terça-feira, 24 de setembro de 2013

#Fragmento

- Acho engraçada a forma como a internet aproxima algumas pessoas.
E, ao mesmo tempo, afasta outras. - Completou pensativo. - Desculpe pela ausência momentânea.
- Tranquilo. Tudo a seu tempo, vai? Há tempo para tudo. E todos.
- É verdade. Ou não. Gosto mesmo é de quando não há tempo. E de quando é tempo de tudo. E de todos.
(...)
- As vezes o tempo muda. Ele para, ou passa rápido demais. Gosto da relatividade do tempo.
- Eu gosto de pensar no tempo como uma dimensão física. Feito altura, largura. Gosto de pensar no tempo como profundidade. Qual é a profundidade do teu tempo?
(...)
- Gosto de pensar em como o tempo muda as pessoas. As pessoas viram outras pessoas com o tempo.
- Eu gosto de pensar que as pessoas mudam o tempo.
- E que o tempo vira outra pessoa, dependendo da visão que se tem a respeito do tempo.
- Porque as vezes um segundo é infinito e as vezes o infinito não dura mais que um segundo.
(...)
- Acho que deveríamos ter escrito isso.
- Não. Claro que não. Você não vê? Essa é uma daquelas coisas que fazem o tempo valer a pena. Que se eternizam no tempo, assim, sem registros temporais.
- Sabe, eu não acredito nesse tempo de que falam por aí. - Completei pensativa.
- Nem eu.

E o mundo silenciou por um instante.

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