeza está assolando forte no peito, tanto que lutar parece tão doloroso e cansativo que podemos pensar em desistir e nos darmos por vencidos. É difícil nutrir a felicidade que existe dentro de nós então. É difícil, mas não é impossível. Eu acredito piamente que as pessoas felizes são as que não tem motivos aparentes para serem felizes mas ainda assim o são. Os motivos podem não estar aparentes quando a tristeza assola, mas é até pecado se deixar envolver tão fundo a ponto de achar que os motivos de felicidade não existem. Eles existem, estão aí e se não há forças o suficiente para lutarmos por nós mesmos, então que nos agarremos nos motivos de felicidade; no que vale a pena lutar por. A pré-disposição inicia da visão; otimista ou pessimista. O copo meio cheio ou meio vazio. Estar bem, tirando o que está mal ou estar mal, tirando o que está bem. Não depende de mais ninguém.. Depois daí venha a tristeza que for, eu não aceito mais a depressão.
Acho que veio dela essa necessidade de me conhecer tão bem. Eu sei que não há ninguém mais, além de mim, que possa lutar contra essa corrente. Ela, que de tão presente, às vezes parece parte de mim, nunca antes foi o assunto dos meus textos. Ela nunca foi exposta, ela nunca saiu para dar uma volta nessas linhas. Ela já banhou sim, cada palavra do que escrevi, mas nunca teve que ler sobre si mesma. Foi por ela que eu me tornei uma expert em fuga. Fujo dela nem me lembro desde quando. Foi graças a ela que aprendi a ocupar minha mente e meus dias. É por causa dela que pra mim é tão difícil arrumar tempo seja lá para o que for, se isso significar sair fora da minha rota de fuga padrão. É por causa dela que eu vivo cansada. É culpa dela eu correr o tempo todo e não me dar o luxo de descansar. Não posso precisar descansar. Não com ela aqui. Ela é tão latente que as vezes eu vivo mais do que posso viver, que eu não paro e sempre disparo em busca do próximo movimento, do próximo foco. É graças a ela que eu entrego a responsabilidade de me fazer feliz a segundos, terceiros ou quartos; porque com ela aqui eu não aprendi a me fazer feliz, só a fugir dela. Eu procuro fora de mim o jeito, procuro a felicidade de fora pra dentro, como um carinho, um alento, um abraço forte que me proteja dessa estranha que comunga esse corpo comigo. Um abraço que a deixe com medo, um abraço que me deixe forte e que me permita parar pra descansar. Acabo querendo, eu diria até precisando. Acabo tornando essa "felicidade externa" o meu vício, meu tranquilizante; com direito a crises de abstinência e tudo. Não é por mal, é por tristeza. Eu não posso viver de vícios pelo resto da vida, preciso encontrar a paz que me permita descansar, a minha força, a forma de abraçar minh'alma com meus próprios braços.
Eu tive que aprender a conviver com ela. De certa forma, ela até acostuma. Eu já me revoltei com ela, onde já se viu? Eu, com uma vida mais que abençoada, amor, apoio, carinho, base... Qual foi a brecha que ela encontrou pra se instalar, ora pois? Eu demorei muito tempo pra perceber que ela não vem de fora, ela vem de dentro, vem da minha história, vem como fruto do meu trajeto como espírito milenar e vem de questões que até hoje eu desconheço. Questões que eu sempre fugi de conhecer. Não fugia das questões, eu fugia dela. Eu negava ela. Como ela pode existir, meu Deus? Que tipo de ser humano egoísta eu sou que pode ter a tristeza e a melancolia como o estado de ânimo por trás das falsetas tendo tudo o que eu tenho? Então eu não tinha, eu não podia ter. Eu não sou egoísta assim, eu juro - eu repetia. Eu demorei pra perceber que isso não é egoísmo, que ela é um desafio meu, que não diz respeito a tudo e todos que eu tenho ao meu redor e não os desmerece de forma nenhuma, que eu to aqui pra lutar com ela e que isso, igualmente, não desmerece em nada o que eu sou. Às vezes eu acho que nem percebi genuínamente. Ainda me atormenta o fato de saber que em dias como ontem, quando eu não consigo mais fugir, ela vem e me invade e me inunda e me afunda e me desespera. Ela vem tão forte quanto poderia ser e eu luto não para movê-la, luto apenas pra não ser completamente esmagada por ela. Luto por tudo que tenho, por tudo que sou e por toda a minha vontade de lutar. Ela vem e me joga pro chão e me tira o ar e me deixa perdida, como se eu estivesse completamente sozinha, como se não houvesse sentido, como se fosse vazio. Ela vem e faz viver me parecer um fardo sem porque, sem relevância o suficiente para contrabalançar o quanto ela pesa dentro de mim; o quanto ela me esmaga e o quanto é cansativo o modo que eu encontrei de me dividir com ela. Ontem eu deixei ela me invadir e fiquei me perguntando como tanta tristeza pode ficar dentro de um só peito. Como eu consigo viver de 24 em 24 horas desde sei lá quando com ela no encalço; quanta dor. Eu tive pena de mim, sim; até que percebi que pena não ajuda em absolutamente nada. Então eu tive orgulho. Tive orgulho da minha força, tive orgulho de cada 24 horas, de cada impulso que eu dei dizendo "vai, pelo amor de Deus, sai dessa só mais uma vez.." uma vez, de cada vez.
Ela é tão laciva que ontem gritou dentro de mim: para de se distrair, de buscar alegrias, uma após a outra, porque eu preciso sair! Eu tive que deixar que ela saísse, não consegui fugir dela. Então ela veio, fez o que faz e eu chorei. Chorei compulsivamente. Solucei, deitei encolhida e lutei mais uma vez pra não ser esmagada por aquele sentimento cruel que dominava meu peito. Pedi pra arrumar forças em algum lugar do meu ser cansado pra, pelo amor de Deus, sair dela só mais uma vez.
Ela existe e nos momentos em que eu me encontro mais frágil, me sinto mais indefesa, e canso de fugir ela se torna até, de certa forma, atraente. Se torna atraente deixar que ela me domine já que, desde eu não me lembro quando, essa é a consequência que eu pago quando preciso parar e descansar. Minhas fragilidades são bem guardadas. Não é orgulho, ou pelo menos, não é só orgulho. Escondo minhas fraquezas atrás de sorrisos e realmente não gosto de sair falando delas por aí. Às vezes eu sinto que devo, as vezes sinto que preciso, mas nem sempre consigo. Eu sinto falta de um alguém que escutava, segurava a minha alma nos braços e enfrentava ali toda essa correnteza dentro de mim, quando eu me sentia como agora, sem forças pra continuar fugindo dela. De quem me abraçava por genuína vontade de me abraçar e enfrentava porque me ver enfrentar ela, não importa quantas vezes, era tão importante pra si como era importante pra mim. Acho que a minha felicidade era mais importante pra ela do que pra mim mesma. Sinto falta de alguém que conhecia esse lado escuro da minha caminhada e me encorajava a parar de fugir, e insistia que eu tenho forças sim pra vencer. Que me segurava nos braços quando eu caía e ficava do meu lado esperando eu me levantar quando a tristeza me tomava a alma e eu, mais uma vez, lutava pra não ser esmagada e pedia pelo amor de Deus, força, só daquela vez. Não era pena, não era obrigação, não era interesse, não era nada além de sentimento, de amor, de amizade, de cuidado e importância que de alguma forma eu, sendo bem assim, provocava nela. Nem sei se era certo me agarrar nesse alguém como eu me agarrava, mas por muito tempo foi o melhor jeito que eu arrumei. Era o melhor que eu podia fazer. Agora, eu sinto falta, eu me sinto perdida e ainda me vejo caindo, ainda me vejo arrastando. Agora quando eu caio, eu caio no chão; não há aquele par de mãos. Mas eu vejo que é o modo que a vida encontrou de me mostrar que eu preciso fazer melhor do que estava fazendo até então. Que eu preciso confiar quando falavas que eu sou forte sim, sou forte o suficiente para encontrar o caminho e vencer, sim! E que isso, mais cedo ou mais tarde, eu ia precisar encarar e ficar frente a frente e que você podia me dar todo o apoio desse mundo, me segurar quantas vezes fossem necessárias, mas só quem poderia lutar com ela aqui dentro de mim, era eu. Eu hoje me arrependo de não ter enxergado o que eu enxergo, antes. Não exatamente me arrependo, porque sei que tudo tem seu tempo e que, naquele tempo, eu realmente lidei com isso da melhor forma que eu encontrei pra lidar. Mas eu me arrependo, porque eu queria ter dito: "Oi, tristeza, eu te reconheço, eu te aceito. Quero que tu saibas que eu reconheço sim a tua existência aqui dentro de mim e não vou mais fugir porque isso é só mais um paliatívo, um anestésico de preço caríssimo. Não vou mais me agarrar nas pessoas pra que elas te enfrentem porque é dentro de mim que tu moras e teu assunto é comigo. Eu vou te conhecer se preciso for, vou me preparar para conhecer tuas origens, mudar o que é preciso no meu íntimo e secar tuas fontes; não te alimento mais! Não quero mais que encontres nutrição dentro de mim ou que me nutras e preenchas um vazio aqui de forma alguma. Vou encontrar o caminho. A partir de agora é aqui que eu estou, frente a frente contigo pra te conhecer e te vencer, não mais uma vez... mas de uma vez. Quero alegria e paz como estado de espírito. Quero usufruir de um estado de espírito e não mais ficar correndo sem poder parar e analisar o meu ânimo sem ser quase esmagada por você. Da vida eu quero muito mais. Quero preencher o vazio que tu insistes em dizer que é teu aqui dentro de mim. Quero aprender a viver sem você, te deixar ir. Não quero mais que tu sejas o preço do meu descanço, da minha pausa e nem a fonte do meu cansaço. É, tristeza, eu te reconheço, eu te aceito, eu te vejo e, a partir de agora, eu vou lutar." Queria ter dito tudo isso quando não me sentia assim, meio sozinha. Quando ainda tinha as tuas mãos - e tudo o que isso significava - por perto pra me acolher depois das esmagadas. Não vou procurar isso em ninguém. É, eu sei que se não estás aqui e o momento de enfrentar chegou justamente agora é porque é assim que tem que ser. Não tenho motivo algum pra não acreditar que as coisas acontecem na minha vida da forma certa - ainda que eu não entenda - para o meu crescimento.

A pergunta da minha mãe foi: Se você pudesse pedir uma coisa e ser atendida, o que seria? Eu quero força, proteção e direcionamento para encontrar e seguir o caminho, seja ele qual e como for, pra superar essa tristeza que mora dentro de mim. É isso que eu vou pedir todas as noites antes de dormir.

P.S. Sem revisão, pra variar.
P.P.S. Eu to podre, mas precisava escrever.

Boa noite, blógui! ;*~
"Tenho de ter paciência para não me perder dentro de mim. Vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco-sem-saída."

É tudo uma questão de personalidade. As coisas estão tão confusas dentro de mim que não faço a mínima ideia de como começar. É tudo uma questão de personalidade e, cá pra nós, graças a Deus que assim o é. Pensar, querer e sentir. É assim que sou. Não há o que me chame mais atenção e me mova tanto quanto o interior. Minha vida acontece, muito mais do que em qualquer outro lugar, dentro de mim. Me vejo meio Clarice Lispector; devaneios de linhas e linhas intranquilas preenchendo páginas a fio em meio a uma ação insignificante. Abrir uma porta, dar uma golfada insensata de ar, fritar um ovo ou manter as faculdades motoras em um grau de funcionamento tal para que eu continue existindo - "ações insignificantes". Em algum lugar eu li que Clarice Lispector não se lê, Clarice Lispector se sente.

Por vezes eu queria muito saber "agir". Ser uma pessoa prática, que faz, age, impulsiona. Eu nunca fui assim. Os meus ímpetos de agir são tão fortes e descontrolados que chegam como uma explosão. Quando eu preciso agir, é imediatamente, em relação a tudo, tudo ao mesmo tempo. Definitivamente eu não sei agir; agir me deixa tão perdida que eu acabo imersa em pensamentos antes mesmo de ter começado. Me afasto da ação a medida que meus pensamentos me trazem pra "casa" novamente e o sedativo começa a fazer efeito. Agir me custa, me pesa, me esgota e me confunde. Ainda não aprendi como fazer. Meu mundo sempre foi particular e complexo, atado em minha dificuldade. Minhas vitórias, minhas conquistas, meus conflitos e minhas dificuldades não acontecem no mundo lá fora. No mundo lá fora eu sou turista, sou selvagem e sou arisca. O meu mundo acontece aqui. É aqui que eu existo realmente, é aqui a minha "casa": entre quatro paredes laranjas e familiares, minha xícara de chá, um bom incenso - ambos tão doces quanto podem ser -, um coração sentindo e uma cabeça pensando.

Acho que viemos pra esse mundo para contribuir com o que temos de bom e aprender a desenvolver o nosso lado menos desenvolvido. Não sei ao certo o quanto o meu sentir é bom, mas talvez alguém encontre nessa escritora errante uma companhia, um consolo quando se sente um peixe fora d'agua, quando se sente o único ser que pertence a si mesmo, talvez mais do que ao mundo. As vezes me sinto inútil de passar tanto tempo construindo linhas sem utilização aparente num endereço virtual propositadamente desconhecido - ou quase - sem bom, a tal utilização aparente. Não é incomum eu ter de lidar com aquelas ataduras malucas que a organização da nossa sociedade traz: É inconcebível o fato de não agir, fazer o nada. É preocupante, grave e proibido não fazer a mínima ideia do que fazer. Para alguém que sente, essas são questões tão comuns. TÃO comuns. Como poderiam não o ser, a um ser que se sente tão a deriva em si mesmo - onde é tão gigante em seu sentir -; e tão estranha em um mundo onde é tão pequena e submissa a suas responsabilidades?!

O que eu vou fazer na vida? Não faço a mínima ideia. Fazer me é complexo. Acho que quando fossemos escolher o que fazer, deveriam contar as atividades da alma como uma alternativa. Da vida eu quero fazer algo extraórdinário. Quero trancender barreiras e superar limites.

Vivo tão dentro de mim que faço teatros, invento desculpas, tento me enganar e fugir do que preciso enfrentar, pensar, escrever - ainda que sinta o quanto eu preciso - aqui, no escuro do meu quarto. Não é nem charmoso; não há absolutamente ninguém mais a ser enganado a não ser eu ou, ao menos, entretido com a peça que enceno com todo o cuidado de uma crítica severa. Eu gasto o meu tempo não sei aonde. Minhas medidas de tempo são diferentes. Minutos não dão certo para mim. Eu os perco enquanto vivo e, como se acordasse de um transe, depois não lembro em que buracos eu os enfiei. Assim o relógio vai passando, mas, de alguma forma, em meu próprio tempo, o tempo não vai com ele. Meu tempo é contado pelo ar. A minha tristeza leva consigo tempo, muito tempo. Minha felicidade paralisa o tempo. As minhas falsetas me fazem perdem tempo.

Nós não somos o centro do universo, bem pelo contrário. Mas eu acredito que cada ser humano seja um universo a parte e que uma boa forma, talvez a única, de mudar o universo seja começando a mudar o que precisa ser mudado dentro de cada um. Sendo assim, de que adianta a facilidade para agir sem antes se conhecer e reconhecer, ou a facilidade de se conhecer longamente sem que se consiga agir em prol da evolução? Essa é a minha meta. Vencer as amarras que me prendem assim tão dentro de mim. Ultrapassar os meus bloqueios e meus boicotes conscientes e inconscientes. Controlar todo o turbilhão que habita aqui e conseguir equilibrá-lo o suficiente para que consiga fazer algo mais com as minhas faculdades motoras além de, basicamente, continuar existindo. Não pretendo ser como alguém que trás em si a essência do fazer; essa não sou eu. Não quero ser o outro, quero ser eu, cada vez melhor. Aperfeiçoando a minha essência e lutando sempre para ultrapassar os meus desafios.