sexta-feira, 12 de julho de 2013

Nossa, já faz tanto tempo que eu não sento e simplesmente escrevo o que vem na cabeça que tenho a impressão de que já nem lembro mais como se faz. É estranho. Não que eu não tenha mais aquelas vontades características de escrever até a minha mente doer e meus dedos travarem, mas parece que sempre tenho alguma outra opção de o que fazer. Sim. Já faz um bom tempo que eu acabo ficando sempre com a segunda opção.

Fato é que eu tenho doído tanto que já apelei até pra reiki, livros, músicas, academia, jejum, bolo de chocolate. Já tentei conversar, já tentei gritar, chorar, soluçar, fumar, beber, dormir e, pateticamente, dormir foi a melhor dentre todas as opções anteriores. Mesmo assim, como não consigo dormir o dia inteiro (eu consigo, na verdade, mas não me deixam), pensei que talvez escrever fosse a última opção antes de perder a cabeça.

Quando foi que a escrita se tornou a minha última opção, aliás? Acho que taí um dos meus grandes medos a respeito de São Paulo. Eu vou ser obrigada e escrever. E escrever muito. E escrever me dói. Escrever me exige. Exige que eu saiba quem eu sou e entre em contato com tudo o que trago dentro de mim. Quer saber a verdade? Escrever só é bom quando já tá ali, prontinho pra ser lido. O processo arde, o processo queima, dói. E eis aí uma dor que faz parte de mim.

Você já teve a impressão de estar tentando fazer um gol contra? De estar jogando a favor do time adversário? De estar perdendo tempo, paralisada, deixando o tempo passar? Cara, eu to frustrada. Eu to perdida. Eu não sinto que saiba quem eu sou. Qual foi a parte do caminho que eu perdi? Que eu me perdi? Me dá licença? Não me manda parar de chorar, não diz pra eu me acalmar, não agora. Deixa eu tentar.. Tá, eu não sei o que falar. Não saberia nem por onde começar.

Deixa que logo eu me acalmo. Deixa, que logo eu deixo pra lá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário