quinta-feira, 28 de julho de 2011

...Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Então você chegou na festa. E eu apenas sorri e sorri e sorri. Porque era isso. Eu queria te ver apenas. A dor numa caixinha embaixo dos meus pés e eu mais alta pra poder te abraçar sem dor, perto da sua nuca e por um segundo. Eu te acho bonito de formas tão variadas e profundas e insuportáveis. Com essa sua eterna tristeza cheia de piadas afiadas. Suas facas afiadas de graças para defender as tristezas que nadam baixas nos seus olhos de quem não quer fazer mal. Mas faz. Seus olhos. Essas suas delicadezas em detalhes dormem e acordam comigo. Acariciam e perfuram meu peito vinte e quatro horas por dia. Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar.

Tati Bernardi - Consideração

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Você tenta dar o seu melhor para as pessoas que gosta. Tenta se manter presente mesmo quando as circunstâncias te fazem ausente, tenta dar suporte, força, ouvidos, braços, abraços e o que mais precisarem de você. Tenta relevar os momentos de rispidez e as mágoas em potencial. Tá que as vezes, mesmo tentando tudo isso, o seu máximo não é o suficiente, é meio torto. O meu mesmo, é. Eu sei.

Ainda assim, eu me esforço pra dar o meu melhor. Sei que posso sumir por uns tempos mas, quando me faço presente, tento me fazer presente por inteiro. Pra mim isso é fácil: não sei ser pela metade, não sou feita de meios. Pra mim, atenção é dada de forma integral e dar carinho não é problema (excesso dele, talvez, quem sabe).

A qualquer sinal (ou mesmo por uma tentativa de omissão dos sinais) de que eu possa ajudar pelo menos um pouquinho, seja com um abraço, um conselho atravessado ou um seja-lá-o-que-for, é isso que eu vou fazer com todo o prazer do mundo. Porque é pra isso que eu to ali. E eu vou estar, mesmo. Pode me procurar, ou pode "se aproveitar" da minha presença. Esqueço todo o resto, esqueço até de mim. Faço o que for, dou um jeito. Muitas vezes eu apareço mirabolantemente só pra isso mesmo, pra ficar do lado. Pra não deixar a solidão esmagar. Até a nossa solidão as vezes precisa de um pouco de companhia (as vezes, eu sei). Não sei ser diferente, ser metade.

Enfim, tenho tentado ao máximo não criar muitas expectativas sobre nada e não me prender a conceito algum. Às vezes, apesar disso, a vida vai de viés. Já "acostumei". Não posso, aliás, esperar que sejam como eu.

Mas, deixa eu confessar que as vezes quando eu emito sinais (o que é complicado pra mim) e ninguém para um pouquinho pra prestar a atenção, eu me sinto sozinha em meio a tudo e todos? E que isso me chateia? Então. Confessei.

Aí me afasto. E não é por birra, porque to magoada, com raiva, julgando, conjecturado ou seja-lá-o-que-é-possível-se-fazer-em-momentos-assim... Não mesmo. Eu entendo que as pessoas não são como eu, apesar de nem sempre conseguir evitar expectativas. Fato é que, quando me sinto sozinha, até minha ausência é sem meios, é inteira. E sem sinais.

P.S. Desabafo total.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

I´m falling all over myself

Desabando sobre mim mesma, bem isso. O que eu faço agora? Que decisões eu tomo?
Têm lugares, coisas, pessoas, atitudes e situações que, apesar de todo o meu esforço contra e minha consideração/admiração, desgastam tudo a ponto de conseguir o que pareceria impossível: me fazer largar de mão. Tipo: tchau, esquece, me erra, não me importo mais. Hã? É, tipo foda-se mesmo. Ah, cansa, viu?
Fui tentar escrever sobre aquelas coisas sobre as quais eu ainda não consigo escrever. O resultado? Não escrevi absolutamente nada. Óbvio.
Um tanto quanto nervosa, ansiosa. Adoro sentir a vida pulsando e acontecendo latente, a mil por hora.
Sou errada, sou errante. Sempre na estrada, sempre distante. Vou errando enquanto o tempo me deixar. Vou errando enquanto o tempo me deixar passar.
Estremeço todas as vezes.

"Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?"

Caio F. Abreu

É, mestre.. disse tudo mais uma vez.
As vezes eu te procuro no meio da noite e fico observando o teu sono (ou a tua insônia) sem que você perceba. A verdade é que eu fico me testando em silêncio e me embriago levemente de você, só pra saber até que ponto o telhado de vidro que eu fui obrigada a construir ainda é frágil. Não que interesse. Não que mude alguma coisa. Não que você pecise saber. Não que ninguém precise saber, é claro.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mel e girassóis

(...) E-quando-eu-me-apaixonei-não-passou-de-ilusão. Apertaram-se tanto um contra o outro, sem nenhuma intenção, só enlevo mesmo, que não perceberam a pista esvaziando, e de repente eram três, quase quatro da madrugada. O ônibus até o aeroporto saía às oito, o dela, às nove, o dele, e continuavam os dois no meio da pista, sem conseguir parar de dançar. Estavam tão perdidos no meio daquela fantasia sub-havaiana que já ia acabar. Ela era só uma moça querendo escrever um livro e ele era só um moço querendo morar num barco, mas se realimentando um do outro para. Para quê? Eles pareciam não ter a menor idéia.
O cheiro dele era tão bom nas mãos dela quando ela ia deitar, sem ele. O cheiro dela era tão bom nas mãos dele quando ele ia deitar, sem ela. O corpo dela se amoldava tão bem ao dele. Ela gostava quando, depois de muito tempo calada, ele pegava no seu queixo perguntando:
- O que foi, guria?
Ele gostava quando ela dizia:
- Sabe, nunca tive um papo com outro cara assim que nem tenho com você.
Ela gostava quando ele dizia:
- Gozado, você parece uma pessoa que eu conheço há muito tempo.
E de quando ele falava:
- Calma, você tá tensa, vem cá...
E a abraçava e a fazia deitar a cabeça no ombro dele para olhar longe, no horizonte do mar, até que tudo passasse, e tudo passava assim desse jeito. Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia bobo, você não passa de um menino bobo.
Como nas outras noites, ele a deixou na porta do bangalô 19, quase cinco da manhã, pela última vez. Mas diferente das outras noites, ela o convidou para entrar. Ele entrou. Tão áspero lá dentro, embora cinco estrelas, igual ao dele. Ele não sabia o que fazer, então ficou parado perto da porta enquanto ela abria a janela para que entrasse aquela brisa morna do mar. Ela parecia de repente muito segura.
- Coisas-assim-me-lembram-você.
Ele fechou os olhos, ela fechou os olhos. Ficaram rodando, olhos fechados. Muito tempo, rodando ali sem parar. Ele disse:
― Eu não vou me esquecer de você.
Ela disse:
― Nem eu.
Ele afastou-a um pouco, para vê-la melhor. Ela sacudiu os cabelos, olhou bem nos olhos dele. Uma espécie de embriaguez. Não só espécie, tanta vodca com abacaxi. A luz da lua entrava pela janela. Aquela brisa morna, que não teriam mais no dia seguinte. Tocou-a devagar no ombro nu moreno dourado sob o vestido decotado, e disse:
― Sabe, eu pensei tanto. Eu acho que.
Ela se voltou de repente. E disse:
― Eu também. Eu acho que.
Ficaram se olhando. Completamente dourados, olhos úmidos. Seria a brisa? Verão pleno solto lá fora. Bem perto dela, ele perguntou:
― O quê?
Ela disse:
― Sim.
Puxou-o pela cintura, ainda mais perto.

CFA
Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.

CFA disse tudo.
"Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo."
"Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei."

quarta-feira, 20 de julho de 2011

FLW

Hoje eu acordei com tanto sono que acho que ainda não acordei. E não é que nem ontem, que eu estava morrendo de sono por ter dormido as 3 da manhã e acordado as 7. Ontem era sono, daqueles que se resolve com uma boa xícara de café. Acho que o problema foi ter tomado café demais, enfim. Hoje eu to passando mal e minha mente decidiu não funcionar. Pra completar, a gastrite decidiu me pegar de jeito e eu to tentando não respirar muito fundo pra controlar ânsia de vomito. Enfim, são 08:45 e eu só consigo pensar: já posso ir pra casa?
Hoje é o dia do amigo e alguns amigos já apareceram pra desejar que meu dia seja lindo. Quero fazer o mesmo, mas primeiro eu preciso acordar. Justo hoje eu precisava estar assim? Sem versos? Sem poesia? Preciso trabalhar, ow. Mais um "feliz dia do amigo" chegou. Seus lindos.
Hoje tem a festa de lançamento da revista Wazap Mag. Tem matéria minha de novo. Que lindo. Já tirei TODO o guarda roupa do lugar a procura de alguma coisa pra vestir. Sim, eu tenho muitas coisas pra vestir, mas nada que faça eu me sentir bem ou combine com meu atual estado de espírito. Nem com o meu peso. Como faz pra emagrecer rápido e perder 6 quilos em 2 dias? Meu guarda roupas é mais magro que eu. Topo não comer, só não venha querendo me dizer pra voltar a malhar e correr agora. Desespero.
Desespero e dor de estômago. Vomitar seria uma boa? Tá, não. Acho que vou ficar gripada. Meu corpo dói desde ontem, eu to quente e com ondas de calafrios constantes. Tá. To esquisita. Era isso.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Eu acredito muito em merecimento. Tem um sentimento muito forte que bate latente em meu peito e diz que tudo o que nos vem de bom, é questão de mérito. Acredito que a vida segue seu curso fielmente, sem se desviar um milímetro, da lei da afinidade. As energias atraem energias afins, em tudo, em todos.

Sabe, hoje eu não me revolto e não lamento nem as experiências mais difíceis. Sei que elas se apresentam pra que eu possa cumprir o meu propósito. E as vezes os dias amanhecem cinzas, azuis ou vermelhos. As vezes amanhecem uma susseção de dias entre cinza, azul e vermelho. Eu tento ter paciência e trago o coração aberto. Não os recuso, não os escondo. Encaro de cabeça erguida, mesmo sabendo que as vezes vou abaixar o rosto pra chorar. Tudo bem, é natural.

As vezes eu não consigo entender qual lição eu preciso tirar de tudo aquilo, internalizar e levar pra vida. Já diz minha mãe que lição aprendida não volta. Mas ainda que meio as cegas, eu encaro e tento ter paciência. Paciência com experiências turvas. Paciência com a vida, com cada minuto arrastado, difícil, dolorido. Paciência comigo mesma, com minhas dúvidas, minhas confusões. Tento ter paciência com minha tristeza e até mesmo com meus desesperos momentâneos. Tento ter paciência e mostrar os dentes o máximo possível. Acho que não há nada de errado em transformar o dia no melhor que ele possa ser. Concordo com o que o poeta já dizia.. é melhor ser feliz do que ser triste. Eu acredito que todos fomos criados para a felicidade.

Fomos criados para a felicidade porque somos lindos, perfeitos. Eu acredito mesmo que somos lindos. Inteiramente lindos. Perfeitos. Sabe, sei que defeitos existem. Existem em todos. Sei que existem tristezas, dores, erros e afins. Mas acho que isso também é perfeito, também é lindo. Cada um é único e integral. E merece ser amado incondicionalmente. Um amor que deve ser dividido por cada partezinha do ser. Um amor que acolhe desde a maior virtude até o maior dos defeitos.

Esses dias eu disse pra alguém especial: Quero teus sorrisos mais lindos, mas só os quero quando eles vierem de dentro. Disse, porque ela sorri o o tempo inteiro, porque ela emana alegria por onde passa, porque ela é linda. Mas eu sei que ela também dói, também se entristece, também chora. Eu disse, porque precisava que ela soubesse que eu vou acolher cada lágrima e cada dor com o mesmo carinho que recebo os sorrisos iluminados que ela dá. Que todas as dúvidas, defeitos, fraquezas e confusões que ela tem são amadas e têm de mim o espaço e o tempo que precisarem, pra ela eu nunca tenho pressa.

Acho que não deve tar dando pra entender nada do que eu to escrevendo. Esse tipo de sentimento me custa pra exteriorizar. Ele existe, mas não me parece plenamente traduzível em palavras. Tudo bem. Paciência mais uma vez, Bruh.

Por outro lado, mesmo em dias cinzas, azuis e vermelhos, existem os pontinhos de luz. Nunca vivi um dia totalmente negro e é por isso toda aquela história inicial sobre merecimento.

Eu sei que tenho um jeito meio torto, meio difícil, meio confuso, mas acredito que tem algo de muito bom dentro de mim. Acredito porque tenho um mundo de oportunidades, uma vida linda, tenho sonhos e, principalmente, porque tenho pessoas maravilhosas do meu lado, que me dão mãos e braços. Me dão abraços e me mostram o seu lado mais especial. Mais do que isso, pessoas que me dão a honra de confiar em mim, de deixar que eu entre em seu mundo e ajude na hora de fazer faxina ou que eu traga um cobertor quando escurecer e fizer frio.

Não tem dinheiro no mundo que pague um milésimo de tudo isso. Não tem dinheiro no mundo que compre a luz que a gente carrega no peito e, principalmente, quem a gente carrega aqui dentro do coração.
Faz dias que a minha irmã tem me feito uma falta desumana. Nesses dias em que ando exercitando a minha capacidade de ser paciente, assim engasgada e sem entender ainda o propósito do que tem acontecido e tampouco do que tenho sentido, ela me faz uma falta danada.

No meio dessa minha explosão, essa sobre a qual eu ainda não consigo escrever, quando tudo me pareceu tão dolorido e triste e cinzento e esmagador e escuro e difícil de aguentar, eu chamei o nome dela. É que tem uma parte de mim que só ela consegue alcançar. Uma parte de mim que é feita de silêncio e inquietude, mas que só se aquieta com ela.

Eu fechei os olhos pra segurar as lágrimas e chamei bem alto, chamei bem forte (e um tanto quanto desacreditada). Chamei e ela apareceu. Apareceu meio confusa, dizendo que resolveu dar uma espiada no Facebook antes de dormir - coisa que não faz com frequência - e acabou em meio as nossas fotos, revivendo momentos e sentindo minha falta.

Apareceu por aparecer, porque uma parte dela sentiu que deveria. Apareceu pra arrancar um sorriso sincero e "tirar com a mão" um bom pedaço dessa solidão involuntária, dessa parte de mim que só aceita ela como companhia, que estava me esmagando.

Não, eu não vou terminar com uma conclusão. Não precisa. E, como disse meu irmão hoje mesmo (sim, quase uma reunião de família): Vambora pro futuro! To indo ali comprar a minha passagem pra Bali e não sei se volto. Beijos.
Eu só queria parar de pensar. Só.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

I wanna explode
watch me.
Cause I´m on fire
touch me.

I´m a wild girl
try me.
I´m like a cigarret
burn me.

I´m the longest road
walk me.
I´m already gone
and you can´t get me.

I´m an addiction 
teast me.
I´m a heavy drug
go on, inject me.

I´m in silence
rip me.
I´m a hurricane
don´t try to stop me.

I´m a desire
fuck me.
I´m like a rented place
leave me.

I´m your pain
kill me.
I´m a sick game
play me.

I´m bleading
drink me.
Til the end
so you´ll have me.

I´m a dirty witch
Bless me.
I´m a difuse smoke
don´t try to catch me.
"I think I want things passionately, and when I get them, I lose all interest."

So, that´s an ordinary feeling.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sumi. Sumi desde ontem. Ontem porque era segunda e hoje porque é o dia depois de segunda, oras. Sumi e nem foi por mal. Foi só porque sumir é o que faço de melhor.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

#Ela

Acredita em mim: Logo ela vai aparecer de novo. Você vai estar na rua, em casa, na faculdade ou no caminho do trabalho - e sim, pode crer que ela ainda sabe bem onde você mora, estuda, trabalha e por qual lado da calçada costuma andar.

Bom, talvez você esteja indo pro bar, ou voltando distraída de um encontro com aqueles novos amigos que fez nesses últimos tempos. Talvez você tenha acabado de chegar na cidade ou esteja apressada se arrumando pra viajar.

Vai chegar um momento em que você não vai mais estar esperando por ela e, bem nessa hora, depois de décadas, ela vai aparecer. Aí é a hora de lembrar das suas amigas falando que quando você estivesse numa boa, em paz - talvez com um novo amor ou, com certeza, com um novo corte de cabelo - ela ia aparecer mais uma vez e que você, bem cabeça dura, nunca acreditou nelas.

Ela vai te dizer que sentiu tua falta e que te quer de volta - ou alguma coisa assim. Talvez te diga que se arrependeu pelo que fez (ou pelo que não fez) e que nunca devia ter saído da sua vida. Seja como for, fica o aviso: Logo ela vai aparecer de novo.
Eu escrevo, escrevo e escrevo como se acreditasse que as palavras vão tirar de mim essa explosão.

Protége moi de mes désirs

O pior veneno é aquele que te agrada.
O dia amanheceu cinzento. Parecia estar apenas ensaiando pra amanhecer, mas já era tarde demais pra isso. Olhei no relógio, olhei na janela. Parecia haver um brilho contido, esperando a hora certa de aparecer. Parecia haver um sol forte por lá, lá em algum lugar. Parecia que já ia amanhecer, que havia algo mais bonito e mais intenso por vir. Uma promessa de sol, uma promessa que eu não conseguia definir. Na verdade, eu nem queria, mas me parecia uma boa promessa. Olhei no relógio mais uma vez, quase como quem duvida do que vê. Já sabia que era tarde demais pra isso. O dia amanheceu cinzento e sem promessas. Eu também.
Quando eu duvido de tudo sobre mim, me agarro em todas as tuas certezas.
Olhei de novo 3 horas depois e exatos 3 minutos tinham se passado. Nunca 15 minutos demoraram tanto. Me senti esmagadoramente presa no tempo e nem soube dizer exatamente o porque. Pra onde eu vou agora? Oi? Tem alguém aí?
“Mas a verdade é que ainda não quero me prender a nada, a nenhum lugar, a ninguém. Tenho medo de te ferir. Mas acho que precisamos ‘falar seriamente’. Desculpe, mas acho que sim, sem fantasia, sem comicidade. Me pergunto sempre se você não teceu em volta de mim uma porção de coisas irreais - se você não está projetando em mim qualquer coisa como um príncipe encantado - esperando a minha volta como quem espera a salvação.” cfa

“Virou vício essa história de acordar no outro dia.”

Achei que me afastava e, quando eu vi, lá estava eu mais presente do que nunca. Abri os olhos e me senti bem Ana Carolina e-cada-vez-que-eu-fujo-eu-me-aproximo-mais, assim. Tudo passa.
Vou ligar só pra dizer que tem alguém que te ama. É, você tá lendo agorinha e sabe que é bem pra você mesma.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Don´t you let me go tonight?

Se eu ainda não tinha percebido que a minha vida exige cada pingo muito bem posicionado em seu devido "i", ontem eu fui quase que obrigada a perceber. Tipo soco na cara mesmo, várias vezes. Depois de um dia logo, sorri. Sabe como é, percebi que não tinha motivo algum pra ser diferente afinal.

Vai resolver, vai, menina..

quarta-feira, 6 de julho de 2011

#Mestre

"Quero mais um uísque, outra carreira. Tudo aos poucos vira dia, e a vida pode ser medo e mel quando você se entrega e vê, mesmo de longe."

CFA pra não perder o costume.
Eu me peguei sorrindo. É. Me conhecendo há 21 anos, eu bem sei o quanto isso pode ser preocupante.

#Sunscreen

Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude. Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado. Mas pode crer que daqui a vinte anos você vai evocar as suas fotos e perceber de um jeito que você nem desconfia hoje em dia quantas tantas alternativas se escancaravam a sua frente.
...

Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida: as pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam, aos vinte e dois o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que eu conheço ainda não sabem.
...

Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons. Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas e de estilos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que você conheceu quando jovem.
...

More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer. More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer. Viaje.
...

Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que os oferecem. Conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.
...

Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois..
"Ontem eu tive um daqueles dias vermelhos. E dias vermelhos não são como os dias azuis - aqueles em que você está meio triste porque engordou um pouco, desanimada porque queria comer aquele chocolate que sua mãe roubou da dispensa, irritada porque queria usar aquela blusa que estava úmida no varal ou cinzenta porque o sol não deu o ar da graça naquela manhã. Em dias azuis, isso é tudo.
Em dias vermelhos, não. Dias vermelhos são aqueles em que você sente um medo e uma incerteza paralisantes sobre a vida e uma sensação de falta intensa, sem nem saber exatamente o porque.
Ontem, quando eu me senti assim, pensei em como seria bom pegar o telefone e ligar pra alguém especial só pra dizer alguma coisa meio dramática, ao estilo "Eu não vou aguentar, sério." E ouvir um: "Então aguenta só mais 15 minutinhos, eu to chegando aí".
Possivelmente, quando você chegasse eu já estaria dormindo, mas não me importaria em nada se você me acordasse: quando eu preciso de alguém, é de você que eu sinto falta.
É, que sorte eu tenho de saber que você existe... <3"

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cabeça quer uma coisa, coração quer outra. Você? Ah, você quer dormir. Boa noite.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mudanças

Sentir saudade de alguém, ainda que essa pessoa continue do seu lado todos os dias, é um negócio foda.

Sempre, efêmero

- Ele me disse uma coisa que com certeza vou levar comigo pro resto da vida..
- Sério? O quê?
- Ih, já esqueci.