quinta-feira, 14 de julho de 2011

Eu acredito muito em merecimento. Tem um sentimento muito forte que bate latente em meu peito e diz que tudo o que nos vem de bom, é questão de mérito. Acredito que a vida segue seu curso fielmente, sem se desviar um milímetro, da lei da afinidade. As energias atraem energias afins, em tudo, em todos.

Sabe, hoje eu não me revolto e não lamento nem as experiências mais difíceis. Sei que elas se apresentam pra que eu possa cumprir o meu propósito. E as vezes os dias amanhecem cinzas, azuis ou vermelhos. As vezes amanhecem uma susseção de dias entre cinza, azul e vermelho. Eu tento ter paciência e trago o coração aberto. Não os recuso, não os escondo. Encaro de cabeça erguida, mesmo sabendo que as vezes vou abaixar o rosto pra chorar. Tudo bem, é natural.

As vezes eu não consigo entender qual lição eu preciso tirar de tudo aquilo, internalizar e levar pra vida. Já diz minha mãe que lição aprendida não volta. Mas ainda que meio as cegas, eu encaro e tento ter paciência. Paciência com experiências turvas. Paciência com a vida, com cada minuto arrastado, difícil, dolorido. Paciência comigo mesma, com minhas dúvidas, minhas confusões. Tento ter paciência com minha tristeza e até mesmo com meus desesperos momentâneos. Tento ter paciência e mostrar os dentes o máximo possível. Acho que não há nada de errado em transformar o dia no melhor que ele possa ser. Concordo com o que o poeta já dizia.. é melhor ser feliz do que ser triste. Eu acredito que todos fomos criados para a felicidade.

Fomos criados para a felicidade porque somos lindos, perfeitos. Eu acredito mesmo que somos lindos. Inteiramente lindos. Perfeitos. Sabe, sei que defeitos existem. Existem em todos. Sei que existem tristezas, dores, erros e afins. Mas acho que isso também é perfeito, também é lindo. Cada um é único e integral. E merece ser amado incondicionalmente. Um amor que deve ser dividido por cada partezinha do ser. Um amor que acolhe desde a maior virtude até o maior dos defeitos.

Esses dias eu disse pra alguém especial: Quero teus sorrisos mais lindos, mas só os quero quando eles vierem de dentro. Disse, porque ela sorri o o tempo inteiro, porque ela emana alegria por onde passa, porque ela é linda. Mas eu sei que ela também dói, também se entristece, também chora. Eu disse, porque precisava que ela soubesse que eu vou acolher cada lágrima e cada dor com o mesmo carinho que recebo os sorrisos iluminados que ela dá. Que todas as dúvidas, defeitos, fraquezas e confusões que ela tem são amadas e têm de mim o espaço e o tempo que precisarem, pra ela eu nunca tenho pressa.

Acho que não deve tar dando pra entender nada do que eu to escrevendo. Esse tipo de sentimento me custa pra exteriorizar. Ele existe, mas não me parece plenamente traduzível em palavras. Tudo bem. Paciência mais uma vez, Bruh.

Por outro lado, mesmo em dias cinzas, azuis e vermelhos, existem os pontinhos de luz. Nunca vivi um dia totalmente negro e é por isso toda aquela história inicial sobre merecimento.

Eu sei que tenho um jeito meio torto, meio difícil, meio confuso, mas acredito que tem algo de muito bom dentro de mim. Acredito porque tenho um mundo de oportunidades, uma vida linda, tenho sonhos e, principalmente, porque tenho pessoas maravilhosas do meu lado, que me dão mãos e braços. Me dão abraços e me mostram o seu lado mais especial. Mais do que isso, pessoas que me dão a honra de confiar em mim, de deixar que eu entre em seu mundo e ajude na hora de fazer faxina ou que eu traga um cobertor quando escurecer e fizer frio.

Não tem dinheiro no mundo que pague um milésimo de tudo isso. Não tem dinheiro no mundo que compre a luz que a gente carrega no peito e, principalmente, quem a gente carrega aqui dentro do coração.

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