quinta-feira, 31 de março de 2011

A lenda do West.

Diz a lenda que, no auge dos conflitos históricos de meados do século XIX, nas paisagens áridas do far west estados unidense, vivia o temido John Salmon "RIP" Ford. John RIP era capitão sênior da Equipe Texas Ranger - um grupo criado especialmente para combater o crime, perseguir fugitivos e proteger as fronteiras do Texas. RIP era conhecido por meia dúzia de motivos, entre eles: sua fama de matador, sua pontaria responsável pelos lendários derramamentos de sangue ocorridos durante a Guerra do Texas e, bom, por sua filha. 

Amelie Juliane Ford fora treinada desde pequena pelos oficiais mais bem preparados da força Ranger. A jovem Ammy possuía a pontaria tão certeira quanto a do pai, o mesmo temperamento difícil, uma beleza fora do comum e uma habilidade com cavalos que, por toda Austin, não se via igual.  

Ammy aprendera a montar na isolada aldeia dos índios Comanches. Mesmo contra a vontade de RIP, que ninguém no Texas ousava desafiar exceto ela, Amelie passou dois meses vivendo na tribo - alegando não haver outro lugar no Texas com cavalos tão bem tratados e treinados. Na verdade, todos no Texas sabiam: em nenhuma outra aldeia da região havia um cavalo como Mustang. 

Mustang foi o cavalo mais forte e resistente de que se tem notícia. Seu nome, derivado de um antigo vocábulo espanhol que pode ser traduzido como "selvagem" ou "sem dono", além de fazer alusão a sua raça, resumia perfeitamente o seu temperamento: ninguém o possuia e, apenas aqueles que conquistassem seu respeito, poderiam montá-lo. Dos muitos que tentaram, apenas Ammy e Urso Maior, o filho do cacique Casaco de Ferro, conseguiram tal façanha sem maiores problemas.
Bom, eis que, durante a Guerra do México, as tropas Texas Ranger atravessaram a Reserva de Brazos, cruzaram o Rio Vermelho, invadiram o Território Indígena, contornaram as Colinas Antelopes e atacaram a aldeia Comanche. As tropas, ao comando de RIP, mataram 76 homens, incluindo o cacique Casaco de Ferro. Trezentos cavalos foram sequestrados - entre eles, Mustang - e Urso Maior foi feito prisioneiro. Sem Urso Maior, filho único de Casaco de Ferro, a tribo estaria sem cacique e enfraquecida o suficiente para que, na próxima investida, fosse aniquilada de vez.

Enfurecida com a notícia, Amelie preparou-se as pressas para uma viagem de 3 dias e 4 noites, libertou Urso Maior na calada da noite, sequestrou Mustang e partiu em direção a tribo Comanche. Urso Menor, gravemente ferido, desmaiou e foi ao chão um pouco antes da metade da jornada. Ao prestar socorro, Ammy, que havia dado cabo em 6 oficiais Rangers e medido forças com seu pai, se viu sozinha: Mustang saiu trotando pela imensidão do far west. O pensamento foi inevitável: “É isso aí, heroína! Que ideia a sua.” 

Mustang, não se sabe como, descobriu o caminho até a isolada aldeia Comanche e, 5 dias depois, voltou com ajuda. Diz-se que Mustang não comeu ou bebeu até que os Comanches encontrassem e resgatassem Amelie e Urso Maior. Graças a Mustang, a tribo ganhou um novo cacique e Ammy, que conhecia muito bem as táticas da Equipe Texas Ranger, pôde passar seus conhecimentos para os integrantes da aldeia. 

Conta-se que os Pele-Vermelha nunca mais foram pegos de surpresa durante as investidas da guerra e que, graças aos conhecimentos de Ammy, a sabedoria de Urso Maior e a lealdade de Mustang, a tribo Comanche tornou-se a mais forte, respeitada e temida de todo o far west texano.

P.S. Feito pra um trabalho que não foi veiculado, mas eu gostei.

Sobre se amar.

Acho meio deprimente que a maioria das pessoas só passa a se amar em circunstâncias extremas. Se me perguntarem eu afirmo que amor próprio é uma questão mais de decisão do que de qualquer outra coisa. E normalmente acontece em rompimentos: acabou-se o casamento, o namoro, a paixão. Largou-se o emprego (ou nos largaram dele), abandonou-se um sonho, foi-se alguém querido.
Deu pra entender, né? A verdade é que os seres humanos precisam de empurrões para se lembrar do valor que tem. E as “ajudinhas” da vida que nos tocam, infelizmente, costumam não ser muito agradáveis. Gostaria que fosse diferente, por mim e pelo resto do mundo.
Quase nunca foge da fórmula: acontece alguma coisa meio “ruim”, nos arranca do eixo, nos bagunça, nos põe meio loucos e nos faz apelar praquele guerreiro. Aqueeele que a gente rotineiramente esquece que tem dentro da gente, sabe? Aí chega a hora de mudar o penteado, a cor, o corte do cabelo. De pintar as unhas, cuidar da pele e colocar o guarda roupas abaixo só pra mudar tudo de lugar e fazer novas combinações com as peças antigas.

Com as situações, pessoas, oportunidades.. a mesma coisa. Tudo esteve ali o tempo todo, mas tudo ganha um ar de novo. Engraçado isso. Engraçado porque, na real a única coisa “nova” (e não digo de idade, mas de amor) da história é você.

quarta-feira, 30 de março de 2011

“(...)Nunca fui de beijar qualquer um. Sempre respeitei minha boca e meus sentimentos. As paixões iam e vinham rápido demais. Não me prendia a ninguém. Gostava do agito, do flerte, da sensação de seduzir, do poder. Acho que toda mulher tem esse lado: a gente quer ser diva, deusa, idolatrada, desejada. Faz parte do universo feminino. Os homens querem conquistar, nós queremos o desejo. A gente quer o desejo deles. Eles querem despertar o desejo. Dupla dinâmica, junta a fome e a vontade de devorar cada pedacinho.

Um dia me apaixonei loucamente. Não era amor, hoje eu sei. E hoje eu sei porque virei outra pessoa. Acho que o amor de verdade faz a gente se encontrar, se aceitar, dizer sim para o outro e para o espelho. Amor inventado, de mentirinha, de momento serve pra gente se transformar em alguém que não é. Difícil entender? Também acho, por isso precisei viver. Como eu já disse, as experiências dos outros nunca me serviram de lição, preciso cair, dar com a cara no paralelepípedo, me ralar inteira. Só assim aprendo, só assim consigo entender todas as partes do quebra-cabeça. Porque a vida da gente é isso: pecinha que junta em outra pecinha. E tudo vai tomando forma, tudo vai fazendo algum sentido (será?).

Então me apaixonei. É, eu tava apaixonada. Naquela época eu escrevia muito, uma necessidade horrenda de colocar tudo pra fora, de fazer ele entender meu quase amor. Eu passei a não fazer as coisas que gostava. Se ele gostava de rock eu gostava de rock. Se ele gostava de Paris ou Renda nas unhas, eu pintava de Paris ou Renda. Logo eu, que sempre gostei de cores escuras. Se ele gostava de morenas eu pintava o cabelo. Logo eu, que tenho a pele clara, sou sardenta e tenho cabelo claro. Se ele não gostava de decotes eu saía na rua vestida de astronauta. E assim fui indo. E um dia me olhei no espelho: cadê eu? Me perdi no meio de tudo, no meio dele, no meio de mim, no meio da história, no meio desse amor de mentira. Aquilo era irreal. Mas meu peito doía. Meu coração chorava. Eu sofria inteira. Inteirinha.

Cada vez que ele dizia vem eu ia. A cada palavra áspera dele eu me tornava mais e mais infeliz. E o pior de tudo é que gostava de ir me afundando nessa infelicidade. Me agarrava em momentos felizes, que eram raros. Só que eram bons. A gente tem a estranha tendência de ficar colada na parte boa. A memória nos trai. É difícil aceitar as coisas como são, colocar na balança e ver: me faz mais mal ou mais bem? O que ganha nessa conta maluca? É difícil tirar os óculos de coração e ver a vida como é, sem tempero, sem sal, sem mostarda, sem gosto nenhum: crua. E eu tinha medo, muito medo de perder ele. Podia me perder, mas perder ele estava fora de cogitação. Enlouqueci. Escrevi cartas. Bilhetes. Liguei. Chorei. Implorei. Pedia pelo amor de Deus, não me trata assim. Pelo amor de Deus, fica comigo. Pelo amor de Deus, me ouve. Pelo amor de Deus, vamos fazer dar certo, juro que pinto as unhas de Renda ou Paris, esqueço o decote, nunca mais falo palavrão, sim, pois moça de família não fala palavrão, nem tem opinião, é mandada pelo homem e acha tudo muito natural, meu senhor. Prometo ser a Amélia perfeita. Prometo não brigar, não ser eu mesma, não ter ataque. Pelo amor de Deus, não me deixa aqui sozinha.

Então ele casou. Com outra. E eu bebi uma garrafa de champanhe inteira. Da boa, porque tomar trago com bebida sem qualidade dá uma dor de cabeça maluca. Eu bebi, chorei, bebi, chorei, chorei e bebi. Tive a fase da raiva, da saudade, dos questionamentos. Por quê? Por que todo mundo tem um amor, um emprego, é feliz e eu sou uma azarada? Por que tem tanta gente cretina no mundo e eu, logo eu, sou tão legal com todo mundo e só me ferro? Por que a vida é tão injusta? Por que tudo que eu faço não dá certo? Depois dessas fases, tive a fase de brincar de estátua. Sim, a gente vira estátua. Não tem muita vontade de sair, de se divertir, de rir, de brincar, de nada. Normalmente é aquela fase das músicas bregas e filmes de chorar. Se é pra sofrer que seja com elegância, nada de limpar o nariz e secar lágrimas com papel toalha, vamos usar lencinho de papel. É mais suave e não irrita o nariz.

Demorou um tempo, mas passei a me enxergar. Primeiro, comecei a me valorizar mais. Segundo, fiz as pazes com meu espelho. Terceiro, descobri que quem me ama tem que gostar de cada pedaço podre meu. Eu tenho, você tem, todo mundo tem. A gente ama quando aceita o lado ruim do outro. Aceitar as qualidades é tão fácil. Na hora de conviver com cada defeito o bicho pega. E pega de jeito. Vi que não posso querer agradar. Vi que a minha melhor amiga sou eu. Vi que quem gosta de mim tem que me aceitar. A palavra é essa: aceitação. E pra começar qualquer coisa a gente precisa ter orgulho de quem é. (...)”

Por Clarissa Côrrea.
Tive um insight genial no meio de uma conversa um tanto quanto desagradável ontem. Sabe quando a vida anda organizada? Toda alinhavada por um fiozinho? Um eixo? Pois é, a minha andava assim. Daí eu fui rompendo os fios, o eixo e agora tudo virou uma grande bagunça. 

E daí eu já não sabia nem mais o que esperar. Eis que surge: Por que diabos eu tava achando que preciso esperar qualquer coisa? Os dias continuam passando, março (o mês que não acabava nunca) acaba amanhã e blábláblá. Eu continuo aqui e a hora de arrumar a bagunça é agora. E é simples. Pode não ser fácil, bem verdade. Mas simples, ah, simples é. 

Por que adiar, então? Bora reorganizar tudo com a minha cara, com o meu jeito de novo. E, o mais importante: bora curtir isso porque a vida tá acontecendo agora, e não mais tarde. Eu até ri de mim, depois de me ligar disso. Como eu tava complicando o que na real não é complicado. Se eu tenho dito tanto que o futuro não pertence a nós, porque eu tava sofrendo pelo segundo seguinte, pela semana seguinte, pelo mês seguinte, pelos planos seguintes, pelo que pode acontecer e até por aquele acontecimento que não tá doendo agora, só por saber que ele pode vir a doer no momento seguinte? Sabe? Já basta eu ter que ter paciência comigo mesma, com esse meu temperamento imediatista e agoniado.. Basta ter que conviver com minha confusão, minha inconstância e com o que hoje dói. Basta ter que me aceitar, diaxo. É, qual seria o propósito de rejeitar a dor, o amor, a confusão, a bagunça, o meu temperamento, meus pensamentos, sentimentos e todo o resto, afinal?!

Bora me descobrir, me botar no lugar, me botar em primeiro lugar. Botar o trabalho, a faculdade, as amizades, a família, os planos, o coração, tudo onde eu quero que esteja. Bora arrumar a pele, o cabelo, as unhas e o guarda roupa. E daí se mudar tudo? Não tava tudo uma bagunça mesmo? Não tá tudo uma bagunça mesmo? 

Senti vontade de viver de novo. Me amei de novo.

P.S. Uma publicação, um rascunho. Que bela manhã.
Disseram: “Como nós duas conseguimos ser tão parecidas e tão diferentes ao mesmo tempo, né Bru? Minha vida não tem essa coisa de resolver, de repensar, organizar e ela me parece tão mais leve. Ela flui. E eu queria poder entrar na tua mente um dia e entender como ela funciona. Quem sabe a gente sinta a mesma coisa mas exteriorize diferente, expresse diferente, sinta a coisa diferente.” Eu ri. Ri porque me parece fuga, não de mim, mas dela mesma. Ri porque a gente não só expressa diferente, a gente decide diferente, age diferente e, consequentemente, materializa diferente o resultado da mesma equação.
Eu ri e dei graças a Deus de já ter desistido daquela ideia de entrar na mente alheia pra saber o que se passa. Ri por não me imaginar deixando tudo “fluir”, como se eu fosse uma telespectadora da minha vida. Ri por ser assim diferente. Ri e dei graças a Deus, na verdade. Ri e não quis fazer absolutamente nada a respeito. A respeito de nada e de tudo o que o nada significa. Vai. Eu tenho o mundo pra viver e, pra dizer a verdade, também não abriria mão dele por você. Ri com meus botões e pensei: “Se tivesses ideia...” Mas pode pensar... E tu que pensa, linda... É tu que pensa.

P.S. Não me canso de escrever.

terça-feira, 29 de março de 2011

#adendo

Bati o record em número mensal de posts. Bem se vê que esse mês não passa mesmo, né?
Hoje eu to pronta pra comprar briga. To virada num demonho, bem afim de botar a boca no mundo, de xingar o primeiro cristo que pisar no meu calo.

Hoje acordei com um bicho revoltado dentro de mim. Com vontade de botar lenha na fogueira, de jogar merda no ventilador, deixar a bomba explodir. To afim de não dar moral pra ninguém, de não argumentar. To com vontade de quebrar tudo, de chegar chutando, de mandar tudo e todos pro inferno.

To com vontade de deixar a tua hipocrisia, teu carinho, teu amor e teu "cuidado" bem junto do diabo. Fica com o teu egoísmo exposto na estante e o resto eu quero mais é que se exploda.

To afim de mandar um email bem irônico, igual a tua cara e a tua filosofia de vida de quem parece ser totalmente diferente do que é. Acordei afim de quebrar tua máscara em três e dizer que tu é ridícula de achar que alguém ainda acredita nela, que eu ainda acredito nela. Que vontade de dar um grito daqueles: Meu, vai se fuder!

Pra me acostumar com a ideia.

Acho que sempre fui meio ao contrário. Isso pra não dizer, completamente ao contrário. Sempre tento começar tudo pelo final e nunca tive paciência para inícios. Comecei a escrever os agradecimentos do meu TCC antes de decidir sobre que tema o tal TCC seria e me flagrei ensaiando a entonação do meu discurso de formatura no meio da rua, antes mesmo de ter o pobre em mãos. É, prazer! Essa sou eu. Não é motivo pra se assustar também, vai. Meio do avesso, meio atravessado, meio enrolado, acho que esse meu jeito sempre deu (meio) certo.

E, por falar em dar certo, se eu realmente embarcar nessa nova aventura e isso vingar, cá estou eu começando pelo que virá a ser, quem sabe, um prefácio (ou não) do livro que eu já quase desisti de escrever. Quase desisti só de pensar em como se arranja criatividade para escrever um livro com um número de páginas razoável, sem ficar muito chata, muito cansativa, muito enrolada ou muito exposta. Lá vou eu inventar um milhão de pseudônimos pra contar as estórias, histórias, devaneios, loucuras, casos e acasos daqueles que só acontecem com alguma das minhas (muitas) eus.

Aliás, quem me conhece sabe que isso não é novidade. “Nossa, tem coisas que só acontecem com você mesmo, né?”. Clássico. Sorte ou azar a parte, claro. É, quem sabe as minhas eus realmente não tenham nada a ver com você, ou talvez as aventuras incríveis (ou não tão incríveis assim) que só acontecem comigo, aconteçam com algum dos seus muitos eus também e aí a gente tem potencial pra se dar muito bem. Nunca se sabe.

Bom, sem mais delongas, bem vindo ao meu mundo - um pouco real, um pouco inventado e um pouco velado - mas, ainda assim, muito meu. Boa sorte pra nós.
"Quero ficar assim pra sempre, porque pra mim a vida é te amar."

Hoje dei pra ouvir o clássico Acústico MTV da dupla de irmãos xororô. (Não, não é Xororó, é xororô mesmo). Um álbum inteiro de faixas que se encaixam perfeitamente entre as categorias: paixão melodramática e meu-amor-eu-não-como-não-durmo-não-trabalho-não-tenho-família-e-nem-contas-a-pagar.

Vai, eu acho lindo esse lance de se apaixonar. Acho lindo mesmo. Mas, acidez a parte, porque esse povo insiste em fazer tanta música alá "ai, meu amor, você é tudo na vida e não há como ser feliz sem você"?! Quem inventou que isso é assim tão importante? E pior, quem fez a gente acreditar? Detesto ter que ficar seletiva até na hora de escolher o que vou escutar. Grandes merda, tsss.

Preciso compor. Foco de novo, foco de novo, foco de novo.. Quê?!
E eu acabo indo dormir com uma meia dúzia de coisas engasgadas aqui dentro de nooovo. Eu não aprendo mesmo(?!). Hê.

Manual do jovem publicitário

Tenho muitos amigos - e até parentes - que são publicitários. E tenho me espantando com a popularidade dessa profissão entre os mais jovens. Para ajudar quem está pensando em se dedicar a essa profissão cheia de glamour, resolvi fazer um pequeno guia. Espero que seja útil.

Como se inserir no mercado de trabalho

Fácil: minta no currículo. Ninguém vai checar mesmo.

Incluir cursos no exterior é sempre bom. Especialmente em cidades modernas e cool como Berlim ou Copenhagen. Ponha lá: “assistente de produção no Stor Oksekod, na Dinamarca”. Ninguém precisa saber que é uma churrascaria.

Outra coisa que sempre funciona bem em currículos é incluir premiações. Publicitários adoram premiações, tanto que criaram milhares para distribuir entre eles mesmos.

Inclua algo como: “4º colocado do prêmio Golden Taroba na categoria ‘melhor folheto’ no 5º Publicity Awards de Itaperuna”. Sempre ajuda.

Pronto, consegui um estágio na agência. E agora? O passo seguinte é achar um nome pra você. Lembre-se que, da porta da agência pra dentro, você é um artista. E todo artista precisa de um nome adequado.

Nomes de publicitários se dividem em três categorias básicas. A primeira são os nomes italianizados. Fica bonito e moderno. João vira “Gianni”, Luís vira “Luigi”, Lucicleide vira “Luce”. A segunda categoria é a de nomes monossilábicos terminados em acento circunflexo ou “u”, como “Clô”, “Fô”, “Rê”, “Mô”, “Stê”, “Pê”, “Mu” ou “Du”. A terceira são apelidos bem brasileiros e divertidos, como “Joca”, “Tutuca”, “Drica” ou “Zoza”.

Mas lembre-se: independentemente do nome que você escolher, o sobrenome precisa ser grande e insólito. Nada de “Silva” ou “Moreira”. O nome ideal, portanto, seria algo como Du Fregolini, Clô Bierrenbach ou Joca Thompson. Observe que, em todos eles, o primeiro nome tem uma pegada bem despojada, mas o sobrenome dá o tom grave e solene que o publicitário precisa e merece.

Vamos supor que seu nome seja Luis Castro. A partir de hoje, você é Luigi Castellari. Parabéns, Luigi!

Como me enturmar?

Mesmo que você ganhe 545 reais, a melhor idéia é investir uns 4 mil e comprar um abadá no bloco da agência no carnaval de Salvador. É lá que os melhores contatos são feitos.

O vocabulário

Não estranhe se, na primeira reunião, alguém te disser: “Luigi, vamos dar o start. Você tem o briefing do job? Então faça um c-call com o team do Du Fregolini, que fez o filme do papel higiênico Ralorrabo, e pergunte se o recall do cliente foi satisfatório.”Fique calmo. Ninguém está entendendo nada mesmo. Você se acostuma.


A obsessão pelo making of


Todo publicitário adora um making of. Esse fenômeno é conhecido por “efeito Narciso”. Lembre-se: para cada segundo de comercial filmado, a agência costuma rodar 30 minutos de making of. O último comercial do desodorante Suvacol, dirigido por Du Fregolini, mereceu um DVD triplo com dezenas de entrevistas, análises e depoimentos. “Fregolini é um gênio”, disse Joca Thompson. “Considero este o Encouraçado Potemkin dos filmes de desodorante”.

Características de comportamento

Publicitários têm duas características básicas: são extremamente gregários e indecisos. Isso explica o gigantesco número de reuniões de cinco horas com 15 pessoas em que não se decide nada.

A gênese de idéias e da criação publicitária


Em reuniões na agência, toda boa idéia, mesmo que venha do estagiário, é reivindicada pelo seu superior imediato, que é então reivindicada pelo superior deste, e assim por diante, até chegar ao dono da agência. E toda idéia que dá errado, mesmo que venha do dono da agência, é colocada na conta de seu subalterno imediato, que passa para o seu subalterno, e assim por diante, até chegar ao estagiário, que é então demitido.

A injeção sazonal de modernidade

Fenômeno que costuma ocorrer nos meses de agosto e janeiro, quando o dono da agência ou o chefe de criação voltam de Nova York ou Paris, onde viram o Blue Man Group ou o La Fura Dels Baus pela 37ª vez, trazendo as últimas novidades em matéria de comportamento: “Fui ao Brooklyn e vi muita gente usando cueca por cima da calça, é a última tendência!”

O fenômeno é seguido, alguns meses depois, por uma enxurrada de comerciais estrelados por pessoas usando cueca por cima da calça, editoriais de moda com modelos usando cueca por cima da calça, e publicitários andando pela agência com cueca por cima da calça.

Pronto. Agora é com você. Boa sorte, Luigi!


Texto genial de Andre Barcinski. Nem preciso dizer que MORRI DE RIR, né?!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Another letter to you

Agora seria uma boa hora pra você levantar da cadeira e andar até a caixa de correio da sua casa. (A sua casa tem uma caixa de correio? Nunca reparei.) Você chegaria até o pátio de chinelo, cabelo desgrenhado e cara amassada e olharia pra cima, sem parar de andar - aqueles passos meio desajeitados de quem não olha por onde pisa e fica com receio de ir longe demais, ou pra direita demais, e dar de cara na parede.
Antes de sair da área externa que ainda é coberta pelo telhado, você daria uma espiada no céu cinzento apertando um pouco os olhos por causa da claridade que ficaria excessiva quando você olhasse pra cima, e pensaria: é, daqui a pouco vai chover.
Eu não mandei carta nenhuma. Com essa tal modernidade, o hábito de mandar cartas virou meio vintage. Artigo de boutique, roupa de brechó, agradinho clássico.. enfim.
Mas, como agora seria uma boa hora pra você levantar da cadeira e andar até a caixa de correio, quero que você sinta como se estivesse com uma carta nas mãos. Um daqueles envelopes endereçados especialmente pra você, com o seu nome escrito em caneta azul com uma letra meio trêmula, esquisita e borrada na parte da frente. Tudo bem, você nem liga pra letra, o importante é que seja sincero e que tenha o seu nome..

"Oi, linda..
Eu li o que você postou no seu tumblr, logo abaixo daquela foto do pôr do sol com filtro cor de rosa que você lembra tão bem quanto eu (apesar da sua constante perda de memória).

Nessa carta que não escrevi, mesmo que eu soasse meio atravessada, diria que eu também noto. Noto que, por alguma razão, aquele teu sorriso que sorria e se escancarava tão naturalmente que chega a escandalizar, anda escondido. Anda escondido faz tempo, mais tempo do que eu gostaria de admitir.

Não que eu ache que eu não te fazia bem, mas já não te sentia realmente feliz com a vida. Não te via mais rindo com a alma, com os olhos, com o coração e com o fígado. Não te via rindo de nada, do que não tem a mínima graça, como antes eu via. E não, não to me culpando. Por mais que eu quisesse que sim, eu não tenho como te fazer feliz. E não que eu seja incompetente, e não pelos meus defeitos. É que eu não tenho e ninguém mais além de você tem como te fazer feliz.

Felicidade de verdade vem de dentro, não de fora. Vem da gente, não de outra pessoa. Sabe como é, sol na pele queima, sol dentro dos olhos brilha, ilumina. E eu sei que te fiz bem. Que te dei força, que fiquei do teu lado sempre que minhas limitações permitiram e que sempre quis com toda a força do mundo te ver feliz. Eu sei tudo que aprendi contigo e tudo que te ensinei e sei que se você me ama, é porque eu te fiz bem. Assim como você me fez (e me faz) um bem imenso. E, se agi como agi, foi justamente pra não ser injusta contigo. Pra que eu seja justa comigo e contigo e possa te fazer o máximo de bem que tenho como nesse momento, mesmo que isso seja quase nada.

Sei que tens todos os motivos do mundo pra sentir raiva de mim e queria te dizer que me dá um alívio monstro saber que não sentes. Mas, se te fizer bem sentir, vai me aliviar saber que sentes. Ah, e também queria dizer que tudo que escrevi aqui não quer dizer que vou me afastar; é só pra te lembrar e dizer que eu to aqui, esperando ansiosa pra te ver feliz.

Eu lembro daquela tua vivacidade de quem é feliz mesmo sem motivos, ou, sem motivo nenhum em especial. Aquela de quem faz piada e acha graça do que não tem graça nenhuma e que deu lugar a um ar meio cansado, meio triste. A um ar de quem se deixa levar, meio sem caminho, meio sem motivo, meio sem esperança e sem propósito. De quem se julga meio sozinha, meio inferior, e olha pra baixo sem prestar muita atenção em quem tá do lado pra te abraçar se tu precisares. Um ar de quem se vê meio turvo, meio confuso, meio sem força. De quem sente que tem andado em círculos, que enxerga tudo com um olhar meio atônito e que vê o mundo meio preto e branco. Eu sei que as cores não são muito intensas em dias nublados, mas com um pouco de esforço, eu te juro que dá pra perceber que elas continuam ali.

Cadê aquele brilho de "menina boba feliz" que brilhava mesmo que você estivesse machucada naquela época em que eu te conheci? E que brilhava quando eu te reencontrei, ainda que machucada mais uma vez? Confesso que me pergunto isso em silêncio a tempos. Eu e a minha mania de não conversar com você, né? Talvez não tenha te dito por medo de acabar descobrindo que uma das responsáveis por esse olhar assim, não mais tão feliz, não tão bobo, não tão colorido, era eu.

Sabe, não há nada de errado em mudar, muito pelo contrário. Mas será que você notou que aquele sorriso quente se escondeu em algum lugar aí dentro de você? Não deixa que ele se esconda, nem por mim, nem por nada e nem por ninguém. Sair, eu te garanto que ele não saiu. Garanto que ele não é como um daqueles gatos que esperam uma brecha e fogem pela janela pra não voltar mais. Ele tá aí. E não importa quanto te machucaram, quanto a vida foi dura ou o quanto as coisas não aconteceram como você gostaria que elas tivessem acontecido, ele tá aí.

E, linda, independente do que há de vir, do que hoje dói e de como as coisas vão se ajeitar, eu espero com todas as minhas forças que tenha chegado a hora certa de você encontrar com ele de novo e sorrir ele de novo,. Que tenha chegado a hora de sorrir por tudo que tem valor, por ter consciência de que a tua felicidade tá e sempre esteve nas tuas mãos, que não vais estar sozinha em momento nenhum nesse barco e/ou simplesmente porque é o teu sorriso que traduz a essência daquela pessoa que eu conheci. Porque sabe, o incerto não pertence a gente. Não pertence a mim e nem a ti (por mais que eu quisesse o contrário). Mas teu sorriso, esse sim é todo teu. E faz falta. Teu brilho faz falta, não tens ideia do quanto.

E sei que não sou a pessoa certa pra dizer tudo isso agora. Porque ao invés de te fazer sorrir, eu te fiz chorar. Talvez a essas alturas tenha feito de novo. Mas, se eu digo mesmo assim, é porque aquele teu sorriso, aquele de verdade, não depende de mim; esse depende de você. Pra onde aí dentro de você ele foi, linda? Descobre, por favor."

#sobrevivência

"Acho injusto a gente se esvaziar de sonhos, de amigos, de outros amores, de planos, de coisas que nos fazem bem. Para mim, a vida é soma: a gente junta uma coisa com a outra, vai enchendo o coração, preenchendo nossos espaços. É bem verdade que muitas vezes precisamos mandar tudo embora para recomeçar novamente. Mas o importa é que a gente nunca deixe de se enxergar no espelho e se ver no fundo.
Certas dúvidas sacodem minhas certezas. Certos passos em falso abalam meu caminhar. A gente é tão pequeno, tão humano, tão simples. E a vida, meu amigo, é tão complexa, complicada, difícil. Será mesmo? (...) A vida real grita lá fora, toca meu rosto e diz: o futuro pertence ao futuro. Ninguém sabe o que virá. E é isso que pouco a pouco mata. Ou, enfim, é o que nos faz lutar para sobreviver todos os dias."

Clarissa Correa

sábado, 26 de março de 2011

#péscansados

Fiz mais do que posso, vi mais do que aguento
E a areia dos meus olhos é a mesma que acolheu minhas pegadas

Depois de tanto caminhar, depois de quase desistir
Eu lutei contra tudo, eu fugi do que era seguro
Descobri que é possível viver só, mas num mundo sem verdade..

Dei pra ouvir Sandy hoje. ;)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu cheguei no meu posto cativo. Meus livros, meus cadernos, agendas, canetas demais, lápis roídos e minha bagunça. Minha cadeira azul com descascados nos braços e a altura regulada sob medida pra alguém do meu tamanho mediano.
Eu suspeito que tudo aqui seja tão meu que tenha até meu cheiro, o meu jeito. Os meus cds jogados embaixo do monitor, misturados aos blocos amarelos de post-its, um amontoado de cabos e minha xícara mal lavada de café. As gavetas amarrotadas de papéis, papeletes, papeizinhos, pedaços de papel, rabiscos, versos, impressos, rascunhos, layouts, raciocínios pela metade, folhas de pagamento, frutas e bolachas integrais; tudo misturado como eu.
O meu calendário tem até o dia 24 de março riscado. Eu que risquei, ontem mesmo. E ainda escrevi um recado otimista no dia 25: “Ô, sexta lindja!”. Apesar de ser sexta, meu posto continua tendo um jornal do dia jogado em cima do dicionário imenso e um telefone escondido atrás do meu monitor. Não sei porque ele fica ali, aliás. Sempre que eu preciso dele, a sua localização estratégica (nem tão estratégica assim) me atrapalha.
Engraçado é que nem faz tanto tempo que eu vim aqui pela primeira vez e já me adonei de tudo, tudinho. Peguei tudo pra mim: quem senta do meu lado, do outro lado, atrás, na outra sala.. Tudo meu. Meu chefe, meu colega, minha amiga. Me adonei até do lugar. É a minha agência, afinal.

Eu gosto daqui e dessa minha velha mania de escrever sobre absolutamente nada.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Profecia dos Índios Navajo e Hopi

"Quando o Tempo do Búfalo estiver para chegar, a terceira geração das Crianças dos Olhos Brancos deixará crescer os cabelos e começará a falar do Amor que trará a Cura para todos os Filhos da Terra. Estas Crianças buscarão novas maneiras de compreender a si próprias e aos outros. Usarão penas, colares de contas e pintarão os rostos. Buscarão os Anciãos da Nossa Raça Vermelha para beber da fonte de sua Sabedoria.

Estas Crianças de Olhos Brancos servirão como um sinal de que os nossos Ancestrais estão retornando em corpos brancos por fora, mas vermelhos por dentro. Eles aprenderão a caminhar novamente em equilíbrio na superfície da Mãe Terra, e saberão levar novas idéias aos Chefes Brancos.

Estas Crianças também terão de passar por provas, como acontecia quando ainda eram Ancestrais Vermelhos. Serão usadas substâncias pouco comuns, como por exemplo, a Água de Fogo, para observar se elas continuarão a caminhar firmemente dentro do Caminho Sagrado.

Após o retorno do Búfalo, a geração que seguisse à dos Filhos da Flor viveria o Amanhecer do Quinto Mundo da Paz.

O Quinto Mundo da Paz será como um pônei vacilante que, logo ao nascer, tentará se firmar em suas patas. Este movimento vacilante será sentido pela Mãe Terra, e ocorrerão mudanças no solo e nas águas. Este movimento provocará um novo tipo de emoções e de sentimentos entre os Filhos da Terra, o que apressará as mudanças.

Muitos Sonhos Coloridos serão trazidos para o Tempo de Dormir e para o Tempo do Sonho destes novos Guerreiros do Arco-Íris e eles aprenderão de novo a caminhar em equilíbrio.

As mudanças ocorridas na Mãe Terra trarão medo às suas Crianças, porém, mais tarde, conduzirão à Consciência da Unidade, no seio de Um-só-Mundo, Um-só-Povo."

Depois dessa, até eu me entendi.
Eu tinha duas ameixas enormes. Daí eu comi uma, bem linda, e o Ilson trouxe uma pequenininha do mercado pra fazer companhia pra ameixa grande que sobrou. Fofo, não?

quarta-feira, 23 de março de 2011

"Nossa, que interessante, né?"

Você vai pro bar com a sua irmã e descobre, em uma conversa informal, a sua filosofia de vida? Ah, que pena.. Eu sim. E, como ela diz: Quando o que você recebe não te satisfaz, troque o fornecedor.

P.S. Só pra lembrar de uma boa noite com ela, como sempre.

Argumentos disléxicos

Não consegui nem abrir o player de mp3 hoje. Correria do cão. E sabe quando você gostaria muito que aquele trabalho fdp da facul se resolvesse sozinho? Então; é esse que eu vou ter que fazer hoje.
Tempo pra quê, afinal? Me recuso a começar um job novo nos últimos 15 minutos de trabalho, daí venho bloggar. Viciada nada.
To curtindo essa nova vibração: se entregar a cada minuto ao que você se dispôs a realizar (sem fazer com o corpo lá e a mente em algum lugar da lua) faz tudo ficar mais intenso (+) você só tem a perder por não falar o que sente/quer/pensa. Pãtcha exercício mental (ainda mais pra mim).
Deixa o verão, o cansaço e a confusão mental pra mais tarde que agora tá tudo mais simples. E eu to numa boa.

P.S. Mesmo com o compilado de informações, ainda tem assuntos que quero escrever sobre. Ok, acho que, com essa minha memória ótema, logo eu vou esquecer.

terça-feira, 22 de março de 2011

#mercy

You got me begging you for mercy. Why don´t you release me? Yeah, yeah, yeah.
I wanna hear you say mercy: Mer-Cy.

Ah, adoro essa música.



Disseram que era minha cara. Sacomé, resolvi compartilhar.

domingo, 20 de março de 2011

Ela tem nome de mulher guerreira e se veste de um jeito que só ela
Ela vive entre o aqui e o alheio
As meninas não gostam muito dela

Ela tem um tribal no tornozelo e na nuca adormece uma serpente
O que faz ela ser quase um segredo é ser ela assim, tão transparente

Ela é livre e ser livre a faz brilhar
Ela é filha da terra, céu e mar

Ela faz mechas claras no cabelo e caminha na areia pelo raso
Eu procuro saber os seus roteiros pra fingir que a encontro por acaso

Ela fala num celular vermelho com amigos e com seu namorado
Ela tem perto dela o mundo inteiro e à volta outro mundo, admirado

Ela é livre e ser livre a faz brilhar
Ela é filha da terra,céu e mar

sexta-feira, 18 de março de 2011

Quero sorrir com a boca, com os olhos, com a alma, com a mente, com o coração e até com o fígado. Quero sorrir inteira e dizer que te deixar pra trás foi a melhor coisa que eu já fiz.
"Quando você desocupar o espaço onde cultiva essa obsessão por ele, vai ficar com um vazio enorme e, nesse vazio, a vida vai agir, dominar, tomar conta.. e trazer coisas imensas, incríveis e inimagináveis. É, sacolão. Antes de chegar ao paraíso é preciso atravessar o lodo a nado."

quinta-feira, 17 de março de 2011

Eu me sinto cansada, fraca e sem energia. Alguém recarrega meu espírito, por favor? O papel de sofredora não combina comigo.

P.S. Como eu detesto sentir raiva. Quero fugir e responder: me deixa em paz?!

#comerrezareamar

- Eu te amei de verdade.
- Eu sei.. Mas eu ainda te amo.
- Então me ame.
- Mas eu sinto a sua falta.
- Então sinta. E sempre que pensar em mim, me envie a sua melhor energia de tudo de bom, toda paz e positividade e deixe ir.

quarta-feira, 16 de março de 2011

#loshermanos

Hoje eu quis brincar de ter ciúme de você, mas sem porque
Meu coração me avisou que não fingi
Na hora ri, talvez por aqui estar tão longe de você pra te dizer

Aquilo que eu temia aconteceu ou foi só ilusão?

Você manchou nós dois e desbotou a cor de um só coração ou anda sozinha, me esperando pra dizer coisas de amor?

Pois eu, eu só penso em você

Já não sei mais porque em ti eu consigo encontrar um caminho, um motivo, um lugar pra eu poder repousar, meu amor

Quantas horas mais vão me bater até você chegar?

Aqui meu lar deixou de ser aquilo que um dia eu construí e eu fico sozinho, esperando pra trazer você para mim
Sofro por saber que não sou eu quem vai te convencer que cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer

E eu fico sozinho, esperando por você, meu bem-querer

Pois eu, eu só penso em você

Já não sei mais porque em ti eu consigo encontrar um caminho, um motivo, um lugar pra eu poder repousar meu amor.

terça-feira, 15 de março de 2011

Apaixone-se.

Alá Vinícius de Moraes.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Meu, foi uma daqueles segundos de inspiração master. Quase escrevi uma coisa incrível. Mas foi embora muito rápido. Não consegui acompanhar.
Escrever é um processo mutcho louco, né? As vezes o texto já sai perfeito e original de fábrica. Naquele formato que deixaria qualquer professor de redação publicitária orgulhoso: redondinho. Basta um retoquezinho aqui e outro ali, uma aparadinha de arestas, a remoção de alguns advérbios desnecessários - confesso que esses são meu ponto fraco - e voilá. Mágico!
Outras vezes é ao melhor estilo: e haja água! É, bem isso. Água mesmo. Água porque cada palavra exige meio litro de suor. Nada dá certo, as ideias não se conectam nem com mandinga e não tem santo, orixá, axé e ogum que dê jeito. De jeito manera.
Nessa hora você sai, pega um café na caneca mal lavada do café anterior, respira fundo, ouve uma música cult e reza pra baixar um Washington Olivetto. Se baixa mesmo eu não sei dizer mas, que o orgulho e a estupefação mental são absolutamente inevitáveis na hora em que finalmente dá certo; ah, isso eu não posso negar.

Já nem lembro quando eu fiquei viciada em café. Meus dentes que sofrem, pobres.
God help´s you please, Mrs. Robinson
Jesus loves you more than you´ll know
ow ow ow ;)

#musicmonday

I`ve been walking around all day, thinking
I think i have a problem, I think I think too much
I`ve been tought to hold back my tears and avoid them
but you`ve made pain into something I could touch

I`ve been walking around all day, laughing
Think I`d be better off whithout you here
And I bet you are sweet and hard to get over
So I`ll cry and people will stop and stare
now thats ok, let them stop and stare.

I`ve been walking around all day, waiting
and waiting is all I seem to do
´cause I never get it unless I`m fed it
but this time I'll just have to
yeah this time I'll just have to

Am I fragile?
I am hopeless
I'm not perfect
but I am free...

Say you're not around... am I finished?
If you`re not around that's too bad
Hope you´re safe and sound, not alone now
´cause you know I belive in you.

I'm still fragile
I'm still hopeless
I'm not perfect
but I am free...
Comer não seria tão complicado se nossa vontade não fosse seletiva. Se comer alface apetecesse tanto quanto uma tigela de brigadeiro bem preto com aqueles queimadinhos de panela por cima ah; seria tudo tão mais tranquilo.
Se qualquer alimento despertasse aquela sensação de ansiedade e fizesse salivar como uma pizza com queijo derretido, tomates secos, rúcula, orégano e.. Que fácil.
E, se a vida fosse assim em todos os aspectos, nossa. Melhor ainda. Imagine ficar igualmente feliz ao falar com qualquer pessoa, sem sentir falta de uma ou meia dúzia em especial. Ou de não sentir diferença nenhuma entre dormir e trabalhar; se escrever redações publicitárias fosse exatamente como escrever minhas crônicas e devaneios mirabolantes pra esse lindo blog desconhecido na estratosfera terrestre (agora com 7 cm de deslocamento depois do terremoto no Japão).. tudo bom igual.
Acho que todo mundo ia ser meio besta, ia rir a toa. Ou talvez a vida, no final das contas, nem tivesse graça, todo mundo ficaria entediado com tanta facilidade e teria crises, tristezas, falta de vontade e vontade de sentir vontade. Porque a palavra "vontade" perderia o sentido, né?
Eu queria que as vontades não fossem seletivas. Ou que, pelo menos, fossem seletivas como vontades que só me dão vontade do que eu tenho vontade de sentir vontade. Será que deu pra entender?

Mas, quem disse, né?
Que BA-GUN-ÇA!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mês de lua nova no zodíaco psciano

O mês começa com a lua nova em seu signo, o que não é nada mal pisciano! A união dessa lua nova com mercúrio e marte mostra que alguns caminhos que estavam fechados começam a se abrir. Durante este mês você estará mais voltado para ações e reações, estará em um movimento ativo e não passivo. Muita coisa deve começar neste período do ano e você deve estar com os olhos abertos para as oportunidades que certamente acontecerão uma atrás da outra. A boa noticia deste mês é que Urano deixa seu signo depois de 7 anos de pressão para mudanças, que foram feitas você querendo ou não. Agora urano entra em Áries e atinge diretamente sua vida financeira e valores pessoais. Esta será também uma fase de mudanças mas agora o foco é outro. Procure fazer um planejamento financeiro de longo prazo e não se envolva em empreendimentos inseguros ou pouco palpáveis. A fase pede comedimento nos gastos e nos investimentos também, pois as energias podem sinalizar perdas. Portanto, fique atento a tudo o que se relacionar com finanças. A entrada de urano em seu setor financeiro não mostra somente os perigos, mas também as possibilidades de virada no setor. Caso venha passando por um processo de mudanças em suas finanças com a passagem de urano em seu signo, esta certamente será uma fase de ganhos no setor. Mas de qualquer maneira a mensagem é de cuidado. Não se anime com propostas muito estranhas. A entrada de Venus em aquário já no inicio do mês marca uma fase mais introspectiva, mais voltada para sua intimidade. Caso seu amor estanhe sua necessidade de solidão e quietude, explique que você passa por um momento de mudança interior, onde suas emoções devem ser avaliadas. Melhor escolher a intimidade ao burburinho social. A entrada do sol em Áries a partir do dia 20 marca a chegada do ano novo astral e melhora significativamente seus projetos e suas finanças. O momento é ótimo para novos planejamentos e novas avaliações em seus ganhos e para olhar seriamente para novas possibilidades de trabalho. apesar dos cuidados que deve tomar, o mês é bastante positivo.

É bem isso. Acho um pouco bom.. ;)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Nota sobre os 21

Me desejaram "sábias escolhas". "...São elas que conduzem à felicidade". Genial. Tá, eu sei que as vezes esse lance de escolhas é meio difícil pra mim.

Escolho: Que seja um novo ciclo. Doce, doce, doce.

Um ensaio sobre o que deveria ter sido e não foi

Eu podia jurar que boa parte de ontem ia ser bem diferente do que efetivamente foi. Não que tenha sido ruim, é claro. Bem pelo contrário. Eu que não tava lá muito animada. (Se for tpm, pelamor e pela minha sanidade mental: passa logo.) Ainda assim, foi impossível não ficar feliz.

Bom, cheguei a conclusão de que eu tenho mania de perseguição e sou muito criativa. Viu que útil?

Não tive nada pra fazer no trabalho, ganhei dvds, comi bolo e recebi milhões de abraços. No mais, o sushi foi um máximo e eu ganhei um hot de banana delícia de cortesia, com direito a parabéns coletivo, velinha, pedido e tudo. Só sorrisos.


Fiz novos amigos, comi bolo, uma barca gigas de japonês, conversei com pessoas que não conversava a tempos, ouvi e li muita coisa especial. Senti falta de algumas pessoas, senti muita falta de outras e mais ainda de outras. Prova de que os 21 anos de trajetória valeram a pena? É.. gosto de pensar que sim.
Expectativa é uma coisa meio mulambenta, né? As vezes acho que aprendi muito e quando vejo, ops. Doce ilusão a minha. Mais legal é que as vezes acho que não sei nem o que eu espero. Confusão em pessoa.

Como diz o Ilson: Senta lá, Brunna.
Como diz o Ilson: Mimadinha.
Como diz a Juh: Brunna Perfeitinha. (Já que eu não sei surfar - pausa dramática)
*Nossa, como essa galera fala.

P.S. Ando sem inspiração pra escrever. (sério?!)

terça-feira, 8 de março de 2011

#chegasábado.

O carnaval começou com expectativa (troca), trezentos emails (troca), uma hashtag. Culpa de uma semana que não acabava nunca.
Três horas de viagem e foi só chegar pra começar a chover. Não havia toldo que protegesse. Ok, 15 minutos de água despencando do céu, falta de comunicação básica, mas não dava nada; lá estávamos nós.
Chegamos fazendo o "upgrade da vibe" e a noite foi fooorte no sex, drugs and rock´n roll (contando, é claro, com a viola).
Domingo a noite foi a vez da praia, das fotos e do barzinho com show de reggae. Melhores companhias do mundo, sintonia maravilhosa e uma vibe sem "updowns". Foi foda!

Quero de novo. E olha que eu nem gosto de carnaval.

#voltasábado.

*Sobre um feriado de carnaval pré-aniversário entre amigos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Não sei se acredito em inferno astral. Mentira. Sei sim e acredito sim. E, a pouco tempo, me liguei que posso estar nele. Fato é que agora isso se intensificou. Isso, digo, a sensação. Ou, o próprio inferno, não sei. Pode ser a TPM também. Enfim.
Tenho estado introspectiva e não que isso seja ruim. As vezes me custa fazer contatos e aquele tal "social" não anda me descendo na garganta. Fato é que isso me deixa confusa.
Tenho estado afastada de "pessoas". Inclusive da grande maioria das pessoas com a qual tenho ligações afetivas mais relevantes. Aquelas pras quais eu sei que o meu universo realmente faz alguma diferença - e isso inclui o meu aniversário. Aquelas que você pode sumir, morrer, viajar pro outro lado do mundo, mas sabe que vai fazer falta e vai continuar sendo importante. Que vai continuar presente. É. A verdade é que algumas pessoas, eu achei que seria assim, mas não é. E isso faz eu me sentir meio desimportante.
Não que eu queira ser importante pra todos. Aliás, tenho fugido disso cada vez mais. Teve uma época que eu quis. Quis ser a mais querida, a mais importante, a mais bonita, a mais mais. Teve. Ando com uma tendência de me esconder, não querer chamar atenção, de fazer parte da paisagem e afins. Mas ainda assim, continuo com aquela velha tendência de me anular pra agradar a terceiros, de querer me moldar diferente do que eu realmente quero ser pra ser como gostariam que eu fosse, ou de tentar ignorar o que eu quero, sinto, penso e sonho porque isso pode machucar alguém, sem raciocinar se me machuca. Talvez devesse ser chata se fosse pra ser chata, imatura se fosse pra ser imatura, atravessada, mandona, infantil, maluca, inconsequente, adolescente ou seja lá o que, sempre que eu sentisse vontade disso. Talvez essa fosse mais eu, ou não. Talvez eu fosse mais viva, autêntica, ou não. Enfim de novo.
Acho engraçado pensar sobre a percepção das pessoas. Tem quem me ache a mais autêntica das criaturas. Não acho que autenticidade seja meu forte. As vezes eu me confundo tanto nos outros que, no final, me perco e não sei quem sou. Deve ser coisa de psciana. Tem quem me ache individualista, árdua em minhas causas. Se eles soubessem. Se conhecessem meus monstros. Meus pensamentos. Meus sentimentos. Meu. Eu. É.
Esse ano, ao contrário dos últimos anos, ando empolgada com meu aniversário mas sinto como se não tivesse alguém do lado pra se empolgar comigo. Poxa, acho esse meu aniversário importante. Pode ser clichê, mas são meus 21 anos, maior idade, ano de formatura, ano de decisão, ano de mudanças, ano de liberdade, de possibilidades. É, eu acho importante.
Tenho andado reflexiva sobre tudo. Um daqueles momentos em que você re-pesa e re-pensa tudo o que tem e tudo o que é e decide consciente o que deve ou não permanecer. Contando pessoas, sonhos, planos, conquistas, derrotas, traumas, vontades, vícios, defeitos, qualidades, características e aquele esmalte vermelho e velho que tava esquecido no fundo da gaveta. Nada passa, escapa. Até aquela vontade de ser de algum jeito, de pensar tal coisa, de ter tal consciência ou realizar tal plano; até onde isso é válido e genuinamente meu?
Andei investindo boa parte do meu tempo pra dizer a algumas pessoas que elas são importantes e o quanto elas o são, só pra dizer mesmo. Só porque eu queria que elas soubessem. É.
Vou pra praia passar o carnaval com alguns amigos. Não vou fazer análise nenhuma sobre isso aqui. Sei lá porque eu escrevi na real.
Queria que a minha irmã viesse pra Blumenau na terça. É dia 8, são 4 anos consecutivos já. Não queria que nesse ano falhasse. Não queria mesmo.
Essa definitivamente é uma sexta-feira estranha. Se me perguntarem se é tristeza, eu não sei responder. Parece com isso, mas não acho que seja bem isso.

Quando fico sozinha aqui na agência é assim que eu me sinto afinal; sozinha. Hoje, ironicamente, to sozinha por muito mais tempo que o habitual. Em breve tem mais uma tarde de trabalho e 9 pessoas ao meu redor. Bom, deixa estar. ;)
Talvez fosse mais fácil só perguntar: Onde tá todo mundo? E não to falando do pessoal bacaninha da agência e nem do mundo todo. Falo do mundo que me importa, que quer fazer parte do meu mundo simplesmente por fazer parte de mim.
Do mundo que eu faço parte, o máximo que consigo e que me entrego o máximo que tenho de mim pra entregar (que, em momentos como esse eu sei que não é muito). Não é muito porque em momentos como esse eu recolho meus pedaços espalhados e os tomo pra mim, quer goste ou não. Vai, faz parte de quem eu sou.
Talvez se eu lembrasse disso (e organizasse tudo isso) com mais frequência, eu entendesse até os outros um pouquinho melhor. Talvez. É.
Agora que todo mundo da agência chegou, a vontade é de ficar, é, ironicamente de novo, sozinha.


É, bem misturado mesmo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ela estava lá, sentada ao teu lado. Lembro da cena como se fosse uma foto, mas era real e eu é que não tive coragem de olhar por mais de uma fração de segundo.

As tuas mãos estavam próximas das mãos dela, muito mais do que eu gostaria de pensar que elas chegam perto de alguém que não seja eu.

Vocês pareciam distraídas e aquele parecia ser um momento daqueles sem importância; meio como o final da tarde de domingo alguns minutos antes da reprise de um daqueles amistosos clássicos da seleção.

Ela estava tão natural e aquele parecia um momentinho de nada mas, ainda assim, eu tive que admitir que ela é quase tão irritantemente linda quanto você - mesmo sem fazer esforço algum.

Eu não soube dizer se ela era sua, mas ver que ela estava lá, sentada ao teu lado, já foi suficiente. Ela estava lá, exatamente no lugar que eu gostaria, gritaria, feriria e, quem sabe até, mataria, para estar. Assim, bem insana mesmo.

Ela estava lá, sentada do teu lado e eu senti o ciúme corroendo a minha alma. O gosto era amargo, exatamente como é o amargo de te querer pra mim.

* Sobre um sentimento atemporal presente nos arquivos.

quarta-feira, 2 de março de 2011

desABAFO.

Só uma meia dúzia deles.

P.S. Achei isso genial.
O silêncio - o meu e o teu -, cada vez mais me esmaga de entrelinhas intermináveis. Termina logo, droga. Que agonia, frustração, vontade de gritar, de esmagar de uma vez por todas, de parar de ser uma burra que nunca aprende. O que é preciso, afinal? Que mierda. Maldição.

When I fall, it's always the same and I'm so tired of playing this game.

terça-feira, 1 de março de 2011

Remar. Re-amar. Amar.

Eu vi você voltar pra mim; Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.

Nem preciso dizer de quem, né?!
"Me sinto em casa em qualquer lugar
Mas sou turista em todos
Sou viajante em qualquer lugar
Sou uma parte do todo."
Até o Caio Fernando Abreu disse que não é possível expressar nossos sentimentos em palavras, porque palavras traem. (Ok que não com essas palavras). Mas, se ele disse, quem sou eu pra contradizer?


"Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: "Ei, não quer ir no parque? A temporada ta acabando..." Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca."

Caio Fernando Abreu - novo vício.

Eu devia ter lido sobre umonte de coisas da faculdade, mas só contos literários prenderam a minha atenção. Devo dizer que em plena segunda eu estou exausta?! Boa noite ;*