segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CARALHO, que dia difícil. Assim com palavrão mesmo. E, no final das contas, eu tenho uma proteção desumana.


 Talvez seja só vergonha demais pra admitir o quanto tudo isso tem sido difícil pra mim.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A parte boa de não ser a pessoa que se gostaria de ser é saber que cada segundo é uma nova chance de ser melhor.

A vida tá aí. Tá batendo na tua porta, meu irmão. Aproveita.

#Fragmento

- Acho engraçada a forma como a internet aproxima algumas pessoas.
E, ao mesmo tempo, afasta outras. - Completou pensativo. - Desculpe pela ausência momentânea.
- Tranquilo. Tudo a seu tempo, vai? Há tempo para tudo. E todos.
- É verdade. Ou não. Gosto mesmo é de quando não há tempo. E de quando é tempo de tudo. E de todos.
(...)
- As vezes o tempo muda. Ele para, ou passa rápido demais. Gosto da relatividade do tempo.
- Eu gosto de pensar no tempo como uma dimensão física. Feito altura, largura. Gosto de pensar no tempo como profundidade. Qual é a profundidade do teu tempo?
(...)
- Gosto de pensar em como o tempo muda as pessoas. As pessoas viram outras pessoas com o tempo.
- Eu gosto de pensar que as pessoas mudam o tempo.
- E que o tempo vira outra pessoa, dependendo da visão que se tem a respeito do tempo.
- Porque as vezes um segundo é infinito e as vezes o infinito não dura mais que um segundo.
(...)
- Acho que deveríamos ter escrito isso.
- Não. Claro que não. Você não vê? Essa é uma daquelas coisas que fazem o tempo valer a pena. Que se eternizam no tempo, assim, sem registros temporais.
- Sabe, eu não acredito nesse tempo de que falam por aí. - Completei pensativa.
- Nem eu.

E o mundo silenciou por um instante.

"Vocês que passam a vida deixando vazios em outras vidas mas sempre voltam: adotem um livro para quando voltarem e não encontrarem nada além do vazio que alguém deixou pra trás."

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

E peso.
E penso, repenso, trepenso, tropeço.
E levanto.
E vou; eu sempre vou.

#O mundo e ela

Eu acho que ela nunca percebeu, mas o mundo inteirinho foi feito sob medida pra ela. Todos os dias eu observo tudo o que ela faz de pertinho. Quando abre os olhos preguiçosos e inchados, o sol brilha mais forte pela janela sem cortinas do quarto dela. Enquanto ela se espreguiça lânguida e vagarosa pela cama, o mar fica azul-brilhante e avança um pouquinho mais que o normal só pra ver se faz ela olhar pro lado. E ela sempre olha. E sempre sorri.

Quando ela levanta e vai direto pra cozinha colocar o café pra passar, ainda com os cabelos desgrenhados, o café passa no tempo exato de encher a casa com aquele cheirinho que ela adora exatamente no momento em que ela abre a porta do banheiro, já penteada, perfumada, toda prosa e poesia. No café da manhã, as frutas mais doces se jogam nas mãos dela, só pra equilibrar o café puro e amargo que ela toma.

Toda vez que ela sai de casa eu tenho a impressão de que até o próprio apartamento sorri pra ela. Pode ser coisa da minha cabeça, mas se você visse a quantidade de sorrisos que ela arranca pela rua, acredito que concordaria comigo.

O elevador chega até a portaria no tempo exato pra que ela dê uma arrumada no cabelo. Não existe um só porteiro que não abra um sorriso bonito e deseje bom-seja-lá-que-turno-for quando ela passa. E eles falam que é bom encontrar com ela de novo, e perguntam como anda o dia, e abrem a porta, e continuam sorrindo por alguns milésimos de segundo mesmo depois que ela se vai.

Quando ela chega na rua, pode ser só obra dos meus fones de ouvido, mas eu acredito que toque uma trilha sonora daquelas bem bonitas. E ela não anda, ela dança. Acho que é por isso que todo mundo passa e olha pra ela.

O senhor da padaria puxa papo quando ela chega e fica desanimado quando ela se despede e segue seu caminho. E o cliente que espera na fila não fica irritado porque se perde ao observar a simpatia e o carisma dela. Ela é gentil, é doce. Quando cantarola pela rua, tenho pra mim que a doçura escorre, gruda nos pés e contagia quem tá perto dela.

É só ela chegar na praia, que Iemanjá começa a brincar com o mar porque sabe que ela adora acompanhar as voltinhas d'água na faixa de areia enquanto pedala.

As nuvens dão licença e o sol se exibe pra aquecer o corpo dela porque todos eles sabem que ela não gosta de passar frio. E quando a temperatura resolve baixar, o mar assume um tom extasiante de azul turquesa e o céu vai ficando laranja e roxo e vermelho e amarelo, tudo pra pedir perdão pelo vento frio. E ela perdoa. Ela sempre perdoa.

Depois disso ela volta pra casa suada, mas nem assim perde o cheiro e a doçura que ficam no ar quando ela passa. E todos no prédio ficam felizes em ver que ela voltou. E a vizinha diz que sentiu falta dela na academia nesses últimos dias.

Ela sai pra ir no mercado no início da noite com um moletom que mais parece pijama. Mesmo assim, de cara lavada e despretenciosa por atenção, na porta de entrada um menininho mostra pra ela o desenho que fez na escola naquela tarde. Ela segura os cabelos e se abaixa, ele sorri pra ela. A mãe da criança sorri e pede que o filho deixe ela em paz, forçando-o a caminhar enquanto ele continua olhando fixamente pra trás, pro sorriso dela.

E todos dentro do mercado sorriem pra ela. Ela deixa o carrinho de compras atravessado no meio do corredor, mas ninguém liga. Ela esquece uma sacola de legumes no balcão e um moço simpático leva até ela. Os cartões não estão passando naquele dia e o caixa pede desculpas antecipadamente, mas o dela passa sem problema nenhum.

Ao chegar em casa, tenho pra mim que a janela da sala oferece a lua pra ela. E ela sempre olha. E sempre sorri.

A noite chega pra acompanhar a mente inquieta dela, até que ela se canse e resolva dormir. E acredito mesmo que a madrugada só existe porque jurou pra Deus que estaria sempre ali pra vigiar de perto o sono e a insônia dela.

No dia seguinte, amanhece e começa tudo outra vez.

É por isso que eu acho que o mundo inteirinho foi feito sob medida pra ela. E mesmo assim eu acho graça que ela, quietinha, confia sua dor a mim e afirma, entre lágrimas doloridas, que tem certeza absoluta de não ter sido feita pra esse mundo.

Não foi mesmo, menina. O mundo inteirinho que foi feito sob medida pra você.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, goodnight, I hope that things work out alright, yeah.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Já amei velado, baixinho, rasgando as cordas vocais por deixar ar demais entrar ao invés de deixar a voz sair. Amei num canto, abaixado, olhar baixo e com tanta tristeza no peito que nem dava pra saber que eu amava. 
Já amei aos gritos, aos berros, do alto e sem usar elevador. Era amor de Bungee Jump mesmo. Com o dedo na tomada e sem usar calçado. Sem roupas, sem óculos escuros ou creme anti-rugas. Amei de cara lavada.
Amei de bater com o queixo no meio fio e levar uns pontos num pronto socorro de madrugada. Amei de bater queixo em noite fria esperando companhia num banco qualquer. 
Amei com sede, com sono, com tudo doendo, mas sem vontade de ir pra casa. 
Já amei até fantasma que eu pensava que era alguém que eu conhecia e no final nem tava ali, nem em espírito. Já amei um quarto vazio, um pouco de solidão e café pra dois, pra beber sozinho."

domingo, 8 de setembro de 2013

Você está onde achou que estaria?
Está onde gostaria?

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

#Closer

- I don't love you anymore.
- Since when?
- Now. Just now. I don't want to lie, can't tell the truth, so it's over.
- It doesn't matter. I love you. None of it matters.
- Too late. I don't love you anymore. Goodbye.
Here's the truth, so now you can hate me. Larry fucked me all night. I enjoyed it. I came. I prefer you. Now go.
(...)
I would have loved you... forever. Now, please go.
- I love you!
- Where?!
- What?!
- Show me! Where is this love? I... I can't see it, I can't touch it. I can't feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can't do anything with your easy words. Whatever you say is too late.
- Please, don't do this!
- Done.
(...)
- Why did you fuck him?
- I wanted to.
- Why?
- I desired him.
- Why?
- You weren't there!
- Why him?
- He asked me nicely.
- You're a liar.
- So?
- Who are you?
- I'm no one!


I'm no one.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ela carregava um mar tão permanentemente revolto quanto primorosamente camuflado na doçura fragmentada de seu olhar. “E, mais uma vez, lá se vai a menina dos olhos de Capitu”, pensava questionando se algum dia finalmente se cansaria de tudo aquilo. Nunca pertencera a nada e a ninguém, mas partia levando consigo a certeza de que sempre se doara como nenhuma outra mulher no mundo seria capaz – e, disso, bem sabiam todos aqueles que lenta e irremediavelmente iam ficando para trás.