quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sobre mim.

Eu fiz uma lista de assuntos sobre os quais gostaria de postar. A verdade é que eu gostaria de escrever sobre tudo que tem acontecido ultimamente. Esse mês eu queria ganhar um salário só pra escrever sobre mim (vide post sobre a previsão de abril).

Adoro essas fases em que consigo registrar boa parte dos meus passos (seja como publicação ou só como rascunho). "Rascunho" porque, por incrível que pareça, eu realmente escrevo pra mim mesma. E "consigo" porque as vezes engasgo e, bom, sem chance de escrever. As minhas perguntas e rodeios, não pense você que devem ser respondidos, julgados ou interpretados. Não mesmo. São dúvidas que eu tenho cá com meus botões e só. E quando posto não é nem por adorar meus textos, mas por saber que uma parte da minha vida tá registradinha aqui. É por saber que eu sou viva, sou real.

Eu sou intensa. É a intensidade que pulsa nas minhas veias, me faz viver, acordar e ser feliz. Ela é o meu motivo. Ela é minha inspiração. Ela é minha palavra. Que nem em Comer, Rezar e Amar, sabe? Achei a minha palavra e já não sei viver sem ela. Agora eu já nem quero viver sem ela. E isso tornou tudo mais fácil pra mim. Me aceitar ficou fácil de repente. Dizer isso pode parecer bobo, já que muita gente percebeu antes de mim e riu quando eu contei que essa era minha nova e incrível descoberta. Uma pessoa que me conheceu a 5 dias já usou "intensidade" pra tentar me definir, oras.

Bom, o fato é que eu negava isso. Não queria ver, não queria aceitar que ser intensa é o que me move. Quis que fosse a segurança, a tranquilidade, sei lá, o padrão, o normal. Não é. Nunca foi. Padrão me apaga, me diminui. To aqui pra quebrar padrões, pra desafiar a gravidade, a moral e os bons costumes. Rotina me sufoca. Segurança demais me dá tédio. Amarras me confundem. Tranquilidade demais me faz sentir necessidade de procurar algo que tenha o poder de me arrancar sorrisos afetados, me fazer tremer de medo, me tirar o sono. Mesmo que eu, aparentemente, queira exatamente o oposto. Dualidade intensa. Conflito constante.

Eu sei que o preço que se paga pela intensidade é alto. Sei que corre-se o risco de viver uma vida sem lugar, sem sussego, sem apego. Uma vida onde o mundo inteiro é sua casa e todo mundo é seu grande amor. Uma vida livre demais. Uma vida mutável demais. Sei que a intensidade vicia e anda lado a lado com a loucura. E quando misturo loucura e intensidade sempre lembro de Vinícius.

Intensidade é coisa de artista, intensidade é coisa de escritor. Escritor que, como diz Caio Fernando, mata o que é bom por boas histórias. Mata porque importa. Mata porque o luto faz viver. É. Me deixa ser louca, me deixa ser livre, me deixa mudar, me deixa pulsar, me deixa escrever, me deixa ser.

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