segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"Sete anos – pensei ainda sonolenta e fora de mim. Esperei que mais um minuto se passasse. Sete horas da manhã. Despertador tocando. Nunca entendi porque eu teimava em acordar um minuto antes do soar estridente do meu despertador, aliás. Um minuto perdido e uma pitada insistente de melancolia. 

O conforto do meu quarto sempre combinara comigo. Os pouco mais de 8 metros quadrados que abrigavam boa parte dos meus medos, segredos, dúvidas e planos. E como eu os tinha, aliás. Planos que, não sei se por falta de oportunidade ou de culhões, nunca saíram do papel. 

Sempre sonhei em jogar tudo pro ar. Uma tarde ensolarada qualquer e a decisão que mudaria a minha vida: buscar o que de melhor o mundo tem pra oferecer. Largaria meu pequeno apartamento e tudo que lá estivesse - com a plena certeza de que não faria falta alguma. Comigo, apenas os bons. Meu "príncipe", encantado na medida exata, e meu gato, sem botas por enquanto."

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