sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Eu passei 40 minutos no telefone. E ainda com esse vazio que me faz querer dormir eternamente, fugir; eu queria muito estar perto e não consigo nem pensar em pregar o olho. Não consigo parar de escrever. O vazio me faz lembrar de Maria Mena e das músicas antigas da Avril; me faz carregar esses vídeos no youtube e ouvir/sentido por horas.
Não sei de onde vem tantas palavras, tantas ondas de repetição e tantas batidas na mesma tecla. Em uma das noites passadas, uma daquelas parecidas com hoje, eu resolvi me contar a história de nós duas. Não contei caracteres. Não medi o tempo, mas ainda era começo e eu já tinha contado muita coisa. Ainda era começo quando eu adormeci. Sei que a nossa história não passou de um começo. Aliás, agora eu acho que tudo que aconteceu depois do "começo" faz parte da nossa história, até hoje. Não acho que a nossa história acabou, sei ão acabou enquanto pulsar dentro de mim.
Acho que viver uma paixão é a melhor coisa da vida - e a pior também. Eu perguntei a uma amiga se algum dia eu vou viver uma paixão bem sucedida de novo. Eu não sei, as vezes acho que queria ter a capacidade de mandar tudo mais pro inferno e me jogar nisso tudo, viver e deixar acontecer essa coisa que fica estancada dentro de mim e eu não sei como tirar se não for vivendo; mas só as vezes. Outras vezes eu acho que de fato eu tenho essa capacidade, só quero esconder ela de mim mesma pra ter uma desculpa que me segure de mim mesma; mas também é só as vezes. Outras vezes eu me desespero por achar que vai ficar ali parado sempre, ou até que eu escolha um caminho - óbvio que eu não sei pra onde eu to indo, não sei pra onde eu vou, sei pra onde devo querer ir e quero ir pro lado oposto; mas isso também é só as vezes.
Se parar pra pensar por mais de dois segundos, eu me lembro de toda a história - que teve um longo começo e um resto tão ou mais longo ainda - e vejo o quanto a nossa vida já foi pra frente, tão pra frente que não me imagino mais voltando até aquele ponto do começo.
Não tem a ver com sentimento. Por sentir eu beijaria aquela boca infinito, ou enquanto eu sentisse. Mas por pensar em abrir os olhos logo depois do beijo, eu sei que aquele beijo não faria o menor sentido e, na melhor das hipóteses, me botaria em parafuso (ok, outro tipo de parafuso, já que, é só olhar pra mim agora.)
Sei que se não der certo, quem diz um sim pode a qualquer hora dizer um não, mas o quanto um não pode doer? E a dúvida de como teria sido que fica quando se diz não, com o coração querendo dizer sim, dói quanto? É por isso que eu to tentando me convencer como uma louca que essa possibilidade do sim não existe.

Nem sei o que ela pensa. Uma interrogação enorme, é isso que ela é. E acho que é por isso que me interessa tanto e que me parece tão urgente ter o poder de ler mentes por alguns instantes.
Queria conseguir não encanar. Curtir, deixar a boca tocar, o coração disparar, o corpo tremer, estremecer, a pele arrepiar e não esperar nada; mas essa não sou eu. Não sei gostar sem sonhar. Não sei gostar sem pensar no futuro.
Não sei ser eu, com ela. Não sei quem eu sou, quando to perto dela. Não sei impressionar e não faço a mínima ideia do que fazer pra alguém gostar de mim. Por falar nisso, eu sou justamente o oposto da menina que tava com ela. Não sou engraçada, não sou lá muito espirituosa, não falo muito, não sou o centro das conversas e não sou eu quem chega e agita o ambiente. Eu sou calma e doce. Muito mais pra brisa do que pra vendaval. Mais pra silêncio do que pra barulho. Eu sei gritar, mas o usual é a minha presença deixar tudo como está e, eu, muitas vezes não saber o que falar e optar pelo silêncio; que na maior parte do tempo não me incomoda.
Quando eu to perto dela, incomoda. Me pego pensando em como é impossível fazer ela gostar de mim enquanto eu fico silêncio. Como se houvesse algo a se fazer, afinal. Coisa idiota. Definitivamente não acredito em "conquistar alguém". Não saberia ser do jeito que alguém gosta, se esse jeito não for o meu. Não sei mover o mundo, planejar cada ação pra parecer legal, inteligente, misteriosa, interessante e tudo o que me convir. Sou de pele, de toque, de cheiro, de aura, de energia, de silêncio, de falta de explicação e de temperatura. Gosto sem a menor explicação, gosto sem qualidades. Normalmente, inclusive, eu gosto de imediato, gosto "a primeira vista". Se for pra gostarem de mim, que gostem assim, gostem pelo que eu sou, pelo que julgam que eu seja, ou gostem por esse "nada" misterioso também.
Confesso que eu quero paixão, sim. Já roi todas as minhas unhas. O morno ainda não me interessa. E o equilibrio é morno, equilibrio não é paixão. Ainda não consigo conceber o "desperdiçar uma paixão", deixar ela ir, deixar passar. Sei que deveria. Sei três vezes. Mas é tão raro alguém que disperta tudo isso, toda essa intensidade, toda essa vida. Alguém que me domina como ela e que tem tanto poder sobre mim. Como fazer pra querer realmente deixar isso passar quando é justamente viver isso o que se quer? Quando o que se quer é expor as feridas, balançar tudo, botar lenha na fogueira, procurar, brincar com o fogo, sentir sem limites e continuar testando os limites.. Que se chame como quiser. Saber que não é a pessoa certa, que não daria certo e que tá tudo errado não muda a vontade de que desse certo. Como fazer pra me manter aqui parada, ficar longe como "deveria", se o fantasma da dúvida do "e se eu tivesse me jogado de cabeça nessa loucura..." me persegue? O que dói menos? O que demora mais pra passar? O que vai me atormentar menos e por menos tempo? Sei que enquanto me sentir em Stand by, com algo pendente, essa COISA dentro de mim (chame de paixão, angústia, vazio, o que for) não tá dando sinal algum de que vai mudar.
Queria, na verdade, achar um jeito de fazer eu ficar bem com relação a isso, porque desse jeito, claramente não tá dando certo. E enquanto o tempo passa devagar, eu finjo ter paciência e tento me convencer de que eu nem queria mesmo.. Que eu nunca quis e nem quero tanto assim, afinal (e, dizem as línguas por aí, que até o meu olhar denuncia o contrário).
Queria achar um jeito de me convencer de que, se eu fizer, eu não vou me arrepender depois, não vou me quebrar. Tenho medo de me quebrar; só não sei até que ponto eu to inteira, mas, pelo tamanho do medo, devo estar mais inteira do que eu imagino. Só quem tem o que perder, tem medo de arriscar.
Escrevo pelo vazio.
Escrevo pra esvaziar.

Escrevo pelo desespero.
Escrevo pelo apego, pelo nada e pelo medo.

Escrevo pra aliviar.
Escrevo pra fugir e enfrentar tudo.
Escrevo pra encarar um eu vazio, tão cheio de mim.

Escrevo pra salvar. Não sei o que.

Escrevo e perco o tempo de vista.
Ainda assim escrevo - no tempo em que eu preciso escrever é só o tempo que eu perco escrevendo que faz algum sentido enquanto eu preciso ver o tempo passar.

Escrevo e vejo o tempo passar, parada, escrevendo.
Eu queria que fosse sincero quando eu digo que eu fico feliz de ver ela quebrada, ainda que seja por outra pessoa. Achei que ficaria feliz se algum dia você aparecesse me pedindo pra voltar. Não percebi que o tempo passa e a vida não volta pra trás. Hoje não teria como.
Sim, meu coração disparou, minhas mãos tremeram e eu perdi o ar. Não tive coragem, cara lavada ou propósito pra dizer que não sinto mais nada por ela.
Não sei explicar porque a gente se apaixona. Não tem fundamentos racionais. Ela nem é assim tão bonita, tão legal, tão cabeça, tão bem resolvida. É irritadinha demais, meio soberba, confusa, inconstante e totalmente egoísta. E é justamente por isso que a gente se apaixona. É por ser bem desse jeito que o olhar dela domina o meu íntimo e o sorriso dela fere minha alma. Eu só não sabia que as lágrimas dela podiam ferir ainda mais.
Cheguei a querer ficar feliz por ver ela quebrada, mas não consigo, nem de longe. Quero ver ela feliz, com uma urgência toda minha e preferia que ela nem tivesse cogitado a possibilidade de me usar pra tampar o buraco que ficou - eu não sirvo pra isso - eu sinto demais pra isso.
Eu só consigo me perguntar repetidas vezes: "porque não eu?". Por que naquela época, quando eu tava ali, não fui "eu"? Eu lembro de cada palavra que ouvi e sei que não posso saber como teria sido, mas queria ter feito ela feliz, queria que ela tivesse se apaixonado como eu me apaixonei e, agora que vejo onde tudo isso "acabou", eu não consigo deixar de achar ainda mais injusto porque não fui eu.
Me disseram que fui fácil demais, simples demais, direta demais; sem mistério. Hoje me disseram que sou orgulhosa, burra, imprudente e errada. Talvez eu seja mesmo.
Sabia que ir até lá e ver todas juntas e convivendo com nossas dores sentadas lado a lado com copos de cerveja, risadas, notas de violão, sentimentos, passado e presente só serviria pra me machucar mais um pouquinho.
Sabia que ver a tristeza daquele olhar que se esforçava pra não transparecer tristeza alguma só me deixaria assim, ainda mais vazia. Vazia do que eu não vivi, do coração que eu não conquistei. Vazia dos olhos que reparam em outra direção mas que insistem em chamar a minha atenção. Vazia de saber que o que toma a cabeça, os sentidos e as vontades dela não sou eu, nem de longe. E todas aquelas tentativas, que eu arrumei forças não sei da onde pra não ceder, só me fazem sentir ainda mais vazia e insignificante.
Aprendi que vazio tem peso, vazio tem dor. Aprendi que ainda preciso aprender a lidar com isso. Aprendi que ainda preciso aprender e percebi que preciso aprender um jeito de querer aprender. Preciso aprender a não querer deixar que o coração se manifeste e me domine. Preciso aprender como fazer pra não querer me jogar nesse buraco.
Eu - to tentando - decidir que, apesar de ela ter o meu coração nas mãos, ela não vai me ter entre elas. De novo não. De mim, cuido eu. Mas nessa história eu aprendi que dói...

Sei que não dormi na noite anterior e amanhã acordo cedo mas é na madrugada que a hora não me interessa. É só no outro dia eu me arrependo.
Perto de você eu não sei quem ser. Minhas mãos não sabem o que fazer, minhas pernas tropeçam e minha mente não consegue achar nada legal pra falar. Perto de você eu não consigo ser eu. Perto de você eu acabo sendo ninguém.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria e uma tristeza em mim que me deixam exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos,com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem vida pra gente.

Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou.

...não morro de amores por pessoas sem mistério. Quando se é muito transparente, muito risonho e educado é raro ser levado a sério. Prefiro os mais silenciosos. Os que abrem a boca de menos, os mais serenos e mais perigosos. Aqueles que ninguém define e que sempre analisam os fatos por um novo enfoque. Prefiro os que têm estoque aos que deixam tudo à mostra na vitrine."
E ela suplicou a si mesma, como se a vida de um terceiro estivesse em suas mãos. "Seja forte, por favor, não chora! Vai, não chora! Não aqui, não agora!" E mesmo com todo o mundo lá fora, a surra parecia lhe impedir de levantar. As lágrimas rolavam, imbecis - sem clarear o que dentro dela estava nublado à perder de vista.

- Mas é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez eu sei. Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã. Espera que o sol já vem.
Tem gente que está do mesmo lado de você mas deveria estar do lado de lá. Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar. Tem gente enganando a gente, veja a nossa vida como está. Mas eu sei que um dia a gente aprende. Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo: Quem acredita sempre alcança.
Eu andei sem te encontrar por quase todo o lugar, eu perguntava por ti, teus passos sempre segui...

É, hoje eu vejo que fiz certo. Porque nós gostamos de quem não sabe lidar com nossos sentimentos? Queria tanto que fosse diferente, que passasse logo, que ficasse quieto e parasse de doer.

Acho que essa semana vai ser punk. Bem punk. Hoje é TPM, sono, ausência, vazio, muito trabalho, aula do Pilla e muita vontade de chorar. ;/

De qualquer jeito: Bom dia! ;*~

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Por que você não disse que viria? Logo agora que eu tinha me curado das feridas que você abriu quando se foi. Por que chegou sem avisar? Eu queria tempo pra me preparar com a roupa limpa, a casa em ordem e um sorriso falso pra enganar.

Eu não entendo a sua volta, eu não entendo a sua indecisão. Num dia sou o seu grande amor, no outro dia não.

Por que a surpresa da sua volta? Justo quando eu tento vida nova você vem pra perguntar se tudo que eu sentia acabou. Você até parece um vício que largar é quase impossível, exige muito sacrifício e quando eu me considerava limpo vem você pra me oferecer mais.

Eu não entendo a sua volta, eu não entendo a sua indecisão. Num dia sou o seu grande amor, no outro dia não.

Eu não entendo - Nenhum de Nós

e Onde está você - Mariana Aydar
Altar particular - Maria Gadu
Vienna - Billy Joel
I won't, Fallin' for you, I never told you - Colbie Caillat (Será que ela me faz pensar nisso?)
Por aí vai...

P.S. Eu tentei não ter absolutamente nada a perder pra então decidir o que conquistar, mas quem disse que sou eu quem controlo o que sinto no final das contas? Ainda me resta controlar meus atos e, isso, torna tudo ainda mais difícil.
P.P.S. Me deixa fugir, só por uns dias, tá? Qualdo eu voltar eu resolvo e me preocupo em ter pelo menos uma vaga ideia do que fazer.

To indo pra Balneário! ;*
Poxa, eu posso provar! Tá escrito ali no post anterior que eu pedi pra não ser de novo. Sabe, ela apareceu num final de festa e mudou a minha vida. Naquele dia eu sabia que alguma coisa não tava certa - e mal sabia eu o quanto tudo aquilo ainda renderia. A verdade é que agora eu queria muito conversar, falar tudo, desde o começo.. sem me importar se to sendo demasiadamente longa e detalhista, chata, infantil, confusa ou seja lá o que for. Queria muito conversar com alguém que quisesse muito ouvir - mas desconfio que esse alguém não exista. Se alguém fosse me ouvir, seria por consideração e não porque realmente interessa. Enfim.
Ela apareceu e por ironia da vida eu achei ela parecida com a pessoa pela qual eu era loucamente apaixonada. A noite acabou, bom, com ela ficando com a pessoa que eu era loucamente apaixonada - e eu acabei chorando; e muito. A gente muitas vezes não entende o que a vida tá fazendo. Eu realmente não entendia. Não entendia que eu precisava daquilo e que era o único jeito de me fazer dar um basta naquela história que já tava ficando longa demais, complicada demais, que me fazia sofrer demais e que, pra não dizer que era tudo demais, não tinha futuro nenhum.
Foram dois dias que eu não gosto nem de lembrar; e as próximas duas semanas, não foram muito melhores. Parecia que não ia passar nunca. Meus olhos doíam, meu coração doía e meu orgulho doía, muito! Como podia a pessoa que eu gostava tanto, que faria de tudo simplesmente não me querer assim? Curtir com aquela menina me tendo ali do lado?
Doeu, mas era preciso. Hoje eu passaria por tudo de novo se fosse necessário pra sair daquela encrenca. Não que a pessoa pela qual eu era loucamente apaixonada não fosse incrível, aliás, ela continua sendo, mas bom, tinha rolos incríveis, confusões incríveis e um amor incrível pela ex namorada. (E pelo que eu vejo, nada mudou desde então.)
Bom, eu nunca tinha visto aquela menina antes. Nem ela e nem a amiga dela - que logo veio a se tornar minha grande amiga também. As coisas estavam difíceis, o tempo se arrastava, a vida parecia sem sentido e eu apenas seguia em frente na esperança de dias melhores. A amiga dela acabou se tornando minha confidente, meu ombro amigo e, bom, enquanto ela ficava com a pessoa que eu era loucamente apaixonada, a amiga dela se apaixonou por mim.
Era só o começo. Eu e aquela menina nunca nos víamos, nunca nos cruzávamos, apesar de ter dois fortes elos em comum. Ninguém estava plenamente confortável com a situação.
Os dois não duraram muito. Eu cheguei pensar em rezar pra que ela não prestasse e fizesse a pessoa que me machucou sofrer. Ironia. Enfim, foi depois do término que nós começamos a conviver. Uma cervejada na casa da amiga em comum, um bar aqui, outro ali e o final de semana em que nós fomos pra praia comemorar o aniversário dessa nossa amiga.
Eu já sentia, mas escondia até de mim mesma, que aquela menina tinha poder sobre mim. Sabia que aquela menina me fascinava e me cativava. O caminho pra praia foi só risadas e histórias. Era impossível parar de falar, nem mesmo por um segundo. Acho que ninguém mais no carro conseguiu conversar decentemente durante as horas de viagem.
Não lembro de ter visto sorrisos tão sinceros em nossos rostos como naquele dia. Sei que é só olhar as fotos e perceber as expressões das quatro - eu, uma grande amiga minha que sempre esteve presente durante tudo o que aconteceu, ela e a nossa amiga em comum.
Eu me sentia tão parte de tudo aquilo e o que era vazio na minha vida agora estava preenchido. Aquele clima me fazia feliz, genuinamente. Elas eram incríveis e me faziam feliz.
Não sei ao certo porque transpareceu, mas acho que dá pra sentir essas coisas no ar. Em um momento sozinha com a minha amiga, ela questionou se era apenas uma impressão ou se realmente eu era, de alguma forma, interessada nela. Minha amiga, que me conhece muuuito bem, não mentiu. O circo tava armado. Minha amiga fez questão de, ao me contar a conversa, contar também que era recíproco e que ela sabia que não podia. É completamente errado sentir qualquer coisa pela pessoa que sua grande amiga gosta.
Em momento nenhum ficávamos sozinhas. Era interessante perceber como tudo procedia na casa de praia. Havia mais de 15 pessoas na casa. Nós 4 éramos uma galera a parte, inseparáveis. Curtimos o dia todo juntas e, ao cair da noite, decidimos ir a praia. No caminho encontramos uma menina e dois garotos que a pouco tinham saído de casa pra tocar violão na praia. Naquele clima não era difícil fazer amizades. Cantamos e tocamos violão todos juntos na areia. Não demorou para que acontecesse o que eu já esperava que fosse acontecer. Eu e a aniversariante nos distanciamos um pouco mais das demais pra conversar e eu mais uma vez expliquei que realmente era só amizade e que não dava pra esperar outra coisa de mim. Sentimentos esclarecidos e clima pesado. Todas estavam absortas em pensamentos. A cabeça de cada uma de nós voava em direção ao infinito e a minha vontade era entrar no mar.
Os 3 nativos que nos acompanharam certamente não entenderam nada, mas foram ótimas companhias e, com a garota, falo até hoje. Sei que ela voltou o caminha todo conversando com a menina que, inegavelmente, me virava do avesso enquanto eu vinha bem mais atrás, em silêncio fazendo companhia a aniversariante.
Ao chegarmos em casa, a festa continuava animada e os convidados não entendiam muito bem o fato de a aniversariante ter passado tanto tempo fora, o que, honestamente, não nos importava. A festa era de nós 4, e mais ninguém. Acho que foi por isso que eu subi para o segundo andar da casa, sentei no telhado acompanhada por meus pensamentos e o silêncio da minha fiel escudeira e amiga e pude ver as outras duas meninas conversando sobre o que tinha acabado de acontecer.
Novamente ninguém estava muito confortável e tudo já havia mudado. O único momento que me lembro de ter ficado sozinha com ela foi, alguns minutos depois, quando ela apareceu no telhado e, contemplando o horizonte fixamente, me disse que não fazia ideia do quanto a amiga dela gostava de mim, mas que a verdade é sempre o melhor. Concordei, mas não sabia o que responder. Me sentia mal, angustiada e lutava contra a vontade de chegar mais perto, abraçar e roubar ela pra mim.
Passado o tempo necessário, todas nós voltamos a festa. Algumas pessoas de outra cidade haviam chegado e, uma das meninas, que hoje sei o quanto é lindíssima por dentro e por fora, sentou ao meu lado e conversou comigo, deliberadamente intencionada, por alguns minutos. Cantamos um pouco, rimos um pouco e eu decidi que já era hora de sair dali. Não sabia como me dominar.
Dormimos as 4 juntas em uma cama de casal. Ela em uma ponta, a aniversariante ao lado, eu e minha amiga na outra. Dormi basicamente em cima da minha amiga; por não ter espaço e pra fugir dos carinhos que vinham do outro lado e, que eu sabia, que não eram inteiramente por amizade. Ainda com a cabeça a mil e acompanhada pela magrela que estava deitada na ponta oposta da cama e que eu desejava que estivesse ao meu lado, fiquei falando besteiras por horas. Não sei qual das duas estava pior e escuto comentários e risadas sobre esse fato até hoje. Demorei pra adormecer e conforto ali não existia. Dormi por cerca de 3 horas - mal dormidas - e que me pareciam umas 12.
Todas levantaram juntas. O dia seguinte era tenso. Ela não chegava perto de mim em momento nenhum, desviava o olhar, os assuntos e as palavras. Desviava tudo. Tudo bem, eu não pretendia fazer absolutamente nada com todas aquelas informações. Tive ela perto de mim em apenas um momento, enquanto estavamos estiradas na cama, conversando sobre nada e os meus dedos deslizavam nos cabelos dela - que estava deitada com a cabeça nas minhas pernas. Suponho que esse momento durou cerca de 3 minutos, até que as meninas voltaram ao quarto e logo ela levantou.
Eu, que estava ainda mais absorta em pensamentos, era um espelho daquela tarde cinzenta e chuvosa. Não via escolha, não via um caminho. Não sentia vontade de fazer nada a não ser ficar sentada na sacada contemplando o movimento e pensando. O que não era possível, obviamente.
Como a tarde era chuvosa, fomos até a casa dos amigos das meninas que tinham ido a festa na noite anterior. A menina que havia sentado ao meu lado, dessa vez, ficou distante o tempo inteiro e eu não conseguia tirar os olhos da garota que me tirava o sossego.
A viagem de volta foi diferente da de ida. Apesar de estarmos novamente uma ao lado da outra, nossa distância era notável. A noite já havia caído a tempos, o motorista do carro estava lamentavelmente bêbado, o sono corroía nossos ossos - fruto da noite anterior passada basicamente em claro - e ela preferia deitar com a cabeça encostada no vidro a encostar qualquer centímetro que fosse no meu corpo. Eu tentava desviar a atenção para a menina que dormia deliberadamente estirada em meu colo, mas cada centímetro do meu corpo queria encontrar um motivo pra tocar a pele dela.
Eu não queria me despedir. Nós não tínhamos contato e eu não sabia quando a veria de novo. O que, de fato, não demorou. No final de semana seguinte, nós 3 combinamos de ir a uma festa. Final de semana sem sair é algo raro. Sempre há uma programação.
Ela estava linda. Rimos, bebemos um pouco, dançamos um pouco e, em certa hora, lá estava a aniversariante da semana anterior beijando uma menina. Lembro da nossa cara de felicidade! Isso facilitaria tudo - eu pensei. Não lembro ao certo como foi, lembro melhor do coração disparando incontrolável mente. Quando dei por mim, em um momento furtivo, lá estava aquela garota dançando comigo exageradamente de perto e tocando minha pele. Foi quase hipnótico. Não sei como consegui não beijar aquela menina ali, naquele momento. Lembro do cheiro, do toque e do calor do corpo dela. Lembro do turbilhão de pensamentos e do extâse de saber que o que eu sentia, de alguma forma era correspondido e, pelo visto, parecia igualmente incontrolável pra ela. Nunca tinha vivido nada assim. Acho que aquele momento durou uns 15 segundos e se transformou em um abraço e um sussurro ao pé do ouvido me dizendo que não podíamos fazer aquilo pra não machucar a nossa amiga. Eu concordava, maldição, realmente não podíamos.
Como nossa amiga estava distraída, cada distração virava uma oportunidade de chegar perto, tocar, fazer carinho, beijar o rosto e conversar pelo olhar. Eu me sentia em transe. A partir dali eu desejei aquela menina ainda mais. Não quero sr mal interpretada. Ela é cativante; tem um jeito tão dela de fazer tudo que não tem como explicar, mas nunca tinha visto ela sendo carinhosa, bem pelo contrário. Estavamos sempre fazendo brincadeiras, provocações e pequenas grosserias falsas uma com a outra. Eu desejei demais que todos os lados dela que eu estava conhecendo, se envolvessem cada vez mais comigo. Nem sabia como podia desejar tanto assim, mas sabia que aquela festa tinha revelado coisas demais, coisas que já não conseguiríamos mais esconder e, que, também não saberíamos como lidar em vista das circunstâncias.
Não estava errada. Contatos trocados, no dia seguinte ela já era um contato do meu MSN e do meu celular. Quando conversamos virtualmente, chegamos a conclusão de que era preciso deixar estar, uma vez que, na verdade, não faziamos a mínima ideia do que fazer efetivamente. A boa e velha desculpa para dar tempo ao tempo e não sair do lugar.
Na mesma semana, dois dias depois, as duas foram até minha faculdade fazer uma visita. Que situação estranha. Estavamos nós lá, junto com uma amiga, que por sinal trabalha comigo, um amigo e a pessoa que até então eu tinha sido loucamente apaixonada. Já nem sabia mais o que sentia por ela, como era possível? Sei que já não doía como antes. Ao final da minha aula, decidimos ir até a casa da menina que tinha feito a festa de aniversário para tomar algumas cervejas. Eu ainda bebia na época. Fomos todos, menos a pessoa pela qual eu tinha sido apaixonada; essa foi ver a ex namorada naquela noite.
(...)


P.S. Eu vou dormir! Amanhã é um novo dia e talvez eu revise/continue.
P.P.S. Me sinto quase como em Moulin Rouge. Aquela necessidade de desvanecer em frente a tela e escrever com detalhes a história de "amor".
P.P.P.S Boa noite!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Eu ando rindo da vida.

P.S. De novo, não!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Meus olhos, que de tão amargos soavam doces e dissimulados, fugiam da realidade e permitiam que a maresia daquele lugar embalasse a falta de propósito de mais uma daquelas noites vazias e doloridas de quem sabe que, quando se está perdido, qualquer direção vira caminho - já que, deveras, não há caminho algum.

Doía. O meu mundo era chuvoso e frio no auge do verão aqui do sul. Era tudo vão e vazio: repleto de "nada".

O teu mundo, que por um empréstimo casual se fez meu no instante em que senti a tua boca tocando a minha, me roubou o vazio interior sem pedir licença.

Ali, tão longe de tudo o que na minha vida era sufocantemente real, o teu beijo me fez sentir plena de tudo. Não pensava mais no "nada", que de "tudo", naquele momento fora rebaixado a "resto".

Já era tarde e a tua presença, por alguma razão, fazia sentido em uma daquelas noites em que nada mais faria - e foi por isso que eu te pedi pra ficar um pouco mais.

Tuas palavras produziam eco e a tua voz preenchia as rachaduras do que em mim era quebrado. Acho que foi por isso que te fiz falar até perder a noção do tempo e, quando recobrei os sentidos, percebi que sorria enquanto te observava. Tenho a impressão de que eu faço isso até hoje.

Naquele dia eu não tinha com o que me importar - e, se tinha, eu não me importava - mas me importei em te pentelhar pra que você não dormisse - sem te contar que era eu quem não queria pegar no sono de jeito nenhum.

Quando o cansaço por fim me venceu, acabei dormindo em paz.

Hoje eu sei que se fosse para explicar como aconteceu, eu diria que gostei de você no instante em que te vi pela primeira vez...


P.S. Uma daquelas madrugadas sem sono.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Hoje eu sei que se fosse para explicar como aconteceu, eu diria que eu gostei de você no instante em que te vi pela primeira vez. Eu gostei de você e do teu mundo vivo e pulsante, que definitivamente não era o meu.

O meu mundo era chuva e frio no auge do verão aqui do sul. Era vão e vazio. Era o mundo de um sorriso que mentia, um coração que doia, e um orgulho que feria.

Meus olhos, que de tão amargos soavam doces e dissimulados, fugiam da realidade e permitiam que a maresia daquele lugar embalasse a falta de propósito de mais uma daquelas noites vazias e doloridas de quem sabe que, quando se está perdido, qualquer direção vira caminho - já que, deveras, não há caminho algum.

O teu mundo que, por um empréstimo casual se fez meu no instante em que senti a tua boca tocar a minha - sendo que eu até então, só sentia o nada -, me roubou o vazio e, enquanto eu estava ali, tão longe de tudo o que na minha vida era sufocantemente real, o teu beijo me fez sentir plena de tudo, sem pensar no nada, que de "tudo", naquele momento tinha sido rebaixado a "resto".

A tua presença, por alguma razão que eu não me preocupei em descobrir, fez sentido em uma daquelas noite em que nada mais faria e foi por isso que eu pedi pra você ficar um pouco mais - e me surpreendi quando vi que realmente queria que você ficasse; logo eu que não queria nada.

Tuas palavras produziam eco e a tua voz preenchia o que em mim era vazio e quebrado; acho que foi por isso que te fiz falar até perder a noção do tempo, de todo o absolutamente nada que eu tinha e, quando dei por mim, percebi que sorria enquanto te observava - absolvida da tempestade, do frio, da dor e do vazio cheio de, bom, absolutamente nada.

Aquele foi o dia que eu vivi a realidade em mundo que não era meu. Logo eu que já não era mais pulsante; logo eu que já nem era, afinal. Naquele dia o nascer do sol iluminou o que era escuro e tenho certeza que você não entendeu o que isso significava porque, quando você me perguntou, eu menti pra você e te convenci de que aquela ali era a Brunna até então, quando, na verdade, ela estava perdida em algum lugar até a tua presença fazer sentido quando mais nada causava nada dentro de mim.

Naquele dia eu não tinha com o que me importar - e, se tinha, eu não me importava - mas me importei em te pentelhar para que você não dormisse, sem te contar que era eu quem não queria pegar no sono de jeito nenhum. Até que quando eu não consegui mais aguentar, acabei dormindo em paz.

Hoje eu sei que se fosse para explicar como aconteceu, eu diria que eu gostei de você no instante em que te vi pela primeira vez.

(...)

Nem era isso que eu ia escrever.
...Chovia e fazia um sol delirante e eu queria acreditar tanto num arco-íris – mesmo com as tuas cores gris – mas foi só eu pensar no céu azul que se fez a tempestade e cada raio que caia partia em mil uma inteira que nunca tive certeza se fui.
Foi meu primeiro dia sem você depois de não ter te tido de verdade nem por um dia. E enquanto chovia lá fora, o vidro da janela teve seu dia de espelho. Eu chovi por dentro.
E descobri que chuva ácida corrói todas as certezas. As nossas certezas de um nós que, no final, sempre fui eu.

Marina Melz - http://marinamelz.wordpress.com
Perfeito! É a explicação perfeita de um primeiro dia, que, marcou e... passou.
O primeiro dia de faculdade do ano foi ótimo! To feliz de ter aula de criação, layout e design com o Diogo novamente. Dá pra ver que o bicho vai pegar, tanto na faculdade como no trabalho; cada vez mais responsabilidades.. mas eu to impolgada e, confesso, to gostando.. e muito!

P.S. Só pra registrar.

P.P.S. A quanto tempo eu não fechava os olhos, ouvia o silêncio e sentia a paz batendo no coração. Não há nem uma canção que me deixe mal, to admirada e to aproveitando cada segundo com um sorriso no rosto.
Quando a esperança de uma noite de amor lhe trouxer vontade para viver mais
E a promessa que a chance terminou é bobagem, é melhor deixar pra trás

Eu tô cansado de sofrer, quero dançar sentir calor e poder só olhar o universo em torno de você
Brilhando em vida, sorrindo à toa, só vibrando amor e paz
Sinto a noite, penso em você, lembro como é bom amar

Quando você se foi chorei, chorei, chorei
Agora que voltou sorri, sorri, sou rei

Saiba que o simples perfume de uma flor pode vir e ser um grande amor na sua vida
Não gaste palavras pra viver, de iludir os seus sonhos tão raros com mentiras
Não maltrate o coração que dedicou ao seu sorriso as suas batidas
Será livre pra sentir anseios de uma paixão e ser uma história linda

Diga que me adora, deixe o orgulho e venha porque já está na hora da gente se encontrar e sermos um
Mas não demora que é pra chama não desencantar, se esvair no ar e só restar lembrança

Eu tô cansado de sofrer, quero dançar sentir calor e poder só olhar o universo em torno de você
Brilhando em vida, sorrindo à toa, só vibrando amor e paz
Vejo a lua, lembro do sonho, torço pra realizar
Sinto a noite, penso em você, lembro como é bom amar

Quando você se foi chorei, chorei, chorei
Agora que voltou sorri, sorri, sou rei *.*


Natiruts - Sou rei


Essa música me traz uma sensação tão boa!
Como a vida anda me ensinando nesses últimos tempos. Não há dúvidas da renovação de 2010. Ainda quero escrever sobre isso. x)

Brilhando em vida, sorrindo a toa, só vibrando amor e paaaz..

PS. Hoje iniciam as aulas novamente.
PPS. Preciso urgentemente dormir e estou sem sono. ;~

Boa noite, blog!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Previsão para Fevereiro

A entrada de Júpiter em meados de janeiro começa a se fazer presente muito lentamente, pois durante este mês, pelo menos até a terceira semana dele, você ainda está passando por um momento de revisão e reavaliação da difícil fase que passou no ultimo ano. Tenha paciência, pois se Júpiter ainda não adquiriu sua força, assim que tiver eliminado os resquícios do passado você começa a se abrir para uma nova fase que já bate em sua porta. Aproveite este mês para meditar, silenciar e prestar atenção às suas necessidades emocionais mais profundas. É possível que você sinta uma baixa de energia, pois isso é natural nesta fase do ano para o seu signo. É hora de olhar com mais cuidado para sua saúde e se dedicar a um bom programa de exercícios moderados que tenham como principal objetivo o equilíbrio biopsicoenergético. Seu campo de energia se encontra mais sensível e mais aberto do que nunca, portanto evitar ambientes carregados e alimentação pesada são conselhos que, se seguidos, podem provocar uma grande mudança em sua energia vital. A partir do dia 15voce começa a sentir a mudança lenta da energia e aumento gradativo da vitalidade, até que no dia 20, com a entrada do sol em seu signo você poderá sentir efetivamente a mudança total da energia. Daí sim, toda forma de Júpiter se fará presente e você pode se preparar para o inicio de um novo ano astral que começa irradiando crescimento, expansão e energia, que será emanada para todos os setores de sua vida, o emocional, o mental, o físico e o espiritual. Você pode esperar por mudanças positivas, algumas novas, outras que começaram a acontecer no ano passado. No trabalho pode se preparar para alguns atrasos que estarão presentes durante todo mês. O andamento de seus projetos será ainda lento e os frutos só serão visíveis a partir do mês que vem. O amor passa por um período onde as revisões são feitas uma após a outra e o aprofundamento emocional é quase inevitável. Mudanças nesse setor transmutam toda sua energia vital a partir da gradual conscientização profunda de suas necessidades emocionais.


Por Eunice Ferrari

P.S. Nossa, que perfeito pra fase.
"Acho que te disse que não consigo mais escrever e que a página em branco me dá uma crise de pânico violentíssima e eu só queria correr pra algum canto onde não houvessem páginas brancas ou podia ter te falado que as páginas impressas com as duas palavras não saem do lado da minha cama, mas isso eu acho que não te falaria porque ainda não sei o que dizer delas porque me causam insônia e eu preciso me concentrar em algo bonitinho pra conseguir cochilar e esqueço que o que escreves não é bonitinho e é doído e talvez seja por isso que é tão bonito.

Queria ter te dito que não agüento mais mas acho que isso até falei. De qualquer forma, não precisaria porque eu sei que sabes que não agüento e não agüentas também e no final das contas aquele seu amigo que disse que ouvir Coldplay bem alto, deitado no chão deixando a dor contorcer o corpo estava certo: de algum jeito essa dor tem que se sair e se não for escrevendo, que seja passando duas horas no meio fio conversando sobre coisas que não se precisaria ter dito, mas se diz, afinal."

Marina Melz
- Me desculpa.
- O que você quer; brincar? Você mentiu. Falou que logo passaria e olhe pra mim agora.
- Eu não entendo, porque? Mesmo depois de tanto tempo..
- É, eu não meço o quanto gosto de alguém pelo número de vezes que lhe beijei a boca.
- Eu sei e..
- Não, não sabe. Vai brincar comigo novamente?
- Eu não estou brincando com você.
- Está sim, você me usou e quer usar de novo.
- Não usei! Eu..
- Usou sim.
- Ok, eu usei.

Fim.
- Tell me something true
- Something true... I hate peas.