segunda-feira, 14 de março de 2011

Escrever é um processo mutcho louco, né? As vezes o texto já sai perfeito e original de fábrica. Naquele formato que deixaria qualquer professor de redação publicitária orgulhoso: redondinho. Basta um retoquezinho aqui e outro ali, uma aparadinha de arestas, a remoção de alguns advérbios desnecessários - confesso que esses são meu ponto fraco - e voilá. Mágico!
Outras vezes é ao melhor estilo: e haja água! É, bem isso. Água mesmo. Água porque cada palavra exige meio litro de suor. Nada dá certo, as ideias não se conectam nem com mandinga e não tem santo, orixá, axé e ogum que dê jeito. De jeito manera.
Nessa hora você sai, pega um café na caneca mal lavada do café anterior, respira fundo, ouve uma música cult e reza pra baixar um Washington Olivetto. Se baixa mesmo eu não sei dizer mas, que o orgulho e a estupefação mental são absolutamente inevitáveis na hora em que finalmente dá certo; ah, isso eu não posso negar.

Já nem lembro quando eu fiquei viciada em café. Meus dentes que sofrem, pobres.

Nenhum comentário:

Postar um comentário