sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


Retrato do que chamam por aí de "felicidade".

See ya, ano velho



São pouco mais de duas da manhã. Até aí tudo bem, exceto pelo fato que amanhã eu preciso levantar as oito. Bom, depois de pular da cama só para isso, que se dane, eu preciso escrever.

Estranhei que o Natal já passou, o que significa que já é quase ano-novo, de novo, e eu ainda não tive nenhuma crise de "meu Deus, eu preciso escrever" até então. Sou pontual com pouquíssimas coisas na vida, mas essa é uma das poucas que gosto de pensar que faz parte do meu "reloginho interno".

Esses últimos dias tem passado estranhamente devagar esse ano. Eles tem sido uma poderosa e inédita fase de contemplação. Isso deve ser normal, afinal, não é todo o final de ano que eu decido vender tudo que tenho e me jogar na estrada sem muitos planos, sem muito dinheiro, sem lenço e, basicamente, só com os documentos.

Aceitei o conselho de uma amiga, eu acho. Alguém que sei que tem por mim um apreço imenso e que prezava como poucos a minha presença diária e constante. Que me disse meio sem saída, meio se despedindo, meio aconselhando, meio se acostumando com o inevitável: Voa, passarinho. Abre as asas que esse mundo é teu.

Não sei para quê, cara. Não sei mesmo. Mas eu simplesmente sinto que preciso. Que o mundo tá me chamado agora, pra já, pra ontem. Não deve ser tanta loucura assim. Nós sobrevivemos ao fim do mundo, o que pode ser mais insano que isso?

Sempre concordei com o célebre ditado de que de médico e de louco todo mundo tem um pouco. Tirando minhas aspirinas, sinto que hoje a minha loucura anda muito mais aparente. Isso, ironicamente , pareceria péssimo pra mim há algum tempo atrás. Mas não hoje. Não mais.

Esse ano foi louco. Até pouco mais de um ano atrás, eu nunca me imaginei casada. Quanto mais casada com 22 anos de idade. Apesar de nunca ter imaginado, no início do ano lá estava eu vestindo uma camisa com letras cavalares: Fuck the system.  E eu fui, passos firmes, sem olhar pro lado ou pra trás. Fuck the system, fuck the system, fuck the system.

E daí eu me formei e saí dos únicos lugares onde eu realmente me sentia uma parte integrante: a faculdade e, é claro, a casa dos meus pais. E meus pais voaram também. Sei lá, deve ser genético.

 E eu cantei em público, conheci a Praia do Rosa, fui no show da Alanis, assinei uma campanha da Oktober, adotei um siamês de meia tigela freak-out que pensa que é um cachorro. Eu casei. Eu me abri, como nunca antes. Me abri pra alguém, me abri pra mim mesma.

Sinto que hoje eu ando mais firme pela rua. Sinto que eu me conheço melhor. Eu acho que devo pedir perdão aos bons amigos, porque eu me afastei um pouco de todos pra chegar mais perto de mim. Não sei se esse foi um ano onde eu evoluí como ser humano, mas sei que concretizei meu conceito sobre adultos: esquece, você NUNCA vai acordar num "amanhã qualquer", olhar pra si mesma e pensar: Ó, hoje é o dia de viver; hoje eu acordei adulta."

O que me sobra de incerteza em relação a grandes evoluções interiores, me sobra em certezas sobre grandes revoluções interiores. Nesse ano eu aprendi muito sobre mim. Finalmente me tornei mais consciente, e, porque não dizer, menos algoz das minhas sombras. Elas deixaram de pesar. Ou, pelo menos, se tornaram mais suportáveis. Aquela história de que ninguém é perfeito e não sou eu que preciso ser finalmente deixou de ser balela e passou a fazer sentido. Ênfase no finalmente.

Aprendi a ser mais benevolente. A precisar mais da minha própria aprovação do que da aprovação de terceiros. A julgar menos. A me julgar menos e a acreditar mais. Porque eu finalmente aprendi que acreditar é tudo que eu preciso pra mudar o mundo, o meu. E assim eu tenho vivido mais leve, mais feliz. Aprendi a meditar um pouco. Aprendi a gostar de academia. Aprendi sobre o meu corpo, sobre como me manter mais saudável. Aprendi a gostar mais de mim. Aprendi sobre finais e sobre começos. Meu Deus, como finais eram dolorosos pra mim. Aprendi muito sobre o poder do amor e finalmente entendi a diferença entre estar alegre e ser feliz. É uma puta diferença que fica pra lá de cabulosa quando sai da teoria e passa a ser vivenciada na prática. É uma diferença que abre portas, amplia horizontes.

Esse ano foi marcado por obstáculos, por muitos finais e muitos começos. Por uma nova fase, que puxa uma outra nova fase, agora mais prestes do que nunca a começar.

Que venha o Reveillon porque eu quero brindar. Que venha um novo ano, uma nova vida, uma nova era porque eu to pronta. Eu continuo sonhadora, mas eu to acordada, to consciente e to viva. Mais viva do que nunca.

Um feliz ano novo pra mim. Um feliz ano novo pra todos. E, é claro, um muito-mais-que-feliz-ano-novo pra você também, meu amor.

domingo, 2 de dezembro de 2012


1. Não entregue para ninguém o poder de controlar a sua vida. Quando você se coloca nas mãos de alguém, está concordando com o risco de ser esmagado por entre os dedos de terceiros.

2. É você quem cria a sua própria realidade e, consequentemente, a sua própria felicidade. Ou seja: Queira ser feliz; seja feliz.

3. Não tenha medo de mudar padrões. Mudanças positivas atraem evolução: eis aí a única regra sem exceção.

4. Nunca se vitimize. Afinal, os outros só fazem para você o que você permite que eles façam.

5. O excesso de justificativas é o alimento para a manipulação. Não se justifique apenas para provar a sua razão. Guarde-a para si.

6. Desconfianças são espelhos. Desconfie de quem desconfia de você.

7. Viva cada momento e aproveite o que de melhor cada situação tem a lhe oferecer. O resto você resolve depois. Há tempo para tudo.

8. Ame. Ame inclusive as provações e as dores. Até mesmo as piores situações só se resolvem através da energia do amor.

9. Não cobre mudanças das pessoas ao seu redor. Mostre o caminho e, se necessário, mude primeiro. Já dizia o ditado: Não adianta fazer tudo igual e esperar resultados diferentes.


sábado, 1 de dezembro de 2012

As coisas as vezes são só aquilo: o que elas são. Acho que a maior parte das relações não dão certo porque a gente fica pintando, projetando umonte de bobagens nelas. Acho que a metade dos homens que eu amei, ou que eu fingi que amei, ou que eu pensei que amei, eles deveriam ter sido simplesmente amigos meus. E eu adoraria gastar mais do meu próprio tempo com eles. Acho que talvez tivesse valido mais a pena.

Mariana Bloem

Noite de lua cheia.

Olhando pro céu..
E aí tudo muda
Penso em você, e eu.

Paciência.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O amor é longe.


O amor o deixou. Notei de pronto.

Nos encontramos por acaso. Ele lia no banco e eu corria. Sem compromissos, a vida ia. E enquanto um dia qualquer se esvaia, a lua nascia e eu corria - sem saber se por mim ou de mim - ele lia e, naquele instante, meio que sorria.

O jornal dele era de ontem, o meu pensamento já não sei. Num encontro marcado pelo acaso, falamos sobre aquele caso estampado na manchete do jornal dormido. Sorte a minha. O jornal de hoje eu vira pouco mais cedo e bem sabia que não rendia assunto, era futebol.

Conversamos tão somente porque eu sabia que o amor o era longe. Não pude evitar. Nota-se uma coisa dessas pelas rincas doloridas que, não tão gentilmente quanto deveriam ser com aquele senhor, fazem morada nos arredores da boca. Aquelas rincas que se intensificam quão logo um sorriso se ensaia. Não pude evitar.

É, menina... - Disse ele. Sem mais. Senti que nunca mais o esqueceria, pura e simplesmente porque o amor o era longe.

Eis aí uma dor que fascina: a contradição de desamar e continuar vivendo.

Fragmentos de um ensaio

Apesar de toda a vontade, escrever uma história longa, daquelas com personagens, acontecimentos, desfecho, metáforas, descrições e uma mensagem genial que alinhava a história inteira e arrebata o coração do leitor a cada nova linha, bom, nunca fez muito sentido pra mim.

Talvez pela falta, ou não, de criatividade para criar uma trama capaz de prender alguém - além da minha mãe, é claro - por mais de quinze minutos, talvez porque eu me ache muto enrolada pra escrever ou, talvez, só por achar que nada de extraordinário acontece na minha vida. Não me entenda mal. Digo algo que, bom, valesse a pena ser lido.

Nunca gostei muito de ficção. Nunca fui do tipo de pessoa que vive perigosamente. Não que eu seja monótona nem nada, mas os meus dias teimam em acontecer de dentro pra fora. Muito mais "dentro de mim".

Ok, talvez quem me vê de fora, sentada um dia inteiro olhando pro nada, me ache um tanto quanto monótona. Minha culpa.

Talvez lunática. Deve ser assustador me ver sair da inércia quando aquilo que eu carinhosamente apelidei de "lapso momentâneo de tempo e espaço" me acomete e me faz querer tudo pra ontem, com a força de 1000 homens. Quando eu fico urgente sem motivo aparente e, com a determinação de um leão, promovo a segunda revolução francesa de dentro do meu quarto.

Bom, sempre acreditei que esse meu funcionamento estranho me tirava o "tempo". Os dias andam passando tão rápido e a verdade é que, por maiores que sejam as ambições, quanto mais tempo livre, mais "nada" eu acabo fazendo. Mais ambições, mais confusões. Para falar a verdade, entender é complicado a beça até pra mim. Enfim, como eu disse, nunca achei a minha vida extraordinária, literariamente falando. Intensidade de novela mexicana dificilmente vira best-seller, né?

Ironicamente, os meus amigos extraordinários e cheios de aventura pra contar - leia-se, aqueles que vivem mais de fora pra dentro - já comentaram alguma coisa sobre a "extradiordinariedade" da minha vida.

Nunca acreditei que nenhum dos fatos que eu vivenciei no alto dos meus quase 23 merecesse ser lido. Isso me amedronta um bocado quando penso na proximidade dos 30. Uma escritora sem histórias. Belíssimo. Se encaixaria bem na dinâmica de alguém como eu.

Confesso que, por isso, quase desisti de escrever. Até o dia em que eu percebi, não sem alguns empurrõezinhos, que talvez o que acontece aqui dentro pode interessar a alguém. Por que não?

Quem me conhece sabe que, vivendo de sorrisos soltos, não faz sentido que tristeza seja a palavra primeira desse blog.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Tristeza é o que vem de rostos felizes.
"Tudo que cala fala mais alto ao coração."

As vezes a maior das declarações de amor é feita de pequenos atos silenciosos. A melhor, a mais verdadeira, a mais bonita.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

#Tattoo

Já que isso aqui anda meio jogado as traças - leia-se "cheio de assuntos engasgados" -, pra quem ainda vem aqui e quer matar um tempo lendo sobre tatuagem, é só acompanhar os meus textos (por enquanto esse aqui e esse aqui) lá no Tattoo Tatuagem.

sábado, 6 de outubro de 2012

I'm gonna explode: watch me.

 


P.S. Milésimo post, hã?
Quando se sabe muito sobre o que as pessoas são capazes, você começa a se isolar. Sem mais, nem menos.
Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É dia de dar tchau. Tcha-au, Free!


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Nunca mais se encontraram mas continuaram com o velho e perigoso hábito de confidenciar segredos. Segredos íntimos, que, ironicamente, não possuíam a coragem de assumir a mais ninguém. Na mesma lenta e infinda melodia, aprendiam que, em tempos de caos, distância não mais significa afastamento aos que seguem cantando, na íntegra, o verso principal da canção.

#Acabou




Passei boa parte do meu dia ouvindo essa música graças a dica do meu colega do lado. Como ando meio sem inspiração - ou talvez o certo seja "com muita confusão" - pra escrever, o ímpeto inicial foi simplesmente copiar e colar uma parte da letra. Sem propósito algum que não o de registrar. Só. Pensei um pouco melhor e mudei de ideia. De tanto ouvir, acabei pensando no que resolvi documentar - e porque não. Só uma opinião.




O final é agressivo. E continua sendo. Quero dizer, sempre. O final continua sendo agressivo sempre.

O sentimento pode passar, a mágoa, idem. A vida pode continuar, mas a lembrança do "acabou" sempre vai soar agressiva. A dúvida de "meu Deus, mas onde foi que acabou que eu não percebi?", também. O acabou é uma memória que vai parar, sem filtros ou pedágios, naquele compartimento meio isolado, obscuro e ressentido da mente. Aquele isolado com uma fita amarela e preta, com escritos de "cuidado" em toda a extensão. Bem sábio, por sinal. É preciso cuidado para não esbarrar nesse compartimentozinho desfavorecido durante um momento bom, um segundo de inspiração, um sopro de vida, um dia especial, uma risada gostosa. É por isso que uma música assim atinge até o mais feliz dos mortais.

E o "acabou" vai agredir quem disse, vai agredir quem ouviu. Vai agredir quem sentiu e quem não percebeu. E agride quando o fator que acaba com tudo é a falta de sentimento. Mas também agride quando o que acaba com tudo é o cansaço, ou o desgaste, ou a distância, ou o estress, ou a falta de grana, ou a traição, ou a desilusão, ou uma decisão equivocada, ou a imaturidade, ou a conjunção estelar, ou nenhum dos motivos anteriores. Porque só o acabou tem o poder de transformar amantes em estranhos.

A vida pode melhorar depois do final, mas o "acabou" em si é sempre agressivo. E, apesar disso, as pessoas equilibram mais um final antes de cada novo início, acumulando "acabou´s" permanentemente e pelo resto da vida. Faz parte de viver. Faz parte de se permitir, de amar e reamar. Acho que amar é a estupidez mais corajosa do mundo. Se entregar é quase um suicídio. Porque o pra sempre dos amantes, convenhamos, não é uma garantia convincente.

E o final sempre dói, agride. Dói o coração, agride o ego, aguça a imaginação, a teoria da conspiração, a auto-depreciação e por aí vai. Porque o acabou sempre vem acompanhado de julgamentos, de perguntas muitas vezes sem respostas - que, não raro, acabam sendo respondidas pelo ponto de vista distorcido do próprio questionador. E, mesmo depois do fim, ainda continua sendo agressivo olhar para a situação nua e crua. Continua sendo agressivo lembrar que "acabou". Assim, sem choro nem vela. Sem fantasia, caminhos alternativos, meias palavras, recados jogados ao vento, falsas esperanças. Nada muda a realidade dura de um "acabou", ainda que ela seja totalmente diferente daquilo que enxerga aquele que a vê.

Mas o acabou não é de todo ruim. Os seres humanos precisam de acabou para viver, para crescer. A comida do prato precisa acabar. O leite no seio da mãe também. O espaço para colar as figurinhas do seu álbum da copa. A primeira edição do seu livro preferido. O seu primeiro beijo. O orgasmo. Tudo precisa de um "acabou" pra que as pessoas sigam em frente. Elas seguem, e isso é bom. Depois de um prato de comida, pode vir um outro ainda melhor. Depois de um orgasmo, pode vir um orgasmo ainda mais intenso. Mas só se é capaz de descobrir depois de conviver com a agressividade de um "acabou". E o acabou é sempre agressivo. O acabou sempre fica marcado. O acabou não poupa ninguém.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Alice: Quanto tempo dura o eterno? 
Coelho: As vezes apenas um segundo. 
Eu: Ou menos.



Ela em minha frente e uma certeza: a eternidade pode durar menos de um segundo. Bastou um vislumbre pra despir a alma de tudo aquém a sua presença. Para despir a consciência de qualquer pudor e deixar que as primeiras lágrimas caíssem livres pelo rosto. Para rir, pular, gritar ou apenas observar sem pressa. E, sem noção alguma de tempo, pensar, repensar e trepensar: "Ela existe. Eu não acredito. Ela realmente existe". E então olhar, e olhar um pouco mais, desafiando as minhas próprias noções de realidade e felicidade.

A Alanis, aquela da minha infância, da minha adolescência, dos meus segredos, das minhas crises, minhas lágrimas, meus sorrisos, dos meus momentos de ócio e das minhas noites de solidão. Aquela do cabelo comprido, do olhar sonhador, da expressão de paz. Aquela suave feito anjo e intensa feito o bem e o mal de cada ser.

Aquela que levanta a cabeça a cada nota arrepiantemente aguda e fecha os olhos, e sorri e chora no palco. Aquela da voz doce, que me decifra, que me canta, que me constrói. Aquela que se move como ninguém, que joga os cabelos pra frente, mostra os ombros, a tatuagem e toca gaita como ninguém mais faz. Aquela que acompanha o ritmo de um jeito escandalosamente seu; com cada membro, com cada dedo, com toda a alma. Aquela que sente como ninguém, que vive e revive a cada palavra. Aquela que é a única capaz em soar verdadeira ao dizer "You´re so warm that it feels like home" ou um batido "I love you".

Aquela que termina o show com Thank You, mas não sem antes alcançar aquela nota de Uninvited que ninguém mais no mundo alcança. Aquela que arrepia com a energia de You Oughta Know e derrete a platéia inteira em Hands Clean e Head Over Feat. Aquela que sintetiza a vida em You Learn, sintetiza a dor em Flinch e me traduz em Hand in my Pocket. Aquela que transcreve o imprevisível em Ironic e emociona profundamente em Guardian.

Aquela que canta clássicos da minha geração e músicas que, com toda certeza, ainda se tornarão os clássicos da próxima.

 Ela existe. Agora com quadril - que inédito. No peito, uma gratidão de quem, naquele momento, não desejava mais nada. A certeza de que momentos perfeitos existem e, ainda bem, se tornam lembranças que nada é capaz de apagar.

  

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fechei os olhos. Só mais um passo a frente. Mais um passo. Só mais um. Assegurei-me de que aquela porta, hoje jazendo em ruínas, havia ficado para trás. Então abri os olhos e abandonei a escuridão. Não. Não encontrei coragem e tampouco voltei minha cabeça ao passado. Sobre as ruínas, apenas me disseram. E eu acreditei. E foi como te observar um segundo mais, desejando sempre mais, mas travar frente as carnes da tua boca, já usada, abusada e, no íntimo, lacerada demais. Não notei os vincos, agora pouco mais profundos. Ignorei todos os sinais da minha falta de tempo. O tempo passara sem tardar um só segundo, sem dó de meu atraso. E passará sempre assim: impiedoso de alguém tão perdido quanto eu. Ah, que falta me fazem os teus olhos. E nem por isso pude vê-los pela última vez. Encarar-te seria, meu bem, assassinar o que, em verdade, nunca teve a oportunidade de existir.
Agora diz:

Queeeeeem vou ver a Alanis amanhã? Quem? Quem? Quem?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"Sete anos – pensei ainda sonolenta e fora de mim. Esperei que mais um minuto se passasse. Sete horas da manhã. Despertador tocando. Nunca entendi porque eu teimava em acordar um minuto antes do soar estridente do meu despertador, aliás. Um minuto perdido e uma pitada insistente de melancolia. 

O conforto do meu quarto sempre combinara comigo. Os pouco mais de 8 metros quadrados que abrigavam boa parte dos meus medos, segredos, dúvidas e planos. E como eu os tinha, aliás. Planos que, não sei se por falta de oportunidade ou de culhões, nunca saíram do papel. 

Sempre sonhei em jogar tudo pro ar. Uma tarde ensolarada qualquer e a decisão que mudaria a minha vida: buscar o que de melhor o mundo tem pra oferecer. Largaria meu pequeno apartamento e tudo que lá estivesse - com a plena certeza de que não faria falta alguma. Comigo, apenas os bons. Meu "príncipe", encantado na medida exata, e meu gato, sem botas por enquanto."
"Que setembro seja melhor e supere todas as angústias, medos, inseguranças e azar de um agosto fodido." CFA

Dispensei a xícara de café matinal. Expresso, preto, adoçante, sem espuma. De preferência nessa ordem. Só que hoje não. E não é febre. Essa já se foi com agosto junto aos calafrios, as dores, ao eu-não-pedi-pra-nascer-e-não-quero-mais-viver (e foi tarde, posso dizer).
O café tem me feito mal a beça desde que, bom, não sei desde-que-exatamente. Sem cafeína minha mente só acorda pra lá das 10h30. Então: bom dia! Tudo bem. Tenho andado meio devagar nesses últimos tempos. Escorregando dias, pulando outros e lá vou eu, impaciente e sem pressa.
Tenho esperado por não-sei-o-quê. Aquela luz, cara. Sei lá. Aquele compartimento secreto da mente, a mudança no DNA, o fim do mundo. To esperando que um sei-lá-o-quê faça sentido já que essa sala empoeirada demais, clara demais e com-sempre-as-mesmas-pessoas-demais parou de fazer sentido faz um bom tempo.

E se é no dia 14 que tudo realmente muda, que bom que meu setembro começou já no dia 3. Seja mais que bem-vindo, a propósito!

P.S. Bem-vinda semana do show da Alanis!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O momento em que o corpo pede socorro. GRITANDO.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Diva liiiinda de morrer. Morro de amores. Morro morro morro mesmo! <3 <3 <3 <3

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Volta e meia eu paro e me pergunto (pra ser sincera, com um medo sinistro da resposta): "Meu Deus, será mesmo que isso nunca vai acabar?"

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Tomara que a tristeza te convença, que a saudade não compensa e que a ausência não dá paz."
São Paulo, 12 de janeiro de 1982.

"Tive uma grande emoção, há pouco, ao abrir o pacote com o seu livro. Você não sabe, mas a sua figura foi uma das mais importantes durante a infância e uma parte da adolescência que passei aí em Santiago. Com o seu livro nas mãos, me voltou imediatamente na memória a visão que eu tinha da casa de vocês da janela de meu quarto. Uma casinha de madeira quase escondida atrás de muitas plantas, com um coqueiro de onde surgia a lua, quando estava cheia.

No meio da tensão e da corrida que é sempre esta cidade, foi qualquer coisa como um sopro de ar fresco, um gole dágua, qualquer coisa assim. Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde. Nunca nos falamos, praticamente, nunca nos olhamos. Ficou só aquela vibração de silêncio, muito forte. 

Numa cidadezinha perdida, dois malditos que se reconhecem nem que seja necessário sequer falar sobre isso. Uma cumplicidade muda, e tão secreta que, penso, talvez você nunca tenha percebido. Na minha memória - já tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos. O mesmo que ocupa aquele branco do Quarto RC, no fim da rua. Ou os circos que acampavam na frente da casa de Dona Ernesta. Ou o campinho na frente de tua casa, onde eu deitava olhando as nuvens ou jogava futebol (pessimamente).

Neste momento, estou todo arrepiado e com muita vontade de chorar. É como se ouvisse outra vez, escondido em meu quarto, com o cheiro forte de um jasmineiro ali embaixo, os discos de música erudita que você ouvia muito alto. Até hoje penso que seria Beethoven ou quem sabe Wagner. Era algo muito vibrante. Foi a primeira vez que ouvi música erudita. Foi a primeira vez que eu soube que existiam poetas. Tudo isso me toma agora de novo e é tão mágico que quero agradecer a você a lembrança - deus, tão remota e ao mesmo tempo tão dilaceradamente viva. 

 Sobre teu livro: vou lê-lo com muito carinho, hoje à noite. E te prometo que, em nosso número de fevereiro, sairá uma ficha registrando a publicação e, se possível, também uma nota nessa secção que chama-se "De Orelha". Vou tentar encaminhá-lo a alguém para que faça uma apreciação. Temos pouco espaço, e menos ainda para poesia. Faço o possível, mas é uma luta diária que, freqüentemente, perco.

(...) Sendo franco: dificilmente eles darão ao seu trabalho a atenção merecida. A grande imprensa e a grande cidade são muito viciadas. Há uma politicagem terrível. Só se escreve praticamente sobre os livros de grandes editoras, que são também anunciantes. Tudo muito amargo e triste. Mas falarei de você e do seu trabalho para as pessoas. Se quiser enviar os livros aos meus cuidados, comprometo-me a encaminhá-los.

Quanto a mim, vivo sozinho num pequeno sobrado, numa vila, em um bairro calmo. Trabalho aqui o dia inteiro, à noite leio, escrevo, ouço música (principalmente Erik Satie, Chopin e hoje comprei A Pastoral de Beethoven). Vivi dois anos no exterior (Suécia e Inglaterra) e este ano talvez viaje de novo. Mais um livro meu deve sair em abril, chama-se Morangos Mofados. Te envio um. Vivo bastante só, e viajo muito. Estou um bom astrólogo, estudo já há oito anos (tenho Sol em Virgo, ascendente Libra, Lua em Capricórnio), e há dez anos curto o Tarot, também o I-Ching e todo o esoterismo, incluindo candomblé (sou Oxalá de frente, com Oxum e Ogum) - umbanda não gosto, nem kardecismo, acho baixo-astral. 

Lembro uma vez que você leu o Tarot para mim e Romanita Martins, agora Romanita Desconzi, a artista plástica - e previu muito sucesso. Romanita, aliás, adora você, e sempre que nos encontramos acabamos falando no seu nome. Gostaria que você me falasse da sua vida aí, dos seus sonhos, da sua - imagino - grande solidão. Estou enviando alguns exemplares aqui do "meu jornal" e espero que esta carta, que me está saindo longa demais, sirva como reinício da nossa amizade, tão profunda e tão antiga. Vai meu endereço particular e o convite, verdadeiro, para uma visita, quando você quiser. Receba todo o meu carinho e as minhas melhores vibrações. 

Seu amigo,
Caio Fernando Abreu"

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tem coisas que já não me valem o empenho de quebrar as teclas por lesão repetitiva na elaboração de (mais) explicações. A vontade é de só pedir pra não achar que um pedido de desculpas vai devolver o sorriso do meu rosto. Sabe, é que eu to sendo sincera. Não vai. Sempre que eu lembrar, que eu ver, que eu tiver que conviver, eu não vou gostar, eu não vou achar legal, vai machucar. E, como isso é um "problema" meu, só to avisando com antecedência que eu não vou mais querer falar sobre nada disso.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Ciúme: a gente se vê por aqui.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Parei em frente a caixa de correio do meu prédio. Observei sem expectativas. Percebi que nada mais se espera de uma caixa de correio além de contas, folhetos, propagandas, avisos. Descoberta infeliz. "Meu Deus, pra onde será que foram aquelas belas-e-pessoais-e-infelizmente-fora-de-moda cartas escritas e endereçadas a mão?"
Eles me lembram muito o Eduardo e a Mônica. Ela trabalha com publicidade e tá sempre por dentro das últimas tendências de moda, layout e design. Ele trabalha com mecânica e já descobriu todos os truques do último lançamento pra Play 3. Ela tem 27 e ele, 23. Ela é toda moderna e ele já sujou todas as calças jeans de tinta. Ela pratica hipismo no horário de almoço e ele sai pra pescar todo o final de semana. Ele come carne e ela é uma vegetariana defensora dos animais. Ele tem um Monza, ela, um cavalo. Ela é tatuada e ele é de família conservadora. Ela é brava, ele, um bobalhão. Ela pretende largar a publicidade por um sítio pequeno em algum vilarejo vizinho. Ele pretende comprar um Jipe. Ela quer uma pista de hipismo e ele, de rally. Ele avisou que só vai casar quando tiver dinheiro pra uma festa épica. Ela, tão durona que é, diria "sim" mesmo numa singela reunião de amigos no cartório da esquina. Ela ama ele. Ele ama ela. Eles quase não demonstram, mas dá pra ver que se não fossem eles, nenhum deles seria perfeito pra mais ninguém.
"Beautiful girls all over the world. I could be chasing, but my time would be wasted. They got nothing on you, baby. Nothing on you, baby. They might say "hi" and I might say "hey", but you shouldn't worry about what they say cos they got nothing on you, baby. Nothing on you, baby."

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

"Nós somos completamente diferentes. Duas energias incontestavelmente opostas, mas que de alguma forma extraordinária se atraem, e se completam, e se possuem." T.P.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar muda pra falar de amor pra você
Pai, senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco, tua voz tá tão presa...

Pai, me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...

Dor, emoção e muita gratidão.
Da série: Pessoas & Situações que me irritam.
Oi, bom dia, como vai você? Pois é, eu fiquei sabendo que a tua vida mudou. Ninguém me disse, eu vi nas fotos que aquele seu novo casal de amigos postou. Só assim mesmo pra eu saber o que tem acontecido contigo. Faz uma cara que a minha casa deixou de ser abrigo. Aliás, nossa! Já faz tanto tempo que a gente não se vê. Volta e meia eu me pergunto por onde anda você. Fico tentando entender se isso tudo tem te feito feliz. Parece tudo tão longe daquilo que você dizia que sempre quis. Se quiser saber, por aqui eu to bem, eu to legal. Volta e meia canto uma música bem alto pra afastar o baixo astral. Fiquei sabendo que você tá tocando um projeto novo. Um daqueles que veio pra revolucionar a mente pequena desse povo. Sempre admirei o seu talento. E te disse que, se eu não encontrar um modo de te provar isso, tudo bem, eu invento. Fiquei sabendo também que você tem uma nova namorada. E que ela é uma das minhas antigas amigas de balada. Espero que vocês se deem realmente bem. Continuo achando que tu só merece o que de melhor essa vida tem. Acho que nunca vou parar de sentir tua falta. Penso em ti a cada santo dia, mesmo cheia de jobs na minha pauta. Queria te contar que em 30 dias eu largo o meu emprego. Tenho um novo plano, um projeto de mestrado e ganhei um puta arrego. Quem sabe um dia a gente se cruza no meio dessa luta. Enquanto isso a gente vai seguindo na coragem, na disputa. Ou quem sabe a gente se cruza numa festinha. Vou dar um oi impessoal e pensar "nossa, nem sabia que ele vinha". É assim que a vida segue. E eu luto bravamente com a saudade até que o bicho pegue. Oi, tudo bem, como vai você? To falando tudo isso e não tenho nem porque. Como de costume, vou ali olhar as coisas que tu marcou. Quem sabe a pista que eu procuro, foi por ali que ficou.

terça-feira, 14 de agosto de 2012




Eu sei que lá no fundo há tanta beleza no mundo, eu só queria enxergar...
As tardes de domingo, o dia me sorrindo, eu só queria enxergar...
Qualquer coisa pra domar o peito em fogo, algo pra justificar uma vida morna. 
Não esqueço aquela esquina, a graça da menina, eu só queria enxergar...

Por isso eu me entrego à um imediatismo cego, pronta pro mundo acabar. 
Você acredita no depois? Prefiro o agora 
Se no fim formos só nós dois, que seja lá fora 
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você.



Se o mundo acabar hoje, eu estarei dançando. #ficadica

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

"Será porque você não me suporta ou dentro desta porta tem mais coisa aí? Entre o bem e o mal a linha é tênue, meu bem. Entre o amor e o ódio a linha é tênue, também. Quando o desprezo a gente muito preza, na vera o que despreza é o que se dá valor. Falta descobrir a qual desses dois lados convém sua tremenda energia para tanto desdém. Ou me odeia descaradamente ou disfarçadamente me tem amor." M.G.

Vai dizer, tem gente que merece essa.
:)
"..Eu não vou saber te falar, te explicar, que eu também me assusto muito. Você nunca vê que eu sou só uma menina dessas tais que pensam demais e que, logo mais, eu vou correr atrás de ti."

E enquanto vocês enlouquecem um pouquinho mais a cada dia entre malas, caixas e sacolas de uma mudança interminável, eu sustento um sorriso dolorido no almoço de domingo. Um esconderijo praquela criança pequena e meio tonta que, pra falar a verdade, tá segurando o choro e o medo de se saber assim tão longe de vocês em 3, 2, 1..

#Start

Depois de uma semana de despedida, com direito a final de semana de dia dos pais, bora começar o desafio.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sabe aquele dia em que você não consegue entender de jeito nenhum o porque de as coisas estarem acontecendo da forma como elas estão acontecendo? Pois então.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Oi, gato.

Minhááu pra você. <3




terça-feira, 7 de agosto de 2012

Descobrir uma doença que a princípio não tem cura e que vai mudar a tua vida radicalmente é um tanto quanto impactante. Depois da crise de auto-piedade, nada melhor do que focar no lado bom, agradecer por descobrir no início e saber que em breve a qualidade de vida vai melhorar.. e muito. Boto fé.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Quer saber? Eu aceito o desafio.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Não quero medir a altura do tombo, nem passar agosto esperando setembro. - Zeca Baleiro

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Vamos fugir daqui?
Me espera lá fora em 15 min.

 Att,
fui.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

We only said goodbye with words, I died a hundred times.
You go back to her and I go back to black.
Oi? Presta atenção em mim?

terça-feira, 24 de julho de 2012




Do you ever hear me calling? Cause every night I'm talking to the moon still trying to get to you. In hopes you're on the other side talking to me too, or am I a fool who sits alone talking to the moon?

I know you're somewhere out there, somewhere far away...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

"Face your fears." Eis aí uma frase que eu prefiro em inglês. Fato é que, bom, em qualquer um dos idiomas ela mexe bastante com o meu estômago.
Deus do céu, como eu me sinto um peixe fora d'água.

 Hê.
"Senta aqui, vamos conversar bem pertinho. É, eu ando meio carente, então vem aqui e segura a minha mão. Preciso desabafar, te contar algumas angústias, aflições, dividir as coisas. pode ser? Não vou me estender muito, sei que você é ocupado. Além disso, é sexta-feira. Quem quer ouvir lamúrias em plena sexta? Eu entendo. Se fosse mais tarde, entre um gole e outro de bebida forte, a gente podia sentar na sarjeta, reclamar da vida, arrotar baixinho e comer cachorro-quente da esquina. Mas é dia. É dia e as pessoas têm pressa. Vem, não vou tomar muito do seu tempo.

(...)

Muita gente passa e vai passar pela minha vida. E pouca gente vai ficar. Quer saber? Não me sinto mal com isso, não. Tenho amigos de infância. Tenho amigos de faculdade. Tenho amigos dos tempos de escola. Tenho amigos das agências em que trabalhei. Tenho amigos virtuais. Tenho amigos no salão de beleza. Tenho amigos no meu prédio. Nossa, como eu tenho amigos, certo? Errado. Muito errado.

Eu sei, sei que é bem melhor dizer fulano-é-meu-amigo do que fulano-é-meu-conhecido. Também sei que é um saco ter que batizar tudo a toda hora. Mas amigo é amigo, conhecido é conhecido. De vez em quando a gente troca as bolas e se estrepa lá na frente. Então vamos reformular as coisas: existem algumas pessoas que você jura que são amigas. Porque você convivem muito com você. Porque te entendem. Porque conhecem todos os seus sorrisos. Porque têm intimidade com sua família. Porque já estiveram junto com você nas horas difíceis. Porque são boas companhias. Porque fazem um cosmopolitan maravilhoso. Essas pessoas podem ser conhecidas. Ou amigas de ocasião. Como assim? São aquelas pessoas que você conheceu no trabalho, na academia, pela vida afora. Gente bacana, do bem, que é legal ter perto. Gente que te diverte, te alegra. Gente que sai com você pra jantar, beber, jogar carta, assistir filme, viajar. Gente que você curte bater um papo mais cabeça, mais profundo. Gente que você conta um pouco da sua vida. Gente que você quase confia totalmente.

Quase. É porque amigo mesmo faz tudo isso. E ainda dá três pulinhos quando um sonho seu se realiza. E ainda vibra por você a cada coisa bacana que te acontece. E ainda respeita o teu espaço. E ainda entende que para ser amigo não precisa estar colado com fita dupla face. E ainda não sente a menor inveja de você.

Entendeu? Agora conte nos dedos de uma mão quem restou. Esses são amigos. O resto é conhecido. E fim de papo."

Clarissa Corrêa

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dizem ser irônico que, apesar da gratuidade constante das palavras e sorrisos, eu seja uma pessoa fechada. Falando francamente: sobre o que eu sinto, realmente falo pouco. Sentir me é profundo e só me decifram aqueles capazes de, de fato, prestar atenção nos acordes soprados em meu silêncio.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

#DezAnos

"- Amanhã faço dez anos. Vou aproveitar bem este meu último dia de nove anos.
Pausa, tristeza.
- Mamãe, minha alma não tem dez anos.
- Quanto tem?
- Acho que só uns oito.
- Não faz mal, é assim mesmo.
- Mas eu acho que se deviam contar os anos pela alma. A gente dizia: aquele cara morreu com 20 anos de alma. E o cara tinha morrido mas era com 70 anos de corpo.
Mais tarde começou a cantar, interrompeu-se e disse:
- Estou cantando em minha homenagem. Mas, mamãe, eu não aproveitei bem os meus dez anos de vida.
- Aproveitou muito bem.
- Não, não quero dizer aproveitar fazendo coisas, fazendo isso e fazendo aquilo. Quero dizer que não fui contente o suficiente. O que é? Você ficou triste?
- Não. Vem cá para eu te beijar.
- Viu? Eu não disse que você ficou triste?! Viu quantas vezes me beijou?! Quando uma pessoa beija tanto outra é porque está triste."

Clarice Lispector

terça-feira, 17 de julho de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012


Um paraíso de frente pro mar. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

"Ele era dela. Ela era dele. E no entanto, nunca vi duas pessoas tão livres."

Exatamente.
Fissura - s.f. - Fis.su.ra. - Paixão, descontrole, ideia fixa, obsessão.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Tudo aqui quer me revelar: unhas roídas, ausências, visitas, flores na sala de estar.

terça-feira, 10 de julho de 2012

...Acho que foi muito bom esse lance de a gente se encontrar. Vim pra te dizer que eu pensei muito nessas últimas semanas, sabe? E que eu só queria te pedir pra não deixar de acreditar. Sei que todo mundo fala que nem todo o dia é bonito, mas a gente nunca foi como todo mundo. Da boniteza dos nossos dias, não é a gente que sabe? Então. Então não deixa de acreditar. É que eu continuo sendo uma daquelas crianças meio bobas que sonham todos os dias com um conto de fadas daqueles bem bonitos. Acredita comigo que todos os nossos dias podem ser bonitos e, mesmo quando a situação estiver muito muito muito feia, assim, feia de doer, fica do meu lado. É que isso é tudo que eu preciso pra deixar o dia bonito de verdade. É que daí o sol abre em dia de chuva e vira arco-íris. Daí o frio de rachar vira convite: vinho, chocolate, cobertor, você no coração e o amor em todos os cantos da casa.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Segunda noite que eu lembro exatamente o que sonhei? Algo de errado não está certo, Batman.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Noite de pesadelos consecutivos e eu aqui, dormindo sentada.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

É, morena, tá tudo bem
Sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus


E pode rir agora :)
"Se eu pudesse ao menos prometer
"Não vai acontecer de novo"
Mas esse meu jeito de aprender é tão estúpido
Só pra minha cara te deixar de cara com meu ciúme

 Eu quis te machucar, quis te fazer chorar
Eu pensei, não pensei
Eu quis te machucar

Eu sei, mudei
Mas é bom pra aprender
É bem bom pra aprender
Me desculpa, tu me desculpa?"

 Até entendo posturas assim, do início ao fim. Mas me diz o que se ganha no final? Eu ainda não sei.
Posso ser cheia de defeitos e cometer muito mais erros do que eu gostaria. Posso não ser exatamente como eu almejo, mas me orgulho muito de tudo que já evolui, da inteligência que adquiri, da sensibilidade pra ver o mundo que nasceu comigo e da capacidade que tenho de aprender com meus erros. Me orgulho do meu desejo sincero de ser perfeita, de não querer errar, de não querer machucar e de não desejar nada de mal nem pro meu pior inimigo. Me orgulho, aliás, de não ter um só inimigo. Me orgulho de cada degrau que eu subi e da moral e do caráter que eu conquistei. Me orgulho de como eu lido com as pessoas e situações que se apresentam pra mim e me orgulho do reflexo positivo que isso tem na minha vida. Me orgulho de ter aprendido a máxima de que, não importa o que se vai ensinar, deve-se ensinar com amor. De ter aprendido que machucar por raiva não leva a lugar nenhum. De ter aprendido que quando alguém não tá bem, é a hora de ficar por perto por mais difícil que seja. Aprendi justamente porque guardo todos os sorrisos que arranquei de todos os que já me procuraram aflitos pelo menos uma vez. Aprendi porque guardo a lembrança de cada lágrima que consegui evitar. Aprendi porque eu amo manter as pessoas especiais ao meu lado. Sei bem a responsabilidade que é ter tanto poder sobre alguém a ponto de tranquilizar em um segundo e desestabilizar em outro, e sei do cuidado que eu tomo pra dar sempre o meu melhor a quem tem tanto amor por mim. Amor é lindo, amor é raro, é difícil de encontrar. Amor é cuidado. Amor é ouro, o resto é resto. Eu não vou desmoronar. Já diria minha mãe que só fazem com a gente o que nós permitimos que se faça. Acabei de lembrar de não esquecer disso tudo por nada ou por ninguém.
Veja o sol dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos.

Então me abraça forte e diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo.

Não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas agora?

A Uma Passante – Charles Baudelaire

 A rua, em torno, era ensurdecedora vaia
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa
Uma mulher passou, com sua mão vaidosa
 Erguendo e balançando a barra alva da saia.

 Pernas de estátua, era fidalga, ágil e fina
Eu bebia, como um basbaque extravagante
No tempestuoso céu do seu olhar distante
A doçura que encanta e o prazer que assassina

Brilho… e a noite depois! – Fugitiva beldade
De um olhar que me fez nascer segunda vez
Não mais te hei de rever senão na eternidade?

Longe daqui! Tarde demais! Nunca talvez!
Pois não sabes de mim, não sei que fim levaste
Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste!
Da série: bronca de alguém que eu nem conheço pessoalmente.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele que teu olhar "flor na janela" me faz morrer
Ando tão à flor da pele, meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final

Barco sem porto, sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela, bicho solto, um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo, noutras, suicido.

Zeca Baleiro

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Crises de loucura que não se justificam. Fica calma, menina.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

That's me in the corner, that's me in the spot light
Losing my religion, trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh no, I've said too much, I haven't said enough

I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

 Every whisper of every waking hour
I'm choosing my confessions
Trying to keep an eye on you like a hurt, lost and blinded fool 
Oh, no I've said too much, I set it up
‎''Existe alguém no mundo, nesse momento, que poderia te ligar agora e te deixar feliz?'' T.B.
"Me desculpa por não conseguir te ajudar a conter as tuas lágrimas
E então, quando você puder me abraçar, eu prometo te acalmar
E se o mundo inteiro não quiser parar pra você se levantar
Eu te juro que espero ao teu lado porque o que eu quero é fazer você sorrir."
A cada segundo, o segundo anterior já passou. E me diz, menina, quando você vai aprender que se apegar ao passado não adianta de nada?
“A gente se afasta inconscientemente. Se afasta tão silenciosamente que ao dar-se conta vem aquela lembrança súbita no meio da manhã: Minha nossa nós éramos amigos.” Caio Fernando de Abreu
Com o tempo você aprende que é mais forte do que imagina e que é capaz de sorrir mesmo querendo chorar.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

#VelhoDia



 Todo mundo tem alguém que se foi e não voltou
Mas um velho dia vem na manhã de quem ficou
E a recordação vai por onde eu for
É um sol que nasce no retrovisor

terça-feira, 26 de junho de 2012

Hoje é um novo dia e, cá entre nós? Graaaças a Deus. :)


P.S. O primeiro recital, por mais que seja uma droga, a gente nunca esquece.
P.P.S. Ter amigos e uma família sem comparação, também não.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

"Existem coisas que eu prefiro esconder de você. Eu sei, sei que a gente não deve ter segredos, que a gente não deve engolir a contragosto uma palavra, que a gente deve se abrir e deixar a emoção tomar conta. Muito fácil falar, não é verdade? Sempre foi fácil falar, o difícil mesmo é viver. O difícil é a gente lutar contra nossos demônios, contra nossos planos, contra nosso roteiro. Porque todo mundo tem um roteirinho guardado dentro da bolsa. É lá que escrevemos nossos projetos mais ousados, nossas metas e, é claro, nossos sonhos. Mesmo assim, preciso ser franca, existem coisas que prefiro esconder de você.

Não sei se você me entenderia, se me apoiaria, se me daria a mão e entraria nessa comigo. Honestamente, eu não sei. Eu entendo tudo que temos, valorizo tudo que fomos, que somos e que ainda seremos juntos, mas acredito muito em destino. Não que eu seja uma conformada, que ache que "o destino quis assim", mas poxa vida, cara, eu só quero ser feliz. A gente está aqui pra ser feliz, pra viver mais leve, pra conseguir a tão sonhada paz de espírito. Eu não quero luta, briga, discussão, eu quero amor. É tão simples a gente querer amor, não é mesmo? Mas o amor vem com muita coisa por trás. O amor nunca chega sozinho. Ele traz um pouco de dor. Porque a gente não quer decepcionar o outro, de alguma forma a gente quer ser aquilo que o outro quer e espera. E, junto com tudo isso, não queremos - nem podemos - deixar de lado o nosso eu. Não dá pra se anular, viver para o outro, esquecer da individualidade e dos desejos. Porque todo mundo tem desejo, tem vontade, tem um projeto de vida. E eles podem ser diferentes, podem entrar em conflito, podem se estranhar. Por isso, a gente precisa de paciência, conversa, jogo de cintura e algum sacrifício. É, ninguém disse que uma relação é simples. A gente precisa ceder, o outro precisa ceder, um dia alguém me falou que não dava pra ter tudo. E não dá. Se desse não seria a vida. A gente pode ter o suficiente, mas tudo, tudo não. Por favor, faça isso entrar na sua cabeça que eu vou fazer entrar na minha. Vamos torcer, dar 3 pulinhos, acender uma vela, rezar para todos os santos que nem acreditamos, mas vamos fazer alguma coisa. Por mim, por você, por nós.

Olha, eu não esperava que você me respondesse. Só esperava, sei lá, eu nem sei o que esperava. Só queria que você também quisesse. É muito difícil compreender isso, eu sei. Eu queria que você quisesse pendurar aquele quadro na parede. Eu queria muito que você quisesse junto comigo. Junto, sabe? Porque dois é sempre melhor que um. Dois são força. Dois são fortaleza. Dois são suporte. Dois são amor. Dois são continuidade. Tem coisa mais bonita que isso? Dois são uma promessa de futuro. Um futuro bonito. Porque todo futuro é bonito, eu sou otimista e a gente pensa assim. Futuro tem que ser bonito, por mais que o passado tenha sido triste e o presente uma incógnita. Do presente a gente só vai saber no futuro, quando o presente passar, a gente sentar, tomar um vinho bom e avaliar o que passou pelos nossos olhos.

Você deve estar me achando maluca, eu sei. Você sempre me acha maluca quando começo a falar essas coisas, assim, de dentro. Mas, sabe, eu sou uma pessoa toda pra dentro e cada vez mais vou entrando em uma toca que é só minha. Nela, não tem campainha, grade, nada, eu não sei me proteger, entende, eu não sei me proteger e é por isso que sofro tanto. Eu me dou tanto para os outros que às vezes me olho no espelho e pergunto nossa, quem é essa? Não que eu seja uma puritana santa, que nada. Às vezes eu sou mesmo é uma puta suja. Mas eu quero o bem de quem eu gosto, disso não abro mão. Sou capaz de esquecer do que quero para os outros ficarem bem. Os outros, os meus. Entende? Sou possessiva, sim. Quem eu amo é meu e fica guardado aqui num cantinho todo enfeitado. Tiro o pó todo dia, coloco um vasinho de flor, as coisas precisam ter alguma beleza, você não acha? E aqui dentro cabe todo mundo que faz parte dessa minha vida que, sim, é boa. É claro que nem todos os dias são bons, mas não esqueça que sou otimista, sempre acredito que a coisa vai melhorar, que alguma notícia boa vai chegar e quer saber? Ela chega. Uma hora ela chega.

Por favor, pensa com carinho na gente. Fecha os olhos e sente todo o amor que fica na nossa volta, como uma bolha, uma redoma. Somos inatingíveis. Nosso mundo é mágico, o amor é mágico. Ele modifica. Ele me modificou tanto, me fez melhor. Ele te fez melhor também. Dá aqui a tua mão. Sente meu coração, sente o calor que sai da minha boca. Isso é amor. Isso é a magia que o amor faz com a gente. Eu sei que a gente consegue, eu sei. Não é assim tão difícil. Por favor, não te anula, não te deixa de lado. Mas não faz com que a minha vida fique de lado também. Não é justo com você, comigo, com a gente. Por favor, não fica com medo. Dá aqui a tua mão. Vou segurar ela bem forte e, juntos, vamos conseguir enfrentar qualquer coisa boba ou séria. Sabe por quê? Porque a gente se ama. E nada mais importa."

CC.

E precisa dizer mais alguma coisa? :)
Eu só quero que o dia acabe logo.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Hoje o dia amanheceu em paz

Olha a luz que brilha de manhã
Saiba quanto tempo estive aqui
Esperando pra te ver sorrir, pra poder seguir

Lembre que hoje vai ter pôr do sol
Esqueça o que falei sobre sair
Corra muito além da escuridão


Não desista de quem desistiu, do amor que move tudo aqui.



quinta-feira, 21 de junho de 2012

"Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

(...)

Claro que é melhor ser alegre que ser triste, mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor."

Martha Medeiros
Eu sinto. Sinto muito. Demais. Sinto e, já diria Martha, sentir é um verbo que se conjuga para dentro.

‎"Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música.

Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir. Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro. Sentir ensina, sentir aquieta."

Martha Medeiros
Me deixa.

terça-feira, 19 de junho de 2012

O dia em que você não tem paciência pra nada, nem pra você mesma.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

#NotadeFinaldeSemana

Não desejo uma gripe na sessão de tatuagem de ninguém. Nem do meu pior inimigo.

 P.S. Entre mortos e feridos, duas tatuagens novas se salvaram. <3

#Real

Será que algum dia tudo vai parecer realidade? É que “tudo” já é tanto. É tanto amor. É uma casa, móveis, talheres, dúzias de copos quebrados, uma tv. É um guarda-roupas, um secador de cabelos, uma só cama. São as rosas na escada e as chaves em cima da mesa. É acordar todos os dias do teu lado e te ver fazendo caretas pro barulho do despertador. É te encontrar pro almoço já planejando o jantar. É me servir de bandeja, de sobremesa, de corpo, de alma e de coração. É desejar um filho com os teus olhos. É comprar uma torneira nova no sábado de manhã e passar o domingo inteiro na cama mesmo que a casa inteira esteja um caos. É não ter hora pra tirar o pijama. É te pedir um chá. É abrir os olhos e te ver ali, ao alcance das minhas mãos. É tocar teu corpo inteiro, beijar teu pescoço e te ver sorrir antes de abrir esses teus olhos preguiçosos. É ser o motivo do teu sorriso. É ficar perdida nas tuas linhas e paralisada com a tua beleza. É nunca me acostumar com o arrepio paralisante que me causa a tua presença. É o teu cheiro já na porta de entrada. É a tua voz do outro lado do interfone. O teu grito arranhado no microfone ou o teu sussurro no pé do meu ouvido. São os livros, os planos, as alianças, o noivado, o compromisso. É o nosso plano secreto de casamento. É pegar no teu pé pelo papel higiênico e esquecer de apagar a luz da sala todas as noites. É a cortina jogada numa sacola dentro do armário. É a parede coral que você insiste em dizer que é laranja. É a geladeira natureba e o freezer com carnes demais. É o abraço sem motivo e as gargalhadas de doer a barriga. É ter um apartamento com a nossa cara, com a nossa energia. É te ter na minha vida. É te respirar. São as palhaçadas diárias e a nossa falta de vergonha alheia. É a ida na farmácia no meio da noite, o dvd do Led, a temporada de New Girl que acaba antes da hora, o documentário do Foo Fighters. É o número absurdo de mensagens tuas no meu celular. É a viagem pra Praia do Rosa que a gente ainda não fez. E todas as viagens que a gente ainda vai fazer. É o exercício diário de ser transparente. É contar os medos, contar o dia, contar os sonhos, contar as saudades. São os amigos teus, os amigos meus, os amigos nossos. É o dia a dia que nunca vira rotina. São as dúvidas, os ciúmes, as inseguranças. É a falta que faz um cartão de crédito. São as brigas, as dificuldades, os erros, os remorsos, as frustrações, as conversas, os perdões, as lágrimas, o carinho, o bem-querer. São as frases ditas ao mesmo tempo e os esbarrões na cozinha estreita. É perder o fôlego subindo as escadas. É esquecer que respirar é necessário durante um beijo. É tanto que já nem dá pra descrever. É a vontade de crescer contigo, porque vale a pena ser um pouco melhor a cada dia pra te fazer cada dia um pouco mais feliz. É a vontade de nunca te perder, nem por um segundo. É o beijo de boa noite e a inquietude de desejar o teu amor no dia seguinte. É sussurrar um “bom dia” no teu ouvido antes do trabalho e sorrir ao ouvir um “eu te amo” como resposta.

It's Your Skin

"A tatuagem começou com os bravos. Não é para os fracos de mente, corpo ou espírito. Era um rito de passagem, uma reinvindicação de identidade. Nos dias de hoje a cultura popular tem feito tudo o que pode para nos tirar de nossas próprias identidades.

 A sociedade hoje faz hora extra para nos derrubar. Começa com a política e o circo que antes chamávamos de "notícias" manipulando tudo para que a publicidade faça você ter medo de quem você é, apenas para que eles possam lucrar com o seu conformismo.

 Dez mil propagandas por dia é o bastante para confundir qualquer um. Suspensões, golpes, falência, desemprego, pobreza e analfabetismo em nosso próprio país.

 Todo mundo é solitário. A vida de todo mundo é uma jornada épica cheia de batalhas difíceis. Hoje todos estão lutando muito para ser o que quiserem ser em tempos de grandes conflitos.

 Todo mundo é um artista. Até mesmo o homem de negócios, que coloca uma gravata todas as manhãs. Ás vezes o único espaço que temos sobre controle são nossa pele e ossos. Nunca antes, na história do mundo, existiram tantas pessoas se sentindo como se tivessem sido deixadas para trás.

 Então eu te peço que dê o seu melhor às suas tatuagens. Em tempos como estes, marcar nossas peles talvez seja uma das coisas mais corajosas que possamos fazer.

 Lute. É a SUA vida. É a SUA pele."

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Love moves the world



E  nós que éramos insignificantes, juntos nos tornamos imensos. De amor.




#GetUsedTo

Dizem por aí que o ser humano acostuma com absolutamente tudo. Pior que, de certa forma, é verdade. Percebi esses dias que to me acostumando inclusive com aquilo que eu não quero me acostumar. Será que a falta de vontade de acostumar com aquilo que eu já to quase acostumando também é algo que acostuma?
Querido organismo,

 gostaria de informar que eu não quero e não posso ficar doente nesse momento da minha vida. Colabora, por favor?

 Grata pela consideração, Brunna Zurlo
Impasse: A gente se vê por aqui.

quarta-feira, 13 de junho de 2012



 Ontem eu tive certeza absoluta de uma coisa: um dia perfeito é a gente que faz. <3

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Só ela sabia que não se trava de conjuntivite coisíssima nenhuma. O nome daquilo era "resultado de um ataque de choro compulsivo". Isso sim.
"Precisando sentir o cheiro da chuva, um alívio na alma, um sinal de que tudo vai acabar bem. Sem acabar."

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Senti o cheiro da chuva. Uma névoa densa se deslocava pelo céu e, pouco a pouco, invadia a o apartamento pela sacada. Na prateleira, uma pilha perfeitamente organizada de seis títulos lidos pela metade. Nunca fui organizada com nada, exceto meus livros. A lâmpada da sala estava queimada há um perder de vista de dias e aquele breu típico de final de tarde invernal tomava conta da pequena peça. Muito tarde para ler. Meus olhos, já surrados pelos anos de profissão, necessitariam de mais luz. Me joguei no sofá de couro marrom e observei o infinito cinzento. O dia parecia não ter amanhecido. Cantarolei uma música qualquer  enquanto sentia as gotas finas e geladas caindo cada vez mais velozes em minha testa. De olhos fechados, deixei que a água seguisse seu curso, deixando os rastros de seus caminhos tortuosos em minha pele. O barulho da chuva parecia cada vez mais distante de mim. Mais distante de mim. Mais distante.
Let´s never give up of who we are.


[...]
Some are like water, some are like the heat
Some are a melody and some are the beat
Sooner or later they all will be gone
Why don't they stay young?

It's so hard to get old without a cause
I don't want to perish like a fading horse
Youth's like diamonds in the sun
And diamonds are forever

 So many adventures couldn't happen today
So many songs we forgot to play
So many dreams swinging out of the blue
We let them come true

Forever young
I want to be forever young
Do you really want to live forever?
Forever, or never
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever?
Forever young.
Some people are like mondays and some others precious gold.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Eu ouço caaaada absurdo. Depois ninguém entende porque eu vivo dizendo que gostaria de ter a audição só um pouquiiinho mais seletiva.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

#MarryMe

“Quero casar contigo
Pra ver teu riso todo dia
 Multiplicado por três
Correndo pela casa.” (H.R.)

"Uma criança com o teu olhar e outra com o meu" <3



Pra lembrar de cortar o cabelo hoje a noite.


Pra ser sincera, tenho preguiça de muuuuuuuuuita gente. Tenho mesmo.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Anota aí pra tua vida: Parar de dar tanta importância pra quem não te dá valor.

 Há tantas outras coisas pra se preocupar, afinal. Ficou a lição.

terça-feira, 22 de maio de 2012

#SetFireToTheRain





..But I set fire to the rain | watched it pour as I touched your face | well, it burned while I cried 'cause I heard it screaming out your name, your name | I set fire to the rain and I threw us into the flames | well, it felt something died cause I knew that that was the last time, the last time | sometimes I wake up by the door | that heart you caught must be waiting for ya | even now when we're already over | I can't help myself from looking for ya..


#Entregue-Se




Eu me entrego pros dias de sol, pra camisas de banda e até pra chocolates
 Ou filmes de romance esquecidos na estante
Pros perfumes que deixam boas lembranças, pras risadas que me tiram todo o ar
Às cores vibrantes do seu tênis que caminham em minha direção

Caminho devagar, se o tempo for bom
Não pense muito, no fim tudo se adapta
Se alguém te deixou cego não questione, simplesmente vá
Se o errado pra mim for o certo, eu não me importo

Se o errado pra mim for o certo, eu não me importo, eu me entrego
Eu me entrego à sua bagunça na minha sala, à um bom livro antes de dormir
Ao hoje, ao agora e ao talvez
Ao compromisso de realizar meus sonhos
Desapego até dos meus esconderijos, aos berros
Deixe a deixa aberta, aperte um sorriso
Num mundo colorido pra que viver apenas uma cor?

À música estrondosa, à casa vazia, chão gelado e silêncio interior
Às bocas vermelhas, às meias de lurex, às unhas compridas
Tudo junto, só se for

Se o errado pra mim for o certo, eu não me importo
Se o errado pra mim for o certo, eu não me importo, eu me entrego
Eu me entrego apenas quando souber que o que iremos passar vai ter valido uma canção

Meia hora a mais na cama na segunda-feira, um dia chuvoso bem embaixo do edredom
Ao colo de quem me aceita assim e a tudo que puder antes que a cortina feche
Até de malas prontas, me arrisco a compor de um jeito que ninguém sabe
Sem sonhar com os pés no chão

Entregue-se àquilo que te faz sentir.

Tiê.
Uma leitura da Tams sobre quem sou eu. Assim, matinal e tão certa.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sobre a saudade do meu raio de sol..

Você sabe que o sentimento é bonito de verdade quando abre uma foto qualquer e percebe que acha aquela pessoa simplesmente linda mesmo com cara de sono. Sabe que o sentimento é bonito quando um sorriso tem mais brilho que um raio de sol e clareia até as noites mais escuras assim, de metido, sem nem pedir licença. Você sabe que aquele sentimento é pra sempre quando a distância aumenta e a saudade aperta, e fica, e não solta, e dói, e esmaga. Sabe que é pra sempre quando vê o tempo passando rápido demais mas sabe que basta fechar os olhos pra perceber que a beleza daquela pessoa nunca embaça, nunca passa. Nunca passa despercebida em meio ao mar de lembranças que existe dentro da cabeça já tão cheia de memórias. E lembrar dela arranca um sorriso porque ela é bonita e brilha, brilha mais que raio de sol.

 #Sunnyday

sexta-feira, 18 de maio de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

#Oktoberfest2012

A euforia de ver a campanha da Oktoberfest 2012 ser lançada oficialmente há duas horas atrás e já estar bombando com mais de 500 compartilhamentos no Facebook, tudo sabendo que a ideia da campanha é tua: isso sim não tem preço. Chorei  (literalmente) assim, bem bicha. Nessa edição eu vou.. AAAAH se vou! :)


quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Você quer escrever. Certo, mas você quer escrever? Ou todo mundo te cobra e você acha que tem que escrever? Você só tem que escrever se isso vier de dentro pra fora, caso contrário não vai prestar, eu tenho certeza. Você poderá enganar a alguns, mas não enganaria a si e, portanto, não preencheria esse oco."

C.F.A.
Desci e imaginei um sol bem lindo. Não vou nublar, mesmo nesse dia cinzento. Não vou, não mesmo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012




hãn :(




Uma e dez da tarde, a caminho de uma reunião de trabalho.

- Eu concordo com Arnaldo Jabor. Amor é amor e sexo é sexo. – Disse de repente.

Parei de pronto. O quê ela quis dizer, afinal? Trabalhávamos juntas a cerca de sete meses, mas assuntos tão particulares nunca fizeram parte de nossa pauta. Como um relacionamento diário pode ser superficial, percebi. Ainda assim, sempre nos demos muito bem. Havia nela um misto de liderança e doçura facilmente identificáveis. Sem tirar os olhos da estrada, respondi:

- É. Eu também.

Ela, como que em um rápido devaneio, virou os olhos em direção à paisagem que se movia rapidamente e deixou que a mão que segurava firmemente o Iphone pendesse livre em seu colo. Já não esperava respostas quando meu pensamento foi interrompido:

- Não que eu ache que um não possa estar no outro, bem pelo contrário.

Aquilo soou como a justificativa a um comentário impulsivo. Sem entender o propósito do nosso precário quase-diálogo, incentivei:

- Concordo. Esse é o tal equilíbrio, não?

Seus olhos se voltaram em direção aos meus pelo espelho retrovisor:

- Exatamente. Um amor para dar certo por longa data precisa ser calmo. Como um mar tranquilo, onde, por cima das pequenas marolas, enxerga-se claramente a imensidão.

No alto de 12 anos de um casamento aparentemente feliz, ela deve saber do que está falando, pensei. Pensamentos surgiam em minha mente de quase recém-casada e, enquanto minha cabeça borbulhava, eu me mostrava exageradamente concentrada no caminhão que rodava a apenas alguns metros de nosso carro.
- Eu fui casada por 6 anos antes de conhecer meu atual marido. – Continuou. – Ele era magrelo, estrábico, aliás, muito estrábico, mas, por alguma razão, algo me dizia que “era ele”.

Fiquei hipnotizada pela revelação inusitada.

- Eu era bem nova quando nos conhecemos, tinha 18 anos. Nos envolvemos muito rápido e nos apaixonamos perdidamente. Era intenso e, por isso, acabava se tornando caótico. Sabe, o caótico não é duradouro.

Já não havia a necessidade de mais palavras para que aquilo se tornasse uma confissão. Eu não faria perguntas. Ela continuou:

- Acho que eu fui sacana com ele. Vivíamos em uma cidade próxima daqui e ele recebeu uma proposta irrecusável em São Paulo. Como eu trabalhava também, incentivei que ele fosse antes para “preparar o terreno” e eu iria em seguida. Nunca fui.

- Acredito que a sacanagem maior seria privá-lo da oportunidade, não? – Dei força.

- Não sei. As coisas já estavam insustentáveis. Ele cogitou voltar, mas eu estava certa de minha decisão. Alguns anos depois eu conheci meu atual marido e casei cerca de um mês depois. – Instantes incontáveis de silêncio. Tive dúvidas sobre o suposto futuro da conversa: talvez fosse o momento perfeito para mudar de assunto. - Num dia qualquer, - ela continuou -, cruzei com ele no elevador do trabalho. Ficamos brancos e trocamos meia dúzia de palavras mecanizadas. Saí no quarto andar e demorei uns dois minutos para me reestabelecer. Pouco tempo depois, cruzei com ele na feira. Dessa vez com o meu filho. Após as devidas e embaraçosas apresentações, fiquei sabendo que ele agora morava em Blumenau, em um apartamento próximo a minha casa.

Silêncio total.

- Irônico, não é? Apesar disso, nos cruzamos apenas mais uma ou duas vezes. Meu coração bate mais forte só de lembrar. Faz uns dois anos que não sei por onde ele anda.

Fiquei ouvindo o ronco discreto do motor.

- Tem coisas que são muito loucas. Não passam. E eu não me arrependo de nada, sabe? Sou muito feliz e amo muito. É por isso que eu digo: Amor é amor e sexo é sexo.

Pensei na tamanha complexidade que os relacionamentos inevitavelmente envolvem e só consegui dizer um “É” seguido de silenciosas reticências.
Deixa a minha liberdade poética em paz?

Att,
Brunna Zurlo
Tudo é urgente. Tudo é pra ontem.

Ah, a propósito, mantenha a calma.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Nem vem que hoje eu to doida pra revidar provocação.

terça-feira, 8 de maio de 2012

"Não viva o hoje como se ele fosse apenas a promessa de um amanhã diferente."

#fikdik
To azeda. To mesmo.

P.S. Oi, gastrite.
Como destruir uma ideia em 5, 4, 3, 2...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Por favor, presta atenção no que eu tenho pra dizer.
“Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço. Um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer perder, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem.”

sexta-feira, 4 de maio de 2012

#O q da questão.

To cansada de tanta chatice e tanta caretice. To mais cansada ainda de quem fala, fala, fala sem ter absolutamente nada que acrescente pra dizer. De quem dificulta, quem machuca, quem atrapalha, quem desgasta e maltrata. Sabe aquela máxima: “se não vai ajudar, não atrapalha”? Então.
Nessas horas eu vejo que devo ser normal, afinal. To cansada de me sentir frustrada com a pequinês de pessoas que sou obrigada a conviver e me reportar. To cansada de preconceitos, de barreiras impostas, de intimidações. To exausta das situações mesquinhas, das dinâmicas caóticas, das ações desequilibradas e das reações (preciso adjetivar as reações? Não né?) que inevitavelmente vêm de carona nisso tudo.
Aprendi há tempos que quando a base não muda, todo o resto permanece exatamente igual. Dói essa história de me desconstruir diariamente só para caber no molde que eu preciso me encaixar todas as manhãs. Me frustra esse desejo reprimido de ser diferente, de ser mais, de ser melhor. Me frustra ver que tudo pode ser tão mais e ser tão grande e ser tão lindo mas é assim tão.. pequeno.
Quero fazer do meu jeito, quero um novo conceito que sirva para destruir qualquer tipo de pré-conceito. Quero um novo perfil e uma dinâmica de respeito e parceria que seja movida por um mesmo ideal. Quero uma vida cheia de gente fina, de gente de bem. Muito mais linda do que uma vida movida por todos esses ideais mesquinhos que eu vejo por aqui. Dá pra entender?

Que semana ingrata, meu Deus do céu.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Malditos dez minutos que não passam.
Preciso muito das minhas duas horas de almoço pra despencar antes que a tarde de hoje o faça.
Tenho medo – Ela me disse.
 Sem ponto final ou reticências.
 Entendi. O vazio é realmente apavorante.
Ando inquieta, desabafando em silêncios, amanhecendo meio fraca, meio pálida, meio cinza, meio cansada.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

#Cangote

Fiz minha casa no teu cangote e não há nesse mundo o que me bote pra sair daqui. Te pego sorrindo no pensamento, faz graça de onde fiz meu achego, meu alento. E nem ligo como pode no silêncio tudo se explicar. Vagarosa, me espreguiço e o que eu sinto feito bocejo vai pegar.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Passar fome: não tem preço.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A linha tênue entre não perder a individualidade e se tornar um individualista.
Infecção, sai de mim? Att, Brunna.
Swinging in the backyard, pull up in your fast car, whistling my name. Open up a beer and you take it over here, play a video game. I'm in his favorite sun dress, watching me get undressed, take that body downtown. I say you the bestest, lean in for a big kiss, put his favorite perfume on. It's you, it's you, it's all for you. Everything I do, I tell you all the time: "heaven is a place on earth with you, tell me all the things you want to do. I heard that you like the bad girls, Honey, is that true? It's better than I ever even knew, they say that the world was built for two, only worth living if somebody is loving you. Baby, now you do.."
"Já li tudo, cara. Já tentei macrobiótica, psicanálise, drogas, acupuntura, suicídio, ioga, dança, natação, cooper, astrologia, patins, marxismo, candomblé, boate gay, ecologia e sobrou só esse nó no peito, agora o que eu faço?" C.F.A.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo do interior.

Tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas, caminhado meu caminho, papo, som, dentro da noite.

Não me peça que eu lhe faça uma canção como se deve: correta, branca, suave, muito limpa, muito leve.

 Mas se depois de cantar você ainda quiser atirar, me mate logo, a tarde, as três, que a noite tenho um compromisso e não posso faltar por causa de você.



É.. como a vida é louca, não?

segunda-feira, 23 de abril de 2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

- Amor, essa luz vermelha do negócios pra mosquitos não tá dando um clima?
- Nossa, pior que tá, viu?

...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

E depois de uma tempestade, eis que chega o início do que promete ser uma calmaria. Irônico que hoje seja dia dos amigos no final das contas, não?

Feliz dia dos amigos. (:

#Vinte e tantos anos

"Ela é chamada de ‘crise de um quarto de vida’. Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que era há alguns anos atrás. Se dá conta de que é cada vez mais difícil arrumar tempo para encontrá-los e para cuidar de todo o resto: trabalho, estudo, namoro, etc. Você desfruta cada vez da tal "cervejinha" que, na verdade, vira apenas uma desculpa para conversar um pouco.

As multidões já não são mais ‘tão divertidas’ e as vezes chegam a incomodar. Você estranha a falta do bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante e começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.

Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que talvez esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que pessoas com as quais você perdeu contato são, no fim das contas, os amigos mais importantes.

Você ri com mais vontade e chora com menos lágrimas e mais dor. Alguém parte seu coração e você se pergunta como uma pessoa que você amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém suficientemente interessante que queira realmente te conhecer melhor.

Parece que todos já estão namorando há anos e alguns começam a casar. Talvez você também realmente ame alguém, mas ainda não tenha certeza se está preparada para se comprometer pelo resto da vida ou talvez você já tenha certeza absoluta.

Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbada começa a parecer realmente estúpido. A preguiça já bate só de pensar em sair três vezes por final de semana e isso, além de tudo, significa um investimento gigantesco para o seu pequeno salário.

Você olha para o seu trabalho e talvez não esteja nem perto da onde imaginava que estaria. Ou, talvez, você esteja procurando algum trabalho e saiba que começar de baixo é algo que dá medo.

Você trata de começar a entender quem você é e o que quer (ou ao menos passa a entender o que você não quer). Suas opiniões se tornam mais fortes. Você observa o que os outros estão fazendo e acaba julgando um pouco mais do que o normal. Não por mal, mas porque de repente você adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.

Às vezes você se sente genial e invencível, outras apenas com medo e confusa. As vezes você resolve relembrar e reviver o passado, mas se dá conta de que o passado se distancia cada dia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.

Você se preocupa com o futuro, com o dinheiro, com construir uma vida mas, enquanto ganhar a carreira seria algo realmente grandioso, ganhar o mundo lhe parece igualmente sedutor.


O que talvez você não se dê conta é que todos os que leem esse texto se identificam com ele. Todos os que têm ‘vinte e tantos’ gostariam  algumas vezes de voltar aos seus 15 ou 16. Os ‘vinte e tantos’ parecem ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça. Ainda assim, dizem por aí que essa é a melhor época da vida e que não podemos deixar de aproveitá-la por medo. Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.

Se ontem tínhamos 16, amanhã teremos 30? Assim tão rápido?"