terça-feira, 31 de maio de 2011

E saber que você gostou de alguém que, na verdade, nunca existiu. Felicidades pra ti, seja você quem for.
Ela disse:
- Me desculpa.
Eu menti:
- Não foi nada.
Sei que tenho meus muitos defeitos. Muitas vezes não sou tão fácil como aparento e trago em mim a inquietude do mundo. Tenho um jeito meio do avesso, uma vida fora dos padrões. Tenho olhos de mar de ressaca. Tenho uma tendência forte a melancolia e uma certa propensão a me sentir infeliz. Mas sou uma parte imensa do mundo. Sou sincera, aberta, completa e sem fim. Eu não tenho limites. Posso ser egoísta as vezes, mas é só pra me manter saudável e o mais longe possível da gastrite. Eu amo, eu me amo, eu entrego, me entrego. Dou minha vida, minha mão, meu braço, meu abraço e o que mais for preciso. Eu sou presença, sou força, sou verdade, calmaria. Sou atenção, compreensão. Sou porto seguro, fortaleza. Sou turbilhão e intensidade. Sou Capitu. Sou atitude, o rosto que leva um tapa e não tá nem aí. Sou fluído, sou escorregadia. Sou tão imensa que mal me encaixo dentro de mim. Sou amiga, amante, mãe, irmã, confidente. Sou conselho e sou silêncio. Sou evolução constante, aprendizado incessante e consciência aberta. Sou verdade mesmo quando tento ser mentira. Mas sou, sou sempre, infinitamente, incondicionalmente. Eu sou, eu posso ser e tenho plena consciência disso. Posso ser pedra ou ser escada. Brisa ou furacão. Rotina ou surpresa. Posso ser paixão, ser toque, beijo, abraço, suspiro e sussurros. Posso ser carinho, cafuné, risadas e besteiras. Loucura ou sanidade. Franqueza ou doçura. Sorriso ou lágrima. Crônica ou canção. Posso ser arranhão, suor, arrepio na nuca, respiração ofegante, calafrio na espinha, mordidas na orelha, puxões na gola da camiseta. Gemido. Mordida. Vontade. Sexo. Posso ser eletricidade, ser incêndio ou ser apenas observação, sono e sonho. Sonhos. Companhia. Posso e sou. Eu sou presença. E, por mais que eu tenha meus muitos defeitos, eu fico. Mas eu só fico se eu decido ficar. Eu só fico se me permitem. Fico se eu quero.

E tenho consciência do valor da minha presença.
Joguei no chão e fiquei esperando apagar, sem pressa. Aquele cheiro fazendo papel de incenso inusitado me é característico.. tem quem bem saiba. Bom, apagou e, sabe como é, a minha fé nada e nem ninguém é capaz de levar.

A madrugada sempre foi uma das minhas melhores companhias. A gente sempre se deu muito bem. Nos últimos anos, temos mais é dormido juntas do que qualquer outra coisa, óbvio, por uma questão de necessidade. Mas não hoje, não até as duas da manhã, pelo menos.

Dizer duas da manhã é meio irônico, aliás, porque é nessas horas que a noite fica mais escura do que nunca. E o que me fascina desde criança é saber que, depois disso, vai clarear. Sempre vai clarear.

P.S. Tenho amigas que valem ouro. Tenho mesmo.
P.P.S. E aqui cabe novamente o clichê: amanhã na hora de trabalhar, eu me arrependo. Mas é só "amanhã".
Foi a última chance. Foi a gota d'água que precisa cair na minha testa pra eu me ligar de uma vez por todas no que eu ainda tinha dúvidas, no que eu não queria ver. Dei um RT e tudo, bem cara de pau. Era só pra todo mundo ter certeza do óbvio: que eu vi, que eu tava ali, que eu ainda existo. E o completo silêncio nos momentos seguintes fez eu chegar a uma conclusão irrevogável. Uma conclusão que, com certeza, ainda vai doer muito mais em você do que em qualquer outra pessoa. E juro que isso não é raiva, praga e nem nada do gênero. É só uma constatação mesmo.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Finjo não te ver pra você me olhar
Nessa condição: ai, meu Deus, cuidado!
"Não quero ter cuidado."

Pois aqui estamos sós
Não há nada nem ninguém que te lembre da razão, não
É isso que nos movimenta

Porque se você não vem, também não vou atrás
O tempo é raro, pode ser tarde demais
Porque nossa história é novela, amor
Te decifro num segundo e só espero que no fundo tudo acabe bem.

Então vem, me vira pelo avesso e dou meu coração pra tua coleção."

Teka Simon
É clássico, mal de pisciana talvez. Eu me entrego, vou tão fundo que me mesclo, me confundo, me fundo, mudo. Acabo me tornando um outro alguém, acabo me tornando quase ela: até perceber que não tenho que mudar, que, na real, tenho que ser exatamente como eu sou até que alguém me ame, se apaixone e me valorize, bom, exatamente assim.

Tem dó - Ozuê

As vezes eu acho que virei contemplação. Vai entender. Ô fasezinha introspectiva, vou falar, viu?



Amo essa música e quero um show da Teka com urgência. Quero sushi também. ;)

P.S. Que segunda FRIA e linda, meu Deus!

domingo, 29 de maio de 2011

Pra documentar

Nem to mais com vontade de blog, ainda tem coisas que queria escrever sobre e não escrevi, mas precisava documentar que acabei meu pré-tcc. Ô pesadelo, viu. Sei lá se tá certo, mas tá feito. Menos um. E agora bora terminar o projeto experimental. Há. Boa noite e boa semana. ;*

P.S. Blogzinho querido, eu senti falta de você esse findess, sabia? *.*

Sobre o "Findess"
















Queria uma foto de tooodas juntas, mas não tem. Enfim, sacomé, um sorriso verdadeiro vale mais que mil palavras. ;)


Eu voltei querendo ficar por lá. Detesto despedidas e achei a coisa mais linda ver que elas detestam também. Ver que é tão sincero, tão lindo, tão recíproco e tão bom. Como é possível eu me sentir assim tão em casa? É como se eu sempre tivesse feito parte de tudo aquilo e tudo aquilo fizesse parte de mim desde sempre. E só se intensifica.
Tem gente que realmente não existe. Se eu pudesse explicar o que elas me fazem sentir, o bem que elas me fazem, as pessoas incríveis que elas são ou, pelo menos, retribuir nem que fosse um milésimo.
Elas conseguem me fazer gargalhar quando parece que dar qualquer esboço de sorriso é impossível. Me fazem esquecer dos problemas, das pendências, de tudo o que pode ficar pra depois. Com elas tudo pode ficar pra depois e nada pode dar errado. Amizade mesmo, daquelas que fazia tempos que eu não encontrava. Me sinto forte, me sinto inteira, me sinto feliz. Me sinto em casa e me vem uma certeza de que aquela poderia ser a minha vida 24 horas por dia. Ah, devo ter feito algo de muito bom nessa vida pra ter encontrado pessoas assim, justo nessa fase em que Blumenau anda fazendo cada vez menos sentido pra mim. Tão bom saber que nada é por acaso, porque pode ter certeza que não é mesmo!

"Acabei de voltar" e já estou com saudade. Deve ser uma mentira, aff (esquentando o pé), vou contar, hein? Logo menos eu volto pra passar frio por lá e comer mais pinhão (porque agora a minha xará mais linda do mundo me ensinou como se faz). Como dizem, o nosso lar é o onde o coração está. (L)

"Penso, quando você não tem amor, você ainda tem as estradas". Não que eu não tenha amor, tenho, e muito. *.*

P.S. E eu poderia escrever muuuuito mais..
P.P.S. Alguém explica por que Rio do Sul e Blumenau não se fundem em uma cidade só?
Eu ainda me lembro bem da sensação que dá quando estamos indiscutível e loucamente apaixonados pela pessoa que está conosco. É uma mistura de uma saudade e uma necessidade constante e absurda, um êxtase perturbador e uma felicidade intensa que parece não caber dentro do peito e se espalha por cada pedacinho do corpo como uma sequência de ondas magnéticas. Isso, junto de um medo enorme, violento e esmagador de perder tudo, perder o ar, perder o sentido da vida, perder o mundo. Porque nada mais importa, nada mais atinge, nada mais pode dar errado. Sabe a música, né? "When you have everything, you have everythig to lose."


clarity, peace, serenity

I need some shelter of my own protection, baby
Be with myself in center
Clarity, peace, serenity

I hope you know that this has nothing to do with you
It's personal, myself and I: we got some straightening out to do

And I'm gonna miss you like a child misses their blanket
But I've gotta to get a move on with my life
It's time to be a big girl now and big girls don't cry

The path that I'm walking, I must go alone
I must take the baby steps 'til I'm full grown
Fairy tales don't always have a happy ending, do they?
And I foresee the dark ahead if I stay

I hope you know that this has nothing to do with you
It's personal, myself and I: we got some straightening out to do
And I'm gonna miss you like a child misses their blanket
But I've gotta get a move on with my life
It's time to be a big girl now and big girls don't cry

But it's time for me to go home
It's getting late and dark outside
I need to be with myself in center
Clarity, peace, serenity...
Um cigarro, domingo, final de maio, casa vazia, noite fria, pensamentos, calmaria, inquietude, silêncio, músicas, estrelas, caneca de café quente, vontade de fotografar, dor no pulso, a falta de uma companhia e a vontade de ficar sozinha, ou melhor, a necessidade de ficar sozinha.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

#CFA

"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo no meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais, por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia ou qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.

Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.

Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.."

#CFA

Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos.

é.

E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro.

..perguntas perigosas. ;)

Sentimento comum

..e me dá uma saudade irracional de você. Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas… dizer que te considero – pode ser por mais um mês, por mais um ano, ou quem sabe por uma vida – e que hoje, só por hoje ou a partir de hoje (de ontem, de sempre e de nunca), é sincero.

CFA

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cantarolando pela casa..

Talvez não seja nessa vida ainda, mas você ainda vai ser a minha vida. Então a gente vai fugir pro mar e eu vou pedir pra namorar. Você vai me dizer que vai pensar, mas no fim vai deixar...

Quem é que sabe... Deixa, né? ;)

#sobreessatarde

O fluxo de pensamentos e sentimentos de algumas pessoas (como eu (infelizmente (ou não (enfim)))) é tão intenso que fica simplesmente impossível entender e/ou acompanhar. Eu queria muito não querer nem sequer tentar.. Ainda chego lá.

#sobreconsciência

Eu ainda to trilhando o caminho. Acho que se munir de uma dose cavalar de paciência e trazer a tona nossos defeitos, fraquezas e dificuldades é a melhor forma de resolver todas elas, uma por uma. É por isso que eu sempre digo que to aí, to na luta e que o amanhã sempre vem.
Hoje pode não ser o melhor dos dias, mas só depende de nós fazer do hoje o melhor possível. Até o que não é tão bonito, tão bom e tão agradável de viver à primeira instância tem utilidade e faz parte do que a gente se propôs a viver.
Pra quê querer se negar, então? É como negar nosso próprio crescimento. Com as nossas dificuldades, quem cresce é a gente. E o bacana é que a gente cresce e o mundo todo se beneficia.
É por isso que eu to aí, que eu to na luta. Porque minha consciência de unificação universal anda tão forte e tão latente que eu tenho plena certeza que eu sou do mundo, que eu sou o mundo e, bom, vice-versa.
Pode parecer meio estranho, eu sei. Tudo certo. Mas quando acontece, você passa a se sentir mais responsável, passa a se sentir uma parte integrante do que está ao seu redor. Passa a se importar de forma mais genuína e mais sincera com as pessoas e as coisas ao redor. Passa a se permitir mais, se encarar com mais clareza e a abandonar características e conceitos que parecem “não servir”. Apego não serve mais. Cultura milenar e ultrapassada.
É difícil internalizar e racionalizar isso. Eu que o diga. Mas eu to aí, to na trilha. To na trilha pra modificar a concepção do que é amor, do que é felicidade, do que é paz. Amarras são ultrapassadas, necessidade também. Não quero mais. Não quero me sentir como se não tivesse escolhas. Eu tenho, oras. Consciência louca, né? Desejo ela pra você também.

Enquanto isso a gente encara, mete a cara e vive como se fosse eterno, como se nada - nem de bom e nem de ruim - nunca fosse passar (nós e nossa mania de eternidade). Até olhar pra trás e ver que passou. Daí a gente bate na testa e pensa: Pãtz! Passou. Passa e o amargo vira doce. Vira tão doce que fica difícil lembrar qual era o gosto exato do amargo. Você já teve essa sensação ou só acontece comigo?
Caio disse que quando o amor não é possível é melhor botar um ponto. Botei uma pedra, só pra garantir. ;)
Agora eu to feliz. To tranquila. ;D

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Luiza Possi - Eu Espero



Sou apaixonada por essa música, pelo clip, por ela, por tudo.

Vai sim, vai ser sempre assim
Um pra cada lado como você quis
E eu vou me acostumar
Quem sabe até gostar
De mim

Mesmo que eu tenha que mudar
Móveis e lembranças de lugar...

Sobre Alguém com A maiúsculo..

Sinto falta da tua voz. Sinto falta de como ela soa nos meus ouvidos, sempre seguida de um abraço certo; aquele abraço que me deixa com 15 anos de novo e me protege do mundo inteiro.
Sinto falta da tua companhia, da tua paciência e do teu silêncio prudente; aquele que vivia me dizendo que, se eu precisasse ficar ali pelo resto da eternidade, por você tudo bem, tudo certo. "A gente nem tem nada melhor pra fazer mesmo, né?" Ah, que falta desumana daquele "Ai, cabeção, cabeção, isso passa.."

Sério, sinceramente: graças a Deus você existe.
E aí eu sumi. Já diria a Lais que essa é a minha especialidade. Eu diria que, muitas vezes, é mais do que minha especialidade; é a minha tendência. Eu elaborei 3.947 respostas mas não fui questionada nem uma vez. Nenhuma pergunta. Nem meias perguntas, nada. Todas as respostas ficaram guardadas em mim e eu sei que só tem um jeito: viver até que nenhuma delas faça sentido, viver até que nenhuma delas importe. É, mais cedo ou mais tarde acontece.
Tá ficando tudo tão repetitivo, tão igual. Tão repetitivo, tão igual. Repetitivo, igual.
Eu queria conversar. Dizer que eu to confusa, que eu to perdida, que eu to triste. Dizer que ando com medo e nem sei ao certo porque. Dizer que não sei nada sobre a vida e ficar umas cinco horas contando casos sobre minha existência meio torta. Só pra ver se eu esvazio, pra ver se eu me entendo, se eu paro de doer. Só pra ouvir um conselho, uma opinião, um ruído um pouco mais concreto que o som nauseante dos meus pensamentos. Eu queria mas não queria. Querer eu queria, mas não consigo. Mal e mal consigo responder quem me procura.. Ah, sei lá. Não sei explicar. Me traz um café?

Sobre a falta.

A presença é importante sim. Ficar sem o abraço dói. Ficar sem o porto seguro a duas horas de distância também. Ficar sem o som da risada, as filosofias de bar e as confissões da madrugada também. Tem um buraco no meu peito, confesso. Um buraco sobre o qual eu não consigo falar. Mas sei que nada disso é o importante, nem de longe.
Minha irmã disse que o mundo é pequenininho, afinal, nós sempre vamos estar olhando pra mesma lua e ela sempre vai nos guiar uma pra outra. O colar gêmeo que eu ganhei não vai sair do meu peito. Ela também não vai. A verdade é que estamos aqui na mesma missão e que tudo isso é só o começo. A vida segue seu curso e logo a gente tá junto de novo. Junto em termos, porque não é possível juntar o que não se separa nunca.
Felicidade, luz, paz, amor, tranquilidade e aprendizado é o que eu desejei pra ela. Ah, desejei um pouquinho de surf e soltei um "apavora lá" no final. Foi sincero. É o que eu mais desejo nesse mundo.

O apego não quer ir embora, diacho, ele tem que querer.
Não sei o que está acontecendo hoje. Se todos estão me olhando atravessado e isso está tornando tudo ainda mais difícil ou se tudo está sendo tão difícil que parece que todos estão me olhando atravessado. Espero que seja só "trabalho demais" e não esse pressentimento incômodo de que eu estou rendendo menos que o esperado.

A vida anda uma bagunça, sério. Bagunça mesmo! Hard times. The hardest times. E eu fico repetindo na minha mente: Se as coisas acontecem dessa forma é porque você tem força pra passar por cada uma delas. Bola pra frente, guria. Bola pra frente.. Mas confesso que ando sem forças pra impedir que as lágrimas caiam. Deixa cair, né? Quem foi que disse que chorar era ruim? Logo eu que passei tanto tempo sem chorar, agora choro tanto. Enfim.

Queria que as coisas se anulassem ou, pelo menos, se substituíssem. Que quando um novo espinho crava embaixo da unha, aquele que já tava por ali parasse de doer. Mas tudo se soma, se mistura e se multiplica. As dores se fundem e, bom, haja vida pra viver.
"Perdi a oportunidade de ser uma música, perdi a chance de ficar ecoando por aí, fazendo as pessoas felizes, fazendo as pessoas dançarem, pensarem quem sabe. Perdi, no meio da floresta de pedra, a ponta da corda e tudo que eu tenho agora é um monte de nós sem começo e sem fim, que um dia eu vou aprender a desatar.

Não sinto minhas mãos, nem meus pés, sinto minha cabeça latejando, pedindo descanso, implorando um momento de paz. Quando eu falo comigo, eu peço pra eu parar de pensar um pouco, eu peço pra eu parar de falar comigo, pra eu parar de discutir comigo, peço, como uma criança um doce, o fim do martírio da minha cabeça."

Karina.

terça-feira, 24 de maio de 2011

É amanhã. Faltam poucas horas pra eu ter que acordar e ir pra Florianópolis. To tremendo e com a leve impressão de que não durmo essa noite.

P.S. Continuo sem conseguir escrever. Só consigo chorar mesmo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

#sobreescrever

Eu escrevo muito. Escrevo mais do que falo. Na verdade, eu falo escrevendo. Minha boca nunca foi muito eloquente. Talvez só cantando. Eu canto mais do que falo, mas isso é outra história. Escrevo quase o tempo inteiro e escrevo em qualquer lugar. Escrevo na mão, no chão, na parede, no papel, no computador, na alma, na cabeça. Escrevo tudo. Chamadas, roteiros, posts, spots, cartas, bilhetes, recados, planejamentos, sonhos, desabafos, pensamentos, amores, desamores, versos, prosas, emails, músicas, segredos, verdades, mentiras, realidades e ilusões. Escrevo sobre nada e sobre tudo. Sobre a rotina, sobre a minha vida e sobre a vida de outros alguéns.
Escrevo sobre conhecidos, sobre amigos, sobre família, sobre desconhecidos e sobre quem não existe. Escrevo sobre quem eu espero e sobre quem eu desisti de esperar. Escrevo pra ninguém, escrevo pro mundo e escrevo para alguém especial. Escrevo sobre mim, sobre meus vícios, meus anseios, minhas loucuras e sobre a minha necessidade de escrever. Escrevo pra implicar, pra ofender, pra perdoar. Escrevo sobre o que já escrevi e acabo reescrevendo tudo outra vez. - Sou péssima com sínteses e frases de efeito. Não nasci pra isso e ok, tá tudo bem. - Escrevo pra esvaziar, pra esvair, pra fugir. Escrevo pra encher, pra completar, pra transbordar. Escrevo pra dar voltas dentro de mim e aprender a lidar com quem eu sou. Escrevo pra me denunciar. Escrevo pra me expor, pra me preservar. Escrevo pra me expressar e pra me calar. Pra ficar calada, escrevendo. Escrevo pra gritar. Escrevo porque eu me importo e escrevo pra não me importar. Escrevo pra matar e pra me manter viva. Escrevo pra ver a vida passar enquanto minhas mãos suam frio escrevendo. Escrevo pra olhar pra frente e escrevo pra olhar pra trás. Escrevo pra passar o tempo. Escrevo porque pra mim o tempo não existe. Só o que existe é todo o infinito que eu tenho pra escrever. E eu escrevo porque só assim eu faço parte do mundo. Escrevo porque sinto. Sinto muito, o tempo inteiro.
Não volte pra casa, meu amor, que aqui é triste
Não volte pro mundo onde você não existe
Não volte mais
Não olhe pra trás
Mas não se esqueça de mim, não

Não me lembre que o sol nasce no leste e no oeste morre
Depois o que acontece é triste demais pra quem não sabe viver
Pra quem não sabe amar

Não volte pra casa, meu amor, que aqui é triste
Desde que você partiu aqui nada existe
Então não adianta voltar
Acabou o seu tempo, acabou o seu mar
Acabou o seu dia
Acabou, acabou

Não volte pra casa, meu amor, que aqui é triste
Vá voar com o vento que só lá você existe
Não esqueça que eu não sei mais nada, nada de você

Não me espere porque eu não volto logo
Não nade porque eu me afogo
Não voe porque eu caio do ar
Não sei flutuar nas nuvens como você
Você não vai entender
Eu não sei voar, eu não sei mais nada.

Não me espere, porque eu não volto logo
Não nade porque eu me afogo
Não voe porque eu caio do ar
Não sei flutuar nas nuvens como você
Você não vai entender
Eu não sei voar
Eu não sei mais nada.

Canção pra você não voltar - ABMBDC
Será que eu to viciada? ;)

P.S. Segunda já começa tensa? Poxa.
Se eu corro
Eu corro demais só pra te ver, meu bem
É que eu quero socorro
Se eu corro..

Eu quero guardar teu beijo na concha das mãos
E o cheiro eu levo feito mancha na roupa, que não lavo não
Sou alvo pros teus olhos claros parecidos com essa estação
E adoro os efeitos sonoros de quando você sussurra absurdos no ouvido do meu coração.

ABMBDC.

domingo, 22 de maio de 2011

Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, doi demaais. Mas passa.

Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.


Mas se você não me procura, é porque consegue viver bem.

C.F.A.
Foi só pra ver se aliviava essas minhas agonias noturnas..

#GameRINHA

Acabei de acordar e descobrir que existe vida após a Rinha. Ou quase, por que, né? Tudo dói. Foi foda. Não sei se foi uma experiência que eu posso dizer que gostei, mas to orgulhosa de mim e de toda a equipe.
Vi que os participantes curtiram (apesar dos perrengues) e esse é o objetivo. Passei pela madrugada pré-Rinha tradicional na FURB, dormi 3 horas e passei o dia todo me superando. To orgulhosa de mim e do auto-controle que eu nem sabia que tinha.
Depois, pra finalizar, uma ida ao Riska Faca com meu visual rocker James, de ônibus e ouvindo cantadas "lindissmas". Ah, como eu me divirto com a Alyne até na pior indiada do mundo inteiro, incrível. ;)

P.S. Tá, mas graças a DEUS é só UMA RINHA na vida.
P.P.S. Confesso que é muito estranho perceber que acabou.
P.P.P.S. Fiquei muito feliz pela minha equipe do coração ter ganhado. Fez valer ainda mais todo o esforço.
P.P.P.P.S. Eu definitivamente não sirvo pra eventos.

E o que sou eu postergando o meu pré-tcc aqui, hein? Só pegar no tranco quando os prazos estão apertados é uma maravilha. #not
"Não tiro ninguém da minha vida, apenas reorganizo as posições e inverto as minhas prioridades."

Achei foda essa.

sexta-feira, 20 de maio de 2011



Meu amor, essa é a última oração pra salvar o seu coração, coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa, cabe o meu amor, cabem três vidas inteiras, cabe um penteadeira, cabe nós dois, cabe até o meu amor..

A banda mais bonita da cidade - Oração
No momento eu tenho as pedras, só não tenho ainda a tal construção.

#frasessoltas

“O escrever não tem fim.” Fedro

“Uma palavra pode ser efetiva, mas não há palavra tão efetiva quanto uma pausa bem colocada.” Fedro

“Se alguma coisa não vale a pena ser dita, cante-a.” Pierre Beaumarchais

“Não canto porque sou feliz, sou feliz porque canto.” Willian James

“A boa comunicação pode ser tão estimulante quanto uma xícara de café. O problema é que ela também pode atrapalhar o sono.” Anne Lindbergh

“Para viajar, basta existir.” Fernando Pessoa
Ela me chama quando quer e eu penso se eu vou lá
Me envolve num ardio qualquer, querendo me enganar
Essa situação não quer chegar a um final
Eu sou garoto de aluguel, mas não vão me comprar
Eu vou te dar o teu prazer, mas com amor é mais caro
O meu amor é mais caro
Diz quanto você pode pagar.
E diz SE você pode pagar.

A banda mais bonita da cidade - Aos garotos de aluguel
É engraçado que, antes de ter um tempo pra pensar, eu já to lá mais uma vez. Mas tudo bem, né? Agora a verdade até que já não me afeta tanto assim. É preciso ter paciência.. ;)

P.S. A palavra agora devia ser em negrito, itálico e sublinhado.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Parece que tá passando. De repente volta, dói, machuca. Muito. Horrores. Você chora uma noite, acorda com olheiras e chora durante o dia. O melhor é saber que passa. Que um dia passa. Que sempre passa. Mas, vai.. que é uma merda, ah, isso é. Maldita expectativa irracional, por que diabos você não me deixa em paz?

P.S. Difícil é saber que não adianta implorar pra ninguém te salvar. É, irmão.. Só depende de você.
Eu aprendi duas palavras sobre a vida: ela continua. Continua sempre, o tempo inteiro, não importa como ou o que você esteja sentindo. A vida segue e a carruagem não para pra você descer, mesmo que você sinta como se não tivesse forças pra continuar se segurando ou acompanhando o movimento. Mesmo se você se soltar, se esborrachar no chão ou se trancar no banheiro pra chorar largando todos os jobs na mesa. E até isso passa.
Ao longo dos meus 21 anos, não é a primeira vez que eu me sinto assim. Ao longo desse quase um ano de Alma Comunicação, também não. E, como diria CFA (em outras e mais bonitas palavras), se você leva paulada é porque é forte o suficiente pra aguentar, mais do que imagina. É, pode acreditar que sim.

P.S. Nem minha mãe entenderia dessa vez.
P.P.S. Não, eu não quero que ninguém olhe pra mim e sinta pena ou algo assim. Eu só quero me reservar o direito de chorar quando não conseguir sustentar um sorriso. Por mim mesma, sabe?
Por que você me esquece e some? E se eu me interessar por alguém? E se ela de repente me ganha? Quando a gente gosta é claro que a gente cuida. Fala que me ama só que é da boca pra fora. Ou você me engana ou não está madura. Onde está você agora?

Eu só quis ouvir tua voz me chamando de amor e dizendo que ficou muito feliz por eu ter ligado. Quis que nada tivesse acontecido, só pra poder te contar o quanto meu dia foi difícil e te ouvir dizer que vai ficar tudo bem porque tu me ama e sempre vai estar do meu lado no final de dias como esse. É uma pena que, quem ama cuida. Coisa que, bom, é.

Você escreve até a exaustão mesmo sabendo que é pra nada, pra ninguém. O que eu quero? De verdade?

A Herança Universal



Isso explica tudo. Me explica inteira. Serve pra acalmar esse turbilhão dentro de mim, ou, pelo menos ajudar.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Só hoje - Jota Quest.

Começou a tocar do nada na minha cabeça e, desde então, eu ainda não consegui parar de chorar por mais de 15 minutos. Vai passar, vai passar, vai passar. 3x pra dar certo e ser rápido, BEM rápido.

É difícil ficar adulto.

Ao som de "20 e poucos anos" eu sou obrigada a concordar com Caio Fernando Abreu. É difícil ficar adulto. Talvez difícil não seja a palavra, mas é um processo que exige a beça e que, bom, é inevitável, total e intransferivelmente nosso. Só nosso.
Tenho me perguntado se maturidade anda lado a lado com seletividade. Seletividade de pessoas, relacionamentos, amizades, permissões, situações, planos, sonhos, coisas.. seletividade de tudo. Cada dia mais a vida tem que me respondido que anda lado a lado sim, e muito.

"..Eu sei, também tem gente me enganando.. mas que bobagem, já é tempo de crescer."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

#plans

Nossa, cada dia eu tenho mais certeza que eu to enjoada do "pessoal daqui". Mesmas pessoas, mesmas situações, mesmos problemas, mesma cabeça pequena, mesma vidinha.. Ah, eu não vejo a hora. Tá chegando, tá chegando...
Ontem eu fui dormir com uma sensação nova. Depois de um sábado inusitado com direito a carregar e descarregar um caminhão, ir pra Pomerode, ouvir histórias de vida emocionantes, testar provas de gincana no parque da festa pomerana, comer horrores de palmito e cuca de morango, não parar em casa, ir pro Ramiro, trolagem e baias, gente que não sabe falar direito, chuva, bares fechados e/ou falidos, escadaria do galegão, carro e ônibus quebrado, mudanças de plano, mentirinhas, informações erradas, uma "voltinha" perdida, amigas lindas, vídeos engraçados, Helen, Steve, quebrar a parede, devorar uma pizza, derramar vinho na almofada, pegar chuva e passar frio na garagem, não ver filme, dormir em 3 em um colchão de solteiro (leia-se: no chão) (...se fosse pra escrever tudo eu ficava até amanhã) enfim, depois de tudo isso, de um sábado que deu "muito errado", eu tive um dos melhores sábados de todos os tempos. E foi tão perfeito que, apesar da finaleira bombástica do final de semana, nada tirava aquela sensação deliciosa de dentro de mim.

Que sábado! Quero mais.. e com direito a domingos.

Cada vez mais eu vejo que tenho sido quem eu gostaria de ser. Ando em paz comigo mesma e isso ninguém me tira. ;)
Se você realmente pretende ser um publicitário bem sucedido tudo que eu lhe desejo é que você não seja muito fiel a ideal algum. Sério.

P.S. Onde já se viu EU que tenho asco de carne vendendo um steakhouse?!
E quando você ainda sente mas sinceramente não quer de volta, não lhe parece meio contraditório? Pra mim sempre pareceu, até hoje. (Sim, isso quer dizer que hoje definitivamente não parece mais. Esgotou de verdade. To de cara comigo mesma.)

sábado, 14 de maio de 2011

Tem coisas que me deixam muuuito feliz. A Rinha dando certo, cerveja com os amigos, amigos, a Alyne aqui de novo. Aqui, digo, não na minha casa.. na minha vida. Que falta que me faz. E se fosse diferente, eu não estaria vivendo tudo isso de novo. Sabe? Eu não mudaria nem uma vírgula de lugar.

P.S. Como eu tenho que estar na Furb as 8:30 amanhã, vou deitar e curtir a Alyne que é o melhor a se fazer.
Eu resolvi jogar o cabelo e a vida pro outro lado. Sabe como é, só pra experimentar. Vai que dá certo.

P.S. Meu arquivo voltou. Lindo!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

É incrível ver como os sentimentos se transformam, né? Antes eu sentia uma falta enorme e essa falta doia muito. Doia cada vez que eu lembrava, que eu pensava, que eu sentia. E, nossa, como eu sentia. Hoje eu continuo lembrando e pensando muito. Lembro, penso, mas o que eu sinto não é mais falta, é saudade. Uma saudade tão enorme quanto a falta de antigamente, mas essa saudade não dói. Bem pelo contrário. A saudade que eu sinto é inexplicavelmente gostosa de sentir.
Sinto uma saudade misturada com uma vontade imensa de que tudo dê certo demais nessa tua jornada, misturadas com uma certeza instintiva de que já está dando certo, afinal. E são nessas certezas instintivas que eu mais acredito. ;)
Tem gente que nos faz bem, né? Gente que não é pra casar, que não é paixão e também não é amor. E nessa de "amor" eu incluo as amizades também. Não é nada disso. É só gente que é gente feito a gente, e não daquele jeito "só meio gente". Gente de verdade. De verdade e, de quebra, gente com bom gosto, personalidade, boa pinta, tato e um papo bacana. Gente interessante. Daquele jeito, sem cobranças, só interessante mesmo. Gente que faz bem e, só. Gente que é momento e momento que é recíproco. Gente que não apaga nada, não muda a sua vida, mas te faz bem. Como os sentimentos podem ser assim tão diferentes? Louco isso, né?
Eu saí da biblioteca zonza com aquele monte de informações, números e estatísticas do meu projeto experimental. Pensei em ligar pro meu pai imediatamente e logo desisti. Pressa pra quê? Eu tive pressa o dia inteiro. Sentei em um dos muitos bancos e fiquei ali, sozinha, curtindo um pouquinho esse lance de fazer nada. Me senti tão bem.
Sabe, tem um caminho longo que vem de trás do prédio até o banco em que eu tava sentada. Fiquei encarando aquele caminho e, quando dei por mim, eu tava imaginando você aparecendo lá longe e andando na minha direção com uma mistura daquele teu jeito característico e um ar meio/completamente nervoso e sem graça, só pra me fazer companhia. Quando me toquei eu dei um sorriso e, bom, olhei pro outro lado.
Eu ri. Perguntaram se eu passo o dia inteiro no meu blog. É mais ou menos isso, sabia? O dia inteiro eu não passo porque não posso, se não, quem sabe eu passasse. Nem pelo blog, mas pelo que ele significa. E ainda tem gente que não entende quando eu digo que a maior parte da minha vida acontece bem aqui, dentro de mim.
Hoje eu tava perdida em devaneios e cheguei a conclusão de que os dias que mais valem a pena são aqueles em que você faz ou fala alguma coisa realmente importante. Eu disse uma coisa bem importante hoje e já sei que coisa importante eu quero dizer amanhã. E você?!
Eu não tenho problema algum em estar rodeada de pessoas boa parte do meu tempo. Problema nenhum mesmo. Mas devo confessar que os momentos que eu passo comigo mesma são alguns dos que eu dou mais valor.
É tão bom voltar a sentir que, aos poucos, eu tenho voltado a arrumar tempo pra tudo. Que os montes intermináveis de coisas que eu tenho pra fazer estão, aos poucos, diminuindo. Ver que eu tenho produzido sim, por mais que eu sinta como se não estivesse. É muito bom mesmo.
Minha mãe mandou eu me acostumar com isso porque, de acordo com ela, a vida cada vez mais vai ser assim, nesse ritmo. Que já era aquela fase em que a gente precisava (e tinha tempo) pra longas preparações antes de botar a mão na massa. E mais do que isso, que a gente tinha um booooom tempo pra, efetivamente, botar a mão na massa. Agora é tudo rápido. Os desafios vem rápido, você precisa encarar rápido, tem pouco tempo pra resolver e quando vê, pronto: tá resolvido. É, mãe, eu tenho notado...

#vocêvocêvocê

Você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, quer: café ? =)

Bem como tava na parede aqui do trabalho ontem, toda cheia de post its. Achei lindo e queria ter tirado uma foto, mas quando cheguei já tinham tirado os post its da parede e grudado na térmica. Tive que rir com essa galera. Depois não sabem porque eu amo isso.
Me perguntaram se eu não ia ficar brava, se não ia mudar nada e mais um milhão de coisas nesse nipe.Perguntaram o que eu pensava disso, enfim. Cara, eu não penso absolutamente nada, não to brava e não muda nada de nada. A responsabilidade é minha, quem fez fui eu, oras. Tão simples.
Pensei em andar com um caderno e uma caneta permanentemente. Quanta coisa eu gostaria de escrever mas, por falta de "como", acabo não escrevendo e deixando se perder nessa minha mente assim: rápida demais.
Até que nem foi tão ruim quanto eu imaginava. Tive a impressão de que as coisas nunca na vida voltariam ao normal. Hoje eu percebi que, quem sabe, nem demore tanto assim. Bom, quando efetivamente acontecer, eu tenho um recado guardado aqui comigo.

P.S. Se ele vai fazer sentido até lá, bom, daí só Deus sabe.
Meu conto de fadas acaba quando eu sei que se o meu coração me deixasse escolher, eu escolheria qualquer outra coisa. Lindo mesmo é quando a gente sabe que mesmo se pudesse mudar tudo, não mudaria absolutamente nada. Eu já me senti assim.

#CFA

Dose de hoje. Será que ele "erra" alguma?


"As pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem, há o que são e nem sempre se mostra."

"Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas."

"Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo."

"Parece dificil de enxergar que insistir nisso é perda de tempo, é perda de vida em uma causa perdida."

"Estou cagando montes pras tuas memórias, pras tuas culpas, pras tuas saudades."

"E esquece sabendo que está esquecendo."

#corredor

"Ainda estou confuso, só que agora é diferente: Estou tão tranquilo..."



Ela disse:
- É, você me parece mais leve, sabia?
E eu respondi:
- É, eu to mesmo.

E como eu estou, minha cara. Como eu estou... ;)
Influência musical é um negócio que eu acho genial. E acho genial não importa o nível. Tá, eu acho música uma parada genial e isso não é novidade pra ninguém. Mas enfim, não interessa se é porque alguém te apresentou uma meia dúzia de bandas novas e você acabou fissurando nelas ou se é porque você conheceu alguém que te fez voltar a ouvir aquelas bandas que ouvia a alguns anos atrás num momento diferente da vida.

Acho genial de ver que as pessoas marcam nossa vida até nisso, até nas músicas que a gente escuta (tá que em alguns casos da minha vida, marcam SÓ nisso, mas isso é pano pra outra manga, vai). E é genial porque, mesmo quando o momento passa, seu gosto musical nunca vai ser o mesmo. Seja porque você conheceu músicas novas ou porque as antigas de repente voltaram a te causar o mesmo efeito "ain".
Preciso ir ao médico, ao oculista (porque tenho certeza que preciso de óculos), ao dentista e ao esteticista. Preciso fazer exame de olhos, de pulmão, de sangue, de colo de útero, de tudo. Super to sem empenho pra isso. Boring.
Se meu arquivo não voltar eu perdi só uns míseros 20 posts nessa crise do Blogger. Palmas.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

#sobreontem

Ontem eu resumi tudo em uma linha. Era uma daquelas conversas com meia dúzia de pseudo-amigos nos bancos do corredor da Furb. Eu, pra variar bem blaset, tava conversando mais comigo mesma do que com eles. No meio do devaneio ouvi um "e tu, Bruh?". Eu disse "Ah," e falei. Uma linha, uma frase, simples. Todo mundo entendeu. Até eu entendi. De repente me pareceu tão estupidamente normal. Tão pode-acontecer-com-qualquer-um-ao-virar-a-esquina-e-você-foi-a-escolhida-da-vez. Incrível. E o papo continuou, eu que não prestei atenção.

Mommy - Selah Sue

Uma vez ao dia a sua voz é tudo o que eu preciso
E tudo o que você faz é o que me dá forças pra seguir
Eu caí muitas vezes, mas você me levantou
E quando eu me encontrar, espero que você veja
Que quando eu sinto medo
As vezes eu sinto..
Quando eu sinto medo
E a vida parece mais dificil do que eu podia imaginar..
Porque quando eu sinto medo
Você é a única que sabe exatamente o que dizer
Então eu estou aqui pra te agradecer.

"Hey, filhinha.. Acorde e veja
Tome o seu tempo pra crescer, se é isso que você realmente precisa"
E eu chorei tantas vezes
Mas você me ergueu
E eu sei que isso soa clichê
Mas eu não sei viver sem você

Por que quando eu sinto medo
As vezes eu sinto..
Quando eu sinto medo
E a vida parece mais dificil do que eu podia imaginar..
Porque quando eu sinto medo
Você é a única que sabe exatamente o que dizer
Então eu estou aqui pra te agradecer.
Então eu estou aqui pra te agradecer.

Pra minha mãe, né? Óbvio.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

#CFA

"E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso."

E, a minha analogia de sempre:

"Eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências."

Ah, como ele me soa familiar.
Posso me passar por louca, mas acredito que de palhaço e louco todo mundo tem um pouco. Na real, tem muito.A única diferença é que, entre xícaras de café e jobs, eu escrevo incessantemente até esgotar a minha própria loucura. E só.

#irmã

Você não pode culpar alguém por não agir como você gostaria. Por não aparecer na hora certa, não acessar o seu maldito blog e ler tudo o que você escreveu antes de vir fazer perguntas vazias pra saber como você está. Por não sentir necessidade de fazer parte da sua vida ou de roubar um pedaço dela como se realmente fosse possível poder roubar alguém só pra gente. Por não ter virado pro outro lado da rua quando você ainda estava ali ou por não ter te pedido pra ficar. Ou por ter mudado de ideia e te deixado sem chão, simplesmente porque achou que deveria. Porque alguém não se sente como você ou porque você sabe que não vai demorar até que outra pessoa ocupe o lugar que você quis que fosse seu e que você vai ter que lidar com isso. Você vai ter que sorrir e vai tentar ficar feliz de verdade, mas vai saber que aquela felicidade poderia ter sido sua também (mesmo que você não saiba se ainda acredita nisso). Você também não pode culpar ninguém por achar tudo isso muito mais fácil do que você. É foda, né? Culpar, na verdade, você até pode, o problema é seu. Mas não muda nada e é isso que dá raiva, nós não temos o poder de mudar as decisões e os sentimentos de ninguém. No máximo você pode deixar tudo muito claro e, diante dos fatos, decidir o que serve ou não pra você. Como diz a minha irmã: se todos se preocupassem com o que é melhor pra si, ao invés de esperar isso dos outros, todos seriam tão felizes quanto possível. Ou algo assim. Bom, essa é a ideia.

Simples é. Bom se fosse fácil. Fácil não é. Minha irmã de novo: é, Maninha.. ninguém disse que seria. (quotes)

Minha irmã vai morar na Nova Zelândia a partir do dia 25 de maio. Uhum, bem isso. Preciso de folga no dia 24.

P.S. Não consigo escrever mais nenhuma linha sobre isso. Deixa estar, de novo.

#enquanto isso..

Todo amor não correspondido é um desperdício. O desperdício de tudo aquilo que quase pôde ter sido, mas não foi. Das manhas e manhãs na cama, dos beijos de bom dia, dos cafés ruins e cigarros fora de hora, das mordidas no canto da boca e do arrepio na nuca. É o desperdício dos almoços tardios com um molho qualquer. Desperdício dos abraços na praça, das risadas na frente do computador, da atração magnética nas festas, da cerveja tomada com o pé na parede e dos nasceres do sol na beira da praia. Dos olhares roubados e das horas incansáveis de voz e violão num canto qualquer da casa. É o desperdício do que poderia ter sido e não foi. De tudo isso ou de tudo que, no seu caso, teria feito sentido. Não fez, não foi, não fosse por um detalhe. É o desperdício até do próprio amor, que se vê obrigado a, simplesmente, "passar".

Já diria Los Hermanos: Discrepância do destino. Vai entender o propósito afinal.

Enquanto isso.. eu sigo me sentindo uma torta em meio ao quadrados que a vida me apresenta. Deixa estar.

#tired

Cheguei na parte em que eu precisava criar e travei. É isso que dá quando a cabeça tá cansada. Sabe quando tu não quer pensar e fica nessa de "deixar o pensamento fluir"? É, quando acontece, eu sempre acabo aqui.

All I wanted was you..

I think I'll pace my apartment a few times
And fall asleep on the couch
And wake up early to black and white re-runs
That escaped from my mouth
I could follow you to the beginning
And just relive the start
And maybe then we'll remember to slow down
At all of our favorite parts

All I wanted was you..

Tempo verbal esquisito. Sentimento esquisito. Dualidade esquisita. Querer mais que o não querer, ou algo assim. Na música eu poderia, na realidade, err, não.
Vejo que eu até que eu tenho evoluído. Me sinto orgulhosa das minhas atitudes, das minhas posturas (ou, bom, de algumas. Fato). Já tive um bloqueio tão grande pra falar sobre minhas expectativas frustradas. Sobre o que me negaram, o que não me deixaram viver. Tive um bloqueio imenso que, meu irmão, você nem faz ideia.
Um bloqueio por negação, "quem disse que alguém tem o direito de me negar alguma coisa?" E eu não sossegava até conseguir o que tinham me negado. Sempre conseguia hora ou outra e achava isso bom, mas hoje vejo que, por isso, andava em total desincronia (acho que essa palavra não existe) com a vida e isso, bom, não vale a pena. Não me arrependo de tudo que tive, de tudo que vivi. Não me arrependo de nada. O que me faz botar a mão na consciência não é o que eu vivi, mas sim, porque eu vivi. Deu pra entender? Ter corrido atrás porque eu tinha um puta bloqueio quando eu podia ter me permitido mais, podia ter ido além.
É, hoje eu sei que todos tem o direito de me negar tudo o que pertencer a eles. E o que não pertence também, já que até nossos próprios sentimentos acabam fugindo das nossas mãos, volta e meia. Sabe, isso já nem me deixa loca-loca-loca. Só loca. Ok, loca-loca. Poxa, ainda to aprendendo.

Quanto a frustração, bom, com essa eu ainda não arranjei nada a fazer sobre.

#aboutme

Pra resumir: o "pra sempre" e o "agora" são exatamente a mesma coisa.
Aprendi uma coisa já faz tempo:

"Não me querer" ou "Não querer me escolher seja-lá-pela-razão-que-for", bom, é exatamente a mesma coisa. Seria simples, se o sentimento envolvido (ou não) entre uma e outra coisa não fosse extremamente diferente (..e não me fizesse sentir diferente também).

#desabafo

Sabe quando você curte uma pessoa mas se irrita profundamente toda vez que ela aparece na internet? E sabe quando você não consegue deixar de ler o que ela escreve de 3 em 3 minutos naquela janelinha preta bacana do Tweetdeck? É foda dar Unfollow, é foda sair do Twitter, é foda continuar lendo. Enfim. Eu ia me manifestar sobre isso em 140 carachteres mas, como meu poder de síntese definitivamente não é dos melhores, deu preguiça.
Me dá agonia saber que eu sou paga pra dar um jeito de deixar todos esses pensamentos latentes passarem. Eu vivo deles, vou fazer o quê?!
"Nem por você, nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos. Quero viver bem mais do que os meus 20 e poucos anos.."

P.S. Bem mais que os meus 20 e poucos anos.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Meu Deus, que vontade que eu tava de chegar em casa e ficar sozinha no meu canto. Melhor só seria se tivesse um botãozinho na mente dizendo: desativar temporariamente. Vou fazer um café e deixar KOL tocar no repeat. Meu celular tá tocando dentro da bolsa, deixa ele lá. Amanhã eu mudo o mundo, hoje deixa ele assim.

#transparente

Eu já devia estar acostumada a pagar pela minha língua. Acho que o mais desconfortável é justamente saber que eu sabia de tudo desde o início. Eu sabia sobre aquele talento para fazer as pessoas se sentirem especiais, únicas. E não me julguem, vai, to cansada de saber que também já ouvi a mesma coisa sobre mim. Mas o desconfortável (gritante que eu to usando um adjetivo "soft", né?) é saber que, mesmo sabendo, foi exatamente assim que eu me senti. E é exatamente assim que eu vejo elas se sentindo com cada coisa "única" que ela faz com todas. Decepcionante é ter visto que ela se esforçou pra fazer com que eu me sentisse "a diferente". Fez a ponto de conseguir me fazer acreditar. O mesmo que, hoje eu vejo, ela faz com todas.

Sabe aquela sensação de: Beleza, tudo bem, tudo certo, mas eu podia ter dormido sem essa? Cara, pela amizade, por respeito ou pelo que fosse, ela não devia ter vindo, não devia ter falado, não devia feito. Nem comigo e, acho eu, que nem com elas.

P.S. É foda não saber no que acreditar, mesmo sabendo que não vai mudar absolutamente nada de qualquer forma.
P.S. E quando eu vou aprender a não ter expectativas em relação a nada e nem ninguém?

#sobrehoje

Vida de publicitária tem seu lado bom, né? Sei que me estresso, que reclamo e que vivo achando que não vou dar conta. Sei que desabafo, abafo e arranco os cabelos. Mas a verdade é que vida de publicitária tem sim o seu lado bom. Hoje eu fui em uma reunião com um dos nossos maiores clientes. Coisa meio de cinema, sabe? Sala envidraçada, cliente querido (e seu Porsche nada discreto na garagem da fábrica) e um elogio de doer: eu chorei lendo teu texto. Foi inevitável não me sentir assim "gente grande e importante". Engraçado. Meio besta, mas verdade. Eu, justo eu, discutindo sobre o funcionamento do novo investimento de um cliente. Olha bem pra mim, mazá. E, pra finalizar, lá estava eu (com fome) no meio da obra do novo shopping com um capacete azulzinho nada simpático e confortável discutindo a planta do master restaurante com a equipe de construção. Filme, de novo. Mazá pra mim, de novo.

P.S. To de volta na agência.

"E eu que não fumo, pedi um cigarro. Eu que não amo você."

Ontem eu fiz tudo que eu sentia que precisava fazer. Vivi cada segundo como se fosse o último, fui quase inconsequente. Fiz tudo demais. Trabalhei tanto que percebi que seria fácil me tornar uma workaholic. Fui pra faculdade e precisei fazer um trabalho em 20 minutos, ué, fiz. Fui pro bar com alguns amigos, bebi um pouco mais que o suficiente pra uma segunda feira, falei muitas besteiras, lembrei de um passado distante e percebi que não me arrependo de nada. Fica muito mais fácil não se arrepender de nada quando as coisas já ficaram no passado. Quando elas não doem, não machucam mais. Quando elas não aparecem na sua mente do nada, no meio daquele sorriso descontraído depois de uma piada qualquer. É, aquela lembrança que estraga tudo.
Quem sabe eu pudesse viver sempre assim, ou não. Enfim. Eu revivi uma parte do meu passado que me fazia falta e que, ontem, mais do que há muito tempo, gritava dentro de mim. Uma parte que, se eu pudesse, eu tomava de volta pra já, pelo menos por enquanto. Pelas ruas. Pela vida. Pela esbórnia. Esbórnia total, mas uma esbórnia que terminou com um prato de macarrão e uma caneca do melhor capuccino do mundo com duas companhias perfeitas antes de deitar. É, deitar.. porque até a gente resolver parar de falar besteiras e efetivamente dormir, demorou. A gente mudou muito, mas foi bom demais e vai ficar na memória pra sempre.

P.S. Tá que hoje eu to com sono e de volta a ser quem, na verdade, em momento algum eu deixei de ser.
Você pode perder tudo, o foda mesmo é perder a admiração por alguém.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

I don´t give a damn ´bout my bad reputation.

Tem fases da minha vida que eu apagaria boa parte dos meus arquivos. Só não apago porque sei que daqui um tempo eu me arrependeria. Deixa ali.

Bad Reputation - Joan Jett

I don't give a damn 'bout my reputation
You're living in the past it's a new generation
A girl can do what she wants to do and that's
What I'm gonna do
An' I don't give a damn ' bout my bad reputation
Oh no, not me

And I don't give a damn 'bout my reputation
Never said I wanted to improve my station
And I'm only doin' good
When I'm havin' fun
And I don't have to please no one
And I don't give a damn
'Bout my bad reputation
Oh no, not me

I don't give a damn
'Bout my reputation
I've never been afraid of any deviation
And I don't really care
If you think I'm strange
I ain't gonna change
And I'm never gonna care
'Bout my bad reputation
Oh no, not me
Pedal boys!

And I don't give a damn
'Bout my reputation
The world's in trouble
There's no communication
And everyone can say
What they want to say
It never gets better anyway
So why should I care
'Bout a bad reputation anyway
Oh no, not me

I don't give a damn 'bout my bad reputation
You're living in the past
It's a new generation
And I only feel good
When I got no pain
And that's how I'm gonna stay
And I don't give a damn
'Bout my bad reputation
Oh no, not me

Nem preciso dizer porque a Joan Jett é minha ídola, né?
Me identifico tanto em épocas como, er, essa.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

É como se mil pessoas se importassem com você, menos uma.
E, de alguma forma, era a única que você necessitava que se importasse.
CFA


P.S. As vezes eu me sinto até meio ingrata por isso.
Tem quem aceite pegar um copo e se juntar a mim até que se acabe a última gota de uma garrafa de vinho barato (5 litros). É, mesmo sabendo que hoje eu não seria uma boa companhia. Lindo isso.

Mia Rose - Nunca me esqueci de ti



Bato a porta devagar, olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida…
É o cais, flor do cais
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida

É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada e o mundo à cabeceira

Mas nunca me esqueci de ti

Tudo muda, tudo parte, tudo tem o seu avesso
Frágil a memória da paixão
É a lua, fim da tarde, é a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão

Mas nunca me esqueci de ti

Tá, a música é do Ruy Veloso, mas a interpretação da Mia é sem palavras.
Já perdi a conta de a quantos anos ela me acompanha e, consequentemente, quantas vezes já postei ela por aqui.

Do avesso.

"Te amo desse jeito, meio sem jeito
Saudade aperta o peito mesmo ao teu lado
Você não vê que eu sou assim?
Perdida de amor, começo pelo fim

Te amo desse jeito, meio do avesso
Faço planos, casamento, filhos pra criar
E só depois de tudo paro e vejo se você serve pra mim

Te amo desse jeito, meio do avesso
Escolho valsas, véu, vestidos, flores pro altar
E só depois de tudo paro e vejo se você serve pra mim

Dou nome ao nossos filhos e o seu eu mando tatuar
E só depois de tudo paro e vejo se você serve pra mim"
Engraçado. Ontem eu percebi que agora, por mais que eu não consiga efetivamente escrever, tenho postado constantemente. Antes ficar 3 meses sem postar, passando aqui de quando eu vez só pra ter certeza que tudo continuava do jeito que eu tinha deixado, era tranquilissimo. Hoje não é mais.

Ando latente, pulsante, imensa. Ando indignada, vazia, espremida e sufocada pelo meu próprio vazio. Um vazio tão inteiro, tão cheio, denso e duro que tem sido impossível mastigá-lo e transformá-lo em palavras. Meu todo anda indivisível, indecifrável, inexpressável. Meu todo anda algo como "um sentir cheio de não saber" e eu, bom, nunca tive paciência pra isso.

Meu eu anda cansado, beirando a exaustão. Meu eu anda meio indie: "give me a cigarret e vamos assistir filmes iranianos". Não que cigarros ou filmes iranianos tenham alguma coisa a ver comigo, mas é que as vezes eu me canso de ser eu.

É. Meu eu anda cansado, meu texto anda vago. Mais algumas linhas pra minha coleção, repletas de uma bela dose de nada.
"Todo dia eu penso: podia sentir menos e menos e menos. Mas não adianta, tudo me atinge, abala, afeta, arrebata, maltrata, alegra, violenta de uma forma absurda e intensa. Nasci pra ser intensa e dramática.

Frequentemente, tenho a sensação de que a vida das outras pessoas é tão simples e que só a minha que é complicada. Tenho andado meio infeliz ultimamente. Sei que até parece pecado dizer isso perto de tanta gente quase morrendo e passando necessidade. Sei que tem muita gente que não tem onde morar, o que comer, o que vestir. Sei que muitos não têm emprego, família, amor. Sei que muita gente tem doença terminal ou algum transtorno grave. Sei de tudo isso, mas desculpa, preciso falar a verdade: ando meio infeliz. Às vezes tenho a impressão de que sempre tenho que estar bem disposta, ser legal, amiga, gente boa. Não tenho o direito de ter problemas, estar de cabeça quente ou cheia ou simplesmente de estar assim, meio infeliz da vida. Com licença, estou infeliz. Estou mesmo. Não sei dizer o motivo, são algumas frustrações, algumas coisas muito minhas, algumas mágoas que não consigo colocar para fora, porque eu sou assim, escrevo, escrevo e escrevo, mas na hora de abrir a boca pra falar nem sempre sai. Tem coisa que guardo, tranco lá dentro e jogo a chave fora. Preciso me sacudir e fazer a coisa toda sair, mas nem sempre dá, então fico nessa vibe meio infeliz de tudo, infeliz com tudo, infeliz pra sempre. Até o dia que deixar de ser. Até o dia que conseguir falar, me expressar, fazer sair. Preciso de um laxante para as emoções.

Nunca sei direito se a vida me fez assim, as situações fizeram com que eu me tornasse assim, não sei, não sei. A última e única coisa que lembro é de sentir. Eu sinto o sentir. Sei que parece papo de louco, mas é verdade, é real, sinto demais. A realidade me consome. Mas me consome e-xa-ge-ra-da-men-te.

Um dia, perguntei para o psiquiatra: sou bipolar? Ele me disse: de bipolar você não tem nada. Você é sincera e tem sentimentos intensos. E me explicou a origem da palavra sincera, que vem do latim e significa "sem cera". Antigamente, carpinteiros e escultores usavam cera para disfarçar os defeitinhos de esculturas e móveis de madeira. Então, eles lixavam, passavam verniz e tudo ficava aparentemente perfeito e em ordem. O aspecto das peças era magnífico. Com o passar do tempo, do frio, calor e uso, a cera ia se desmanchando e os defeitos iam ganhando vida. Sinceridade é "sem cera", ou seja, sem máscaras, sem retoques, sem querer ser o que não é. Achei bonita a explicação dele. E triste. Dói ser "sem cera".

A vida maltrata quem sente demais. Quem sente demais acaba sofrendo mais que a maioria das pessoas. Tudo importa, tudo é exagerado, tudo é sentido de corpo e alma. Alma, principalmente. Pessoas "sem cera" têm a alma do tamanho de um bonde. Não acho que eu seja a pessoa mais sincera do planeta. Eu minto de vez em quando. Tenho inveja. Tenho defeitões. Mas eu sempre agi de acordo com meu coração, meu instinto, meu amor pelas coisas. A gente precisa ter amor pelas coisas.

(...)

Por ser assim, sinto dores que não são minhas, tomo dores que são dos outros. Mas esse é meu jeito. Desde pequena, quando tava na primeira série e defendia o meu irmão, que era mais velho. Sempre fui desse jeito. E não acredito que vá mudar. Mas quer saber um segredo? Nem quero. Antes ser assim do que passar pela vida só vivendo um dia depois do outro. Se é pra viver, que seja de forma intensa."

Clarissa Correa escrevendo (quase que) sobre mim.

P.S. Escrever sobre mim anda complicado. To engasgada até os olhos. Aliás, o engasgo vai até o nariz; nos olhos eu ando cheia é de lágrimas mesmo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Eu já escrevi tanto hoje que parece que não sai mais nem uma linha. Parece não, não sai. Quando eu fico assim só me vem na cabeça um "Oi! Eu tenho certeza do que eu quero e você, tem? Responde de uma vez e não complica, caralho." É. Simples (e meio mal educado) assim.

Hoje tem festa de lançamento da primeira revista Wazap. Uma matéria linda sobre tatuagens é assinada por mim. Vai ser lindo e eu vou deixar o cansaço e as preocupações de lado pra fazer a diva. Amanhã eu tomo um (só um?) café extra pra pegar no tranco e suportar as pauladas do dia. Tá, amanhã é amanhã. ;)

#CFA

Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido frequente demais, ou até um pouco (ou muito) chato.

Não sei nem como me sentir.

#sobremim

É só chegar. Posso estar quieta, mas eu to aqui. Só sei ficar em silêncio se eu realmente não sei o que dizer, não sei como agir, até onde ir, o que pensar. Eu não sei; só sei pensar demais. Sempre pensei demais. Eu continuo aqui, na minha e achando um pouco bom. Dizem que eu não me importo, eu acho irônico e passo a sentir uma vontade imensa de ser irônica também. Enfim, deixo claro que é só você chegar. É como se eu quase estivesse aqui te esperando.
Já abri a porta, as janelas e o coração. Já limpei a casa, o jardim, o quarto e o armário. Capinei o mato, revirei a terra, lavei os banheiros com kiboa, repintei as paredes e lavei tanques e tanques de roupa suja. Fiz uma limpa e joguei tudo fora, sem dó nem piedade. Já abri um vazio enorme, latente, inquieto. Aos trancos e barrancos ando aprendendo como se faz pra encher todo esse vazio de "mim".
Não vou te pedir pra entrar. Posso te convidar pra um café, mas não vou te pedir pra ficar. Não vou deixar a chave na fechadura, pronta pra te trancar aqui dentro. Eu que sei como teus silêncios me machucam, mas não tenho o que fazer quanto a isso. Não vou tentar fazer a tua confusão passar e nem tentar apagar as marcas do teu passado. Eu tive o meu tempo até poder dizer que as marcas do meu passado eu apaguei, afinal.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"E de repente me deu uma vontade louca de escrever de novo. Pra falar a verdade, me deu uma vontade louca de te escrever. Te escrever só pra dizer que há tempos um olhar não paralisava meus sentidos e causava um arrepio involuntário daqueles que insistem em descer pela nuca quase a contragosto. Te dizer que só teus olhos azuis de maré alta têm o poder de atravessar tuas lentes e as minhas barreiras. Que só teus olhos de mar revoltado, quase transbordando, me fazem esquecer do mundo que existe aqui fora e me levam pra imensidão da tua correnteza, pro meio de uma tempestade de onde eu não sei sair, naquele lugar em que não existe mais nada além de mim, paralisada dentro de você."

Sobre o tempo..

Março foi o-mês-que-não-passava-nunca. Abril em compensação, meu-Deus-voou. Vamos ver qualé a de Maio, então. ;)