segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sobre ela, aquela..

Ela era tão linda e eu, tão insegura. Olhava de todos os ângulos, tentando encontrar ao menos um que não a favorecesse. Nos comparar me arranhava a garganta, me enciumava. Veja bem, ela era uma das únicas que me despertava ciúmes e isso realmente era algo a se levar em consideração, mesmo em dias cinzentos. O sorriso dela iluminava, ela falava eloquentemente e escrevia muito bem. Ela não era nenhum tipo de louca, esquizofrênica, problemática ou irresponsável. Não era possível, aliás, que ela fosse assim tão linda mesmo de cabeça pra baixo e com a cara inchada de quem acabou de acordar em dias frios. Hoje eu vejo: que bobagem a minha. Toda a beleza dela sempre foi, e sempre será, totalmente dela. A minha, sempre minha. Diferentes, apenas. Existentes e pulsantes, entretanto.

E não há absolutamente nada de errado nisso.

Sorri por um instante. Não foi a primeira vez, lembrei. Já tive uma oportunidade de aprender a mesma lição, apenas com outros personagens. É, tudo a seu tempo, eu sei.

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