quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

E livrai-me de toda a tosse, amém!
A estranha sensação de já não mais caber no teu colo mesmo querendo muito me aninhar por ali.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Aruanda

União sem fusão, distinção sem separação.

"Quando um ser pensa, lança no espaço em torno de si substâncias, raios e ondas, projetados também nas dimensões de igual teor vibracional ou inferiores. Tais substâncias, de natureza mental, têm consistência e existência real, embora ainda indetectáveis pelos aparelhos da tecnologia material terrestre.  São os chamados elementos artificiais, criações da dimensão do pensamento que flutuam ou gravitam em torno das pessoas que os geram, produzindo uma atmosfera e um fluxo de corrente eletromagnética de natureza contínua. É essa característica do campo mental que determina a atração de outras formas pensamento, análogas entre si, ainda que os seres que emitiram tais substâncias mentais nunca tenham se encontrado fisicamente. Não há necessidade de aproximação física para que pensamentos de natureza semelhante se associem. Na união de tais formas e criações mentais, surgem a sintonia e a atração, que fazem com que as correntes mentais ganhem força e intensidade."

Era uma vez um amor

mas eu tive que matá-lo.

"Saí tropeçando ao amanhecer. Estava chovendo cântaros.Tentei abrir o guarda chuva mas lembrei que o tinha negociado a fim de amortizar minha dívida. Senti vontade de ver uma certa garota, de estar com ela debaixo de um lençol limpo numa cama seca e cheirosa. Era a única coisa que eu queria da vida, e se não fosse possível preferia morrer.

(...)

Eu gosto de correr todas as manhãs porque aplaca a tristeza. Sei quando sonho com uma certa garota mesmo que não me lembre do sonho. A sensação de ausência no peito me diz tudo. Correr ajuda, por isso tem tanta gente correndo ao amanhecer.

(...)

- A que não renunciaria?
- Meu caro, é estúpido pensar que não podemos deixar qualquer coisa. Somos feitos de renúncia.

(...)

Havia mais coisas obscuras no meu passado mas eu gostava delas ali, no fundo do buraco onde o amor por uma certa garota se negava a cair. Mamãesábia entrou no quarto com aspirinas, água e caldo de verduras. Ela podia curar qualquer ressaca mas eu queria mais, queria que o tempo voltasse e apagasse os meus passos em falso ou ao menos a estúpida noite anterior e a minha elegância perdida.

(...)

Não sei como ignorei então que ela era a melhor coisa que eu nunca teria."

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Des.mistificando.
Des.conectando.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Amar todas as qualidades é muito fácil. A verdadeira evolução está em amar integralmente, com todos os defeitos e diferenças. Aí sim.

sábado, 7 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

#DayLight

Tudo aquilo em que ponho afeto fica mais rico e me devora.
Rainer Rilke



-

Eu me peguei presa na tua. Acordei emaranhada e meio lanhada pela ressaca e pela intensidade suja de desejo e de areia da noite anterior. E foi uma droga porque não era pra ser assim. Eu não queria ter me sentido tão em paz do teu lado. Queria era ficar livre daquela gana de te querer.

Eu sou arisca, sou bicho do mato. Te disse isso? Eu te disse tanta coisa. Será que eu deveria ter dito alguma coisa diferente, aliás? Enfim. Eu nunca aprendi a lidar com esse tal de "querer". E quando eu quero, o que eu quero mesmo é ter logo de uma vez, porque só o ter é capaz de cortar o meu querer pela raiz. Não me leva a mal não, por favor, mas é o que quase sempre acontece comigo. Eu perco o interesse depois de conseguir o que eu quero. Só assim eu fico tranquila. Só assim eu durmo em paz. E agora me peguei com insônia, remoendo porque ouvi dizer que o mesmo acontece com você. Que porra.

Eu precisava arriscar porque a minha sina de você tava tão forte que eu já tinha gastado até a minha última gota de paciência na tentativa de te deixar pra lá. Tive que apostar todas as fichas e aceitar o teu maldito convite inusitado, tudo graças ao quase desespero de viver o que fosse pra te tirar de uma vez por todas da minha mente. Tinha virado uma daquelas urgências como poucas na vida, sabe?

Já diria aquele-cara-que-a-gente-gosta-quando-canta-mesmo-que-eu-tenha-gostado-muito-mais-dessa-música-na-tua-voz. "Uma vez só em toda a minha vida, ou talvez duas, mas não mais que três". O foda é que agora eu parei na parte do "Só você. Hoje elejo e elogio só você". Parei. Mesmo. Mesmo sendo esse bicho do mato que nunca aprendeu o significado paciência. Justo eu que achei que nunca mais encontraria alguém que tomasse conta dos meus pensamentos e me deixasse com pose de menina indefesa a espera de um milagre, ou pior, de uma ligação.

Não faço a mínima ideia de qual é a tua, mas ah, eu queria quis viceralmente que fosse eu.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sonha alto, menina. Sonha. Que quando tu sonhas todos os anjos sonham contigo.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sempre me perguntei: Como o coração é capaz de aguar os olhos?
Que é só pra dizer. 

 Hoje eu me fiz dona do sol. Se é pra lutar que seja pra afastar toda a névoa e voltar a brilhar. Tirar a poeira, agulhar o mais animado dos LP's, beber endorfina no gargalo e mandar o que comprime o coração pra longe com uma voadeira dupla. Hoje eu não vou nublar, não vou mesmo.

Clássica.

terça-feira, 19 de novembro de 2013



<3
Fazendo jus ao nome.

Em dias nublados eu me pergunto por onde será que você anda. Sabe, não tem nada a ver com o sol, mas com essa gama de cinzas que me colore nesses dias. Eu que nem sei quem você é, mas acredito que talvez os nossos pés afundando a areia em um compasso desconhecido seriam capazes de iluminar um pouco as profundezas desse meu oceano. Eu fui muito fundo dessa vez, entende?

Só pra você eu conseguiria confessar que ultimamente eu tenho andado cambaleando pelas ruas. Acho que você nunca me viu andando e não sabe, mas tem várias pessoas que dizem que eu sempre andei de um jeito estranho. Bom, dessa vez é diferente e eu tenho um palpite de que você entenderia. Tu deves saber que pros lados de cá as calçadas já estão ficando ruidosas e efervescentes nesses dias de calor. Sabe, eu não tenho conseguido acompanhar a movimentação. Isso me chateia porque mesmo quando eu ando encolhendo os ombros ao máximo, não consigo evitar que as investidas roubem sempre um pouquinho do pouco sentido que eu ainda faço. Me chateia porque eu acabo deixando um pedacinho de mim em cada esbarrão que levo de um sem nome qualquer. Ouvir isso faria você me puxar pra mais perto com uma firmeza quase exagerada.

Eu diria que tenho me trancado a sete chaves com medo tremendo de um não sei o quê. Cara, eu tô apavorada. Pra você eu seria capaz até de dizer que eu tenho medo do escuro - se eu tivesse, claro.

Te contaria que hoje o meu corpo é mais franzino e mais frágil do que antigamente e que isso reflete o que tem acontecido aqui do lado de dentro. Tenho colecionado nós na garganta, silêncios, despropósitos e mergulhos em apneia. Esbarrões vazios e falta. E até alguns pesadelos e noites de insonia.

É que tem tanta coisa mudando e eu tenho me sentido meio assustada, meio desmotivada, meio cansada, meio sozinha. E eu não tenho conseguido deixar ninguém se aproximar e tampouco falar a respeito, mesmo com essa vontade latejando de que você apareça e me ofereça um abraço onde eu finalmente me sinta totalmente confortável de novo. Tenho o palpite de que o meu cabelo combina com o teu e que a tua vibe combina com a minha.

E você me abrigaria por alguns segundos no peito, porque me proteger seria a tua maior vontade naquele instante.

Você entenderia que mesmo com toda essa barulheira, é em contato com o silêncio que eu tenho me sentido mais confortável. O som da tua voz, entretanto, me surpreenderia e quem sabe até se tornaria o meu som preferido. Depois disso talvez quando eu me perguntasse se existe alguém que possa me ligar e me deixar feliz, a resposta seria finalmente um sim.

Eu sei bem que tudo isso vai passar, mas no meio desse turbilhão eu não consigo evitar a agonia de não fazer a mínima ideia de pra onde eu estou indo. É por isso que eu queria muito saber onde você está. Porque no meio dessa ressaca talvez exista alguma correnteza que me leve até você.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Tá, calma. Como assim?

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

"Alguma vez você já terminou algum dos seus planos sem interromper outro? Ou você sempre foi meio assim… pela metade?"

Daniel Bovolento

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Pendurada no cordão da insônia.
Please me.
Please, me.

Postal

Então vai,
se preciso for.

Dou mais um passo carregando o corpo que suplica:
leva na mala meu abraço.

Deixo-te com um sorriso discreto,
contenho a melancolia de meu traço.

Imagino um beijo doce,
fico apenas com o cansaço.

Vai,
mas não esqueça...

Envia-me um postal, uma lembrança,
um alivio qualquer a esse coração que não descansa.

Ah,
as eternas reticências da esperança que não cansa...

Nota mental: lembrar que até a bola rola pra frente. Quem dirá a vida.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Obituário

Da tua carne crua fiz poesia
Latente, pulsante, fervente nessa madrugada fria
Do aroma fresco de um expresso
que sobra encostado no balcão da cozinha
Ao corte dolorido de uma lâmina esguia
que faz em pedaços os traços inertes da minha prosa monotonia.

Fiz da minha dor um canto versado em letra e melodia
Interrompendo o sono de todos os meus vizinhos bonagente
Estes pobres coitados que nada tem a ver com a minha insônia
- ou com a minha hipocrisia.

Acendo um cigarro para ver queimar a pólvora
E levo-o à boca feito o veneno que me faz inerte
Queimando em brasa e apagando o vestígio sangrento que ainda verte

Adormeço feito um infantil
Que entre chamas desfigura, um peso inútil
Em carta peço que uma lápide sem nome me eternize feito um desafortunado imbecil:
O que jaz aqui são apenas os restos imortais de uma dor nada gentil
- de um amor nada sutil.

Vigilante noturno

Vagueia sozinho pela noite
Um basbaque itinerante
Que bêbado de vinho
Estarrou-se numa fonte.

Olha lá aquele babaca itinerante
De molho na fonte
Olhar distante
Preso em sua muda realidade ressonante.

Fez-se o primeiro raio de sol nascente
Que pela gola ergueu o bastardo itinerante
Com o brilho, seguiu errante
Olha lá, olha só

Desiludido, torto e deslumbrante
Olha lá, olha só
É só mais um destroçado amante.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Do que guardei

Tudo isso é pra ti, que da minha vida lentamente se esvai
Deixando em outras peles o aroma de amora que me pertencera outrora.
Tu, assim selvagem e mestiça, que languidamente se vai
Depositando em outras bocas a saliva que dentro ainda me devora.

Fostes minha mãe, minha filha e meu pai
Marcando no peito o apreço daquele começo que não mais atrai.
Na carne, cravada a sentença de um algoz hostil
Um dia, bem sei, vitimado por meu prazer egoísta e vil.

Juro que não lhe escrevo para retomar o posto
Talhado em marcas de desgosto, teu rosto.
Escrevo para lhe contar que foram tuas todas as minhas poesias
Pelo que de belo eu ainda trago e não te dei
Tu, a mais bela das mestiças que um dia já amei.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Please, please, PLEASE! - She said. - Make me feel something. Anything.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Não tem mais poesia, só prosa. 


- Sabe, eu amava aquele teu sorriso.
- Qual?
- Aquele que você tinha quando ainda acreditava em contos de fadas. Quando a vida ainda não tinha te maltratado tanto.
- Você quer dizer, quando a vida ainda não tinha me feito crescer na marra?
- Crescer é aprender a sorrir mesmo estando com vontade de chorar?
- É. Acho que é. - Abre um sorriso e, sem derramar uma só lágrima, afasta-se lentamente até virar a esquina.

A meia luz ela pensa: existe alguma coisa que possa acabar com essa dor agora? E continua paralisada. Os olhos passeiam por dezenas de abas com informações vazias e repetitivas. A pele reclama de solidão, os músculos latejam de cansaço. A mente vagueia sem rumo, o peito dói. Será que existe qualquer coisa que acabe com essa dor agora? A coluna incomoda, o corpo não se encaixa na alma. As madrugadas sempre foram as horas mais difíceis. Sei que você sabe disso. A insônia tamborila com os dedos, desritmando o pulsar de um coração inquieto, desorientado. Já é demais para expressar. Penso em um chá. Sem chá. A penumbra revela uma realidade sem cor. Sem cor. Incolor, insana, sem sentido. Sem jamais ter tido. Sido. Estática, apática. Já é demais. Já é acelerado demais, lento demais, descompassado demais, profundo demais, viceral demais, doloroso demais, vazio demais. Demais. Dê-me mais. Mais nada. De nada. Não é nada demais.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

domingo, 6 de outubro de 2013

Rock n Blues

Por um amor que goste de Rock (n Blues).



Chega em casa e bota um som para tocar.
A agulha no disco. A boca na minha.

Que a tua voz seja suja.
Timbre rouco. Palavras sem pudor.

Cantarola uma canção ao pé do ouvido.
Enrola em mim.

Que a tua pele quente me faça ferver.
Que a tua marca marque o meu lugar.
Que a tua mente me feche em fetiches.

Que a tua força me conduza sem esforços.
Conduza. Com força.

Que o teu ritmo me acelere sem pausas.
Sem pausas, os prazeres. As pernas.

Que o teu fogo não apague nem com todo o meu suor.
Que só a minha taquicardia te roube o ar.
Que as marcas no teu couro fervido não cicatrizem tão cedo.

Desperta.
Silêncio.

Levanta.
Desvira para o lado A.

Que o lado B seja sempre o teu preferido.

sábado, 5 de outubro de 2013


#PEIXE!


#2am

Para ser lido ao som de Passenger - Let her go.



Faz muito tempo que eu não escrevo e acredito que você saiba disso. Não que eu tenha te falado, mas tenho um palpite forte de que você ainda passa por aqui de vez em quando e ainda sabe que é aqui que eu me sinto a vontade para sentar e escrever.

Eu acabo de ouvir o primeiro acorde de uma música qualquer e ele me lembrou você. Me soou como um toque de celular tão qualquer quanto a canção, até que eu lembrei que já não há mais como te ligar. A partir daí deixou de ser sensação qualquer e foi dor mansinha. Dor de cansaço. Dor de impossibilidade, de avesso, de saudade, de não ser, de maré baixa. Foi, e é, assim, doendo latente as duas horas da matina.

Sei que seria insano te ligar as duas da madrugada sem ter nada de extraordinário para dizer, mas é que houve uma época em que eu podia te ligar e eu te ligava mesmo que você estivesse ocupada ou triste ou trabalhando ou lendo ou comendo ou dormindo ou e nem importava. Eu não precisava ouvir a tua voz, bastava ouvir o arfar dos teus pulmões, o ar que chiava de leve em meu ouvido quando saia quente pelas tuas narinas. Era quente porque nos meus dias de sorte eu dormia com o teu nariz grudado na minha nuca, me arrancando arrepios. Era quente; tu era quente, eu me lembro.

E você me atendia e ficava ali só porque eu queria ouvir nem que fosse os sinais do teu silêncio enquanto eu me doía inteirinha de distância. E, meu bem, eu era tão criança que mesmo te tendo tão perto eu me doía inteirinha. E você não me entendia e quebrava o silêncio pra dizer que aquele não era motivo de chororô, que estaríamos juntas dentro de alguns dias e que era uma promessa. E aí eu sorria. Sempre dava pra contar o número de dias numa mão só. E dava pra contar mesmo numa mão pequenininha como a minha, porque era uma distância pequenininha e um tempo pequenininho. E eu sorria, mas mesmo assim eu me doía, dá pra acreditar?

Aqui faz frio, eu ouvi uma música qualquer e já não há mais como te ligar. Antes era quente, antes a tua respiração me esquentava porque eu podia te ligar.

É madrugada e agora eu só faço imaginar. Talvez você esteja sozinha, talvez acompanhada. Talvez o teu nariz esquente o pescoço de outra. Eu sempre gostei tanto do teu nariz. Talvez. Se for assim, eu espero que a pele dela arrepie inteirinha como a minha arrepiava. E se não hoje, talvez amanhã.

Talvez amanhã haja sol e eu esqueça que agora, as duas horas da manhã, faz frio e eu ouvi uma música qualquer que me lembrou você. Que tem lua e que eu perco o sono porque eu tenho tanto pra; até lembrar que já não há mais como te ligar.

Bom dia, sunshine.

#oBardoEoBanjo

#OutraEu




http://cargocollective.com/continuecurioso/aira-bonfim-cc

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

#Fragmentos 2: vai, vem, vinho.

- Dorme bem, sim? Um beijo.
- Dorme beijo. Bem, sim?
Sou manco de palavra, viu?
- Tudo bem. Tuas "mancadas verbais" acompanham perfeitamente a minha gagueira mental.
Beijo, de novo!
- Beijo novo!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"Falando sério, tenho andado bastante sozinho, sobretudo ultimamente. É um tempo de agitações, de ímpetos de impaciência, ansiedade e mau humor. Contando com a resolução das coisas, que chegue logo um futuro que sei que virá, sabendo que nada mais depende de alguma ação minha. Só da minha habilidade em esperar. E isso me lembra que não há mais com quem contar, além do tempo. Que ando meio sozinho e assim eu quis, de certa forma." Gabito Nunes
"Saudade é vazio preenchido de vontade, é sede que não sacia, é fome que não acaba. Saudade é falta. Saudade é estar só e ao mesmo tempo rodeada de uma presente ausência, de pensamentos recorrentes, de desejos intermináveis. Saudade é dormir sentindo, sonhar revivendo e acordar enquanto a alegria continua adormecida. Saudade é contar o tempo, é ter a sensação constante de que toda a angústia acabará em alguns minutos dentro de um abraço. Saudade é olhar de longe e pensar o que fazer para acabar com a distância. Saudade é insana e não tem planejamento, discernimento ou auto-controle."

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Me falta a tua presença e me sobra um nó na garganta.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CARALHO, que dia difícil. Assim com palavrão mesmo. E, no final das contas, eu tenho uma proteção desumana.


 Talvez seja só vergonha demais pra admitir o quanto tudo isso tem sido difícil pra mim.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A parte boa de não ser a pessoa que se gostaria de ser é saber que cada segundo é uma nova chance de ser melhor.

A vida tá aí. Tá batendo na tua porta, meu irmão. Aproveita.

#Fragmento

- Acho engraçada a forma como a internet aproxima algumas pessoas.
E, ao mesmo tempo, afasta outras. - Completou pensativo. - Desculpe pela ausência momentânea.
- Tranquilo. Tudo a seu tempo, vai? Há tempo para tudo. E todos.
- É verdade. Ou não. Gosto mesmo é de quando não há tempo. E de quando é tempo de tudo. E de todos.
(...)
- As vezes o tempo muda. Ele para, ou passa rápido demais. Gosto da relatividade do tempo.
- Eu gosto de pensar no tempo como uma dimensão física. Feito altura, largura. Gosto de pensar no tempo como profundidade. Qual é a profundidade do teu tempo?
(...)
- Gosto de pensar em como o tempo muda as pessoas. As pessoas viram outras pessoas com o tempo.
- Eu gosto de pensar que as pessoas mudam o tempo.
- E que o tempo vira outra pessoa, dependendo da visão que se tem a respeito do tempo.
- Porque as vezes um segundo é infinito e as vezes o infinito não dura mais que um segundo.
(...)
- Acho que deveríamos ter escrito isso.
- Não. Claro que não. Você não vê? Essa é uma daquelas coisas que fazem o tempo valer a pena. Que se eternizam no tempo, assim, sem registros temporais.
- Sabe, eu não acredito nesse tempo de que falam por aí. - Completei pensativa.
- Nem eu.

E o mundo silenciou por um instante.

"Vocês que passam a vida deixando vazios em outras vidas mas sempre voltam: adotem um livro para quando voltarem e não encontrarem nada além do vazio que alguém deixou pra trás."

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

E peso.
E penso, repenso, trepenso, tropeço.
E levanto.
E vou; eu sempre vou.

#O mundo e ela

Eu acho que ela nunca percebeu, mas o mundo inteirinho foi feito sob medida pra ela. Todos os dias eu observo tudo o que ela faz de pertinho. Quando abre os olhos preguiçosos e inchados, o sol brilha mais forte pela janela sem cortinas do quarto dela. Enquanto ela se espreguiça lânguida e vagarosa pela cama, o mar fica azul-brilhante e avança um pouquinho mais que o normal só pra ver se faz ela olhar pro lado. E ela sempre olha. E sempre sorri.

Quando ela levanta e vai direto pra cozinha colocar o café pra passar, ainda com os cabelos desgrenhados, o café passa no tempo exato de encher a casa com aquele cheirinho que ela adora exatamente no momento em que ela abre a porta do banheiro, já penteada, perfumada, toda prosa e poesia. No café da manhã, as frutas mais doces se jogam nas mãos dela, só pra equilibrar o café puro e amargo que ela toma.

Toda vez que ela sai de casa eu tenho a impressão de que até o próprio apartamento sorri pra ela. Pode ser coisa da minha cabeça, mas se você visse a quantidade de sorrisos que ela arranca pela rua, acredito que concordaria comigo.

O elevador chega até a portaria no tempo exato pra que ela dê uma arrumada no cabelo. Não existe um só porteiro que não abra um sorriso bonito e deseje bom-seja-lá-que-turno-for quando ela passa. E eles falam que é bom encontrar com ela de novo, e perguntam como anda o dia, e abrem a porta, e continuam sorrindo por alguns milésimos de segundo mesmo depois que ela se vai.

Quando ela chega na rua, pode ser só obra dos meus fones de ouvido, mas eu acredito que toque uma trilha sonora daquelas bem bonitas. E ela não anda, ela dança. Acho que é por isso que todo mundo passa e olha pra ela.

O senhor da padaria puxa papo quando ela chega e fica desanimado quando ela se despede e segue seu caminho. E o cliente que espera na fila não fica irritado porque se perde ao observar a simpatia e o carisma dela. Ela é gentil, é doce. Quando cantarola pela rua, tenho pra mim que a doçura escorre, gruda nos pés e contagia quem tá perto dela.

É só ela chegar na praia, que Iemanjá começa a brincar com o mar porque sabe que ela adora acompanhar as voltinhas d'água na faixa de areia enquanto pedala.

As nuvens dão licença e o sol se exibe pra aquecer o corpo dela porque todos eles sabem que ela não gosta de passar frio. E quando a temperatura resolve baixar, o mar assume um tom extasiante de azul turquesa e o céu vai ficando laranja e roxo e vermelho e amarelo, tudo pra pedir perdão pelo vento frio. E ela perdoa. Ela sempre perdoa.

Depois disso ela volta pra casa suada, mas nem assim perde o cheiro e a doçura que ficam no ar quando ela passa. E todos no prédio ficam felizes em ver que ela voltou. E a vizinha diz que sentiu falta dela na academia nesses últimos dias.

Ela sai pra ir no mercado no início da noite com um moletom que mais parece pijama. Mesmo assim, de cara lavada e despretenciosa por atenção, na porta de entrada um menininho mostra pra ela o desenho que fez na escola naquela tarde. Ela segura os cabelos e se abaixa, ele sorri pra ela. A mãe da criança sorri e pede que o filho deixe ela em paz, forçando-o a caminhar enquanto ele continua olhando fixamente pra trás, pro sorriso dela.

E todos dentro do mercado sorriem pra ela. Ela deixa o carrinho de compras atravessado no meio do corredor, mas ninguém liga. Ela esquece uma sacola de legumes no balcão e um moço simpático leva até ela. Os cartões não estão passando naquele dia e o caixa pede desculpas antecipadamente, mas o dela passa sem problema nenhum.

Ao chegar em casa, tenho pra mim que a janela da sala oferece a lua pra ela. E ela sempre olha. E sempre sorri.

A noite chega pra acompanhar a mente inquieta dela, até que ela se canse e resolva dormir. E acredito mesmo que a madrugada só existe porque jurou pra Deus que estaria sempre ali pra vigiar de perto o sono e a insônia dela.

No dia seguinte, amanhece e começa tudo outra vez.

É por isso que eu acho que o mundo inteirinho foi feito sob medida pra ela. E mesmo assim eu acho graça que ela, quietinha, confia sua dor a mim e afirma, entre lágrimas doloridas, que tem certeza absoluta de não ter sido feita pra esse mundo.

Não foi mesmo, menina. O mundo inteirinho que foi feito sob medida pra você.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, I hope that things work out alright, yeah.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Já amei velado, baixinho, rasgando as cordas vocais por deixar ar demais entrar ao invés de deixar a voz sair. Amei num canto, abaixado, olhar baixo e com tanta tristeza no peito que nem dava pra saber que eu amava. 
Já amei aos gritos, aos berros, do alto e sem usar elevador. Era amor de Bungee Jump mesmo. Com o dedo na tomada e sem usar calçado. Sem roupas, sem óculos escuros ou creme anti-rugas. Amei de cara lavada.
Amei de bater com o queixo no meio fio e levar uns pontos num pronto socorro de madrugada. Amei de bater queixo em noite fria esperando companhia num banco qualquer. 
Amei com sede, com sono, com tudo doendo, mas sem vontade de ir pra casa. 
Já amei até fantasma que eu pensava que era alguém que eu conhecia e no final nem tava ali, nem em espírito. Já amei um quarto vazio, um pouco de solidão e café pra dois, pra beber sozinho."

domingo, 8 de setembro de 2013

Você está onde achou que estaria?
Está onde gostaria?

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

#Closer

- I don't love you anymore.
- Since when?
- Now. Just now. I don't want to lie, can't tell the truth, so it's over.
- It doesn't matter. I love you. None of it matters.
- Too late. I don't love you anymore. Goodbye.
Here's the truth, so now you can hate me. Larry fucked me all night. I enjoyed it. I came. I prefer you. Now go.
(...)
I would have loved you... forever. Now, please go.
- I love you!
- Where?!
- What?!
- Show me! Where is this love? I... I can't see it, I can't touch it. I can't feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can't do anything with your easy words. Whatever you say is too late.
- Please, don't do this!
- Done.
(...)
- Why did you fuck him?
- I wanted to.
- Why?
- I desired him.
- Why?
- You weren't there!
- Why him?
- He asked me nicely.
- You're a liar.
- So?
- Who are you?
- I'm no one!


I'm no one.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ela carregava um mar tão permanentemente revolto quanto primorosamente camuflado na doçura fragmentada de seu olhar. “E, mais uma vez, lá se vai a menina dos olhos de Capitu”, pensava questionando se algum dia finalmente se cansaria de tudo aquilo. Nunca pertencera a nada e a ninguém, mas partia levando consigo a certeza de que sempre se doara como nenhuma outra mulher no mundo seria capaz – e, disso, bem sabiam todos aqueles que lenta e irremediavelmente iam ficando para trás.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

sábado, 17 de agosto de 2013

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Vamos viver nossos sonhos, temos tão pouco tempo.
O que me assombrara nunca foi a falta de amor, foi a falta de caráter.

"Algumas coisas a gente tem que ir deixando pra trás. - Tudo continuava uma bagunça, porque tu não fizestes questão de arrumar, tu fostes uma mulher como tantas outras, achadas em qualquer esquina, esbarradas em qualquer boteco, que gargalha por fora e chora por dentro. Que não tem parada, que não faz morada. Que seduz e bota fora porque não sabe lidar com o amor. - Tu fostes uma delas."

terça-feira, 13 de agosto de 2013

#um amor pra levar, por favor.

- What life means to you?
- Freedom, or, maybe.. love. Love.
- And money can buy you love?
- No.
- So, what money means to you?
- Flight tickets.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

De doce, já basta a vida. Ou, bom, era algo assim.

- Um café passado médio.
- Com leite?
- Puro.
- Para tomar aqui?
- Não, para levar.
- Açúcar ou adoçante?
- Nenhum deles. Puro mesmo, obrigada.
- Assim não fica amargo?
- Olha, para mim o amargor preserva o verdadeiro sabor do café. Sabe, já faz um bom tempo que só o que é verdadeiro me interessa. Faz tempo que larguei mão das tais "colheres de chá" da vida, inclusive as de açúcar.
Andy Warhol: I wonder what they'll say about you in your obituary. I like that word.
Edie Sedgwick: Nothing nice, I don't think.
Andy Warhol: No no, come on. They'd say, "Edith Minturn Sedgwick: beautiful artist and actress...
Edie Sedgwick: ...and all around loon.
Andy Warhol: ...Remembered for setting the world on fire...
Edie Sedgwick: ...and escaping the clutches of her terrifying family...
Andy Warhol: ...Made friends with eeeeverybody, and anybody...
Edie Sedgwick: ...creating chaos and uproar wherever she went. Divorced as many times as she married, she leaves only good wishes behind. That's nice, isn't it?

 Factory Girl.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013


E se saber nunca mais sozinho.

#Gia





Vagarosa, me espreguiço, e o que sinto feito um bocejo vai pegar..

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

#AmorSemFronteiras


Depois que eu envelhecer, ninguém precisa mais me dizer como é estranho ser humano nessas horas de partida.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Senti uma dor latente no peito. Lutei para enfrentar e afastar aquele ímpeto que insistia em aguar meus olhos e turvar minha visão. Certas coisas não voltam mais, e tudo bem, e tudo bem, e tudo bem, repeti várias vezes. Forcei um sorriso e cerrei os olhos temporariamente cegos. Mentalizei um abraço e pedi que o vento o carregasse para longe de mim. Just to make you feel my love.

terça-feira, 23 de julho de 2013

E de repente, o que aos olhos crus de quem não viveu nada do que vivemos juntos pareceria uma loucura sem motivos, me deu uma vontade esmagadora de telefonar e te pedir desculpas. Frente aquele impulso irracional, peguei meu celular e procurei por você. Me dei conta de que fazem alguns anos que já não tenho mais teu número. Tampouco faria sentido te adicionar - já que era o mínimo te respeitar quando desejastes me diminuir da tua vida para curar a dor latente que te causei -, faz tempo demais.

Como eu fui te deixar partir assim tão sem volta? Eu só quis te dizer que, se eu pudesse voltar atrás, faria muita coisa diferente. Teria valorizado mais, cuidado mais e machucado menos. Teria honrado nossa história e cada uma das palavras doces que te dediquei com meu carinho mais terno e sincero. Eu juro, foi sincero.

Quis te dizer que hoje eu sei que fostes muito mais decente do que eu jamais fui, mais integra do que ela jamais vai ser e, me arrisco em dizer, mais correta do que jamais alguém fora ao passar pela minha vida.

De coração? Te tenho junto a um punhado de lembranças lindas e fico feliz em saber que hoje nada disso tem a menor importância pra ti.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Quanta bobagem, Leãozinho."

Foi bem isso que eu pensei no momento em que bati os olhos em ti pela primeira vez. Lembro que estava escuro e eu nem conseguia te olhar direito. Nem precisava. Eu pensei: Quanta bobagem eu vivi antes de te conhecer, Leãozinho. E você também sabe que eu já sabia de tudo, Leãozinho. Já sabia que me apaixonaria cada dia mais e mais por você. Já sabia que nem todos os litros de café fumegante do mundo inteiro seriam suficientes pra nós e nossas mentes jovens e aceleradas e sonhadoras e lisas feito peixe. Quando bati os olhos em ti pela primeira vez eu já sabia e tu já sabia que a minha alma encontrara o pedaço que faltava. Eu me senti completa, Leãozinho. Completamente apaixonada pela vibe da tua alma.

#toremember

"Ontem li um esquema aqui no face que dizia: nada brilha mais que a vibe da tua alma. E pensei de cara em ti, porque de fato e sinceramente nada, absolutamente nada brilha mais que a vibe da tua alma. Passei algumas vezes por um fio, de quase sempre me apaixonar por ti, ainda passo. Sinto a tua falta, e hoje pensei muito em ti, desde ontem a noite não sei porque. É pra tu não esquecer, que no mundo tem alguém que muito te ama."

 O dia em que você me fez chorar, leãozinho. JS.

#TEMPLO44

"E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade.. também."







Agora eu sei exatamente o que fazer. Bom recomeçar, poder contar com vocês. Pois eu me lembro de tudo, irmão, eu estava lá também. Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém.

Eu segurei minhas lágrimas, pois não queria demonstrar a emoção. Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção. Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão, mas pra quem tem pensamento forte, o impossível é só questão de opinião. E disso os loucos sabem, só os loucos sabem. Disso os loucos sabem, só os loucos sabem.

Toda positividade eu desejo a vocês, pois precisamos disso nos dias de luta. O medo cega os nossos sonhos. O medo cega os nossos sonhos. Meninas lindas, eu quero morar na sua rua. Você deixou saudade. Você deixou saudade. Quero te ver outra vez. Quero te ver outra vez. Você deixou saudade.

Agora eu sei exatamente o que fazer: vou recomeçar, poder contar com vocês. Pois eu me lembro de tudo, irmão, eu estava lá também. Um homem quando esta em paz não quer guerra com ninguém.

sábado, 20 de julho de 2013

#little advise

"Em assuntos do coração, por favor utilize o cérebro."

#unforgettable Marce



















Solo aque llas personas que creen que nada pasa por que si, creen en un destino, en la suerte. Hoy es el dia del amigo, el aniversario de Balneario Camboriú, y el dia de la independencia en Colombia. Resumiendo esto, hoy es tu dia. Hoy es el dia de conmemorar la suerte que tuvimos de encontrarte y de vivir momentos inolvidables contigo. Mas que ser un dia para despedirnos es un dia en el que todo tiene un sabor agridulce ya que no te has ido y ya te estamos echandote de menos, antes de tu partida para tu amada Medellin.

Hara falta tu sonrisa contagiosa, tus increibles canciones, el brillo en tus ojos cuando contabas aquellas historias que lograron que nos contagiaramos de esa pasion por COLOMBIA. Siempre estaran con nosotros tus dichos "Uuuuhhhuuhhh" "Oiiiiiiii" " Eu adoreii RIOO" "Uuuikiliii". Las carcajadas, tus calientes bailes latinos (Reggueatton, Merengue, Salsa, Show das Poderosas..) en la sala del apartamento, acordandonos de tu voz inigualable de "La mejor cantante del mundo" (SAAAAVEEE MEEEEE). El saber que ya no vas a venir constate dejara un vacio en la sala, la cocina y los corredores del Templo 44.

Hoy nosotros festejamos tu fuerza y corage para poder sobre llevar todos estos obtaculos que trae estar en un pais diferente. Festejamos tambien por todo eso bueno que pudiste aprender de esta experiencia, teniendo en cuenta que conquistaste todos nuestros corazones simplemente siendo TU.

Lo mejor de todo esto es que todos sabemos que esto no acaba aqui. Hoy no es el momento de decir CHAO, simplemente es un HASTA LUEGO. Como se dice en Brasil "Os poucos e bons a gente não deixa pra trás".

Diciembre nos espera con muchas sorpresas en COLOMBIA.

Buen viaje de regreso, nuestra pequena Marce. <3
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Somos daquelas pessoas que acreditam que nada acontece por acaso. Acreditamos em destino, em sorte. Hoje é o dia do amigo, é o dia de Balneário Camboriú, é o dia da Colômbia. Resumindo: é o teu dia. Hoje é o dia de comemorar a sorte que tivemos de te encontrar e viver momentos inesquecíveis contigo. Mais do que dia de nos despedirmos, é um dia de gratidão total com um gostinho agridoce de saudade antecipada já que ainda nem voltastes para a tua amada Medellin.

Sentiremos saudades da tua risada contagiante, das tuas músicas incríveis, do teu brilho no olhar ao contar aquelas histórias que nos fizeram ainda mais apaixonados pela Colômbia. Sempre lembraremos com saudades dos teus "uuuhuuh", teus "Oiiiii", "Eu adoreii Rioo", "Uuuuikiliiii". Sentiremos saudades das gargalhadas, das danças latinas calientes na sala de estar (Reggueatton, Merengue, Salsa.. além é claro do Show das Poderosas) e da tua voz invejável de "la mejor cantante del mundo" (Saaaaaavee Meeeee). Sentiremos saudades de te ver chegar e da tua presença constante que vai deixar um vazio pela sala, pela cozinha e pelos corredores do Templo 44.

Hoje a gente festeja pela tua força e coragem de se arriscar em um país diferente, festeja por tudo que tu conquistou aqui no Brasil, festeja por teres conquistado nossos corações de uma forma única, essa tua forma única de ser.

O melhor de tudo isso é saber que nada acaba aqui. O tchau se faz um até logo, afinal. Como se diz aqui no Brasil: "Os poucos e bons a gente não deixa pra trás".

Dezembro nos espera com muitas surpresas em terras colombianas.

Boa viagem de volta, nossa pequena Marce. <3

#quem sabe se eu fizer disso um mantra,

uma prece, uma canção de amor.

 

Pode parecer uma bobagem, coisa de teenager, mas a verdade é que pensar nos amigos verdadeiros conquistados nessa existência aqui no planeta azulzinho me arranca os melhores sorrisos. O sol se abre mesmo em dias de geada negra. Só tenho a agradecer pelas histórias tragicômicas, as risadas, as lágrimas e as confidências. E, se quer saber, deixo a homenagem nas mão do poeta: "A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena".

Como o resto se faz silêncio, fica aqui minha alma insistente por um presente e, porque não, um futuro imenso e doce com todos vocês.

Feliz dia do amigo.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

#"Euforria"

A balada é a minha igreja. Funciona assim: O Martini é meu vinho e a Alice minha óstia. Lá eu libero os exus e volto pra casa purificada, leve, sabe, em contato com Deus.
E aos poucos memórias começam a se dissipar junto a neblina de uma tarde cinzenta com café fumegante, cobertas, planos, risadas e meia dúzia de bons amigos internacionais.
"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar."

-

Eu continuo remando.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"(...)Reconheci assombrada os círculos celestes da minha infância. Uma mandala. Fiquei particularmente emocionada com um desenho que ele havia feito no Dia do Soldado. Nunca tinha visto nada parecido. O que também me impressionou foi a data: dia de Joana D'Arc. O mesmo dia em que eu havia jurado ser alguém na vida em frente a sua estátua. Contei isso, e ele me respondeu que aquele desenho era um símbolo de seu compromisso com a arte, feito no mesmo dia. Ele me deu o desenho sem hesitar e compreendi que naquele breve intervalo de tempo havíamos aberto mão de nossa solidão, substituindo-a pela confiança mútua. (...) A premissa era simplesmente que um de nós sempre tinha que estar atento, sendo o protetor escolhido. Se Robert tomasse uma droga, eu precisava estar presente e consciente. Se eu estava deprimida, ele precisava estar animado. Se um adoecia, o outro ficava saudável. No começo fraquejei, e ele estava sempre lá com uma palavra de estímulo, coagindo-me a sair de dentro de mim mesma e mergulhar no meu trabalho. Mas ele também sabia que eu não falharia se ele precisasse que eu fosse forte. (...) No meu aniversário de 21 anos, Robert me fez um pandeiro, tatuando a pele de cabra com signos do zodíaco e amarrando fitas multicoloridas na base. Colocou Tim Buckley cantando Phantasmagoria in two, então se ajoelhou e me deu um livrinho sobre tarô que ele havia reencapado com seda preta. Dentro havia escrito alguns versos, retratando-nos como a cigana e o louco, uma criando o silêncio; o outro ouvindo o silêncio atentamente. No turbilhão retumbante de nossas vidas, esses papéis se inverteriam várias vezes. (...) Ele me escreveu um bilhete dizendo que faríamos arte juntos e conseguiríamos, com ou sem o resto do mundo."

Patti Smith, Só garotos.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Talvez eu seja o último romântico nos litorais desse oceano atlântico.

Me deixa ser.

Olhei fundo nos olhos dela e tive força pra dizer: tu não sabes mais nem quem és ou quem eu sou. Ela balançou a cabeça. Não sei se ela concordava ou era um ato de negação, de reação, querendo me dizer que ainda estava ali.

Tentei a colocar pra dentro, ela não quis. Acendeu dois ou três cigarros seguidos em silêncio, daqueles constrangedores. Deitou-se ao meu lado já cansada de pensar e pulsar. Olhando pro nada me disse: sabe quantas vezes pensei em rasgar as jaulas e pular pra fora? Espantado não soube o que responder. Ela continuou: perdi as contas, não sei. Já nem sei mais quem eu sou. Tudo o que havia resgatado se perdeu.

Você já chegou a perder algo que havia demorado muito a resgatar?

Tentei me aproximar, como se não percebesse ela se esquivou. A beijei as mãos e pedi que ela falasse algo. Mais perdida ainda ela disse: depois da desilusão, não acredito em mais nada nem ninguém. Já não consigo amar, já não sinto. E não sentir é a pior dor que alguém contrai. Assim. Como uma doença. Eu contrai o não-sentir.

As pessoas me sugaram até a última gota. Já não sou mais eu e nem ser socorrida de mim eu quero. Mas saiba que eu sei: nem tudo acaba aqui. Ao final de longos dias eu vou acordar e querer abraçar o mundo ao qual eu terei que refazer todo de novo. Novas pessoas, que não sabem das minhas loucuras. Novos lugares, que não viram os meus vexames. Novas vontades. Novos remédios.

Pupilas do abandono - B.B.
Já diria Lana Del Rey: Heaven is a place on earth with sushi.

Ou, bom, algo assim. Rs.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Nossa, já faz tanto tempo que eu não sento e simplesmente escrevo o que vem na cabeça que tenho a impressão de que já nem lembro mais como se faz. É estranho. Não que eu não tenha mais aquelas vontades características de escrever até a minha mente doer e meus dedos travarem, mas parece que sempre tenho alguma outra opção de o que fazer. Sim. Já faz um bom tempo que eu acabo ficando sempre com a segunda opção.

Fato é que eu tenho doído tanto que já apelei até pra reiki, livros, músicas, academia, jejum, bolo de chocolate. Já tentei conversar, já tentei gritar, chorar, soluçar, fumar, beber, dormir e, pateticamente, dormir foi a melhor dentre todas as opções anteriores. Mesmo assim, como não consigo dormir o dia inteiro (eu consigo, na verdade, mas não me deixam), pensei que talvez escrever fosse a última opção antes de perder a cabeça.

Quando foi que a escrita se tornou a minha última opção, aliás? Acho que taí um dos meus grandes medos a respeito de São Paulo. Eu vou ser obrigada e escrever. E escrever muito. E escrever me dói. Escrever me exige. Exige que eu saiba quem eu sou e entre em contato com tudo o que trago dentro de mim. Quer saber a verdade? Escrever só é bom quando já tá ali, prontinho pra ser lido. O processo arde, o processo queima, dói. E eis aí uma dor que faz parte de mim.

Você já teve a impressão de estar tentando fazer um gol contra? De estar jogando a favor do time adversário? De estar perdendo tempo, paralisada, deixando o tempo passar? Cara, eu to frustrada. Eu to perdida. Eu não sinto que saiba quem eu sou. Qual foi a parte do caminho que eu perdi? Que eu me perdi? Me dá licença? Não me manda parar de chorar, não diz pra eu me acalmar, não agora. Deixa eu tentar.. Tá, eu não sei o que falar. Não saberia nem por onde começar.

Deixa que logo eu me acalmo. Deixa, que logo eu deixo pra lá.
She's just a girl and she's on fire
Hotter than a fantasy
Lonely like a highway

She's living in a world and it's on fire
Feeling the catastrophe
But she knows she can fly away

Oh, she got both feet on the ground
And she's burning it down
Oh, she got her head in the clouds
And she's not backing down


Everybody stands as she goes by
'Cause they can see the flame that's in her eyes
Watch her when she's lighting up the night
Nobody knows that she's a lonely girl 
And it's a lonely world 
But she gon' let it burn, baby 
Burn, baby

quarta-feira, 10 de julho de 2013

(...)
- Ela? Bom, ela é do tipo que não se prende a nada e não pertence a lugar algum.
- E quanto a você?
- Eu sou do tipo que é completa e irremediavelmente louco por ela.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

#Êxtase



Kiss me hard before you go
Summertime sadness
I just wanted you to know
That baby you're the best

I've got my red dress on tonight 
Dancing in the dark in the pale moonlight 
Done my hair up real big beauty queen style 
Highheels off, I'm feeling alive 

Oh, my god, I feel it in the air 
Telephone wires above all sizzlin' like your snare 
Honey I'm on fire I feel it everywhere 
Nothing scares me anymore 

I've got that summertime, summertime sadness
S-Summertime, summertime sadness
Got that summertime, summertime sadness

Oh, oh I'm feelin' electric tonight
Cruising down the coast goin' by 99
Got my bad baby by my heavenly side
I know if I go I'll die happy tonight

I think I'll miss you forever
Like the stars miss the sun in the morning skies
Late is better than never
Even if you're gone
I'm gonna drive, drive...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Quando sentir algo muito forte, peça um drink."

I was just, I was just, I was just sit in here thinking of your kiss and your warm embrace when a reflection in the glass that I held to my lips now, baby, revealed those tears that are on my face.

sábado, 15 de junho de 2013

Gastei quase todas as minhas fichas: tudo é blues, azul e dor mansinha.

CFA

Não tá bom? Melhora.



Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta.

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora.

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite.

Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance.

Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre.

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure.

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Pra moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

#SP

Particularmente, eu defendo e acredito na bandeira da coletividade. Coletividade em todas as instâncias. Acredito de verdade que a união faz a força. Assim como acredito que nossos ideais e crenças devem ser aplicados em toda e qualquer dinâmica de nossas vidas, da mais simples a mais complexa. Se não for assim, bom, daí não acho que tais ideias e crenças existam em nós de fato.

Moro atualmente com duas amigas. Aqui em casa, praticamos a coletividade como filosofia de vida. Quem pode, limpa a casa. Quem pode, busca as contas, faz os cálculos, coleta o dinheiro e faz o pagamento. Quem pode, leva o lixo para baixo. Quem pode, lava a louça que estiver na pia. Quem pode, faz as compras. Quem pode, lava as roupas que estiverem no cesto e, quem pode, as estende. São atitudes simples que nos fortalecem. Intensificam nossos laços "familiares" e fazem a nossa rotina mais leve. Aqui, procuramos pensar em um bem estar coletivo, mais que num amontoado de tarefas e pesos individuais.

Hoje vi a repercussão do que aconteceu em São Paulo. Uma marcha pacífica que revindicava por nossos direitos enquanto cidadãos e que foi covardemente atacada pela polícia em um ato visível de histeria e desespero. Tal desespero só fortaleceu minha teoria de que o coletivo tem muito mais poder do que imagina. Apesar da situação verdadeiramente lastimável, senti orgulho de ver as pessoas tomadas por uma onda de senso de coletividade. Moradores de outras cidades articulando novos protestos pacíficos em prol de nossa dignidade, de nossa voz. Pessoas do Brasil e do mundo compartilhando informações, discutindo e mantendo viva a chama da verdade frente a sociedade. A voz do coletivo tem o poder de, inclusive, ofuscar a tentativa de dominação mental dos pateticamente manipulados veículos de comunicação massiva.

Àqueles que ainda não compreendem a magnitude do poder da coletividade, eu desejo o agir do tempo e da evolução. Lastimável ver algumas pessoas levantando a bandeira do egoísmo frente aos fatos. Li coisas como "Agora quem nunca andou de ônibus resolveu protestar. Modinha." Desejo que esses entendam que, quando cada indivíduo de fato se sentir e se portar como parte do poderosíssimo coletivo que somos, nossa sociedade se tornará invencível e pelo menos metade dos problemas sociais estarão resolvidos. Quando cada indivíduo enxergar o quanto o seu apoio e a sua voz é valiosa dentro do coletivo, ficará ultrapassada a ideia de que só há fundamento em levantar uma bandeira, um cartaz, uma rosa, um-sei-lá-o-quê pelas causas que afetam diretamente o seu próprio nariz, seu círculo social, seu estilo de vida e sua restrita realidade.

Pensar e agir em coletivo nos fortalece, aumenta nossa voz, nos devolve a dignidade, a expressão e o poder de escolha que insistem em nos tirar. Uma sociedade forte é uma sociedade que pensa em coletivo. Uma sociedade que se manifesta em coletivo. Levamos o protesto pacífico feito em São Paulo para o mundo inteiro. Uma onda que invadiu diversos veículos da imprensa mundial. Não há de ser um governo internalista, uma polícia histérica ou qualquer outra entidade que irá calar a voz do coletivo se ela não se calar e se dissipar por si só, novamente entretida com o espetáculo do velho e ultrapassado pão e circo. Se a paz é verdadeiramente o caminho, eu desejo que cada um de nós continue gritando a plenos pulmões pelo bem, porque unidos, meu irmão, nós somos invencíveis. Nós somos  poderosos. Nós somos incaláveis.

terça-feira, 11 de junho de 2013

sábado, 8 de junho de 2013

"Num mundo de tantas meias-verdades e meias-intensidades, temos que ter opinião formada e correr os riscos de desagradar, seja com a música que ouvimos no carro ou com o estilo que escolhemos para pentear o cabelo. É muito mais fácil admirar uma pessoa que tem preferências, mesmo que diferentes das nossas, do que achar graça em gente genérica que, com medo de não ser querida, tenta ser um pouco de tudo e acaba aparentando um monte de nada."

#inspiration