quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Aí passaram três caras fumando um no meio da rua em plena luz do dia e se achando um máximo. Ficaram encarando já a 30m de distância e, quando chegaram mais perto, se deram o trabalho de interromper o assunto pra dizer: que princesa gostosa. Não é por nada não mas, olha, princesa e gostosa são dois adjetivos que não combinam muito entre si: caprichem mais na próxima. De relance eu ainda consigo ouvir a retomada do assunto: e eu vou mandar ela ir de minissaia curta, bem vagabunda, e ela vai, porque me obedece.

Saíram (graças a Deus, diga-se de passagem) do meu campo de audição. Vem cá, voltamos ao século passado pra homens nojentos acharem que mandam em alguma coisa? Que podre.

Mas, pra valer o caminho de volta, cruzo com um senhor contando histórias e tocando músicas lindas no violão em pleno centro da cidade. E realmente fez valer. Pra mim viver é uma questão de sentir, de entrar em contato. Essa é minha razão de escrever; é só por isso que escrevo.

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