sexta-feira, 24 de abril de 2009

Capítulo 12

Íamos ao laboratório de informática e lá estava ele; biblioteca e lá estava ele. Manter a concentração e estudar parecia ridiculamente impossível. Era como se alguma coisa nele levasse consigo a minha atenção integral. Nossa prova começaria as 19 horas, mas orgulhosamente, as 17 horas nós já havíamos vencido todo o conteúdo. Meu cérebro definitivamente não estava acostumado a acordar tão cedo ou ser tão utilizado e eu me sentia esgotada. Pensei em algo que pudesse me descansar a mente nas 2 horas que nos restavam e acabamos deitadas no banco da universidade ouvindo música e falando sobre a vida. Deu certo, mas as 2 horas passaram como 15 minutos. A tal prova foi mais fácil do que eu esperava, mas não fácil o suficiente para me deixar segura. Enfim, prova terminada, seguimos para o coquetel de lançamento da gincana. E mais uma vez, lá estava ele. Tocando Bob Marley no violão e rindo despreocupadamente com os amigos. Cumprimentou ao nos ver e assim que pôde veio perguntar sobre a prova. Eu podia sentir que nenhum dos meus movimentos parecia natural e meu rosto deveria estar pelo menos uns 2 tons mais vermelhos que o normal; como sempre acontecia. Apesar disso, alguma coisa estava diferente em mim. Não duvidaria se me dissessem que era pelo alto nível de cansaço.. mas eu não queria estender a conversa. Deixei que a garota do Oxford respondesse a ele sobre as perguntas técnicas e conduzisse o resto do diálogo, comi um pão de queijo e desci rumo ao saguão do bloco onde eu encontraria com o meu pai em poucos minutos e viria para casa, finalmente.

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